domingo, julho 19, 2009

O dia de Alberto

É a vida!
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Mesmo aos maiores campeões... chega uma altura em que a idade cobra a sua taxa para dar lugar à renovação das gerações.

Acordar as moscas que estão a dormir (parte XXXI)

Não sei qual é a resposta correcta, só posso especular uma hipótese.
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A pergunta é: o que nos separa da Irlanda? Se estamos com um colapso de 20% na recolha de impostos quando comparado com o ano anterior o que está a impedir o governo português de uma actuação à irlandesa?
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Exemplo de actuação irlandesa:
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"A further 17,000 state jobs must go (equal to 1.25m in the US), though unemployment is already 12pc and heading for 16pc next year.
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Education must be cut 8pc. Scores of rural schools must close, and 6,900 teachers must go. "The attacks outlined in this report would represent an education disaster and light a short fuse on a social timebomb", said the Teachers Union of Ireland.
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Nobody is spared. Social welfare payments must be cut 5pc, child benefit by 20pc. The Garda (police), already smarting from a 7pc pay cut, may have to buy their own uniforms. Hospital visits could cost £107 a day, etc, etc.
"Something has to give," said Professor Colm McCarthy, the report's author. "We're borrowing €400m (£345m) a week at a penalty interest.""
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Mais, por cá o governo até faz alterações à lei para aumentar as pensões apesar da deflação (-1%) implantada.
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A pergunta é: o que nos separa da Irlanda?
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Serão só as eleições de Setembro e Outubro?
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A justificação para esta actuação do governo irlandês reside nos €400m pedidos emprestados todas as semanas.
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Lembram-se das contas de Medina Carreira e Silva Lopes? Portugal tem um défice de 2 milhões de euros por hora. Uma semana tem 7 dias, um dia tem 24 horas... ora é só fazer as contas.
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Portugal pede emprestado por semana 2 x 24 x 7 = €336m por semana...
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Por que é que os irlandeses estão a agir como estão e nós por cá ... não passa nada?
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Trecho extraído de "For a glimpse of what awaits Britain, Europe, and America as budget deficits spiral to war-time levels, look at what is happening to the Irish welfare state."
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A pergunta é: o que nos separa da Irlanda?

"The imperative for the debt-bloated West is to cut spending systematically for year after year, off-setting the deflationary effect with monetary stimulus. This is the only mix that can save us."

Fisipe um exemplo de aposta nas margens

Do caderno de Economia do semanário Expresso de ontem destaco o artigo “Do têxtil para o carbono” onde se pode ler:
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“Focada no crescimento das margens, a Fisipe está a deixar a produção têxtil tradicional para se dedicar às fibras técnicas, como o carbono.”
“A empresa, que tem vindo a apostar na reconversão da actividade industrial, dos têxteis para a produção de especialidades e fibras técnicas com valor acrescentado”
“Não queremos crescer em volume de produção, mas na oferta de produtos com maior valor acrescentado”
Eis um exemplo de uma empresa que segue a minha religião: valor acrescentado em detrimento do volume. Não esquecer aquela máxima: volume is vanity, profit is sanity.
Acedendo ao nosso texto base sobre o conceito de proposta de valor podemos considerar a figura 10 sobre os atributos a ter em conta para satisfazer clientes-alvo que valorizam acima de tudo a inovação:
Se estivéssemos a desenhar um mapa da estratégia, entre vários objectivos estratégicos, uns mais específicos e outros mais genéricos, teríamos certamente em conta estes:
Ao pesquisar na internet o sítio da Fisipe encontrei este artigo “Internacionalizar é preciso” de onde sublinho os seguintes trechos:
1.”Temos participado em várias feiras e congressos nacionais e internacionais”
2.”A participação em feiras tem sido positiva não só pelos contactos realizados, mas também como forma de promover a imagem da Fisipe a nível internacional.”
3.”Participar em feiras internacionais, estar presente em congressos, aparecer nos eventos mais importantes do sector.”
4.”Temos que apostar em fabricar produtos de qualidade, com design, inovadores, com marca própria e com uma boa cadeia logística associada (o “lead time” é muito importante).
5.”Devemos também trabalhar mais próximo das universidades, poi é importante que nos conheçam e que, em conjunto, possamos desenvolver novos produtos e/ou novas aplicações para os produtos tradicionais.”
A figura que se segue relaciona as palavras do responsável de marketing da Fisipe com a proposta de valor:
A figura mostra como tudo fica encadeado de forma harmoniosa.
Agora, mais importante do que estes pormenores técnicos é a filosofia estratégica que parece permear a organização: o imperativo de fazer crescer as margens. Profit em vez de volume. Quem me dera ter mais sucesso no meu esforço missionário, na minha capacidade de converter mais PME’s a esta religião do valor acrescentado.
Como a empresa não pode receber apoios para aumentar a sua capacidade de produção… a aposta não é na quantidade mas no valor acrescentado… há aqui algo de biológico, perante o constrangimento legal de não poder crescer em capacidade de produção segue a máxima "nature evolves away from constraints, not toward goals"

