"More and more leaders see AI as necessary for growth in the current macroeconomic environment, even as new developments make some job categories obsolete. In nearly every industry, AI will serve as a force multiplier for growth, bringing efficiencies, better tracking, business intelligence and assistance with decision-making. As training costs decline, more applications will be built. Spending on AI systems and hardware is likely to explode this decade, creating significant enterprise value....HOW TO PREPARE: We recommend that chief strategy officers in every field develop a solid understanding of AI to engage more closely with the C-suite to develop a cohesive point of view on digitalization, augmentation and automation-and develop strategic plans. Importantly, businesses should keep abreast of emerging regulations that could restrict the use of consumer data, algorithms or generative AI systems. Risk models should be developed to determine plausible near-futures, so that leaders can adjust their strategies accordingly."
sexta-feira, setembro 08, 2023
E na sua empresa, como está a ser aproveitada a AI? (parte II)
quinta-feira, setembro 07, 2023
Vamos ver qual é o passo seguinte
"Em contraste, houve um conjunto de profissões nas quais o decréscimo das ofertas de emprego superou a fasquia dos 90% trabalhadores manuais de artigos têxteis, couro e materiais similares, trabalhadores de vidro de ótica, salineiros, fogueteiros, revestidores manuais e escolhedores, trabalhadores qualificados da floresta e similares, técnicos e assistentes de veterinários, operadores de máquinas para o fabrico de produtos têxteis, de pele com pelo e couro.O setor do couro, vestuário e têxtil tem sido dos mais afetados pelo desemprego, o que é explicado pela quebra das encomendas motivada pela conjuntura internacional."
Ontem, no mesmo ECO li "Novo contrato coletivo no setor do calçado aumenta salários em 4,2%".
Acrescento os dados sobre o crescimento homólogo do desemprego em Julho, publicados pelo IEFP, e que referem um crescimento superior a 15% no sector "Indústria do couro e dos produtos do couro".
Num momento de retracção da procura, de encerramento de empresas, aumenta-se o salário. Se é para desbastar o sector e matar as empresas menos produtivas, é uma opção política. Se é para depois aplicar a ajuda do Chapeleiro Louco... mal!!!
Recordar Acham isto normal? Ou a inconsistência estratégica! Ou jogar bilhador como um amador!
quarta-feira, setembro 06, 2023
E na sua empresa, como está a ser aproveitada a AI?
Na semana passada, talvez na quinta-feira, já não tenho a certeza, o chatGPT esteve inoperacional. Por curiosidade fui ver se aparecia nas tendências do Twitter em português... e nada.
Sintomático...
Sempre que penso em AI penso nas palavras de Kasparov:
"Algures li uma afirmação de Kasparov que dizia que um grande mestre perdia sempre contra um supercomputador, mas que um jogador mediano com um computador mediano, juntos batiam sempre o supercomputador."
Na revista Rotman deste Outono em "ChatGPT: What Leaders Need to Know" encontro:
"Curt Nickisch: In late 2022, people started talking about how ChatGPT was poised to change work as we know it. What is so special about this technology?
Ethan Mollick: ChatGPT-3, which is the base generation of this technology, was around for about a year, and it was okay. It worked at or near the level of a D-minus student. But we have since crossed a threshold of ability that has made ChatGPT incredibly useful. It can now achieve the output of a B-minus student. And if you use a more advanced model like the one on Microsoft's Bing search engine, you can achieve the level of an A-minus student. This represents radical progress in a very short period of time.
...
CN: What kind of opportunities does this open up for companies?
EM: There is no rulebook or manual to work from, so you have to explore for opportunities yourself. As indicated, this AI is really good at writing computer code and common documents like memos or reports. If you need to write a letter of recommendation or a performance review, it will do an amazing job. But when you start to incorporate the Bing version or some of the other new AIs coming our way, you'll be able to get it to do complex, multi-layered tasks. For example, you'll be able to say, 'Look up everything about the precision agriculture industry and give me a table showing the growth rates for each company along with their strengths and weaknesses, using the perspective of Michael Porter's Five Forces Model.' This type of request could save someone up to 12 hours of work and provide a document that they can build on - because as good as it is, you do still have to check Al's work."
A verdade é que entre Maio e Agosto últimos estive envolvido num projecto usando AI e foi impressionante o ganho em produtividade.
