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terça-feira, agosto 03, 2021

Mongo é assim!

Introdução:

"Altra running has sped up. Naturally. And as the Denver-based company celebrates 10 years of natural running, the growth of the footwear company only continues.

Known on the trail for its Lone Peak and on the road for the Torin, the uniquely designed footwear has experienced steady progress over a decade and a rapid rise over the past year with 17% growth from spring 2020 to spring 2021 and 54% growth during the height of the pandemic."

As tribos apaixonadas (os assimétricos), we are all weird:

"“The brands offering uniquely different propositions, a different direction, those are the brands growing the fastest. What we are seeing is that through the pandemic we are still growing at a faster percentage than the traditional brands.”"

Skin-in-the-game, não é inovar, é resolver um problema:

"The two eventually ran the store and the self-professed shoe geeks started tinkering. Working with a nearby resoler, they started customizing off-the-shelf running shoes to reduce the wedge on the heel and open up the toe box for a more natural foot splay."

Quando David se aproxima de Golias este despreza-o. Quando a Deutsch Post fez a proposta de um veículo eléctrico à VW esta rejeitou por falta de volume:

"The co-founders went to every running brand they could to “beg them to build” shoes the way they were creating them after market, but when nobody would—and some laughed in their faces—they did it themselves.

Altra started with a road shoe, the Instinct, pre-launched in April 2011 ahead of the brand’s true August 2011 launch. “It’s just been an amazing 10 years of trying to encourage people to look at shoes differently,” Beckstead says."

Trechos retirados de "Altra, One Of The Fastest-Growing Running Footwear Brands, Celebrates Natural Running"

terça-feira, abril 27, 2021

Sem resultados pelos quais responder não há skin-in-the-game

Em 2016, "Mambo jambo de consultor ou faz algum sentido?".

Há dias, "Então, o negócio deixava de ser tubagens...".

Agora:


Como não recordar tantos postais de há mais de 10 anos. Por exemplo, uma série de clássicos deste blogue são os planos de combate à SIDA, ou de combate à violência doméstica, carregados de actividades mas sem um único compromisso quanto a um resultado.

Recordar os monumentos à treta:
A Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil nunca tem o pescoço no cepo. Não existe para produzir resultados, existe para agir (planear, coordenar e executar). Quando questiono os organismos públicos sobre isto, invariavelmente respondem:

- Mas nós não controlamos os resultados, os resultados dependem de tanta coisa que está para lá de nós!

Quanto tenho mais confiança respondo:

- E as empresas, controlam os clientes? Por que têm objectivos de vendas?

Sem resultados pelos quais responder não há skin-in-the-game. 

Isto põe-me a pensar em Schumpeter e em Deirdre McCloskey ...

sexta-feira, novembro 06, 2020

"a class of people who inflict risk on others without being affected by the outcome"

"PAUL SOLMAN: The no-skin-in-the-game class?

NASSIM NICHOLAS TALEB: Exactly. Decision-makers who can drag you into intervention, can drag you into policies that cosmetically feel good, but eventually, somebody pays a price and it’s not them.

There are two levels. The first one, and the most obvious one, is people who intervene in Iraq, thinking, “Hey, we’re going to bring democracy,” or some abstract concept. The thing falls apart, and they walk away from it. They’re not committed with living or owning the toy. They broke it. They don’t own it. Then, the same people make the same mistake with Libya and then now currently with Syria, the warmongers. In the past, historically, warmongers were soldiers. You could not rise in a senate if you didn’t have war experience. [Today if] you have a class of people who inflict risk on others without being affected by the outcome, that class of people is going to disrupt the system, causing some kind of collapse."

Trecho retirado de "Beware ‘faux experts’ who don’t pay for their actions, Nassim Taleb says

terça-feira, março 24, 2020

Gente com skin-in-the-game

No Domingo escrevi no Twitter:


Agora:


Gente com skin-in-the-game

Entretanto, outros continuam em campanha eleitoral:


quinta-feira, novembro 28, 2019

Os empresários com o dinheiro dos tansos, sem qualquer skin-in-the-game

O mainstream em Portugal, se calhar em todo o mundo, é facilmente iludido. Estranho é a credulidade fácil dos media e dos supostos especialistas dos media.