sábado, julho 18, 2009

Para reflexão

"China's shoppers learn 'Made in China' hazard"
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"Outplaying your partner"
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Recordar o "O cavalo de Tróia chinês"
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Não vendam fruta!!!

Vendam anti-cancro na próstata:
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"There's new hope for men with prostate cancer when their disease doesn't respond adequately to standard medical care. According to the results of a long-term study presented this week at the 104th Annual Scientific Meeting of the American Urological Association (AUA) held in Linthicum, Maryland, pomegranate juice may effectively slow the progression of the disease, even when regular treatment has failed."
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Mudar de proposta de valor, como no caso dos morangos e do colesterol a aposta na saúde.

As empresas oportunistas... (parte II)

Parte I.
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As empresas oportunistas não acreditam na linearidade dos factos, apostam na relação, apostam no contacto, criam estórias de caserna, criam pequenos grandes épicos... o produto ou serviço vira um artefacto básico, o mais importante é o intangível que os rodeia, que lhes dá profundidade, que lhes dá personalidade.
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Esta semana uma PME recebeu uma reclamação de um cliente estrangeiro por causa de uma encomenda que tinha recebido... no dia seguinte, às 9h da manhã um gerente e um técnico estavam à porta do cliente para esclarecer o assunto. O problema foi resolvido e perante o sinal que o fornecedor tinha dado, o cliente, impressionado, marcado, colocou-lhe mais duas encomendas!!!
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Seth Godin traduz isto muito bem "Facts always win, right?"

Conta-me a tua experiência de vida

A propósito deste artigo no sítio do Público “Intelectuais lançam manifesto com “questões prementes” destinadas aos partidos políticos” por causa deste tipo de linguagem:

“Por outro lado, de há muito que se sente no País uma ausência de um modelo de desenvolvimento minimamente consensual que permita traçar orientações de médio e longo prazo e propiciar um quadro de coerência às políticas públicas e às estratégias empresariais.”

Desconfio que se trata de mais uma reflexão bem-intencionada de gente que vive na e da sociedade de produção de bens não transaccionáveis e, que acredita na capacidade e bondade do Grande Geometra.

“Como pensam reduzir o horário de trabalho regular, o abuso de recurso a horas extraordinárias, o duplo e triplo emprego de alguns, de modo a assegurarem melhor qualidade de vida das pessoas e melhor repartição do tempo entre o trabalho produtivo e a vida pessoal, familiar e cívica?”

Será que imaginam o que é competir no mercado de bens transaccionáveis? Será que percebem que num mês uma empresa pode estar cheia de encomendas e depois, no seguinte pode estar às moscas? Será que alguma vez viveram longe do ramram universitário, na dúvida sobre se haveria dinheiro para pagar o mês seguinte?

BTW, o documento fez-me recordar o livro “Broken Window Broken Businesses” de Michel Levine:

The broken windows theory originated in the context of crime. It states that if a window in a building is broken and is not quickly repaired then within a short period all of the windows will be broken, or that leaving such minor infractions uncorrected indicates that major crimes might also be condoned.

Levine has taken this model and applied it to business. His hypothesis is that it is the small problems left unattended that lead to business failure.

This is an interesting book. It deals with some familiar issues including customer service, marketing and website design, but from a slightly different angle. Levine recommends an obsession with the details and a compulsion to fix problems as soon as they arise. He emphasises the importance of customer perception and the obvious, if too frequently ignored, fact that values and promises are no good to the company if they are not practised by everyone.

Levine is not necessarily advocating that a CEO micromanage the frontline business, but he makes some good points around the value of maintaining high standards in the small, seemingly unimportant things.”

Hummmm!!! Estou mesmo a envelhecer!!!

Aranha, mais estudiosos de golfinhos!!!

sexta-feira, julho 17, 2009

Retoma no Batalha

No sítio do Público encontra-se “Roubini prevê fim da recessão norte-americana este ano” onde se pode ler:

Roubini, professor de economia da Universidade de Nova Iorque e também presidente da centro de previsões económicas, RGE Global Monitor, reuniu-se ontem com investidores num evento organizado pelo governo chileno, no qual transmitiu uma perspectiva optimista sobre a economia dos Estados Unidos.

