quarta-feira, novembro 27, 2013

Porque o preço não é tudo!

Como ando a ler "Contextual Pricing: The Death of List Price and the New Market Reality", recordar "O poder do contexto" e o exemplo do preço da gasolina, recebi este artigo "Deco: Remédios sem receita 10% mais baratos nos hipermercados":
"A amostra estudada custa, em média, 10% menos nos hipermercados do que nas farmácias, segundo as respostas obtidas em Julho deste ano de um total de 300 espaços.
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As diferenças de preços podem atingir os 116%, como no caso de umas gotas para as cólicas do bebé que chegam a custar mais do dobro do preço entre o ponto de venda mais barato e o mais caro.
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Apesar de apresentarem preços mais elevados, as farmácias continuam a ter 84% das vendas dos medicamentos não sujeitos a receita médica, refere o artigo da Teste Saúde, a que a agência Lusa teve acesso."
Entretanto, há momentos no twitter o @CN_ profetizou "vai aparecer um engraçadinho com a ideia do preço fixo, vai uma aposta?"
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Os números são muito interessantes, apesar de em média o preço ser 10% superior nas farmácias, 84% das vendas continuam a ser nas farmácias. Por que será?
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Porque o preço não é tudo!
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Localização? Conveniência? Atendimento? Horário?
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Algo que as PMEs deviam interiorizar, o preço, mais baixo, não é o único critério. E neste caso a lição ainda é mais poderosa porque o produto comprado é o mesmo, a caixa é a mesma, só muda a prateleira, só muda o contexto.

2 comentários:

Miguel Pires disse...

...e muda o cliente alvo. Quem compra nas farmácias não é a mesma clientela que compra no hipermercado. Aposto que há uma grande correlação entre quem frequenta a farmácia e quem vai ao Pingo Doce do bairro (estou a pensar sobretudo em idosos que não têm meios de transporte adequados para ir ao hiper). Depois na farmácia há sempre um ouvido mais receptivo sobre os queixumes do reumático do que a/o caixa do hiper... e pelo caminho aproveitam e medem a tensão arterial, o que dá ainda mais tema de conversa e quem sabe um motivo para ir visitar o médico de família logo a seguir. Há todo um "ecosistema" de "third-places" que estão muito sintonizados para servir a população idosa e funcionam em circuito fechado: Pingo Doce, Centro de Dia, Posto Médico, Farmácia, Café do Bairro, Igreja...

CCz disse...

Sim, muda o cliente-alvo. E cito do livro referido:
"Look to context and segmentation to explain why a differential in value"