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sexta-feira, julho 06, 2018

É triste ...

É triste não fazer parte do rebanho e saber para onde vamos, com muita antecedência. Recordo a brilhante afirmação do ICI-man (Sir John Harvey-Jones):
"Planning is an unnatural process; it is much more fun to do something. And the nicest thing about not planning is that failure comes as a complete surprise rather than being preceded by a period of worry and depression." [BTW, olhar para o título do postal de Maio de 2009]
Em, "Suspenso no Tempo (II)", leio:
"Se os números não estiverem completamente errados, Portugal terá sido ultrapassado em 2018 pelos países do Alargamento. República Checa, Eslovénia, Eslováquia, repúblicas Bálticas têm agora um rendimento per capita superior ao português. Não tinham há quinze anos. E eram países significativamente mais atrasados que Portugal há trinta anos. Mas as más notícias não param. Portugal desceu de 84% em 1999 para 78% do rendimento per capita europeu em 2018. Portugal está hoje mais distante da média europeia do que em 1999. E ainda há mais. Olhando os países que ainda estão atrás de Portugal em 2018, se as trajetórias de crescimento não forem significativamente alteradas, Croácia, Hungria e Polónia ultrapassarão Portugal na próxima década. Quer isso dizer que, dentro de dez anos, com enorme probabilidade, apenas a Bulgária e a Roménia serão mais pobres que Portugal." 
Ah! A caminho da Sildávia do Ocidente:



Recordo também, "Frases de ministro quase sempre envelhecem mal" (Março de 2018):
"As principais economias da União Europeia crescem sempre menos que as economias da Europa de Leste. Assim, vamos paulatinamente sendo ultrapassados na criação de riqueza per capita por esses países, enquanto que por cá, governos de esquerda e de direita se enganam, e enganam-nos, ao compararem o crescimento do PIB com a média da União Europeia."
BTW, e mesmo a Roménia ...



terça-feira, novembro 11, 2014

Rumo à Sildávia? As tentações são muito fortes

A troika foi uma forma de cortar esta espiral viciosa rumo à Sildávia?
"Your country is falling apart. Unemployment and inflation are sky high. World war is on the horizon, and there are riots in the streets. But never fear: An election is coming up! The incumbent will be thrown out for his failed policies. And the challengers will surely have the bright new ideas the country needs to turn itself around.
Or will they? Perhaps amidst all this the confusion, the people will hand the reins of power over to irresponsible demagogues, and conditions will go from bad to worse. This worry is hardly far-fetched. When do the "crazies" start to get a serious political hearing? Only after a country is already going down the drain.
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If we look around the world, there is a lot of circumstantial evidence that bad performance is not self-correcting.
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A society can get stuck in an "idea trap," where bad ideas lead to bad policy, bad policy leads to bad growth, and bad growth cements bad ideas.
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Once you fall into this trap, all it often takes is common sense to get out. But when people are desperate, common sense gets even less common than usual."
Recomendo a leitura completa de "The Idea Trap"

Recordar a Sildávia:


sexta-feira, novembro 25, 2022

A previsão mais fácil de todas. Socialismo = Sildávia!

No passado Domingo escrevi aqui um postal, Para reflexão, em que referia que a produtividade (euros por hora trabalhada) na Roménia tinha crescido 921% entre 1995 e 2021 (enquanto em Portugal tinha crescido  apenas 123%).

Agora na capa do Caderno de Economia do semanário Expresso de hoje temos:


Vejam só o trajecto da Roménia:
Nos últimos 7 anos já fomos ultrapassados por 4 ou 5 países empobrecidos pelo comunismo, nos próximos 2 seremos ultrapassados pela Roménia e pela Letónia.

Socialismo de direita e de esquerda, esquecer a criação de riqueza e focar tudo na distribuição, do que se criou e do que não se criou, leva-nos até aquela previsão de 2008: à Sildávia.


Só temos o que merecemos como povo. Riqueza sustentável não é um objectivo directo, é uma consequência do que se faz de forma sistemática.







quinta-feira, outubro 03, 2019

Os que fogem da Sildávia


Ao ler o capítulo "Customers, Not Hostages" no livro “Seeing Around Corners” de Rita McGrath:
"customers will tolerate negative features as long as they do not feel they have viable alternatives. Once something comes along that allows them to capture the benefits they seek but eliminates the “tolerable” feature, that attribute becomes a “dissatisfier” and eventually an “enrager.”[Moi ici: Comecei a pensar nos jovens que enquanto estudam e estão em casa dos pais vivem por cá, mas quando agarram um canudo, ou querem começar a trabalhar para ganhar dinheiro, percebem que não são prisioneiros deste estado e "Bazam!" para melhores locais]
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When an inflection point opens up the possibility to escape the negative, customers often depart, transferring their resources and relationship to a more accommodating provider. In other words, customers “escape” the incumbent and start doing business with the new provider.
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When you identify a barrier to achieving a job to be done, you have identified a vital point at which an inflection might change the arena.
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Remember, a useful way to think about potential customers is to consider the jobs they are trying to get done in their own lives and how a shift in constraints can have an effect on how those jobs get done. A powerful source of inspiration with respect to the next inflection point is to consider what gets in the way of customers achieving their goals. This means that paying attention to the situations potential customers are in, what they are trying to achieve, and what outcomes they seek is key."
"Pastores que se escondem no meio do rebanho" encaminham-nos para a Sildávia.

