quinta-feira, novembro 28, 2013

O desassossego é bom!

A propósito de "Têxtil iguala exportações de 2007 com menos 2.500 empresas":
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Este é um tema que costumo apresentar nos seminários para empresários com o gráfico abaixo onde comparo 2006 com 2012.

5000 empresas em 2012 exportaram o mesmo que 8000 empresas em 2006.
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Apetece-me reparar nesta incapacidade para relacionar directamente produtividade com o aumento do valor acrescentado:
"Associação de industriais do sector justifica estes dados com o aumento da produtividade e maior valor acrescentado dos produtos vendidos ao exterior."
Como se a produtividade resultasse só de produzir mais depressa... até aposto que se fizermos um gráfico encontramos uma relação deste tipo:

 No entanto, no computo geral o artigo deixa-me uma mensagem de optimismo... finalmente na ATP começa-se a olhar para os pontos de diferenciação... o sobressalto é bom!!!
"O líder dos industriais do têxtil dramatizou que "este é um sector de instabilidade psicológica porque está sempre tudo a mudar", exemplificando que "se atrasar a encomenda, o cliente já não quer porque já não está frio". "Quem aceita o desafio de estar neste sector aceita o desafio do desassossego, do sobressalto", concluiu." 
Cabe a uma associação como a ATP fazer passar a mensagem realista de que quanto mais tudo estiver sempre a mudar melhor para o sector em Portugal.

Isto não é mudar um chip, é muito mais do que isso

A coisa nunca funciona nem nunca funcionará top-down, é sempre bottom-up.
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A propósito de "Cavaco defende "novo modelo económico" baseado na inovação". Espero que a ideia dele não seja Qimondas e mais Qimondas... recordar o recente "Os macacos não voam ponto".
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Isto não é só mudar um chip, é muito mais do que isso.

quarta-feira, novembro 27, 2013

Curiosidade do dia

"Em particular, falta uma definição clara de qual o motivo da intervenção do Estado. Apoiar empresas porquê? Tentando uma visão extrema, porque não pode abolir pura e simplesmente todos os apoios às empresas? A vantagem seria a de que cada empresa teria de pensar na sua sobrevivência em termos do valor que gera para o mercado e não em termos de quanto consegue obter de subsídios e apoios do Estado. Começar deste modo obriga também a pensar que motivos fazem com que se queira apoiar empresas e então depois pensar nos instrumentos que melhor conseguem alcançar esses objectivos.
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Isto é, gostava de ter a certeza que estes fundos não são apenas formas de ganhar apoio políticos nesta ou naquela área, sem haver necessariamente ligação a necessidades da economia real. É que raramente se contabiliza o custo das distorções das decisões das empresas para obterem esses fundos e estas verbas. É preciso ser muito claro sobre qual o motivo (falha de mercado) que justifica o apoio, e porque é esta a melhor forma de ultrapassar essa falha de mercado."

Trechos retirados de "Guião da reforma do Estado (17)"

A experiência é o produto

Em "The hands-on safari" escreve-se sobre:
"One of the hottest trends in tourism these days is so-called experiential travel, trips that allow travelers to place themselves in increasingly unique situations, sometimes helping do a greater good in the process."
E recordo:
"Na Quinta da Pacheca, qualquer um pode vestir a farda de trabalho com chapéus de palha e lenço tabaqueiro, pegar na tesoura de corte e no balde para a cortar uvas e, no fim, pisar as uvas nos lagares onde e beber um copo de Porto.
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A quinta de Lamego disponibiliza vários programas que vão desde o dia de vindima, que custa 72 euros por pessoa, o almoço de vindima por 54 euros ou a lagarada, que não passa dos 15 euros."
E também:
"Novos e menos jovens participam na pisa das uvas, a etapa que se segue à vindima e que antecede o processo que culminará no vinho que chegará às nossas mesas. Esta cena passa-se na região do Douro vinhateiro e os pisadores são turistas que aderiram a uma iniciativa que a CP promove anualmente." 
BTW, ainda há-de aparecer Raquel Varela a dizer que este tipo de actividade rouba postos de trabalho e contribuições para a Segurança Social...

Porque o preço não é tudo!