No Naked Capitalism “However, Roubini issued a statement after markets closed repudiating the view that he had changed his view on the U.S. economy at all (see statement here).

Roubini chama a atenção ““While the recession will be over by the end of the year the recovery will be weak given the debt overhang in the household sector, the financial system and the corporate sector. Now there is also a massive re-leveraging of the public sector with unsustainable fiscal deficits and public debt accumulation.

O fim da queda dos indicadores não vai ser sinónimo de retoma… só fim da queda mais nada.

Não sacrificar a marca

Um importante conselho de Ram Charan no seu livro “Leadership in the Era of Economic Uncertainty", nestes tempos de crise: não sacrificar a marca, não estragar num ápice o que tanto custou a desenvolver:

“Brand identity is extremely valuable to your company as a long-term differentiator. Although there is clearly a major trend for consumers to move from branded products to private-label products, brand will remain a valuable asset. You need to be sure the customer’s experience with your product lives up to the promise of the brand. Do not give in to the temptation to sacrifice identity by cheapening the product.

A brand reputation takes a long time to build. It is something you cannot afford to lose.”

Um exemplo do poder das marcas "The Enduring Power of Brand: Leica vs Panasonic" (por isto é que um japonês com que trabalhei nos anos 90 do século passado, apesar de conhecer alguns problemas dos Alfa-Romeo (era a sua profissão descobri-los) adorava e invejava a marca.

Acordar as moscas que estão a dormir (parte XXX)

O artigo de Daniel Amaral no Diário Económico de hoje toca na ferida "A dívida".
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Como macro-economista, propõe uma solução de curto-prazo que pode muito bem, se aplicada, transformar-se em mais uma adição para o nosso tecido empresarial, que todos os anos vai voltar a querer a boleia de um abaixamento de salários.
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Esta semana estive em várias PME's que até ao Natal têm de trabalhar todos os sábados, dado que estão soterradas de trabalho. E continuam a ganhar mais encomendas.
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Como macro-economista que se preza não profere nem uma palavra sobre o peso do cuco.
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"Como imaginam, nenhum partido vai falar disto no decorrer da campanha eleitoral. Mas um deles vai ter de formar governo. E aqui, uma de duas: ou não faz nada, e será um desastre económico, ou reduz mesmo os salários, e será um suicídio político. O mais provável é que não dure 6 meses.

Proponho uma via melhor: uma vez que o futuro governo vai sair do bloco PS/PSD, que tal estes partidos discutirem o problema entre si e definirem para ele uma solução conjunta?"

Elementos de vitória

Fernando Pessoa escreveu em Maio de 1926 o texto "Elementos de vitória", publicado pela Revista de Comércio e Contabilidade:
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Estão cheias as livrarias de todo o mundo de livros que ensinam a vencer. Muitos deles contêm indicações interessantes, por vezes aproveitáveis. Quase todos se reportam particularmente ao êxito material, o que é explicável, pois é esse o que supremamente interessa a grande maioria dos homens. A ciência de vencer é, contudo, facílima de expor; em aplicá-la, ou não, é que está o segredo do êxito ou a explicação da falta dele. Para vencer - material ou imaterialmente - três coisas definíveis são precisas: saber trabalhar, aproveitar oportunidades, e criar relações. O resto pertence ao elemento indefinível, mas real, a que, à falta de melhor nome, se chama sorte. Não é o trabalho, mas o saber trabalhar, que é o segredo do êxito no trabalho. Saber trabalhar quer dizer: não fazer um esforço inútil, persistir no esforço até o fim, e saber reconstruir uma orientação quando se verificou que ela era, ou se tornou, errada. Aproveitar oportunidades quer dizer não só não as perder, mas também achá-las. Criar relações tem dois sentidos - um para a vida material, outro para a vida mental. Na vida material a expressão tem o seu sentido directo. Na vida mental significa criar cultura. A história não regista um grande triunfador material isolado, nem um grande triunfador mental inculto. Da simples "vontade" vivem só os pequenos comerciantes; da simples "inspiração" vivem só os pequenos poetas. A lei é uma para todos."
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Saber trabalhar (ter uma orientação, ter uma estratégia e reflectir sobre ela); aproveitar oportunidades (as oportunidades multiplicam-se, à medida que são aproveitadas); criar relações (criar uma rede de contactos)

Obrigado Aranha pela referência

quinta-feira, julho 16, 2009

Ao que isto chegou!!!