"Em vez de prometer aos eleitores o que eles querem ouvir, em vez de lhes perguntarem o que é que querem, explicar aos eleitores o que é que eles devem querer." (Recomendo isto a partir do minuto 12.20)

sábado, julho 02, 2011

Sildávia: uma macedónia

"Azeredo Lopes: privatização da RTP empurraria canais para uma luta feroz pela sobrevivência"
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Como escreveu o Carlos Novais no twitter: "@CN_: Ainda vamos ouvir o argumento que a concorrência baixa a qualidade dos produtos e serviços desde a revolução industrial." (Moi ici: Não me admirava nada, seria um argumento típico de um habitante da Sildávia)
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"Fazer a mesma vida gastando metade"
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"Balsemão: Privatização da RTP é uma "insistência política em mais concorrência"

terça-feira, outubro 26, 2010

A caminho da Sildávia!

Domingo passado, ao final da tarde, entrei na VCI junto ao Estádio do Dragão em direcção à ponte do Freixo... fiquei impressionado com a quantidade de carros que circulavam na auto-estrada de 4 ou 5 faixas.
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Quase não havia trânsito!!!
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Já estamos na Sildávia:
A economia de um estado socialista cobra sempre uma factura "La década perdida de Italia y Portugal" e a pior receita é a que Krugman propõe, o último prego no caixão, o último alento ao tumor, vem da estimulogia cainesiana.
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Vai ser inevitável um corte de cabelo. Só um corte de cabelo porá os devedores e emprestadores em sentido.

segunda-feira, outubro 26, 2009

A caminho da Sildávia do Ocidente (parte III) ou Ruidosamente a caminho do topo da tabela... (parte III)

Um aparte: começam hoje as ligações aéreas directas entre Porto e Faro via a futura nova transportadora aérea nacional, a Ryanair.
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A Rayanair cobra cerca de 30 euros pela viagem em detrimento dos 170 e poucos euros que a TAP cobra (e julgo que via Lisboa, julgo que não há ligação directa).
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O governo quer alagar Portugal em linhas de TGV. Uma viagem o Alfa Pendular entre Porto e Lisboa fica por cerca de vinte e poucos euros. Por quanto ficará uma viagem no TGV?
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Não deixa de ser interessante este pormenor:
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"Outro dado muito interessante, relativamente ao ano de 2008, é o aumento de tráfego no Intercidades, que teve um acréscimo de 15,3%, enquanto o Alfa Pendular quase estagnou, pois teve só um aumento de 0,1%. A principal razão desta ocorrência deve-se à diferença de preços dos bilhetes. Os passageiros preferem perder mais 25 a 15 minutos de viagem, no Intercidades, do que pagar bilhetes mais caros, no Alfa Pendular. Este é um indicador importante e que deve ser estudado com atenção, pois, parte do mercado poderá preferir baixos preços em detrimento do tempo de viagem e de um melhor conforto." (daqui)
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E depois admiramo-nos de estar na cauda da Europa, este ano foi a Eslováquia... para quando a ultrapassagem pela Albânia e pela Sildávia?

quarta-feira, junho 10, 2015

A caminho da Sildávia

Não pensei que a resposta viesse tão depressa. Começaram! Em Espanha, com "Industria prepara un impuesto contra la batería de Tesla".
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Em "Para reflexão (parte III)" terminei o postal com:
"Conclusão, sem a protecção dos governos, as utilities, are toasted."
E a protecção avança rapidamente, tão rapidamente, que a gente fica a desconfiar...
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Ontem em "Why Greece is not Ireland" li uma justificação interessante:
"Unmodernised capitalism
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The difference is: Greece is an unmodernised capitalism where you can’t impose austerity at this level and hope to modernise at the same time.
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The problem is, the deep structures of Greek capitalism mean you can only modernise by unpicking things carefully and with consent."
Parece que no sul da Europa sofremos desta doença... cá, recentemente tivemos o exemplo da Uber. Será que os burocratas de Bruxelas nos podem salvar? (outra vez este weird feeling de que os burocratas de Bruxelas nos podem salvar de nós próprios) Será que queremos ser salvos? Será que, como comunidade, preferimos estar a caminho da Sildávia venezuelana, lenta mas seguramente?
Isto é tão triste... "Why nations fail"? por causa de instituições extractivas.