Como ando a ler "Contextual Pricing: The Death of List Price and the New Market Reality", recordar "O poder do contexto" e o exemplo do preço da gasolina, recebi este artigo "Deco: Remédios sem receita 10% mais baratos nos hipermercados":
"A amostra estudada custa, em média, 10% menos nos hipermercados do que nas farmácias, segundo as respostas obtidas em Julho deste ano de um total de 300 espaços.
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As diferenças de preços podem atingir os 116%, como no caso de umas gotas para as cólicas do bebé que chegam a custar mais do dobro do preço entre o ponto de venda mais barato e o mais caro.
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Apesar de apresentarem preços mais elevados, as farmácias continuam a ter 84% das vendas dos medicamentos não sujeitos a receita médica, refere o artigo da Teste Saúde, a que a agência Lusa teve acesso."
Entretanto, há momentos no twitter o @CN_ profetizou "vai aparecer um engraçadinho com a ideia do preço fixo, vai uma aposta?"
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Os números são muito interessantes, apesar de em média o preço ser 10% superior nas farmácias, 84% das vendas continuam a ser nas farmácias. Por que será?
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Porque o preço não é tudo!
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Localização? Conveniência? Atendimento? Horário?
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Algo que as PMEs deviam interiorizar, o preço, mais baixo, não é o único critério. E neste caso a lição ainda é mais poderosa porque o produto comprado é o mesmo, a caixa é a mesma, só muda a prateleira, só muda o contexto.

Acerca do Estranhistão e a cegueira do mainstream

O Estranhistão segundo Plantes em "Business-to-individual business models will win out in the Connected Customer Era"
"you must redesign your business models, processes, systems and even culture to serve each customer as a market of onean individual that you know versus a member of a uniform target market described by its averages. (Moi ici: Recordar o que escrevemos sobre os fantasmas estatísticos e o olhar olhos nos olhos. Enfim, sobre a miudagem)
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Customers have always preferred personalization, but it was too expensive. Their desire for personalization is finally realistic because software solutions enable organizations to know each customer as an individual, and software and manufacturing technologies enable us to customize the offering and experience at every customer touch point. Just as companies that stuck with poor quality and historic business models in earlier eras got disrupted, companies that continue to treat a customer as a non-differentiated member of a uniform target market will be disrupted in the new era.
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value promises must be tailored to the customer’s unique needs and revenue models and value chains individualized to maximize customer value at every customer touch point, leading to loyalty-building customer experiences.
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The cultural demands of the Connected Customer Era will be great. Each employee and customer becomes a vital component in personalized value chains, demanding far more collaboration internally and with customers than in years past. (Moi ici: Aqui está o potencial para uma grande vantagem competitiva para as PMEs, a facilidade no tratamento individualizado, personalizado, pessoal) All employees, not just the sales and marketing department, are now part of the marketing message. Furthermore, with customers having more of a window into companies, and the ability to share positive and negative reviews with others through social media, a company’s culture must authentically align with its brand promise.
The need to become a B2I – Business to Individual ­– company holds true even if, as a B2B company, you have a small customer base. You must engage in two-way conversations with a larger set of decision makers, influencers and users in your target market about broader topics, (Moi ici: O ecossistema da procura) surfacing fresh ideas about unmet needs and opportunities. You prevent disruption by designing individualized value propositions and value chains that maximize value at every touch point."
 Isto é um festival para a batota da concorrência imperfeita.
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Infelizmente, o mainstream continua a querer combater as batalhas do século XX... eficientismo, escala:
"companies that continue to treat a customer as a non-differentiated member of a uniform target market"
Recordo "O gozo do puto anónimo de província" e "Mas claro, eu só sou um anónimo engenheiro da província"

Industrie 4.0

Mão amiga fez-me chegar esta apresentação


Comecei a vê-la e parecia que estava a ver um resumo deste blogue:

  • 1. a importância da experiência para os clientes percepcionarem valor
  • 2. a personalização, a customização, Mongo e o Estranhistão
  • 3. a importância da proximidade e da autenticidade
  • 4. a internet of things (IoT)
  • 5. o controlo remoto... quando mostrar esta imagem a uma empresa que está a engonhar para lançar esta função para os empresários seus clientes
  • 6. a impressão 3D
  • 7. smart objects (not)
  • 8. o reshoring 
  • 9. regulamentação (not)
  • 10. a sustentabilidade
  • a digitização da produção
  • a produção flexível
  • a produção social, a partilha e aluguer
  • a exploração de big-data

terça-feira, novembro 26, 2013

Curiosidade do dia

Imagem retirada de "The Pace of Technology Adoption is Speeding Up"

Se estivessem lá dentro e com o rótulo de biológicos... voavam.