"IMF warns pound could be at risk from uncertainty"
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"In a report published yesterday following a staff mission to Britain in May, the IMF said that a "credible plan" was needed to reverse the rapid deterioration of the public finances if confidence in the UK was to be upheld.

"Market conditions suggest the UK has been getting the benefit of the doubt, both in the Government bond market and also the foreign exchange market," said Ajai Chopra, the IMF's mission chief for the UK. "This benefit of the doubt is not going to last forever and it's going to be important that the Government does not test the limit of the market's confidence."

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E para nós, até quando dura a +rotecção do euro?

Começar pelo fim, para fugir aos rituais ocos

A propósito do artigo de Filipe Garcia no Jornal de Negócios “O Processo” onde se pode ler:
"O Processo" pode ser relevante de várias formas, mas destacaria essencialmente duas perspectivas: em primeiro lugar, do ponto de vista conceptual, o livro mostra-nos que as instituições podem desvirtuar-se, abandonando os seus objectivos ou funções, bastando que se percam numa teia de procedimentos, hierarquias, paradigmas e práticas, aniquilando a sua razão de existência e quem quer que esteja ao seu redor. Em segundo lugar, evidencia como, para o indivíduo, é crucial compreender a necessidade de, desde o início, controlar os processos (de qualquer tipo) e de não deixar a mínima margem para que a burocracia, os ritos, as práticas instaladas ou mesmo terceiros aparentemente prestáveis o afastem ou inviabilizem os seus objectivos.”
Recordo esta reflexão sobre a finalidade dos processos:
Antes de olhar para o interior de um processo, propomos que se equacione em primeiro lugar: qual a sua razão de ser; qual a sua finalidade, qual o seu entorno, quais as entradas, quais as saídas, quais as fronteiras.
Pensamos que esta sequência ajuda a concentrar a atenção na finalidade, nos resultados, e não nas actividades, não na quantidade de trabalho, não no que parece bem, nas boas intenções.
Ou, como deliciosamente escreve Tom Peters no seu livro “Re-imagine!”:
“When we think about “systems” or “processes,” we think about nuts and bolts – the dirty engineering details – that go into creating something that will “get the job done.”
We think in terms of “efficiency,” not “elegance.”
And yet most of the trouble business get into – in serving their customers and in general getting things done in dispatch – is directly attributable to the ugliness of their systems and processes. Over time, even a beautiful system tends to get elaborated and elaborated … and then more elaborated … with every change. Each one made, of course, for a “good reaon.” Until the whole ugly, sloppy, inefficient, demoralizing, dehumanizing mess makes everybody unhappy. We end up “serving the system” rather than having the system serve us.”
Para fugir a isto, vão por mim, comecem pelo fim.

Acordar as moscas que estão a dormir (parte XXIX)

“The bourgeoisie worked primarily in order to invest, and it was not so much a standard of consumption as a standard of accumulation that the bourgeoisie struggled for and tried to defend against governments that took the short-run view. With the decline of the driving power supplied by the family motive, the businessman’s time horizon shrinks, roughly, to his life expectation. And he might now be less willing than he was to fulfill that function of earning, saving and investing even if he saw no reason to fear that the results would but swell his tax bills. He drifts into an anti-saving frame of mind and accepts with an increasing readiness anti-saving theories that are indicative of a short-run philosophy.”

Trecho retirado de "Capitalism, Socialism and Democracy" de Joseph Schumpeter

Lembrei-me deste trecho ao ler "De onde virá o dinheiro?" no jornal i:

"Será através de dinheiro emprestado que se vai redinamizar a economia. Isto significa que o dinheiro que desapareceu (ou que existia apenas virtualmente) está a ser substituído por mais dinheiro emprestado - algum dele também virtual. "

quarta-feira, julho 15, 2009

Cuidado com os bem intencionados crentes no Grande Geometra

Á atenção dos crentes no Grande Geometra, no Grande Planeador que tudo sabe e que vela por nós melhor do que nós próprios.
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"Managers doomed to repeat the mistakes of history"

As empresas oportunistas...