Notícias nos media:


A primeira coisa que me veio à cabeça quando ouvi isto foi:
No passado dia 25, no JdN Teodora Cardoso mostrou que tem os pés no chão:
"Já vi recentemente nos jornais, em relação a investimento público duas coisas que me deixaram preocupada. Uma foi aquela ideia, que até pode ser boa, da exploração do lítio e da refinaria do lítio. Pode ser que haja boas razões para o fazer. Agora, não é assim que isto se decide. Já vimos ao longo do tempo N casos de grandes projetos de investimentos que nos iam pôr na liderança de qualquer coisa e que acabaram com a Caixa Geral de Depósitos falida. Não é por aí que o problema se resolve. O que é preciso saber é em que é que esses projetos consistem e qual é a sua racionalidade económica e o risco que envolvem. Porque se não, lá vamos bater na tal tecla: o Estado assume o risco, que não está no Orçamento, e quando os problemas se criarem lá estamos nós para pagar. Estas decisões tomadas assim e anunciadas assim são um mau sinal, porque não é assim que estas decisões se tomam.
E nem é num gabinete ministerial que se negoceia isto com um investidor qualquer. Tem de ser muito mais transparente, tem de haver gente competente no assunto - que eu não sou evidentemente - a discutir e a ver os prós e os contra e os riscos envolvidos. E tem de ser público, e o Governo tem de se responsabilizar por esses resultados. Não pode vir depois dizer quando acontecem os problemas que foi do Govenho anterior.
.
Há falta de transparência?
O outro exemplo achei, se possível, ainda pior, que é o do comboio português. Essas indústrias, nós sabemos, têm enormes economias de escala. São duas ou três empresas mundiais que tratam disso. O nosso mercado não tem escala para coisa nenhuma, como é evidente. Uma empresa que seja capaz de competir a nível global com aquelas que já estão instaladas e competem entre si - que não é brincadeira nenhuma -,... que nós poderíamos alguma vez presumir ter este tipo de investimentos
. Se for por esse caminho que queremos estimular a economia."

terça-feira, outubro 29, 2019

Por que continuamos a ignorar os rinocerontes cinzentos?

Ontem em, "Stupid Cassandras, não vêem o oásis", citei Nassim Taleb:
"Taleb points out an interesting approach to getting high-quality information: “Don’t take advice from those who are not at risk” for the consequences of a possible inflection point."
É uma das tragédias do nosso tempo. Gente que toma decisões sem sofrer as consequências. Lembram-se da diferença entre os políticos e os espalhadores de bosta?

Falemos sobre produtividade e salários.

O que acontece a uma empresa que aumenta os salários mais do que a capacidade de criar riqueza, a produtividade?





Entra no vermelho e se não inverte a situação terá de fechar.

O que aprendi em Novembro de 2007 com a experiência finlandesa?
"It is widely believed that restructuring has boosted productivity by displacing low-skilled workers and creating jobs for the high skilled."
Mas, e como isto é profundo:
"In essence, creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants."
O que aprendi em Abril de 2018 com Nassim Taleb?
"Systems don’t learn because people learn individually – that’s the myth of modernity. Systems learn at the collective level by the mechanism of selection: by eliminating those elements that reduce the fitness of the whole, provided these have skin in the game
O que comecei a encontrar na imprensa há cerca de um ano, veículado e proposto por gente sem skin-in-the-game? Reparem na abordagem:

  • continuamos a ter níveis de produtividade muito baixos;
  • se esperarmos que as empresas aumentem a sua produtividade para que os salários possam dar saltos importantes, nunca o conseguiremos. Pois as empresas têm dificuldade em fazer crescer a produtividade;
  • a alternativa é inverter a ordem das coisas, fazer subir os salários e obrigar as empresas a subir a sua produtividade ou a morrerem;
  • é uma proposta legítima, mas típica de quem não vai sofrer as consequências do que propõe
Não invento, abordagem descrita em Janeiro de 2019 em: "Espero que não vos tremam as pernas quando as empresas começarem a cair como tordos".

Qual o grande soundbite do discurso de posse do novo governo? A subida do salário mínimo nacional. A grande prioridade.
O que publicam os jornais portugueses sob a secção "economia"? (postal de 2008 e, sobretudo este postal de 2009).