HT ao João Pereira da Silva.

terça-feira, julho 16, 2024

A previsão mais fácil de todas, rumo à Sildávia.

Volto à curiosidade do dia do passado Domingo:

Perceberam bem a mensagem deste gráfico ... deixem-na assentar bem no fundo da vossa consciência.

Onde eles e Portugal estavam em 1992 e onde estamos agora nós e eles.

Pena o partido comunista não ter ganho o 25 de Novembro de 1975. Teríamos apanhado a vacina e hoje não estaríamos com um país tão socialista e inimigo da criação de riqueza.

A previsão mais fácil de todas, rumo à Sildávia.

quinta-feira, agosto 29, 2019

Curiosidade do dia


Foi em 2007 que primeiro aqui usei a imagem da Sildávia.

Remember 2008 - A caminho da Sildávia do Ocidente20102018





sábado, março 02, 2013

Preço, valor e a Sildávia do Ocidente

Recordo esta imagem:

A maior parte da riqueza criada vai para salários...
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No entanto, esta imagem:

Diz-nos que os salários são baixos.
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Se os salários são baixos e, mesmo assim, já comem grande parte da riqueza gerada, então, a conclusão é óbvia:

Cada hora trabalhada gera muito pouca riqueza.
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Pergunta: se queremos um futuro onde empresas saudáveis, economia saudável e salários mais elevados se compatibilizem, onde temos de actuar?
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Na criação de riqueza!
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Num futuro desejado, cada hora trabalhada terá de gerar mais riqueza! Ou seja, cada hora trabalhada tem de contribuir para facilitar mais valor percepcionado, mais valor criado pelos clientes. Quanto mais valor for criado pelos clientes na sua vida com um artigo ou serviço que compram, mais elevado será o preço que estão dispostos a pagar por esse artigo ou serviço. E quanto mais elevado o preço, mais riqueza é criada, mais a produtividade sobe a sério e mais os salários podem subir sem entrar na guerra do gato e do rato (salários vs produtividade) (recordar Rosiello e Marn)
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Isto que acabei de escrever é desconhecido da maioria dos decisores, por isso, continuam presos a velhos modelos. Ontem, no Jornal de Negócios, apesar de Portugal ter um desempenho no crescimento das exportações superior ao alemão desde 2007, no artigo "Há indicadores que já dão como recuperada a competitividade perdida" pode ler-se a receita do BCE:
"Aquele que é talvez o principal indicador de competitividade do País, que considera a evolução do euro, dos custos do trabalho e da produtividade, já está em melhor nível que antes do euro. Ainda é pouco, dizem alguns. O Norte da Europa tem de ajudar, reforçam outros. As empresas têm mesmo de baixar preços, diz BCE."
Que idade terão os decisores do BCE? O que aprenderam e moldou e enformou os seus modelos mentais? Quando o aprenderam? E como era o mundo quando o aprenderam? Normalistão ou Estranhistão?
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Diga-se de passagem que o Rui Peres Jorge também não ajuda ao meter no mesmo texto corrido a competitividade e as exportações com:
" "reflecte a falta de concorrência na economia interna", e afirmando que "impõe-se que exista uma grande determinação para reduzir as margens de lucro excessivas resultantes de uma concorrência monopolista, em particular em sectores protegidos da concorrência internacional""
 O mesmo Jornal de Negócios, no mesmo dia, já não na página 4 mas na página 23 traz este artigo "Portugal vende sapatos 15% mais caros e reforça segundo lugar mundial" onde se pode ler:
"A indústria portuguesa de calçado nunca exportou tanto, tendo fechado o último ano acima dos 1,6 mil milhões de euros de vendas ao exterior. o que traduz um crescimento  de 4,5% em relação ao ano anterior. E reforçou a sua segunda posição no "ranking" dos sapatos mais caros do inundo, ao conseguir vender 71 milhões de pares de calçado a 22.71 euros o par, um preço 15% superior ao atingido em 2011."Conseguimos assim distanciarmos-nos ainda mais da França, cujo preço médio subiu 7%, e aproximarmos-nos mais da Itália, que apresentou um crescimento de 10%", adiantou ao Negócios Paulo Gonçalves, porta-voz da associação do sector (AP1CCAPS). A taxa de crescimento do preço médio do calçado é o dado mais relevante na validação da performance comparativa dos sapatos portugueses com os seus mais directos concorrentes."
Qual é o segredo?
""É o resultado da aposta do sector na valorização dos seus produtos. Por um lado, as empresas apresentam colecções cada vez mais sofisticadas, e, por outro lado, a aposta na valorização da imagem do calçado português atrai um conjunto de potenciais novos clientes", frisou Paulo Gonçalves."
Será que o calçado é uma indústria com barreiras que impeçam a entrada de concorrentes asiáticos?
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O futuro desejado, para um país pequeno como o nosso, conquista-se não à custa da venda de quantidade de artigos com baixo valor unitário, mas à custa de artigos com cada vez maior valor unitário. Não perceber isto é condenar-nos a ser uma Sildávia do Ocidente:

Os senhores do BCE querem o nosso mal? Não, simplesmente seguem uma cartilha que funcionava quando não havia globalização e quando o Normalistão era a norma.
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O mundo mudou e, como dizia Max Planck:

“A Ciência avança um funeral de cada vez”.
ou
“Uma verdade científica não triunfa porque convenceu seus oponentes e os fez ver a luz, mas sim porque os seus oponentes eventualmente morrem, e uma nova geração cresce familiarizada com ela.”
Só quando os decisores do BCE forem substituídos por novos decisores ... duvido que um Ananias lhes abra os olhos.

sábado, agosto 29, 2020

A caminho da Sildávia, portanto.

Na passada quinta-feira, Camilo Lourenço moderou mais uma conversa do MEL Talks, deste feita com João Duque. O objectivo era falar sobre a formação de salários em Portugal, sobre como sair da espiral dos baixos salários e como analisar a questão do salário mínimo.

Confesso que estranhei a direcção inicial imposta pelo discurso de João Duque para a conversa, e na qual Camilo Lourenço embarcou: salários e catequese. Sim, tinhamos um académico de economia a proferir julgamentos sobre a enormidade que ganham futebolistas e artistas. Enfim, conversa de taxista. Até que Jorge Marrão entra para impor algum discurso racional e falar da procura e da oferta.

Comecei a ouvir a conversa com uma ideia feita e cheguei ao fim com a mesma ideia.

A produtividade e os salários não sobem porque temos mais gente formada, ou doutorada ou com cursos profissionais. É a velha estória da caridadezinha (2008).

A produtividade não cresce porque fazemos bem ou melhor as coisas (isso são "peaners"), a produtividade cresce a sério é quando fazemos bem o que deve ser feito. E o que deve ser feito é radicalmente diferente do que estamos a fazer.

Tenho ouvido e lido muita coisa sobre o Plano Costa e Silva e uma das coisas que mais espécie me faz é a distinção entre estratégia e execução. Estou a recordar-me de um projecto onde estive envolvido há anos. Talvez por causa do meu voluntarismo, talvez por causa de má comunicação entre as partes (nem sempre a gestão de topo tem a coragem de assumir o que quer), eu entrei para o projecto decidido a fazer o que gosto: implementar um sistema de gestão da qualidade não para certificar, mas para ganhar dinheiro, para optimizar a rentabilidade da empresa focando-a na execução da estratégia. A empresa, soube-o mais tarde, só queria a certificação, a bandeira e o certificado. Resultado, desenhamos um sistema bonito, intelectualmente brilhante (OK, elogio em boca própria é vitupério), que permitiu que a empresa fosse certificada, mas que nunca gerou a mais valia prevista porque a empresa não tinha a motivação nem o know-how(?) para o usar.

Querer mudar top-down uma economia é cometer o mesmo erro que cometi nesse projecto. Admitamos que se consegue desenhar um programa brilhante (hipótese académica apenas, o mundo é demasiado complexo e volúvel para alguém ser capaz de conceber tal plano) quem é que o vai executar? Acham que são os mais formados?
Acham que as universidades ensinam a gerir empresas no mundo complexo em que vivemos? Vejam a SONAE, mal foge do negócio do preço, perde dinheiro.

No final da conversa João Duque brinda-nos com uma ilustração da ligeireza com que o mundo académico segue a micro-economia. Segundo João Duque o sucesso do calçado nos últimos anos foi baseado no desenvolvimento de marcas... de marcas? Come on! Quantas marcas ganham dinheiro? Quantas marcas ao fim de 5 anos ainda estão vivas? Desenvolver marca é uma forma de sacar dinheiro de projectos europeus, mesmo que bem intencionada, mas que morre quando acaba o financiamento. O que foi desenvolvido e bem foi a marca "Made in Portugal" para que marcas estrangeiras viessem para Portugal aproveitar a sua "uniqueness" da proximidade produção-consumo (rapidez, flexibilidade, qualidade). BTW, mas é outra conversa, esta uniqueness já se foi graças à Turquia, Roménia, Marrocos, Argélia, Tunísia, Bulgária, ...

A única maneira de salários e produtividade darem um salto é mudar de áreas de actividade. Quem segue este blogue pensará: Está a meter a pata na poça... os macacos não voam!

Sim, os macacos não voam, Hausmann tem razão.

Ou seja, e essa é a minha ideia feita, o salto de produtividade só pode ser conseguido com know-how e capital estrangeiro. A única coisa que há a fazer, algo de muito difícil num país socialista, agarrado à adicção da distribuição sem criação prévia de riqueza, é criar condições para que quem quiser investir cá tenha vantagens em o fazer, sem ter de as negociar com um Galamba qualquer.

