domingo, agosto 23, 2015

Curiosidade do dia

A propósito de "Dez câmaras do país exigem ao Governo alargamento da quota de captura de sardinha", alguém conhece a posição do Partido Ecologista os Verdes, ou da Quercus, sobre o tema?

Um bom desafio, a subida na escala de valor

"The challenge for Tunisia’s olive oil industry is not just to find ways to increase production, but also to export less oil in bulk and more bottled and branded products, officials and exporters say. More than 75 per cent of the country’s output is exported in bulk to Italy and Spain, where it is mixed with local oil before being bottled and marketed as a product of those countries.
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“The Tunisian product is not known; we are trying to overcome this,” ... we still need to create a profile for Tunisian olive oil.”"
Um bom desafio, a subida na escala de valor, o abandono da venda de granel comoditizado e a criação de uma marca.
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O mesmo desafio que muitos produtores portugueses precisam de abraçar, abandonar a exportação a granel.

Trecho retirado de "Record olive oil exports boost Tunisia’s flagging economy"

O poder das associações e nas associações

Ainda há dias perguntava no Twitter:



Presidir a uma associação sectorial é um assunto demasiado sério para que um qualquer presidente se eternize. Não é nada de pessoal, é simplesmente o que propus ao PSOE e a Zapatero em Janeiro de 2009.
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No sector do turismo temos Luís Veiga, o presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP). Luís Veiga é um velho "amigo" deste blogue, sempre disposto a fornecer frases que ilustram situações merecedoras de comparecer neste blogue.
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A primeira vez que o referimos foi em Janeiro de 2013 em "Não há nada a fazer?". Em Janeiro de 2013 o presidente da AHP dizia:
"Para 2013 espera-se menos emprego, menos investimento, pior prestação em termos de resultados. Não há milagres"
Eu, ingenuamente perguntava "Não há nada a fazer?"
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Qual o papel do presidente de uma associação? Não é também o de ajudar os associados a agarrar o touro pelos cornos? Não é também o de sugerir alternativas? Não é também o de ser vanguarda?
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Depois, em Outubro desse ano de 2013, verificou-se que o turismo em Portugal batia recordes! Registei o acontecimento em "O exemplo da hotelaria" sublinhando as palavras de Luís Veiga:
"A hotelaria portuguesa poderá ter um ano de recordes em 2013. Até ao final do ano, o sector prevê receber 14,5 milhões de hóspedes, contra 13,9 milhões em 2012, e 42 milhões de dormidas, face aos 39,8 milhões do ano passado. “Nunca se atingiram estes números em Portugal e vamos ter resultados significativos este ano”, sublinha o presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Luís Veiga, em entrevista ao SOL."[Moi ici: Na altura até perguntei se ele se tinha retratado]
Entretanto, em Março deste ano voltei a sublinhar umas palavras de Luís Veiga no postal "Sim, é muito mais complexo do que o "paradigma"" onde apelava a um proteccionismo do negócio dos hotéis e a satanização do turismo local, como se não houvesse lugar para todos. Decididamente Luís Veiga precisava de conhecer os rouxinóis de MacArthur:

Na altura desabafei no postal:
"É sempre mais fácil arranjar um culpado externo (o alojamento local), ou um salvador externo (o governo), para não ter de olhar para nós mesmos, para dentro e para o peso da responsabilidade própria que nos cabe de melhorar a nossa situação. É sempre mais fácil assumir o papel de vítima e esperar pelo salvamento."
Hoje, em "Operadores antecipam "novos máximos" na época turística de 2015" volto a encontrar Luís Veiga e a sua visão pessimista. Depois do artigo desbobinar uma série de estatísticas muito interessantes:
"A época turística em Portugal deverá registar “novos máximos” em 2015,
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o crescimento “muito perto dos dois dígitos, de 8,5 a 9%, na generalidade dos indicadores” do turismo em Portugal, a que corresponde um crescimento acumulado de cerca de 30% nos últimos dois anos
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os ganhos competitivos que o país tem vindo a obter, ao crescer “mais depressa” do que vários dos destinos internacionais alternativos, nomeadamente Espanha. “Estamos a crescer ao dobro do ritmo de Espanha no que diz respeito aos elementos quantitativos e a crescer muito mais nos elementos qualitativos, com progressões que chegam a atingir quatro a cinco vezes aquilo que se passa no país vizinho”, destaca.
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Como resultado desta evolução, o Turismo de Portugal antecipa também para 2015 “novos máximos a nível das receitas capturadas pela actividade” e, designadamente, a nível do saldo da balança turística."
Luís Veiga mostra a sua preocupação:
"Contudo, o presidente da AHP nota que estas evoluções “vão tão só recolocar os dados de 2007/2008 relativos à taxa de ocupação e RevPar”, sendo que “os dados médios das regiões turísticas do Norte, Centro, Alentejo, Açores e Madeira não são ainda satisfatórios face ao RevPar previsto”." 
 Basta-me recordar este postal sobre uma das primeiras lições que aprendi no mundo da Qualidade "Cuidado com as médias" e a preocupação de Luís Veiga em Março deste ano, para me interrogar: o que é que está a acontecer à oferta turística? Está a crescer uniformemente ou está a fragmentar-se em diversos tipos?
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Depois, consultamos o último boletim do INE sobre a "Actividade Turística" e encontramos esta evolução dos valores do RevPar:
"O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi 43,6 euros em junho de 2015 (+15,7%); no período de janeiro a junho este indicador revelou uma evolução igualmente positiva (+11,4%), tendo correspondido a 29,7€.
Lisboa foi a região com RevPAR mais elevado (65,8€), seguindo-se o Algarve (48,1€) e a Madeira (42,9€). Salientaram-se as evoluções verificadas no Norte (+24,1%), Lisboa (+20,9%) e Açores (+20,3%)." [Moi ici: E o Alentejo cresceu 17%]
E dada a variedade da oferta:
Será que faz sentido trabalhar com um RevPar médio?
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Qual o papel de uma associação com um presidente com este discurso?
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Como se começam a corrigir 30 anos de activismo político? (parte III)

Parte I e parte II.
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A propósito de "Queda no consumo e de 13% no preço do leite esmaga produtores", há cerca de um ano (?) convidaram-me por e-mail para fazer uma apresentação das minhas ideias para o sector, para o provocar.
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Não aceitei por causa deste sentimento:
É tão grande o modelo mental que nos separa que tive dúvidas acerca de um contributo positivo da minha parte, que linguagem usaria, que exemplos teria para ilustrar o meu ponto?
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Agora, constato que a situação ainda é mais negra. A par das consequências da alteração do mercado do leite, com o fim das quotas, com a redução do consumo chinês, com as consequências do embargo russo e a situação económica em Angola, também o consumo de leite está a diminuir em Portugal.
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Não há por aí ninguém que esteja a seguir a alternativa de David?
“A capacidade negocial dos produtores depende da capacidade para fazer barulho”
A minha alternativa começa com outra postura mental, com o locus de controlo no interior, não colocando as expectativas e aspirações nas mãos de outros. E, partindo de outro pressuposto: existimos para servir os outros, se a coisa não está a dar, estamos a receber um sinal que nos convida a rever o nosso modelo de negócio. Quanto mais adiarmos, mais dolorosa será a correcção. É nestas alturas que se faz a renovação da figura:


ADENDA: Não esquecer a resposta dada no comentário na parte I.

sábado, agosto 22, 2015

Curiosidade do dia

Mais uns que perderam um direito adquirido "Japan starts scrimping on its cosseted elderly"

Outra sugestão para a farmácia do futuro

Mais um exemplo de Mongo:
"These days, 3D printing seems poised to take over the world. You can 3D print prosthetic limbs, guns, cars, even houses. This month, another 3D printed product has hit the market, this one with potentially much wider reach: 3D printed pills.
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The first 3D printed pill, an anti-epilepsy drug called Spritam, was recently approved by the FDA.
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Aprecia plans to develop more 3D-printed medications—“an additional product per year, at least,
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Medication-printing technologies could revolutionize the pharmaceuticals industry, making drug research, development and production considerably cheaper.
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In the future, it may even be possible to print pills at home.
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Inventors would need to figure out how to supply the printers with their raw ingredients. Some researchers envision patients going to a doctor or pharmacist and being handed an algorithm rather than a prescription. They'd plug the algorithm into their printer and—boom—personalized medicine."[Moi ici: Acho mais credível que a farmácia do futuro volte a ser um laboratório, com a "impressão" dos medicamentos com base em algoritmos fornecidos pelos médicos (receitas)]
Trechos retirados de "The Future of 3D-Printed Pills"

Recordar "Acerca de sectores estáveis e demasiado homogéneos na oferta (parte III)"

BTW, isto ajuda a perspectivar:



Estão a ver o que é a imprevisibilidade a funcionar?