O que faz Merkel na Alemanha? Age como a Cassandra, alerta para o excesso de auto-confiança e falta de desassossego:
"Berlin Es ist noch nicht lange her, dass Kanzlerin Angela Merkel die Unternehmen vor zu viel Selbstgewissheit gewarnt hat. Angesichts des Tempos der technologischen Entwicklung und der Veränderungen in der Welt habe sie Sorge, dass „in der deutschen Wirtschaft die Bereitschaft, disruptive Wege zu gehen und neue Herangehensweisen zu wählen, ein bisschen gebremst werden könnte, weil man heute ja noch ganz gut dasteht“, sagte sie im Juni beim Tag der deutschen Industrie."

Por que continuamos a ignorar os rinocerontes cinzentos

Depois, a culpa é dos Passos desta vida, do último e do próximo.

quinta-feira, setembro 19, 2019

"The Great Sparrow Campaign" - gente perigosa (parte II) ou Heterogeneidade dos mercados (parte III)

Esta manhã ao ler um artigo delicioso, aborda o tema da estratégia sobre uma perspectiva psicológica que nunca tinha lido, a certa altura escrevi na borda do texto digital: (cromos, galeria, Zapatero, cemitérios).

Agora acrescento "realidade aumentada" segundo esta abordagem em "Para assentar ideias". Neste texto escrevo que, tal como no artigo que ando a ler, a realidade existe, mas nós não somos capazes de ver a realidade, nós só somos capazes de ver aquilo que a nossa experiência nos preparou para ver. Por isso, quando o mundo muda, é fundamental ter gente sem mapas cognitivos castrados em posições de poder, para não estarem demasiado prisioneiros do passado. Por isso, escrevi que o melhor era Zapatero sair. Por isso, coleccionei a galeria de cromos, gente formatada numa época e incapaz de partir o molde onde foi educada. Como não recordar Napoleão:
Por isso, apontei "cemitérios" por causa de uma frase de Max Planck: "Uma nova verdade científica não triunfa convencendo seus oponentes e fazendo-os ver a luz, mas porque seus oponentes finalmente morrem e uma nova geração  que está familiarizada com ela cresce".

Em Portugal, com as mesmas caras há décadas nos cargos de poder parece que continuamos sempre a combater os desafios de hoje com a mentalidade que formatou essa mesma gente no tempo em que não havia nem internet, nem União Europeia.

Em ""The Great Sparrow Campaign" - gente perigosa" escrevi mais uma vez sobre os jogadores amadores de bilhar, um tipo de gente muito perigoso. Gente que Reich apelidaría de Zé-Ninguém, só capaz de ter um horizonte temporal entre o que almoçou e o que vai jantar.

Em Março e Dezembro de 2016 escrevia aqui que havia uns aprendizes de feiticeiro à frente da APROLEP. essa gente queria acabar com as importações de leite, esquecendo que Portugal exportava mais leite do que aquele que importava. Claro, em 2018 a brincadeira rebentou-lhes na mão, a medida que defendiam em 2016 para impedir as importações de leite, arrasou as importações de leite em Espanha, leite que era exportado por ... Portugal.

Esta semana li um texto que me fez lembrar os aprendizes de feiticeiro à frente da APROLEP, desta feita acerca das importações de carne... here we go again, "Defender a Agricultura, defender Portugal":
"A agricultura é a arte de produzir alimentos para a sociedade, [Moi ici: Estou farto de escrever aqui no blogue que a função do agricultor não é alimentar a sociedade, a função do agricultor é ganhar dinheiro através da prática da agricultura. A sociedade não quer saber dos agricultores, quer produtos agrícolas baratos nem que venham da Ucrânia. Por isso, o agricultor não deve ser trouxa e deve trabalhar para quem valoriza o fruto da sua actividade. Adiante] ocupando o território e fixando pessoas, que, através da sua actividade agrícola, mantêm os territórios limpos e ordenados, contribuindo para a manutenção da fauna e flora autóctones. [Moi ici: Sim, a começar pelos eucaliptos, não é?]
...
Portugal é deficitário em carne, e nesse sentido deve apostar em equilibrar a sua balança comercial através do aumento da sua produção nacional.[Moi ici: Cuidado com a estratégia cancerosa, que destrói a joalharia]
...
É com este tipo de medidas que iremos conseguir reduzir a nossa pegada carbónica, ao contrário do que nos tentam vender dizendo que a carne importada até é mais barata… e onde os custos ambientais já não são tidos em conta, como é o exemplo do recente acordo da UE com o Mercosul. A Fenapecuária é literalmente contra este acordo, considera mesmo que é um acordo desleal para com o sector e solicita a todos os partidos políticos que reflictam bem sobre o que está em causa.[Moi ici: Gente ao nível de um Nuno Melo e do seu grito contra os paquistaneses. A um produtor de carne eu aconselharia a subir na escala de valor, a fugir da concorrência pela quantidade e preço e que apostasse na joalharia]
.
Os portugueses merecem saber que as condições e regras de produção não são as mesmas, os portugueses merecem saber que o sector pecuário nacional é moderno, respeita as regras ambientais, cumpre com o bem-estar animal,"[Moi ici: Indo por este caminho, alimentamos o discurso que legitima alguém na Alemanha, ou em França, dizer que a carne portuguesa é produzida em condições e regras de produção que não são as mesmas. O karma é lixado!]"

