"nature evolves away from constraints, not toward goals"Como escrevi ontem "exploitation através de local searches quando a paisagem competitiva está em mudança". A que grupo pertencerão, ao segundo ou ao terceiro?
"Três grupos:Julgo que ao segundo, porque os que se enquadram no terceiro grupo mudam algo no modelo de negócio.
- os que agem ao primeiro sinal e partem em exploration de novas alternativas;
- os que por cegueira ou incapacidade continuam a sua vida de exploitation através de local searches; e
- os que assumem a exploitation até ao fim, conscientes de que mesmo assim, terão de fazer a sua mudança, porque os dois primeiros grupos vão libertar quota de mercado, voluntária ou involuntariamente."
Há meses escrevi sobre o que acontece quando deixa de haver trabalhadores, foi na série, "Para aumentar salários ... (parte IV)". Quando a falta de trabalhadores obriga os salários a subirem mais do que a produtividade, as empresas começam a trilhar um caminho perigoso. A minha visão optimista apontou logo a alternativa, subir na escala de valor para que a produtividade aumente mais depressa do que os salários. Ainda recentemente escrevi "Mudar e anichar" e em Janeiro último "Espero que não vos tremam as pernas quando as empresas começarem a cair como tordos".
A Natureza não pensa, não corre para objectivos, a Natureza foge de restrições e constrangimentos. Qual a alternativa a pensar e subir na escala de valor (o primeiro grupo lá de cima). Manter tudo igual e procurar suprir a restrição mais forte.
Assim, este título, "Empresas têxteis portuguesas recrutam trabalhadores na Ásia", é uma bofetada que recebo como um aviso para aprender a ler melhor o comportamento humano (como os templários no final do processo de iniciação). É mais fácil fazer o que é mais fácil.
Voltamos à equação da produtividade:
Eu, por feitio profissional, opto sempre por trabalhar o numerador, o único que pode promover melhor nível de vida para todos. Por isso, esqueço-me que há sempre gente em busca de viver à custa de melhorias no denominador. Claro que isto será sempre um paliativo, trabalhadores mais dóceis, mais ignorantes e àvidos de horas extra só permitem controlar os custos até um certo ponto. Até porque a capital de Marrocos fica mais perto de Lisboa do que Madrid.
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