E na sua empresa, como está a ser aproveitada a AI?
Ainda na mesma Rotman deste Outono em "ChatGPT: What Leaders Need to Know":
"SP: Gillian, Do you think this technological moment is different from previous ones?GH: I do. What is critical here is the speed with which AI transforms entire markets. For example, in the legal domain, I've seen how, in just a few minutes, tools like ChatGPT can do what it would usually take a week for a lawyer to do. That is going to be very disruptive, and the potential scale is massive. Because it's a general purpose technology, it can and will show up everywhere."
Ainda na mesma Rotman deste Outono em "ChatGPT: What Leaders Need to Know":
"You can't call up a consulting company and ask them how to implement ChatGPT across your company, like you would with Salesforce or some other system application. Over time, there will be more organizational applications, but so far, the main story is at the individual level. And people are using it. I guarantee you, there are secret users of ChatGPT in every organization who have cut their workload by two thirds and don't want to tell anyone about it. I'm hearing examples all the time. It's easy to get started; you just need to spend an hour or two learning how it works and what it's good and bad at.
I've talked to tons of people who are big fans. First of all, virtually everyone in programming is using it to help with coding. They've switched over from Stack Exchange to ChatGPT. But increasingly I'm talking to managers who have just automated tasks like performance reviews, grant applications or regulatory compliance. This is a general-purpose technology, as its name suggests."
Uma pena
"The only thing that makes life possible is permanent, intolerable uncertainty: not knowing what comes next.
-Ursula K. Le Guin, The Left Hand of Darkness
Human beings are not born once and for all on the day their mothers give birth to them, but that life obliges them over and over again to give birth to themselves.
- Gabriel García Márquez, Love in the Time of Cholera
The need for certainty is the greatest disease the mind faces.
-Robert Greene, Mastery"
Pena que cada vez mais menos empresários saibam lidar com a incerteza. Julgo que Schumpeter terá escrito que sem incerteza, sem o risco a ela associado não há razão para haver lucro.
terça-feira, setembro 05, 2023
Por que não compram um cão?
"A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) apelou esta segunda-feira ao Governo para que acompanhe a paragem de produção de nove semanas da Autoeuropa e adote as soluções necessárias para proteger a empresa e a economia da região de Setúbal."A CIP apela ao Governo para que acompanhe esta situação [na Autoeuropa] de perto, procurando as soluções que melhor protejam a empresa e toda a atividade económica na região de Setúbal", refere um comunicado divulgado esta segunda-feira pela confederação empresarial."
País de bebés, incapazes de sobreviver numa economia moderna sem o apoio pedo-mafioso do governo de turno.
Triste país condenado a ter uma classe empresarial medrosa e sempre dependente do poder para a proteger da vida real.
Reflexões sobre o balanced scorecard (parte I)
O amigo @pauloperes chamou-me a atenção para um artigo recente de Roger Martin que me tinha escapado, "Balanced Scorecard & Playing to Win".
O artigo faz-me pensar em vários temas. Vamos ao primeiro:
"On this front, Balanced Scorecard has features that I like. It drives away from employing a singular metric, which protects against surrogation. And it is reflective of the reality that no organization can be usefully guided by a singular measure.
My advice is to make the measures at least partially conflictual because that will drive you to be cleverer in your choices."
Procuro que esta abordagem seja seguida quando se definem os indicadores de desempenho de um processo. Por exemplo, um processo chamado "Desenvolver Amostra".
Qual a finalidade do processo?
- Desenvolver amostras que os clientes aprovam e se convertem em encomendas.
Então, qual a finalidade do processo?
- Desenvolver amostras que os clientes aprovam e se convertem em encomendas com margens atraentes.
Então, qual a finalidade do processo?
- Desenvolver amostras rapidamente, que os clientes aprovam e se convertem em encomendas com margens atraentes.
segunda-feira, setembro 04, 2023
domingo, setembro 03, 2023
Volume é Vaidade, Lucro é Sanidade - sempre
Não conheço a marca, escrevo só com base na minha experiência.
"Madison Reed has just announced its expansion into WalmartWMT stores nationwide. "My belief is that great quality prestige salon products should be made available to everyone, and certainly, given the magnitude of the shopper traffic that Walmart receives, they are a key U.S. retailer," said Amy Errett, CEO and founder of Madison Reed. In an interview, she further explained how the partnership with Walmart will allow greater access to high-quality hair care products with Smart 8-Free and Leaping Bunny Certified formulas for customers wherever and whenever they need it."