sexta-feira, agosto 23, 2019

"The Great Sparrow Campaign" - gente perigosa

A propósito de:

Mais um exemplo de praticantes amadores de bilhar, de gente que não estuda as consequências das suas decisões e, sem skin-in-the-game não sofrem as consequências das disrupções que provocam.


Há dias li "Four Pests Campaign"(1) recomendo vivamente a sua leitura. Já Confúcio dizia que a melhor forma de aprender era com o erro dos outros.

Daqui do blogue recordo alguns exemplos:


Os humildes praticam a Via Negativa (Maio de 2013).


(1) - Em 1958 o governo chinês chamava aos pardais agentes a soldo do capitalismo. Qualquer governo, de direita ou de esquerda, todos os anos vomita umas mentiras, umas fáceis de desmascarar, outras mais difíceis (BTW, quando é que estavam para terminar as obras da ala pediátrica do Hospital  de S. João no Porto? 2017? 2018? 2019? Já começaram?).






terça-feira, abril 23, 2019

Tão bom!!!




"In real life, belief is an instrument to do things, not the end product. This is similar to vision: the purpose of your eyes is to orient you in the best possible way, and get you out of trouble when needed, or help you find a prey at distance. Your eyes are not sensors aimed at getting the electromagnetic spectrum of reality. Their job description is not to produce the most accurate scientific representation of reality; rather the most useful one for survival.
...
In that sense harboring superstitions is not irrational by any metric: nobody has managed to reinvent a metric for rationality based on process. Actions that harm you are observable.
...
Survival comes first, truth, understanding, and science later [Moi ici: Tão poderoso!!!]...
In other words, you do not need science to survive (we’ve done it for several hundred million years) , but you need to survive to do science. As your grandmother would have said, better safe than sorry.
...
bounded rationality: we cannot possibly measure and assess everything as if we were a computer; we therefore produce, under evolutionary pressures, some shortcuts and distortions. Our knowledge of the world is fundamentally incomplete, so we need to avoid getting in unanticipated trouble.
...
Judging people on their beliefs is not scientific
.
There is no such thing as “rationality” of a belief, there is rationality of action.
The rationality of an action can only be judged by evolutionary considerations...
The axiom of revelation of preferences states the following: you will not have an idea about what people really think, what predicts people’s actions, merely by asking them – they themselves don’t know. What matters, in the end, is what they pay for goods, not what they say they “think” about them, or what are the reasons they give you or themselves for that. (Think about it: revelation of preferences is skin in the game). Even psychologists get it; in their experiments, their procedures require that actual dollars be spent for the test to be “scientific”. The subjects are given a monetary amount, and they watch how he or she formulates choices by spending them. However, a large share of psychologists fughedabout the point when they start bloviating about rationality. They revert to judging beliefs rather than action.
...
Actually, by a mechanism (more technically called the bias-variance tradeoff), you often get better results making some type of “errors”, as when you aim slightly away from the target when shooting. I have shown in Antifragile that making some types of errors is the most rational thing to do, as, when the errors are of little costs, it leads to gains and discoveries.
This is why I have been against the State dictating to us what we “should” be doing: only evolution knows if the “wrong” thing is really wrong, provided there is skin in the game for that."...
Rationality is not what has conscious verbalistic explanatory factors; it is only what aids survival, avoids ruin.
.
Rationality is risk management, period."

quinta-feira, março 28, 2019

"creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants"