Este investimento criaria as condições para o spill out que permitiria que projectos portugueses também subissem a sério na escala de valor.

Reparem neste exemplo irlandês:

Acham que os irlandeses são super? Não, basta terem a legislação e o contexto que atraiu investimento nas indústrias química e farmacêutica.

Até lá teremos esta cultura de sacar, de captar, de sifonar:

Ao qual criar riqueza não lhe assiste. Por isso, a caminho da Sildávia.

segunda-feira, maio 03, 2021

Os académicos não percebem nem metade do que acabei de escrever!

Nos últimos dias vi várias referências no Twitter ao tema da baixa produtividade portuguesa. Esta manhã vi que até Paulo Portas terá falado do tema no seu comentário semanal:

Não esqueçam, a produtividade é um rácio. Um rácio de alavancagem. Quanta riqueza consigo criar a partir da que tenho de consumir?

Quando olharem para a produtividade de um país não se esqueçam que ela resulta de dois mundos: 

  • sector privado; e
  • sector público.
Como se calcula a produtividade no sector público? Como não há mercado para avaliar o resultado da sua produção assume-se que a produtividade é neutra, as entradas são iguais às saídas. A sério! Assim, quanto maior a taxa de trabalhadores na administração pública mais baixa é a produtividade. Não acredita? Já tratamos disto em 2010.

Como é que o sector privado olha para a produtividade? Claro que o sector privado não é homogéneo, mas a maioria, diria mesmo a larga maioria, olha para a produtividade à la século XX. O jogo do gato e do rato que o ex-ministro Teixeira dos Santos queria evitar. Recordar 2010 e "O jogo do gato e do rato (parte I)" (Reparem, Teixeira dos Santos era professor universitário, passou a ministro e tinha este modelo mental herdado do século XX, herdado do Normalistão). 

Qual o erro desta abordagem? Não sei se é um erro, mas é de certeza uma lacuna importante. Aquilo a que chamei de pensamento à engenheiro neste postal de 2009, "Actualizem o documento por favor".

Eu comecei por dizer que a produtividade é um rácio. Vejamos:
Qual é o erro da mentalidade do século XX?
Assumir que as saídas são um dado do problema e trabalhar a única variável, as entradas. Isso faz com que o desafio de aumentar a produtividade se transforme num desafio de eficiência: Aumentar a produtividade é produzir o mesmo com menos.

Aqui entra o truque alemão. Pensem nas saídas como uma outra variável. Assim, aumentar a produtividade passa por aumentar o numerador ou manter ou diminuir o denominador.

Alguns vão dizer: as empresas não podem ser como os governos, que aumentam impostos sem contrapartidas. Se as empresas aumentarem os preços os clientes vão para a concorrência.

Sim, se as empresas aumentarem os preços os clientes vão para a concorrência. A menos que aumentem os preços porque dão mais valor em contrapartida!!! Sim, a menos que produzam um produto ou serviço melhor, mais adequado.

Sim, muita gente tem de aprender as contas de Marn e Rosiello que eu descobri em 1992 e demorei quase 15 anos a perceber!!! Recuo a 2015 e a "E o burro era eu!":

Quando só se trabalha o denominador, 1% de melhoria nos custos fixos permite uma melhoria na margem operacional de 2,3%.

Quando se sobe na escala de valor e se oferece algo mais atractivo, com maior WTP, um aumento de 1% no preço tem um impacte tremendo nas contas, na produtividade, na alavancagem!!!

Podemos obrigar os legítimos proprietários das empresas em Portugal a aumentarem a produtividade por esta via? E eles sabem? E eles acreditam?

Só resta um caminho DEIXEM AS EMPRESAS MORRER! Aprendam com Maliranta e Nassim Taleb!!!

E precisamos de ter mais empresas em sectores com maior valor acrescentado. Lembrem-se, os macacos não voam! Um empresário têxtil com muita vontade não monta um negócio de têxteis de alto valor acrescentado do pé para a mão, sem know-how, sem conhecimento do mercado, sem ... para dar saltos no tempo temos de importar esse know-how. Sim, a receita irlandesa. Fazer em grande a mesma coisa que se fez com a AutoEuropa. Não pensem que o aumenta da produtividade irlandesa foi feito à custa de empresários irlandeses. Estudem os números primeiro, porra!

A produtividade não cresce porque fazemos bem ou melhor as coisas (isso são "peaners"), a produtividade cresce a sério é quando fazemos bem o que deve ser feito. E o que deve ser feito é radicalmente diferente do que estamos a fazer. Recordar "A caminho da Sildávia, portanto"

Vejam o que acontece à produtividade de um sector quando morre a empresa menos produtiva!