Trecho retirado de "Madison Reed, America's Best Loved Hair Color Brand, Expands Into Walmart"
Como conciliar "America's Best Loved" e "great quality prestige" com prateleiras "everyday low-price"?
Recordar a Raporal em A prova do tempo... tudo por causa de um Pingo Doce.
sábado, setembro 02, 2023
Portugal vs Finlândia
O parceiro das conversas oxigenadoras anda a publicar uns postais sobre a Finlândia. Fiquei curioso.
- Qual a evolução do PIB per capita?
- Que tipo de exportações?
- Que complexidade económica?
sexta-feira, setembro 01, 2023
Falta a parte dolorosa da transição (Parte V)
Parte I, parte II e parte III e parte IV.
"The door to new ways of thinking does not open easily, and it is the tension in the room that actually becomes the key. The tension points to where the resistance or doubt resides. Discussing the tension makes insight and resolution possible. If we can see the tension as energy and go toward it, big insights will follow. If we manage around it, we risk losing the day"
Como não recordar Nassim Taleb e o seu "stressors are information" sem stress ... não se muda.
Trecho retirado de "Flawless consulting".
"Faith comes from what is heard"
""Faith comes from what is heard".
...
In other words, in faith the word takes precedence over the thought, a precedence that differentiates it structurally from the architecture of philosophy. In philosophy the thought precedes the word; it is after all a product of the reflection that one then tries to put into words; the words always remain secondary to the thought and thus in the last resort can always be replaced by other words. Faith, on the other hand, comes to man from outside, and this very fact is fundamental to it. It is-let me repeat-not something thought up by myself; it is something said to me, which hits me as something that has not been thought out and could not be thought out and lays an obligation on me.
...
Faith cannot and should not be a mere product of reflection. The idea that faith really ought to arise through our thinking it up for ourselves and finding it in the process of a purely private search for truth is basically the expression of a definite ideal, an attitude of mind that fails to recognize the intrinsic quality of belief, which consists precisely in being the reception of what cannot be thought out-responsible reception, it is true, in which what is heard never becomes entirely my own property, and the lead held by what is received can never be completely wiped out, but in which the goal must be to make what is received more and more my own, by handing myself over to it as the greater.
...
Philosophy is by its nature the work of the solitary individual, who ponders as an individual on truth. A thought, what has been thought out, is something that at any rate seems to belong to me myself, since it comes from me, although no one's thinking is self-supporting; consciously or unconsciously it is intertwined with many other strands. The place where a thought is perfected is the interior of the mind; thus at first it remains confined to me and has an individualistic structure. It only becomes communicable later, when it is put into words, which usually make it only approximately comprehensible to others. In contrast to this the primary factor for belief is, as we have seen, the proclaimed word. While a thought is interior, purely intellectual, the word represents the element that unites us with others. It is the way in which intellectual communication takes place, the form in which the mind is, as it were, human, that is, corporeal and social."
Joseph Ratzinger, 1969
quinta-feira, agosto 31, 2023
Números preocupantes
- no primeiro semestre deste ano o IDE caiu mais de 57% face ao período homólogo;
- no primeiro semestre deste ano quase 94% do IDE foi canalizado para o imobiliário.
quarta-feira, agosto 30, 2023
Falta a parte dolorosa da transição (Parte IV)
Ontem, durante a minha caminhada matinal, voltei a "Flawless consulting" e senti-me assim:
Já publiquei três reflexões sobre: Falta a parte dolorosa da transição (Parte I, parte II e parte III). Sobre a importância de deixar as empresas morrerem.
Entretanto no livro encontro:
"THE QUESTION IS MORE IMPORTANT THAN THE ANSWER
What this means is that we have to learn to trust the questions and recognize that the way we ask the question drives the kind of answer we develop.
We get stuck by asking the wrong question. The most common wrong question is that of the engineer in each of us who wants to know how we get something done. This question quickly takes us down the path of methodology and technique. It assumes the problem is one of what to do rather than why to do it or even whether it is worth doing. [Moi ici: Relaciono isto com o pensamento de que se tivermos melhores gestores, faremos melhor as coisas e, por isso, ficaremos bem. Parte II]
...