O Nuno enviou-me um artigo que me pôs a pensar. Vários tópicos positivos e um sinal de preocupação.
"A TrimNW foi criada em Março de 2015 na sequência do fecho da antiga Ipetex do Cartaxo, que abriu insolvência nesse ano. Vários trabalhadores acreditaram na mais-valia de uma das áreas de negócio – a do sector automóvel – e avançaram por sua conta e risco, sendo bem sucedidos.[Moi ici: Este parágrafo faz-me lembrar Maliranta e Taleb. A empresa fechou e foram os trabalhadores num novo projecto, com skin in the game, que encontraram uma resposta para o aumento da produtividade necessária]
...
A empresa produz para nichos de mercado e tem vários clientes importantes, incluindo marcas de automóveis de luxo do Reino Unido, para quem chega a produzir séries limitadas de até 10 mil peças por ano.
.
A experiência e conhecimento adquiridos ao longo dos anos, juntamente com a qualidade dos seus produtos e da prática de preços competitivos, fazem da TrimNW um nome forte na Europa na produção daqueles materiais. [Moi ici: Este é o trecho que me deixa alguma preocupação. Se trabalham para nichos e fazem séries limitadas o preço não devia ser um factor crítico]
...
Os negócios fazem-se desde que a gente corra atrás deles. Se ficarmos aqui quietos à espera que venham ter connosco eles não vêm. O nosso material é muito específico, temos de procurar os nossos clientes, procurar as oportunidades que eles nos possam dar."[Moi ici: Proactividade, uma postura tão necessária nos tempos que correm]

Nunca esquecer:
"It is widely believed that restructuring has boosted productivity by displacing low-skilled workers and creating jobs for the high skilled."Mas, e como isto é profundo:"In essence, creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants." Por favor voltar a trás e reler esta última afirmação. Pensem nos teóricos que dizem que a produtividade só cresce com mais educação académica.

Trechos retirados de "TrimNW é uma empresa de Santarém à conquista do mercado europeu"

sábado, abril 21, 2018

Vintage Taleb

"Unless consequential decisions are taken by people who pay for the consequences, the world would vulnerable to total systemic collapse. And if you wonder why there is a current riot against a certain class of self-congratulatory “experts”, skin the game will provide a clear answer: the public has viscerally detected that some “educated” but cosmetic experts have no skin in the game and will never learn from their mistakes, whether individually or, more dangerously, collectively.
...
Systems don’t learn because people learn individually –that’s the myth of modernity. Systems learn at the collective level by the mechanism of selection: by eliminating those elements that reduce the fitness of the whole, provided these have skin in the game.[Moi ici: Isto é tão Maliranta!!! Foi a Maliranta que roubei a primeira citação na coluna de citações no lado direito deste blogue - 2007!!! Como o tempo voa - ""In essence, creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants""]
...
And in the absence of the filtering of skin in the game, the mechanisms of evolution fail: if someone else dies in your stead, the built up of asymmetric risks and misfitness will cause the system to eventually blow-up.[Moi ici: Beware de sistemas políticos (todos sem skin in the game) que absorbem cada vez mais capacidade de decisão]
.
Yet the social science and the bureaucrato-BSers have missed and keeps missing that skin in the game is an essential filter. Why? Because, outside of hard science, scholars who do not have skin in the game fail to get that while in academia there is no difference between academia and the real world, in the real world, there is."[Moi ici: Eheheheh os media ainda não perceberam isto - 25 exemplos aqui
BTW, e políticos que vivem em casa dos papás, ou ligados ao soro da máquina do estado, a debitar sobre o que é que os empresários devem ou não fazer?


Trechos retirados de "What do I mean by Skin in the Game? My Own Version"

sexta-feira, maio 26, 2017

skin in the game

"Skin in the Game is about symmetry under random outcomes: just as you should treat others in the way you’d like to be treated, you would like to share the responsibility for random outcomes without unfairness and iniquity. If you inflict risk on others, and they are harmed, you need to pay some price for it.
...
to this author, skin in the game is mostly about justice, honor, and sacrifice, as something existential for humans.
...
Skin in the game, applied as a rule, reduces the effects of the following divergences that arose from civilization, those between: action and cheap talk (tawk), consequence and intention, practice and theory"


Retirado do próximo livro de Nassim Taleb sobre o tema Skin in the Game

segunda-feira, maio 01, 2017

Mongo será fértil em criatividade focada

Gente com skin-in-the-game, gente com os pés assentes na terra e com um job to be done é capaz de milagres, "Quando os doentes e familiares inventam soluções que a medicina não dá".