Quando ocorrem crises, momentos de ruptura como os que vivemos, as empresas oportunistas procuram aproveitar as... oportunidades que surgem.
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No mundo do B2B, como é que as empresas portuguesas podem aproveitar o momento?
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"Under current economic conditions it is a foregone conclusion that the cost structure of your business is changing. The cost of risk has increased, and currency exchange rates have become extraordinarily volatile" (BTW, no Público hoje "A administração norte-americana apelou ao Governo chinês para que deixe a moeda chinesa valorizar-se mais e abra os seus mercados como forma de ajudar a economia mundial a sair da crise")
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"Most companies should step back and think about what would be a better global footprint for manufacturing facilities and the supply chains to and from those facilities. One of the major shifts already happening is to bring manufacturing closer to markets to tighten the links between manufacturing and marketind and reduce the delays that a more spread-out footprint often entails." (Basta recordar a proximidade, tema em voga há um ano neste blogue e, os fretes marítimos e o passo de caracol que incompatibiliza Ásia com moda)
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"Ever-closer synchronization is the key. There is much you can do right away to tighten the links between suppliers, your own company's operations, and your customers to allow you all to react faster to changes in the external environment." (Não vendam produtos, isso é o básico, aí temos muita concorrência, vendam flexibilidade, vendam rapidez, vendam segurança, vendam risco diminuído, vendam know-how, vendam... tudo menos o produto, o produto é a base)
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"The essenve of your job now is to achieve the greater flexibility needed to survive the slump and give you an advantage when conditions improve" (Will they ever improve back to what it was? I don't think so!)
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"One of your main goals is to minimize the cash used in inventories, both incoming and outgoing." (Encomendas pequenas, produzidas e entregues rapidamente! Contentores cheios? Cartas de crédito não aceites? Dinheiro empatado n meses?)
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"Doubtless you remember well the summer of 2008, when commodity prices were soaring, shortages were widespread, and hoarding was common. The downturn reversed those price trends and brought with it tremendous volatility in currency values, but you can be sure the climb will resume when global demand recovers. Is your supply chain designed to deal efficiently with high oil ande gasoline prices?"
Trechos extraídos do livro de Ram Charan "Leadership in the Era of Economic Uncertainty".

O princípio do fim?

No Público de hoje "BCP falha empréstimo obrigacionista":
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"O Banco Comercial Português (BCP) falhou o objectivo de emitir, até ao final de Julho, um empréstimo obrigacionista de até 1,2 mil milhões de euros, conforme tinha anunciado. Esta operação destinava-se a reforçar os rácios de capital da instituição, dispensando, portanto, o recurso aos accionistas."
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No Jornal de Negócios "BCP falha testes de "stress" na Europa":
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"O Banco Comercial Português (BCP) é, actualmente, a instituição financeira nacional com o rácio de solvabilidade mais baixo, de 6,8%. E, num contexto de deterioração da economia e consequente aumento do incumprimento do crédito, este nível tornar-se-ia insuficiente para a viabilidade do banco, de acordo com o ESN."

Segundo o ministro é impossível baixar

Aranha, Duck...
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Depois eu é que sou o culpado!
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"Preços de produtos lácteos reduziram 50% em 2 anos na União Europeia"

O cavalo de Troia chinês

Estão à espera de quê?
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"Peter Chou wants to turn HTC, which used to make mobile phones for other firms, into a brand in its own right" (em "Upwardly mobile").
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Alimentam os lobos e depois queixam-se de que lhes vêm roubar as presas!!!
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"Many Chinese original equipment manufacturers (OEMs) will become increasingly sensitive to questions of brand equity as they begin to realize how dramatically over-capacitized their respective markets are. The realization that broad product parity exists, and that any number of their competitors produce reasonably priced and good-quality products, is typically the beginning of a profound realignment of their business toward other intangible activities - such as product innovation and brand-equity exercises - that were previously not essential for their business to be successful." (em "The brand new China")
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Ou, "When Your Contract Manufacturer Becomes Your Competitor" (na altura enquadrei o artigo desta forma)
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Ou o Cavalo de Troia que alimentamos "China has become the OEM manufacturer of choice due to low labor costs and high quality standards. But are Western companies simply creating a nemesis that will come to challenge them back home?" (em China's OEM Trojan Horse)
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Por exemplo: "The question is: how long before these OEM manufacturers start doing their own research and development work, designing their own packaging and taking their products to market under their own names?The answer is: it's already happening."
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"I see reps from shoes and furniture name brands in Europe, and they clearly see China just as a low-cost production outsource. I want to say to them: don't you realize these Chinese companies are going to be your big competitors, and it was you that made it possible for them to get there? You have put your key competences in their hands!""

terça-feira, julho 14, 2009

Grande bandalheira

Lembram-se deste resultado "Mais uma vez: o que interessa são os resultados (a eficácia), não os procedimentos" cada vez mais sinto que o que se passava com os centros de inspecção automóvel está a passar-se agora com as entidades certificadoras... são impressionantes as estórias que me chegam aos ouvidos... consultores que são auditores da entidade certificadora e que são funcionários de pessoas que têm relações familiares com directores de entidades certificadoras... é um escândalo a bandalheira para que a certificação ISO 9001 está a resvalar.