BEYOND HOW
"How" questions will take us no further than our starting place. They result in trying harder at what we were already doing. The questions that heal us and offer hope for authentic change are the ones we cannot easily answer. Living systems are not controllable, despite the fact that they evolve toward order and some cohesion. To move a living system, we need to question what we are doing and why. We need to choose depth over speed, consciousness over action-at least for a little while.
The questions that lead to a change in thinking are more about why and where than about how. Some examples:
- What is the point of what we are doing? ...
- What has to die before we can move to something new? We want change but do not want to pay for it. We are always required to put aside what got us here to move on. Where do we find the courage to do this?" [Moi ici: Todas estas quatro frases são preciosas! O que precisa de morrer para dar lugar ao novo? Qual o preço da mudança que queremos ver? O que nos trouxe até aqui não nos conseguirá levar até acolá. Onde se arranja a coragem política para deixar a mudança acontecer?]
Há uma frase que diz que quando descobrimos que estamos num poço, num buraco, a primeira coisa que devemos fazer é deixar de cavar. Há coisa de um mês o jornal ECO lembrava-nos que o país cai há seis anos consecutivos no ranking da produtividade. Em vez de deixarmos de cavar, redobramos os esforços, aumentamos os investimentos no passado. Em vez de deixarmos de cavar, cavamos com mais intensidade. Se cavarmos melhor …
terça-feira, agosto 29, 2023
Falta a parte dolorosa da transição (parte III)
"O período 3 é falso, é rotundamente falso porque falta a parte dolorosa da transição. Falta criar as condições para os flying geese (A mudança bottom-up!, The "flying geese" model, ou deixem as empresas morrer!!!). É preciso deixar as empresas morrer (e como isto é dificil politicamente, os desempregados são eleitores). No entanto, o que se faz é apoiar essas empresas para que dêem o salto de produtividade ... a sério?!"
Afinal, os apoios nem são para ajudar as empresas a darem o salto de produtividade. Ontem no JN em "Desemprego atinge os concelhos industriais" li:
"TRABALHO Os concelhos com maior propensão industrial foram os que registaram os maiores aumentos do desemprego nos últimos 12 meses. Mais de metade dos novos desempregados estáno Norte, sobretudo onde predominam os setores do têxtil e do calçado, que se queixam de falta de encomendas. Para travar os despedimentos, o Governo prepara-se para suportar parte do salário dos trabalhadores que estão parados.
...
O setor do couro teve o maior aumento do desemprego, 15,4% Superior ajulho de 2022, e há empresários do calçado que pedem medidas para evitar "despedimentos em massa" (ler texto na página seguinte). Já o têxtil e o vestuário viram o desemprego subir acima dos 12%, porque "as empresas tiveram uma diminuição acentuada da procura", assinala Mário Jorge Machado, presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal. Isto deve-se à conjuntura internacional que arrefeceu os mercados europeus, o que levou a que o retalho vendesse menos do que o esperado no ano passado, gerando-se "excesso de stock" que, este ano, se repercute num travão das encomendas, acrescenta. [Moi ici: Ainda ontem à tarde na RTP 3 ouvi uma declaração do presidente da ATVP sobre o têxtil e a sustentabilidade em que, entre outras coisas, dizia que era preciso aumentar o tempo de vida do vestuário. Eu sorri e pensei no impacte desse justo objectivo na rentabilidade das empresas e no emprego têxtil]
...
O JN sabe que se trata de um programa dirigido aos trabalhadores das indústrias afetadas pela quebra de encomendas, nas quais se inclui o têxtil e vestuário.
A ideia é que o IEFP financie uma parte dos salários, desonerando as empresas que, de outra forma, teriam de recorrer ao lay-off ou despedir. A portaria que regulamenta o programa será publicada no inicio de setembro e as formações devem arrancar nesse mês. A duração prevista é até ao final do ano, mas os empresários veem vantagens em prolongá-lo a 2024. [Moi ici: Entretanto, o presidente da Associação das Indústrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC), César Araújo, diz que apesar do desemprego as empresas não conseguem contratar]"
Recordar Tudo vai depender do tal jogo de forças (parte VI) onde se fala da inversão de ciclo nas exportações portuguesas.