Há momentos no parque de estacionamento do Pingo Doce de Mangualde:
 Hmmm! Eu conheço aquele arbusto com frutos vermelhos!!!
 Exactamente!!! 2 medronheiros!!!
 Como os medronhos são dados, não estão à venda dentro da loja, ninguém os quer:
Caem de maduros e ninguém lhes liga.
Se estivessem lá dentro e com o rótulo de biológicos... voavam.

Um exemplo na cerâmica

"Serviços de mesa e peças de cozinha, pratos, loiça, acessórios ou peças de forno não têm segredos para MatCerâmica. A empresa, fundada em dezembro de 2000 - resultado da reestruturação de um antigo grupo que tinha várias unidades -, trabalha com cerâmica utilitária e decorativa, tudo produzido em faiança e grés.
No início, a MatCerâmica dedicava-se mais à produção de produtos utilitários, principalmente de exterior, como vasos. (Moi ici: Onde tinha de competir pelo preço, onde tinha de ter os custos mais baixos) No entanto, explica Marcelo Sousa, diretor-geral, foi preciso mudar de estratégia e a empresa começou então a apostar na cerâmica decorativa. A partir daí, foi feita uma aposta “na formação das pessoas, em tecnologias mais modernas, na conceção e desenvolvimento de design próprio” e também a nível de poupança de energia e preocupação com o meio ambiente. Um investimento que deu resultado, sublinha Marcelo Sousa: a MatCerâmica é hoje “líder e a maior exportadora nacional na área da cerâmica de mesa”.
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A estratégia passa também pela diversificação, com a utilização de novos materiais, como é o caso do grés, o que permitiu à empresa ganhar quota de mercado nos clientes que já tinha, oferecendo-lhes mais variedade de produtos.
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A totalidade da produção da MatCerâmica tem como destino a exportação, principalmente para os mercados europeus e norte-americano, mas também chega a países como Qatar, Egito, Líbia, Índia, Turquia, México ou Brasil. Marcelo Sousa que conta com 450 trabalhadores e atingiu um volume de negócios de 12 milhões no ano passado, destaca ainda o mercado chinês, que tem crescido e já representou 3% das vendas em 2012."

Ver o filme dos últimos anos...

A revista Harvard Business Review de Dezembro deste ano traz um artigo interessante, "When Marketing Is Strategy" que merecerá futuro postal.
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Por agora, o que me cativou logo à primeira vista foi esta imagem:


Olhei para o lado esquerdo da figura e comecei por ver a história do mundo da qualidade, com o aparecimento da ISO 9001, para garantia da qualidade no "sourcing", a aposta na uniformização para maximizar os ganhos de escala na "production" e optimização da "logistics".
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Depois vi a concentração na cadeia de fornecimento tendo em vista a maximização da extracção e captura de valor.
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Por fim, olhei para o lado direito e reconheci as grandes linhas da missionação deste blogue:

  • a concentração na cadeia da procura;
  • o perceber a importância do ecossistema da procura;
  • o perceber que o valor não é algo criado e intrínseco aos produtos, mas antes algo percepcionado pelos clientes;
  • o perceber o papel da personalização da oferta;
  • a aposta na originação do valor.

Vasos comunicantes sempre a fluir, qual equilíbrio qual quê!