"despedir é sempre resultado de uma maldade ou de preguiça da gestão"

Actualmente ando a ler o livro "Your Strategy Needs a Strategy: How to Choose and Execute the Right Approach".
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Segundo os autores, como escrevemos aqui no blogue ao longo dos anos, as estratégias são sempre situacionais, dependem das circunstâncias do mercado. Os autores, para caracterizar essas circunstâncias, usam duas variáveis:

  • a maior ou menor incerteza, imprevisibilidade, por um lado; e
  • a maior ou menor capacidade de influenciar o mercado.
Desta combinação de variáveis desenvolvem 5 padrões de desenvolvimento de uma estratégia:
Nesta tabela fazem um resumo muito claro sobre o que está em causa com cada padrão estratégico:
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Num dos capítulos do livro os autores apresentam esta figura acerca da evolução em cada sector da imprevisibilidade:
Cada vez mais a imprevisibilidade é a norma! Por isso, padrões estratégicos baseados no grupo das estratégias "clássicas" proporcionam cada vez menos resultados.
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Talvez por causa dessa evolução, temos este tipo de temas a surgirem nos media de gestão "Companies Need an Option Between Contractor and Employee". A reacção de muita gente perante estes temas é a que escrevi neste tweet:


Assim, enquanto temos uma revista académica a propor a criação de mais categorias de relacionamento entre partes, por cá temos esta satanização permanente de quem tem de despedir "PS subirá indemnização nos despedimentos".
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Até parece que estes desempregados "After Nokia Layoffs, Tech Workers in Finland Regroup and Refocus" resultam de um capricho da gestão.
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Voltemos ao livro e aos padrões. Ao aumentar a imprevisibilidade e a maleabilidade dos mercados, as empresas de um sector podem percepcionar que estão num ambiente competitivo muito exigente, sinal de que o seu modelo de negócio passou o prazo de validade. Nessas alturas as empresas têm de se renovar, têm de abandonar o que já não funciona e encolher para poderem sobreviver, até descobrirem a próxima aposta (“I am going to wait for the next big thing.”).
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O que os teóricos amparados pelo Estado durante toda a sua vida nos vêm dizer é que despedir é sempre resultado de uma maldade ou de preguiça da gestão.
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Veja-se o caso gritante da TAP, as low-cost mudaram a paisagem onde competia, como respondeu? O que abandonou? A que é que renunciou?Já encolheu?
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Assim, medidas que encarecem o desemprego falham por duas vias:
  • aumentam as barreiras para criar emprego;
  • aumentam os custos para as empresas em fase de reestruturação, altura em que mais precisam de dinheiro para sobreviver e preparar "the next big thing".




Acerca da evolução do desemprego (parte IV)

Parte IParte II, Parte III e Previsão,
A propósito dos números do IEFP de Junlo de 2015 sobre a evolução do desemprego (desempregados à procura de emprego):

Afinal ainda não foi desta que se atingiram os valores de Julho de 2009. Agora já duvido se a meta será atingida até Setembro, os próximos dois meses são meses em que o desemprego costuma subir.
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Já quanto ao número total de desempregados, estamos já bem abaixo de Janeiro de 2011:
(A azul a evolução homóloga e a vermelho a evolução mensal)

Algumas notas:

  • O grupo profissional onde o desemprego homólogo mais caiu, -19,5%, foi "Trabalhadores qualificados da indústria e artífices";
  • O desemprego homólogo caiu -18,7% no Algarve e subiu 0,4% no Norte;
  • O desemprego homólogo caiu -19,9% no sector secundário e -11,9% no sector terciário;
  • No final do mês de Julho, o IEFP tinha 20633 ofertas de emprego por satisfazer.
Aposto que os media vão martelar, não a descida do desemprego mas a redução das ofertas de emprego.