É o medo atávico dos governos portugueses, que não querem deixar as empresas morrer e, por isso, amarram recursos escassos a empresas zombie.
segunda-feira, agosto 28, 2023
Falta a parte dolorosa da transição (parte II)
"Acho que eu e tu continuamos com a mesma diferença de opinião sobre a qualidade dos empresários portugueses e da gestão em Portugal como causa para a falta de produtividade.Nota que no excerto do Cavaco que citas ele está a pôr o dedo nessa mesma ferida."
Ainda no Twitter respondi:
"Penso que posso dizer que não divergimos quanto à avaliação da qualidade média da gestão. Não posso negar a 2ª figura deste postal Mas claro, eu só sou um anónimo engenheiro da província. Amanhã respondo com um postal para ilustrar que isso é irrelevante para o salto de produtividade que o país precisa."
Por que é que a maior ou menor qualidade da gestão é irrelevante para o salto de produtividade que o país precisa?
Primeiro, olhar para o exemplo da cidade de St. Louis no Missouri, retirado de "How Rich Countries Got Rich and Why Poor Countries Stay Poor" de Erik S. Reinert. A produtividade nos sectores tradicionais pode aumentar mas atinge sempre um patamar de onde é difícil sair. Na figura que se segue:
Ilustra-se que por mais bem gerida que seja uma empresa no sector da aviação, ou da comunicação, por exemplo, não consegue ter uma rentabilidade melhor do que a média de outros sectores. Se olharmos para o perfil de sectores económicos de Portugal veremos que as melhores empresas têm rentabilidades inferiores a empresas médias de outros sectores económicos. Basta recordar o postal recente sobre o desempenho do sector farmacêutico em Espanha.- Food / Hospitality / Tourism / Catering Average Salaries in France 2023 - 2840 €/mês
- Pharmaceutical and Biotechnology Average Salaries in France 2023 - 5530 €/mês
- Automotive Average Salaries in France 2023 - 3090 €/mês
- O Carlos consultor, trabalha com empresas concretas e, no seu trabalho, esforça-se para as ajudar a melhor a produtividade, independentemente do ponto de partida
- O Carlos cidadão, preocupa-se com o empobrecimento generalizado da sociedade por causa da aposta na competitividade pelos custos, por causa do apoio a empresas que deviam morrer naturalmente e não serem mantidas ligadas à máquina com apoios e subsídios vários como os do Chapeleiro Louco
domingo, agosto 27, 2023
Falta a parte dolorosa da transição
Um artigo interessante na revista The Economist, "Britain | The low-wage economy - Britain's failed experiment in boosting low-wage sectors":
"Choking off immigration to make low-wage sectors more productive was never going to work
The BREXITEER plan to end free movement from the European Union was not only about satisfying popular hostility to immigration. Leavers also talked of fixing Britain's perennial productivity problems. Boris Johnson, as prime minister in 2021, described a future that was "high wage, high skill, high productivity", and would be realised only if Britain kicked its addiction to cheap foreign labour.
...
Businesses show little sign of investing more or raising wages to attract more domestic workers, says Jonathan Portes, a professor of economics at King's College London.
...
A lack of commitment was not the only reason the Brexiteers' experiment failed. The thinking behind it was also faulty. The real productivity problem starts at home. A significant factor is the poor quality of British managers, according to John Van Reenen and Nick Bloom, two economists who have conducted international surveys. Other research suggests that this is especially true in low-wage sectors."
- 1.A produtividade é baixa porque o acesso a mão de obra barata não impele as empresas a aumentarem a sua produtividade. 2.Então, se cortarmos o acesso a mão de obra barata as empresas vão ter de aumentar a sua produtividade para poderem pagar salários mais altos. 3.Assim, os britânicos poderiam aspirar a "high wage, high skill, high productivity".
- O período 1 é verdadeiro. É o que vêmos em Portugal, fábricas e turismo a quererem importar mão de obra barata para poder manter as coisas como estão - recordo as bofetadas na cara em - Uma bofetada que recebo como um aviso, Bofetadas e locus de controlo - produtividade é que não., e Mais bofetadas e a turbulência em curso. Este é o quadrante do empobrecimento na figura abaixo, o quadrante em que as empresas são competitivas sem ser produtivas.