Os académicos não percebem nem metade do que acabei de escrever!


quarta-feira, março 25, 2009

quinta-feira, dezembro 29, 2011

It's not the euro, stupid! (parte I)

It was China!
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RESSALVA: Não pretendo insultar ou ser indelicado com ninguém, estou só a manipular uma expressão que ficou conhecida.
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"A última década foi a pior de que há memória para a economia portuguesa e o mau desempenho deve-se mais às restrições causadas pela união monetária que a erros políticos, diz o economista João Ferreira de Amaral.
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Acumularam-se desequilíbrios gigantescos nas balanças de pagamentos, nomeadamente em Portugal, na Grécia e também, em parte, em Espanha."
...
Porque não temos condições de crescimento nenhumas, e o nosso aparelho produtivo continuará talvez anda mais ineficiente que agora""
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Por que é que nenhum dos jornalistas, estagiários saídos das escolas da Revolução Industrial, habituados a receber "press releases" e a servir de megafones, nunca confrontam Ferreira do Amaral com os números da economia que compete com o euro como moeda forte?
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Por que é que aceitam acriticamente tudo o que ele diz? Sim, eu sei, a culpa não é deles, quando estiverem a começar a sair da casca e a querer fazer perguntas e investigar... acaba a comissão de serviço... nada de pessoal, vicissitudes do modelo actual do negócio dos jornais.
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Os jornais são como Ferreira do Amaral, e muitos outros a quem chamo encalhados ou membros da tríade. Os jornais estão num combate com a Internet, a Internet está para os jornais como a concorrência chinesa está para as empresas que produzem bens transaccionáveis, ou da grande distribuição está para o comércio tradicional.
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Como é que os jornais combatem a Internet... reduzindo custos, tentando competir no mesmo campo que dá vantagem à Internet. Só que a Internet é imbatível, é gratuita... é como uma escola privada querer competir com uma escola do Estado pelo custo... é uma guerra perdida à partida.
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Esqueçamos a eurozona e pensemos no caso norte-americano, como é que Ferreira do Amaral explica que as consequências que ele atribui ao euro possam ser visualizadas, até talvez com mais ênfase, na economia norte-americana?
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O que é que é comum à eurozona e à economia norte-americana?
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A entrada da China na WTO e o fim de muitas barreiras às importações com origem em países de mão-de-obra barata!!!
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As empresas que produziam bens transaccionáveis, quase de um momento para o outro, foram sujeitas a um tsunami competitivo assente em custos muito, muito, muito baixos!
Esta tabela, presença habitual neste blogue, ilustra o que se passou... percebem o massacre a que a economia de bens transaccionáveis foi sujeito na última década por todo o mundo?
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Apreciem este gráfico:
Ferreira do Amaral não conhece este números? 
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"Para Ferreira do Amaral, a "transferência de recursos de sectores de bens transaccionáveis para bens não transaccionáveis" é resultado de Portugal fazer parte de um espaço com uma "moeda forte".
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"O aparelho produtivo reorientou-se para sectores protegidos da concorrência externa, porque a moeda é forte e não fazia sentido concorrer com produtos importados", argumenta. "Isso não foi um erro de política económica, o erro foi aderir a essa zona [de moeda forte].""
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Será que Ferreira do Amaral acha que o nosso sector de bens transaccionáveis resistiria melhor ao impacte chinês se ainda tivéssemos o escudo? Mesmo com aquele diferencial no custo da mão-de-obra? 
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Quando Ferreira do Amaral diz "e não fazia sentido concorrer com produtos importados"", está a referir-se a produtos importados da China ou da Europa do Norte?
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Isolemos e excluamos o factor China. Como se comportou a economia de bens transaccionáveis de 1986, ano de entrada na CEE, até 2001 no do começo físico do euro? (O que tolda este exercício é a entrada do ecu em prática)
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Perdemos gente e capacidade produtiva em sectores arcaicos como a agricultura e as pescas, incapazes de competir com os preços mais baixos do pescado espanhol ou dos cereais franceses. E na indústria como foi? Foram os nossos anos de ouro. 
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Como começou o fim? Com a saída das multinacionais que compravam minutos de mão-de-obra barata, para os padrões ocidentais, e com a sua deslocalização para a China.
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Qual é a receita deste blogue?
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Para competir com a China, para ter sucesso com uma moeda como o marco, para os jornais competirem com a Internet, para o comércio tradicional competir com a grande distribuição e para as escolas privadas competirem com os chineses do Estado, só há um campeonato, o campeonato do valor! Tudo o resto é albanização que nos leva a ser a Sildávia do Ocidente.
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Ou seja:
Optar por ser uma empresa que trabalha para aumentar preços, não como o Estado o faz com os reféns que são os contribuintes e utentes.
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Na economia as empresas é que são reféns da vontade dos seus clientes e eles só aceitarão pagar mais se durante o uso do produto/serviço sentirem que emerge mais valor para as suas vidas.
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Tudo isto é o que tenho aprendido ao longo de quase cerca de 20 anos de trabalho como consultor, depois de quase dez anos a trabalhar na indústria, assenta no que tenho visto resultar e não resultar na vida real conjugado com a reflexão que os livros e a Internet me proporciona.
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Na parte II que espero escrever ainda hoje vou-me calar e deixar outros falarem por mim.