Mongo vai ser terreno fértil para esta criatividade focada que não procura o crescimento acima de tudo.


sexta-feira, março 24, 2017

A ilusão das regras (parte I)

Um excelente texto, "The Rule Illusion", a fazer lembrar todos aqueles que sem skin-in-the-game criam leis e mais leis:
"You could safeguard against rules that hinder people doing the right thing while failing to solve the presumed problem by ensuring the rule-makers themselves are subject to the rules they make. At least they would then experience first-hand the benefits and the costs involved.
...
In practice, those who make the rules are often insulated from the true consequences. The lack of a good feedback mechanism to adjust the rules would be bad enough if the rules were based on evidence and logic. But it’s often even worse, because rules often originate from received (but dubious) wisdom, unproven ‘common sense’, or reactions to one-off events. Rules that are based on beliefs rather than evidence, and never tested, are unlikely to produce net benefits. Yet such rules are precisely the ones the makers feel most protective of."
Mas voltaremos a este texto por causa das greves de zelo e não só.

domingo, fevereiro 26, 2017

"intimate with the cosmetic details, but are clueless about the subject"

Como é que eu não posso gostar de Nassim Taleb?
"I would seek the butcher as a third option if my choice was between two doctors who looked like doctors. Why? Simply the one who doesn’t look the part, conditional of having made a (sort of) successful career in his profession, had to have much to overcome in terms of perception. And if we are lucky enough to have people who do not look the part, it is thanks to the presence of some skin in the game, the contact with reality that filters out incompetence, as reality is blind to looks.
.
When the results come from dealing directly with reality rather than through the agency of commentators, image matters less, even if it correlates to skills. But image matters quite a bit when there is hierarchy and standardized “job evaluation”. Consider the chief executive officers of corporations: they not just look the part, but they even look the same. And, worse, when you listen to them talk, they will sound the same, down to the same vocabulary and metaphors. But that’s their jobs: as I keep reminding the reader, counter to the common belief, executives are different from entrepreneurs and are supposed to look like actors.
.
Now there may be some correlation between looks and skills; but conditional on having had some success in spite of not looking the part is potent, even crucial, information."
Como não pensar logo na procissão de membros da tríade (recomendo a leitura da série desde o número I) que costumamos sovar aqui periodicamente?
"In any type of activity or business divorced from the direct filter of skin in the game, the great majority of people know the jargon, play the part, are intimate with the cosmetic details, but are clueless about the subject." [Moi ici: Olha lembrei-me de Frasquilho]
O Cortes não vai gostar desta:
"Some rules. People who have always operated without skin in the game (or without their skin in the right game) seek the complicated, centralized, and avoid the simple like the pest. Practitioners on the other hand have opposite instincts, looking for the simplest heuristics.
.
People who are bred, selected, and compensated to find complicated solutions do not have an incentive to implement simplified ones
...
In other words, Many problems in society come from the interventionism of people who sell complicated solutions because that’s what their position and training invites them to do. There is absolutely no gain for someone in such a position to propose something simple: you are rewarded for perception not results. They pay no price for the side effects that grow nonlinearly with such complications."

domingo, fevereiro 19, 2017

Fragilismo e skin in the game

"Simply, my collaborators and I managed to define fragility as sensitivity to disorder
...
(More technically, being fragile, it necessarily has a nonlinear reaction to stressors: up until its breaking point, shocks of larger intensity affect it disproportionally more than smaller ones).
...
Is fragile what has an asymmetric response to volatility and other stressors, that is, will experience more harm than benefit from it.
...
the operation of time is necessarily done through skin in the game. Without skin in the game, via contact with reality, the mechanism of fragility is disrupted: things may survive for no reason for a while, then ultimately collapse causing a lot of side harm.
...
Overconfidence: Fiducia pecunias amici “I lost money because of my excessive confidence”, Erasmus citing Theognis, Epicharmus"
Trechos retirados de "An Expert Called Lindy"

sábado, maio 14, 2016

Acidente ou torrefacção?