Interessante resumo dos fluxos em curso neste momento, os diferentes sublinhados distinguem diferentes correntes a operar em simultâneo, "De EEUU a Francia y Reino Unido: el auge del 'made in'":
"El auge del fenómeno made in en la moda no es ajeno a lo que ocurre en el conjunto de la economía de los países occidentales, donde la crisis financiera iniciada en 2007 con la quiebra de Lehmann Brothers ha dejado un mal retrato de la economía terciaria y 100% especulativa. La industria vuelve a estar en el centro de las políticas económicas de los países occidentales, que buscan un ecosistema económico más sólido.
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En paralelo, el mapa mundial del aprovisionamiento cambia sus ejes por diversos factores, pero especialmente por el encarecimiento de la producción en países como China. El gigante asiático ha decidido, tras años como fábrica del mundo, mirar a su mercado local y promover profundas reformas económicas que permitan reducir su dependencia de los mercados internacionales.
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Precios más altos en China, inestabilidad en países como Bangladesh, fluctuaciones en el precio de los transportes por los vaivenes del petróleo e inestabilidad en los precios de las materias primas hacen que una parte del sector busque nuevas alternativas de producción. Además, en el caso de España en particular, la devaluación interna de la economía del país ha reducido los costes de producción: salarios más bajos que antes del inicio de la crisis, disponibilidad de mano de obra, capacidad industria instalada, tradición artesanal y personal cualificado hacen de España un lugar idóneo para la fabricación de determinados productos.
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Producir en España o en el entorno geográfico más cercano también tiene sus ventajas desde el punto de vista operativo. En un sector en el que el factor tiempo es decisorio, como en el fast fashion, las series cortas en proximidad hacen posible responder con más agilidad a las fluctuaciones de la demanda, la variabilidad del clima o las estrategias de los competidores.
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Las dinámicas imperantes en el segmento del lujo también representan un importante impulso para el fenómeno made in. En España y en todo el mundo, las marcas del segmento premium han emprendido procesos de reposicionamiento con los que buscan recuperar, en parte, sus orígenes: calidad, artesanía, durabilidad y exclusividad son los valores tradicionales a los que vuelven a girar la vista. En definitiva, el lujo quiere ser más lujo.
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Más allá del lujo más exquisito, mercados como China demandan marcas europeas o estadounidenses con historia y tradición. No valen, según los expertos, marcas europeas de fabricación asiática para el consumo chino. China demanda made in Europe.
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Otra promesa, que se intuye más incierta, ahonda en las oportunidades del made in en el largo plazo. Se trata de la tendencia al slow fashion, comportamiento que, según algunos expertos (todavía pocos), tendrán de forma masiva los consumidores de las próximas décadas. Consumo responsable, fabricación en proximidad y productos duraderos son tres de los pilares de este fenómeno.
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De cuajar el slow fashion, la producción local recuperaría sin duda un lugar casi tan importante como tenía antes de la globalización de los mercados. La preocupación por el impacto medioambiental del hiperconsumo imperante y por los derechos humanos en los países productores del tercer mundo también será, de imponerse, otro aliado para el regreso a la producción local."
Conjugar aquele "China demanda made in Europe" com "Portugal já é o 7.º fornecedor de calçado da China" e com "Outro campeonato, uma verdadeira curiosidade do dia"
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BTW, até estes estão a regressar "Gigante do calçado regressa a Portugal"... talvez Castelo de Paiva tenha lá um espaço para eles... talvez não, talvez já tenham perdido o know-how de produção.

Se fossemos competitivos...

Pois, e não somos competitivos por causa do euro...
"Atualmente, a Lurga fornece ferramentas para todas as máquinas de compressão e exporta 80% da produção."
"Quando o choque rebentou e a primeira ilusão morreu, houve duas reacções. O povo em geral abriu os olhos e mudou mesmo de vida. Tem sido espantoso ver a atitude de famílias e pequenas empresas, que no meio de enormes sofrimentos, se desembrulham da terrível situação. Mas nas elites foi urgente construir novo mito que permitisse depositar a culpa em porta alheia, justificando os protestos. Afinal éramos todos inocentes e a maldade vinha de um punhado de corruptos incompetentes e da troika que nos ajudava. Esta segunda fantasia, em que todo o aparelho político-mediático anda apostado desde então, constitui uma magna operação de desinformação. E que se livrem de a contrariar!
O Estado, câmaras e instituições fazem o mínimo de reformas possível, esperando que tudo passe para se voltar ao mesmo. Grandes empresas, próximas do poder, gravemente atingidas pelas tolices antigas, aparentam uma normalidade oca. Em particular a banca, óbvia protagonista da crise financeira, assobia para o lado, empurrando o buraco com a barriga."
Trecho retirado de "Ensaio sobre a cegueira"

Acerca da dimensão das empresas

A propósito deste tipo de caracterização "Microempresas tinham 42% do emprego em 2011" recordo sempre esta afirmação "As long as you’ve got fewer than 15 employees, the union usually leaves you alone".
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Também há um gráfico interessante sobre a distribuição do número de trabalhadores por empresa em França. As irregularidades na distribuição coincidem com limites legais, há requisitos aplicáveis para empresas acima de X trabalhadores e, não aplicáveis para empresas abaixo de X trabalhadores. Os picos verificam-se na zona do X-1.


segunda-feira, novembro 25, 2013

Caminhar sobre a água

"Calçado português bate região de Champanhe e conquista prémio europeu"

"Pelo segundo ano consecutivo, Portugal conquista o prémio europeu da promoção externa - no ano passado tinha sido distinguido o projecto de associação dos Douro Boys, que tinha conseguido obter um acréscimo das exportações das suas cinco empresas em 134%."