quinta-feira, abril 21, 2022

Sildávia, exportações em alta e crescimento anémico

Ontem no Jornal de Negócios podia ler-se na capa:

Como não recuar de imediato a 2008 e à previsão mais fácil de todas as que foram feitas neste blogue: É triste ... (BTW, em Julho de 2018 Nuno Garoupa escrevia no Público "Quer isso dizer que, dentro de dez anos, com enorme probabilidade, apenas a Bulgária e a Roménia serão mais pobres que Portugal." Sorry, estamos em 2022 e a Roménia está à beira de nos ultrapassar.) Sim:

Interessante ... pensem bem naquela capa do JdN:

As exportações dos primeiros dois meses do ano 2022 superam as de 2021 em praticamente todos os sectores económicos. Por exemplo calçado 24%; mobiliário 11%; metalomecânica 9%; têxtil e vestuário 20%; plásticos 30%; borracha 15%; cerâmica 29%; farmacêuticos 13%; fertilizantes 137%, ... (OK, automóveis -4%)

Por exemplo, achei interessante encontrar em "Europe Wants Its Supply Chains Close to Home But It's Complicated" este relato:

"Maia & Borges, a toymaker based in northern Portugal, is on course for 12 million euros (almost $13 million) of revenue in 2022, up from 1.5 million euros in 2019, having won multiple orders from Europe, and the U.S when Asian supply chains were snarled up in the early months of the pandemic. Patricia Maia, chief executive officer, said the family firm will make 10 million toys this year and is building a third factory to cope with demand expected to hit 40 million by 2024. "From a business perspective, we've had a good two years,' she said."

Há menos de um mês escrevi Pergunta sincera, pergunta honesta sobre os dois cenários: com ou sem China. Onde discorro sobre a competitividade sem produtividade. Por fim, volto a Portugal não irá crescer se continuar a “exportar ‘mais do mesmo’”.

Lembrem-se, a culpa nunca é dos empresários no terreno. Esses dão o melhor que podem e sabem, alguns conseguem subir na escala de valor. Devemos sempre recordar o cão dos Baskerville: quem é que não está no terreno e porque não aparecem? 

Ainda esta semana foi-me roubada a atenção para esta notícia, por exemplo: "Simoldes investe 45 milhões em nova fábrica em Espanha". Não pela empresa, mas pelo sinal, mas pelo exemplo. Por que acontecem coisas deste tipo?

Lembram-se dos jogadores de bilhar amador contentes por terem roubado uma empresa aos lituanos? Em Ultrapassados pelo Leste

Como diria a Red Queen, in order to stay in a (competitive) place you have to run very hard, whereas to get anywhere you have to run even harder. Mas to get anywhere, como referem Taleb e Maliranta, é preciso sexo, Sexo, jardineiros, intervencionistas, Taleb e Cavaco Silva (parte III), não como estão a pensar, mas como mecanismo que permite o unlearn e o relearn.

sexta-feira, março 05, 2010

Lucro: O custo do futuro (parte II)

Convém estar atento a notícias como esta "Empresas portuguesas investem o dobro dos seus concorrentes":
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"O sector português de calçado tem investido, em média anual ao longo desta década, 14,8% do VAB (Valor Acrescentado Bruto) na modernização das suas empresas. Trata-se de sensivelmente o dobro dos dois grandes concorrentes internacionais. Esta será, de resto, uma das principais justificações para que o calçado português continue a ganhar quota de mercado, nomeadamente na produção, a Itália e a Espanha.
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De 2000 a 2006 (últimos dados disponíveis) as empresas portuguesas investiram sensivelmente 66 milhões de euros. Já Italia investiu 9 % do Valor Acrescentado Bruto, enquanto que Espanha investiu apenas 7,8%.
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Estes dados merecem uma redobrada importância se atendermos a que estes dados não contemplam os investimento em promoção comercial externa, a grande prioridade das empresas portuguesas desde o início deste século. Apenas a título de exemplo, nos últimos três anos, as empresas portuguesas investiram mais de 25 milhões de euros na participação em grandes eventos internacionais da especialidade."
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Atenção, não esquecer que durante este período de tempo as multinacionais debandaram, as Rohdes e Aerosoles afundaram-se e, no entanto, as pequenas empresas de capital português, viradas para a exportação e moda, aí estão na mó de cima.
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É a alternativa à desistência e à aceitação de que estamos condenados a ser a Sildávia do Ocidente.

domingo, maio 15, 2011

Há sempre uma alternativa (parte II)