Hoje em dia no mundo do empreendedorismo está em voga a celebração da falha.
.
O meu lado liberal (na terminologia norte-americana) percebe a celebração. É claro que reduzir o custo social da falha baixa as barreiras de entrada e de saída para os empreendedores. Assim, mais oportunidades poderão ser iniciadas e mais oportunidades sem futuro poderão ser abortadas poupando recursos para uma nova e futura iteração.
.
O meu lado cínico não consegue deixar de relacionar esta celebração do falhanço com aquela cena marada do governo português abrir linha de financiamento para business angels. Assim, sem skin-in-the game, como saber se o falhanço foi um acidente normal na roleta do empreendedorismo ou torrefacção leviana de dinheiro dos contribuintes?
.
Tudo isto por causa desta frase:
“We are world champions in making mistakes,” 
Retirada daqui.

segunda-feira, dezembro 01, 2014

"There are no silver bullets"

Como eu aprecio esta abordagem de Spender:
"There are no silver bullets, simple explanations, formulae, or if–then causal models, no acceptance that things are merely what they seem to be. The world, of course, is not a simple place, we have to work hard to engage it with our minds, and reduce its complexity to the point we can think logically about it and commit to action with some confidence. Actually the philosophizing is not complicated, it is an everyday practice. [Moi ici: Como não recordar o texto do Eclesiastes] Doubt is key - we must remain open to the possibility that things are not what they seem, that we have been misinformed, that things will not turn out as expected, that we have to act afresh to keep things headed in the right direction. Behind this is the recognition that the possibility of profit hinges entirely on the interplay of doubt and surprise.
...
Value, profit, and growth are the imagination’s artifacts as it engages a framed unknown; they are not the product of rational analysis. Neither are they the product of resources, designs, or logical mechanisms that transform resources into products and services.
.
Life (and managing) is a situation of persistent doubt and uncertainty—hence the acronym FUD (fear, uncertainty, and doubt). [Moi ici: Quantos  "funcionários" perceberão o alcance desta afirmação?] Fear may seem excessive when it comes to business affairs, but if I was wholly invested in a single enterprise I might get the jitters too. U and D are essential states of mind for any strategist with something at stake, with skin in the game."

sábado, agosto 23, 2014

A propósito de ostras e salinicultura

A propósito de "Ostras salvam salinicultura na ria de Aveiro" e da ministra dos subsídios e apoios:
"A salinicultura deixou há muito de ser rentável - uma tonelada, "bem vendida, fica por 80 euros", adiantou Vergílio Rocha, gerente da empresa Canal do Peixe, detentora do projeto da Ilha dos Puxadoiros que, ontem, a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, visitou. Conjugando salinicultura, agricultura, aquacultura e turismo de natureza, o projeto é, segundo a ministra, "é um bom exemplo". Daqueles que "o PROMAR apoia e para os quais ainda há dinheiro e, de futuro, mais dinheiro haverá, através do Mar 2020 [400 milhões de euros]", com o objetivo de "ganharmos escala, criarmos riqueza a partir do mar e postos de trabalho"."
Primeiro ponto, por que é que a salinicultura terá de ser um peso morto neste projecto? Recordar gente que fez outro percurso e que vende flor de sal a 100 €/kg, se calhar nem recorreu a subsídios. Não fazia muito mais sentido produzir flor de sal e criar uma marca para aproveitar o canal de venda das ostras?
.
Segundo ponto, quantas gerações vão ser precisas para que até uma ministra perceba que o ganhar escala não é a única estratégia de crescimento, recordar a série: "Qual é o verdadeiro produto que a nossa agricultura pode oferecer?"
.
Terceiro ponto... merece um postal só por si.
.
E skin-in-the-game há?

sexta-feira, agosto 15, 2014

E, entretanto,

Gente que constrói um amanhã:
  • "Chocolates Imperial expandem-se e entram nas lojas Walmart no Brasil"
  • "Fábrica da Mitsubishi arranca com exportação para Marrocos"
  • "Porto de Faro exporta cimento para o Norte de África"
  • "Empresário investe três milhões em fábrica de atum no Faial"
  • "Bfruit já exporta 150 t para Holanda, Bélgica e Brasil"
  • "Porminho investe dois milhões para ganhar mercados"
Não são divagadores que sentados num café, ou em frente a um ecrã, lançam postas de pescada sobre como acham que o mundo deve funcionar, são gente com skin-in-the-game, gente que em Maio espalha bosta nos terrenos.
.
Verdadeiros heróis anónimos...