Fecho com a continuação deste gráfico:

sexta-feira, agosto 21, 2015

Curiosidade do dia

A Grande Ressaca!
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A venda ao desbarato das commodities em "Goodbye to all that":
"The real curse for producers is over-supply in almost all raw materials. Yet they continue to act as if they are blithely unaware of it. Capital is still pouring into holes in the ground, creating a hangover that may last at least a decade. Jeff Currie of Goldman Sachs, a bank, says past cycles suggest it can take up to 15 years to work through the over-investment. “The world has just flip-flopped,” he says."
Como não recordar a força da inércia em "O poder, o momentum da inércia"

Interessante a posição alemã no gráfico...

Mais uma figura interessante retirada de "Your Strategy Needs a Strategy: How to Choose and Execute the Right Approach":

Talvez seja por isto que muitas vezes digo que a empresa americana-tipo não tem paciência estratégica... vive encerrada num modelo mental de estratégia clássica.
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Interessante a posição alemã no gráfico...
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Isto num mundo cada vez mais imprevisível

... e as experiências

Depois de "É a experiência, estúpido!" e de "A economia de experiências a crescer no Algarve", ia escrever no título "O turismo e as experiências". Depois, recuei... não é só o turismo, é tudo. A experiência é o produto!
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A propósito de "Gamification in tourism: Designing memorable experiences (a book review)".
"the reasons why people play games, engage in tourism and why a tourism experience is memorable are similar, mainly: experiencing positive emotions, being highly engaged with an activity, deepening and expanding relationships, finding meaning and experiencing accomplishment. The most successful games and tourism experiences manage to accomplish all of these elements."

"valor" e "significado"

O marxianismo defende que o valor de algo é definido pelo trabalho anteriormente incorporado na sua criação. Assim, para um marxianista, isto é impensável: "Espanha: Chineses pagam 10 mil euros por aeroporto que custou 450 milhões".
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Neste blogue considera-se o valor como algo subjectivo, relativo, fenomenológico e definido pelos intervenientes numa transacção. Por isso, achei interessante o paralelismo da evolução dos conceitos de "valor" e de "significado" que encontrei neste texto "Reading :: Service-Dominant Logic":
""Value is always uniquely and phenomenologically determined by the beneficiary"
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Scholars in rhetoric and writing studies may see parallels with the term "meaning" in our field, a vague term for something that was once understood as embedded in the text, unilaterally communicated from writer to reader. Eventually, rhetoric and writing scholars shifted to the consensus that meaning is cocreated in communicative interactions: meaning was eventually seen not as a noun, a quality embedded in a material, but rather the result of a verb, an interaction across many participants and media. That is, the shift to S-D logic described in this book sounds a lot like the interpretive turn that rhetoric and writing took in the 1980s."

quinta-feira, agosto 20, 2015

Curiosidade do dia

Sou um utilizador frequente do comboio e gosto de andar de comboio.
Por isso, saúdo esta evolução "CP estuda reforço da frota. Passageiros crescem há 23 meses"

E os profissionais até são capazes de gestos bonitos:


Acerca da batota

Associar a "The permanent rules":
"Rules are rarely universal constants, received wisdom, never unchanging. We're frequently told that an invented rule is permanent and that it is the way that things will always be. Only to discover that the rule wasn't nearly as permanent as people expected."
E recordar a figura:

Como se começam a corrigir 30 anos de activismo político? (parte II)

