quarta-feira, julho 10, 2013

Falta colocar Mongo na escola

Em Fevereiro de 2007 em ""as human beings, we are responsible for our own lives"" escrevi:
"Todos os cursos são necessários, no entanto, quando a oferta de licenciados é superior à procura, é superior aquilo que o mercado é capaz de absorver... o licenciado perde valor. Depois, como as escolas modernas são máquinas de uniformização, parece que o ideal é todos os alunos saírem a saber o mesmo do mesmo, o recém-licenciado aterra num mercado em que é visto como uma "commodity" e tratado como tal, já que é tudo igual."
Hoje, em "GPA, SAT, ACT…RIP" encontro:
"The biggest problem with standardized testing is that it seeks standardized answers. We’re not just overinvesting in standardized testing, we’re actually testing standardization. That is to say, most standardized tests are designed to have students come up with the same answers. We’re teaching them how to be similar, not different. And although we need to test certain competencies and intelligence, it is becoming quite clear that there are many kinds of competencies and many forms of intelligence that we are not picking up on with our current testing approaches.
...
As a parent, I want my kids to be uncommon, not common. I want them to be unique, not the same. I want them to discover different solutions to the problem, as opposed to the same answer. As an education expert, I want my country to espouse the same. America’s economy is fundamentally about entrepreneurship -- boldly and bravely striking out in new directions. But we have lost sight of that in our schools and colleges. We have a system that encourages the opposite -- working within narrowly defined rules, teaching to the test, and we are ultimately aiming at standardized answers and outcomes."
Falta colocar Mongo na escola... mas isso é um estilhaçar do modelo mental básico que criou a escola moderna, essa máquina de criar operários para o mundo do século XX.
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Ontem, ouvi na rádio alguém defender que devem ser as escolas a escolher o percurso dos alunos... engraçado que nunca ouvi um estudioso do ensino propor a expulsão do ensino de gente que manifestamente não nasceu para ser professor.

3 comentários:

Unknown disse...

na escola e nas "actividades": http://aervilhacorderosa.com/2010/02/extra/

Carlos Albuquerque disse...

O pior é que nos últimos dois anos o movimento em Portugal é precisamente o inverso: resumir a escola aos exames, resumir o ensino a um conjunto detalhado de metas a atingir. Tudo o que não é mensurável em testes normalizados deixa de ser considerado relevante.

E, claro, a proletarização da profissão docente, o tratamento dos docentes como operários facilmente substituíveis, remete para um espírito fabril.

Mongo nas escolas portuguesas hoje? Só se for em alguma escola privada a lutar contra a corrente. No ensino público a música é puro século XX industrial

Carlos Albuquerque disse...

http://educar.wordpress.com/2013/07/16/sobre-os-exames-do-4o-ano-a-posicao-de-uma-encarregada-de-educacao/