Continuado daqui onde o andrecruzzzz perguntou:
"mas que pincéis são esses?"
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Consideremos uma empresa.
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Pergunto:
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- Podem continuar como até aqui? 
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- Se não, têm de mudar?
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- Olhem para a realidade que vos trouxe até aqui! Sejam realistas!!!
Perante este cenário, perante esta paisagem, os economistas têm uma solução de imediato:
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Baixarás os teus custos para conseguires vender mais barato!
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Tontos!!! Essa resposta pode ser adequada para alguns casos mas não pode ser a resposta para a maioria dos casos (lembrar: não há boas-práticas!)
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Mentes algemadas a modelos mentais ultrapassados
têm uma visão túnel que só lhes permite visualizar uma alternativa de solução: a alternativa asséptica dos economistas e políticos.
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No final desse túnel temos um porto de chegada
Sildávia!!!
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Não arrisquei escrever Albânia como símbolo de país pobre e atrasado, porque desconfio que nos hão-de ultrapassar enquanto tivermos estas políticas chavistas-de-gravata-à-europeia.
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Qual a alternativa?
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Ainda e sempre a ARTE!!!
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Mentes algemadas olham para a fotografia da realidade e desesperam... e enterram a cabeça entre as mãos e prolongam a espiral viciada que há-de levar ao fim "at some stage".
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Quem aposta na arte, faz como os artistas, em vez de ver nos obstáculos algo a derrubar, tenta tirar partido da situação, procurando uma pedra angular de onde possa começar a construir uma diferença.
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Se o pintor usa uma tela, usa pincéis, tintas e luz para criar a obra de arte, o que as empresas devem fazer é reunir o equivalente a esses materiais:
Isto é o que nos tem trazido até aqui, e nesse contexto temos pontos fracos que quando conjugados com as ameaças são autênticos homens-bomba prontos a destruírem o que resta da empresa. Não entrar em pânico...
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Há alguma ponta de oportunidade a que nos possamos agarrar?
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Os pontos forte só o são em função das oportunidades que se identificam...
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Ou será que as oportunidades só o são em função de pontos forte que se possuem?
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A Apple é conhecida pelo seu design... será que foi por causa das aulas sobre arte que Jobs frequentou, enquanto andava a tentar encontrar-se na universidade? Sorte ... quando a preparação encontra a oportunidade... por isso é que a escola é perigosa, homogeneíza demasiado... visão túnel... não há lugar para a arte num curso de engenharia... ERRADO!!!
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Assim como o artista usa os pincéis, as tintas e a tela para criar a obra... as empresas usam o que têm para começar a sua obra de arte, o caminho da diferenciação.
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Ao escrever estas linhas tenho medo de parecer um quesadista a escrever baboseiras sem adesão à realidade, só conversa. A verdade é que é difícil contar como se faz, é como aprender a tocar um instrumento, no início todos os movimentos têm de ser pensados, é-se lento e desastrado, só a prática gera o milagre de começar a tocar sem pensar, deixando a coisa a fluir. E ainda, como dizem os chineses, as oportunidades multiplicam-se à medida que vão sendo agarradas...
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Esta semana tive oportunidade de ter uma conversa sobre arte num canto recôndito deste país com alguém que trabalhava com cimento!!! Talvez o exemplo ajude:
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Já viram um homem lavar roupa num tanque? Num daqueles tanques que antigamente, nas casas onde vivi na minha infância, estavam nas varandas.
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Estão a imaginar quem é que constrói os tanques de lavar roupa... sim, claro, homens!
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Agora imaginem que uma mulher resolve começar a fabricar tanques de lavar a roupa... e que em vez de copiar os modelos que conhece, resolve fazer um de madeira à sua maneira, um adequado à experiência de utilização que gostaria de ter e não tem.
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Arranja quem lhe faça um molde a partir do modelo de madeira e começa a produzir os seus tanques em cimento. E começa a criar o seu lifestyle business não em Silicon Valley mas na Terra Fria.
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Como escrevi aqui:
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"Gente que faz umas coisitas malucas, fica a ser conhecida como os malucos que fazem umas coisas malucas. Assim, quando alguém sonha com uma coisa maluca... pensa logo nos malucos habituados a lidar com coisas malucas. É uma espiral virtuosa sem limites"
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Ou como Marn e Leszinski escrevem:
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"Choosing those changes least likely to provoke undesirable competitive reactions. If the repositioning is successful, or looks as if it will be, competitors will react. The likeliest, and least desirable, reaction is a price cut, which often leads to price cuts across the industry and lower profits for all. One manufacturer of medical supplies always reacted to competitors' price cuts by improving benefits. Every time a competitor dropped its price, the supplier countered with an improved version of its product at the same price, but on the new VEL. In this way it gained a distinctive market position, offering increasingly superior benefits over competitors that chose to move only along the price dimension."