- O período 2 é verdadeiro. Mas é insuficiente. Pagar melhores salários implica cobrar preços mais elevados aos clientes e os clientes não estão para aí virados se não houver uma vantagem competitiva por parte das empresas. É o quadrante da baixa produtividade e baixa competitividade. O aumento do preço é feito sem contrapartidas para os clientes, e esse aumento não é desviado para melhorar a competitividade da empresa via produtividade, mas para pagar os custos mais altos. Nunca esquecer o caso do Uganda. É tão fácil e comum os políticos (e não só) confundirem mais competitividade com mais produtividade. O problema é o quadrante do empobrecimento.
- O período 3 é falso, é rotundamente falso porque falta a parte dolorosa da transição. Falta criar as condições para os flying geese (A mudança bottom-up!, The "flying geese" model, ou deixem as empresas morrer!!!). É preciso deixar as empresas morrer (e como isto é dificil politicamente, os desempregados são eleitores). No entanto, o que se faz é apoiar essas empresas para que dêem o salto de produtividade ... a sério?! Quantas usam o apoio, (sem maldade, simplesmente porque é a única coisa que sabem fazer), para manter os preços baixos e aguentar mais um ano, como Spender ilustrou com as fundições inglesas.
sábado, agosto 26, 2023
A economia é contextual
"If you read what Peter Drucker had to say about competition back in the late ’50s and early ‘60s, he really only talked about one thing: competition on price. He was hardly alone — that was evidently how most economists thought about competition, too."
A economia não é como a física newtoniana, é contextual. O que funciona depois de algum tempo não funciona mais porque o contexto mudou. Nos anos 50 e início dos anos 60 a concorrência era no preço, ainda vivíamos no século XX.
Trecho inicial retirado de "What Is Strategy, Again?"
quinta-feira, agosto 24, 2023
"The "autotelic self""
E aplicar o que segue a empresas? Atentas ao contexto, prontas a abraçar a mudança, e sentindo-se ao volante, estabelecem indicadores e objectivos, monitorizam o desempenho e tomam decisões com base no feedback. Não porque seguem uma receita, mas porque vivem.
"A person who is healthy, rich, strong, and powerful has no greater odds of being in control of his consciousness than one who is sickly, poor, weak, and oppressed. The difference between someone who enjoys life and someone who is overwhelmed by it is a product of a combination of such external factors and the way a person has come to interpret them - that is, whether he sees challenges as threats or as opportunities for action. [Moi ici: Recordar as reflexões sobre os que resistem à mudança versus os que a abraçam - Abraçar ou resistir à mudança? ou Resistir versus abraçar]
The "autotelic self" is one that easily translates potential threats into enjoyable challenges, and therefore maintains its inner harmony. A person who is never bored, seldom anxious, involved with what goes on, and in flow most of the time may be said to have an autotelic self. The term literally means "a self that has self-contained goals," and it reflects the idea that such an individual has relatively few goals that do not originate from within the self [Moi ici: Recordar as reflexões sobre o locus de controlo interno e externo - Isto é mesmo um desafio digno de Hercules e Calimeros - não obrigado!]. For most people, goals are shaped directly by biological needs and social conventions, and therefore their origin is outside the self. For an autotelic person, the primary goals emerge from experience evaluated in consciousness, and therefore from the self proper.
The autotelic self transforms potentially entropic experience into flow. Therefore the rules for developing such a self are simple, and they derive directly from the flow model. Briefly, they can be summarized as follows:
1. Setting goals. To be able to experience flow, one must have clear goals to strive for. A person with an autotelic self learns to make choices-ranging from lifelong commitments, such as getting married and settling on a vocation, to trivial decisions like what to do on the weekend or how to spend the time waiting in the dentist's office--without much fuss and the minimum of panic.
...
As soon as the goals and challenges define a system of action, they in turn suggest the skills necessary to operate within it. If I decide to quit my job and become a resort operator, it follows that I should learn about hotel management, financing, commercial locations, and so on. Of course, the sequence may also start in reverse order: what I perceive my skills to be could lead to the development of a particular goal that builds on those strengths - I may decide to become a resort operator because I see myself as having the right qualifications for it.
And to develop skills, one needs to pay attention to the results of one's actions-to monitor the feedback. To become a good resort operator, I have to interpret correctly what the bankers who might lend me money think about my business proposal. I need to know what features of the operation are attractive to customers and what features they dislike. Without constant attention to feedback I would soon become detached from the system of action, cease to develop skills, and become less effective.