A propósito da violência doméstica

Hoje vários media referem o tema da violência doméstica.
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Julgo que é um bom dia para recordar esta reflexão, "Mais um monumento à treta - parte II"
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Aposto que as actividades previstas no plano foram todas realizadas, todos fizeram a sua parte e o III Plano terá sido avaliado como um completo sucesso.

Outro exemplo de quem faz o by-pass à distribuição

Outro exemplo de quem faz o by-pass à distribuição e faz o da terra-à-porta, "Not your grandmother’s milkman".
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Uma forma de fugir ao rolo compressor da concorrência pelo custo mais baixo.
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Se fizerem as contas, e se tiverem em conta o efeito multiplicador do gráfico de Marn e Rosiello ou o Evangelho do Valor, talvez tenham uma surpresa quanto ao volume necessário para ter uma exploração rentável.

Quanto é provocada...

"Business used to be simpler.  If you came up with a good idea and served your customers well, your operation would grow.  Increased scale would increase efficiency and competitiveness, creating a virtuous circle.  Success would breed more success.
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And that wasn’t just true of business, in the scale economy bigger was always better, whether the arena was commerce, politics or culture.  Now, it seems that no one—no matter how big or powerful—is safe anymore."
Não sei se há algum grupo ou grupos grandes por detrás disto:
"Em menos de dois anos, o site de moda com descontos Showroomprive.pt conseguiu 500 mil clientes registados em Portugal e vai fechar 2013 com uma faturação expressiva de 12 milhões de euros, segundo revela ao Dinheiro Vivo o CEO do grupo, Thierry Petit.
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“Corresponde a uma figura (Moi ici: um número) muito significativao, tendo em conta que Showroomprive começou a operar em Portugal no ano passado apenas”, indica. Com 1650 marcas disponíveis, os números da plataforma são significativos porque Portugal não é um mercado com forte tradição de compras online. Além disso, este segmento estava ocupado por uma marca portuguesa, o Clubefashion.com, que foi lançado em 2006. Surpreendentemente, o Showroomprive conseguiu em 2 anos chegar à faturação que o concorrente português registou no ano passado, após seis anos de operação no mercado e com dois milhões de clientes registados."
Estamos a falar só de dois sites de moda que juntos vendem 24 milhões de euros... como é que estes números são interpretados pelos estudiosos da macroeconomia?
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Quando se fala de quebra no retalho, quanto é provocada pela perda de poder de compra e quanto é provocada por estes novos canais de venda online?
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Entretanto, depois de escrever as linhas acima descubro isto "Lojas de bairro aumentam clientes graças à Internet" onde se pode ler:
"Comércio tradicional aproveita a rede para chegar a mais consumidores e estimular a procura. Este ano, as compras online em Portugal deverão chegar aos 2,9 milhões de euros."
Tirando esta disparidade de números, o artigo do Público relata uma série de casos em que o online e o retalho tradicional com a sua loja física se complementam e potenciam.
Trecho inicial retirado de "The New Rules Of Disruption"


Começar bem o dia

É sempre um gosto trabalhar no Porto! Chegar cedo, sair em General Torres e atravessar a ponte D. Luís a pé:
Depois, a meio da travessia, apreciar o festival aeronáutico de dezenas e dezenas de corvos marinhos:
Noutros tempos, quando o hobby de birdwatcher estava em grande, diria que se trata de uma colónia de Phalacrocorax carbo:
Contudo, há uns meses encontrei, no Cabedelo, um mestre que não via desde os meus tempos de faculdade, o Paulo Faria, que me contou a sua teoria quanto há existência de uma subespécie na Foz do Douro.

Acerca de Mongo e as patentes

"The 3-D printing “will do for physical objects what MP3 files did for music,”
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So what is a patent owner seeking to stop an infringement to do, given that tracking down people in their homes would be extremely difficult?
...
Is the government likely to take an aggressive approach toward 3-D printing violations? That’s hard to know, but past efforts by the government to stop illegal taping of movies and television shows, along with illegal downloading of music, have not been very effective, and the same seems likely to be true of 3-D printing, Professor Desai said. The march of technology is just too insistent."
A propósito de um mundo sem patentes, recordar:

BTW, e recordar a biologia onde a contrafacção não é crime.
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Trechos retirados de "Beyond 3-D Printers’ Magic, Possible Legal Wrangling"