One of the basic differences between a person with an autotelic self and one without it is that the former knows that it is she who has chosen whatever goal she is pursuing. What she does is not random, nor is it the result of outside determining forces. This fact results in two seemingly opposite outcomes. On the one hand, having a feeling of ownership of her decisions, the person is more strongly dedicated to her goals. Her actions are reliable and internally controlled. On the other hand, knowing them to be her own, she can more easily modify her goals whenever the reasons for preserving them no longer make sense. In that respect, an autotelic person's behavior is both more consistent and more flexible."
terça-feira, agosto 22, 2023
"Subjective experience is not just one of the dimensions of life, it is life itself"
"Spoiler alert: The good life is a complicated life. For everybody.
The good life is joyful... and challenging. Full of love, but also pain. And it never strictly happens; instead, the good life unfolds, through time. It is a process. It includes turmoil, calm, lightness, burdens, struggles, achievements, setbacks, leaps forward, and terrible falls. And of course, the good life always ends in death.
A cheery sales pitch, we know.
But let's not mince words. Life, even when it's good, is not easy. There is simply no way to make life perfect, and if there were, then it wouldn't be good.
Why? Because a rich life-a good life-is forged from precisely the things that make it hard."
Trecho retirado de "THE GOOD LIFE - Lessons from the World's Longest Scientific Study of Happiness"
"Subjective experience is not just one of the dimensions of life, it is life itself. Material conditions are secondary: they only affect us indirectly, by way of experience. Flow, and even pleasure, on the other hand, benefit the quality of life directly. Health, money, and other material advantages may or may not improve life. Unless a person has learned to control psychic energy, chances are such advantages will be useless. Conversely, many individuals who have suffered harshly end up not only surviving, but also thoroughly enjoying their lives. How is it possible that people are able to achieve harmony of mind, and grow in complexity, even when some of the worst things imaginable happen to them? That is the outwardly simple question this chapter will explore. In the process, we shall examine some of the strategies people use to cope with stressful events, and review how an autotelic self can manage to create order out of chaos.
...
The ability to take misfortune and make something good come of it is a very rare gift. Those who possess it are called "survivors," and are said to have "resilience," or "courage." Whatever we call them, it is generally understood that they are exceptional people who have overcome great hardships, and have surmounted obstacles that would daunt most men and women. In fact, when average people are asked to name the individuals they admire the most, and to explain why these men and women are admired, courage and the ability to overcome hardship are the qualities most often mentioned as a reason for admiration. As Francis Bacon remarked, quoting from a speech by the Stoic philosopher Seneca, "The good things which belong to prosperity are to be wished, but the good things that belong to adversity are to be admired."
Trechos retirados de "Flow - The Psychology of Optimal Experience" de Mihaly Csikszentmihalyi.
segunda-feira, agosto 21, 2023
"messianic belief in the power of government"
"The real problem with the Treasury's intelectual scepticism is that there is not enough of it in the world. The west is going through a phase of almost messianic belief in the power of government.
...
The state can do spectacular things. Europe cut its reliance on Russian fossil fuels at speed. Governmental leadership, not just biomedical genius, produced the Covid-19 vaccine.
But these feats tend to happen under extreme duress. In normal times, the business of government is to make things a bit better, knowing that it will make other things a bit worse. This is because: resources are finite, different goals conflict, advanced countries plucked most of the low-hanging fruit long ago, unintended consequences obtain, and social outcomes are determined as much by deep historical patterns or geographic constraints as by diktat.
The problem illness isn't Treasury Brain. It is Do Something-itis. Public life isn't full of pessimism. It is full of 10-point plans and summits called things like Horizon 2055. Sunak began the year with a pledge to halve inflation within 12 months. This is a man who "runs" an open, midsized economy, exposed to such outside vagaries as the Ukraine war and foreign central bank policy. Even if the pledge is met, it was vainglorious to make. And he is a relative sceptic about government. The Treasury was always accused of hiring humanities-trained generalists over technical economists. Is that all bad? With some Shakespeare or Conrad, it is easier to see that one's schemes to better the world have to reckon with the permanence of human nature, among other external forces. It is a public service, not a mental defect, to understand how little we can do against the tempest."
Trechos retirados de "The west has forgotten the limits of government"