Parte I.
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Na parte I sublinhámos:
"“For 30 years, French authorities encouraged regional development and medium-sized, family-owned dairy farms.”
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France has yet to reconcile its ideal of traditional farming, centred around families, and the need to foster larger farms able to compete with lower-cost competitors in Germany or the  Netherlands.
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“The general public wants small farms because it is more pretty,” says Mr Daudin, 27. “There’s resistance to anything that resembles a factory. But this has a cost."
E recordo outro exemplo francês "Small isn’t always beautiful: The cost of French regulation"
E recordo o exemplo italiano "As long as you’ve got fewer than 15 employees, the union usually leaves you alone"
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Neste blogue não se segue acriticamente a relação entre produtividade e tamanho da empresa, como ainda ontem voltamos a referir acerca dos Encontros da Junqueira. É tudo situacional, se uma empresa segue uma estratégia em que a competitividade se baseia no preço, em que os ganhos de produtividade decorrem de aumentos de eficiência, então, o tamanho é importante e relevante.
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Vamos então à parte II, "Pourquoi le porc français est-il plus cher que celui des voisins européens ?":
"La donne est claire: la France est moins compétitive que ses voisins européens. Troisième producteur de viande de porc en Europe avec 1,9 millions de tonnes produites en 2014, le pays affiche le prix le plus élevé: 1,55 euro le kilo. En Allemagne, le porc est vendu à 1,32 euro le kilo et va même jusqu'à 1,25 euro du kilo en Espagne. Certains industriels préfèrent alors se tourner vers l'étranger.
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Les exploitations françaises ont un problème de rentabilité. En moyenne, un élevage en France compte 200 truies contre 560 au Danemark et même le double en Espagne! «En 1998, la circulaire Voynet-Le Pensec, a mis un coup à la modernisation nécessaire à notre système agricole, estime Guillaume Roué, de l'interprofession porcine (Inaporc). L'objectif était alors de limiter l'élargissement des élevages. En 2004, on a commencé à voir une inversion de la courbe sur la production de porcs français. Pendant ce temps-là, nos voisins se sont diversifiés, ont augmenté leur productivité et ont agrandi leurs exploitations.» En vingt ans, l'Allemagne est en effet passée de 35 millions de porcs abattus à presque 60 millions l'an passé."
E agora, como começar a corrigir 30 anos de activismo político?
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Talvez uma resposta esteja aqui na experiência neo-zelandesa, quem sabe?
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E agora, enquanto a indústria do porco está atolada num pântano, tem de competir pelo preço, no entanto, a regulação, ao mesmo tempo, desincentiva a tomada de decisões que a favorecem. Os políticos que a minaram estão algures a gozar a reforma como se nada fosse com eles.
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Há alternativas ao preço? Claro, mas implicam uma mudança tão grande que poucos a tentam. Por exemplo, criar uma marca, deixar de optar pelas estirpes mais produtivas e voltar às raças autóctones, trabalhar novos segmentos de mercado, fazer da quinta um lugar de visita e de experiências.
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Olha, podiam começar por estudar os frangos Purdue.
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"Firm Size Distortions and the Productivity Distribution: Evidence from France"
"Size-dependent regulations, firmsize distribution, and reallocation"

Um campeão escondido (parte II)

Parte I
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Para muitos, longe da realidade das empresas e habituados a direitos adquiridos esta linguagem é incompreensível:
"“A Oli não pode estar descansada em mercado nenhum. A concorrência é cada vez mais variada e mais agressiva, com as mais diversas origens e em todos os segmentos”, adianta."
Competir pelo preço? Claro que não:
"A aposta na inovação é, aliás, ponto de honra para quem lidera a Oli.
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Inovar significa competir à escala global e a Oli incorporou a palavra no ADN da empresa. Por isso, surgem colaborações e parcerias com centros de investigação e universidades,
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As parcerias estendem-se a nomes maiores da arte nacional. A Oli gosta de surpreender o mercado e aqui o design tem uma palavra a dizer.
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De qualquer forma, o empresário sabe quais os factores que, na sua opinião, têm feito a diferença nos mercados onde a Oli se movimenta. “Confiança na qualidade e fiabilidade dos nossos produtos”, resume. A flexibilidade às necessidades cada vez mais específicas dos clientes e a procura de novas soluções são também aspectos que contam na hora de fechar negócios."
Texto retirado de "Oli: a líder ibérica de autoclismos quer cada vez menos água"

quarta-feira, agosto 19, 2015

Curiosidade do dia

"The current system educational system is not broken, he says. It’s doing exactly what it was designed to do: prepare workers for a hierarchical, industrialized production economy. The problem is that the system cannot be high-performing because it’s not doing what we need it to for the upcoming decades, which requires leveraging the skills and capabilities of everyone."
Trecho retirado de "A Chat with Jaime Casap, Google’s Chief Education Evangelist"

5 alternativas à atenção da tríade

Ao longo dos anos tenho falado aqui acerca dos membros da tríade, gente que só conhece uma forma de competir no mercado: tamanho, preço e eficiência.
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Algo a que os autores de "Your Strategy Needs a Strategy: How to Choose and Execute the Right Approach" chamam de "estratégia clássica".
Só que existem outras alternativas estratégicas. E a tríade não as conhece... sofrem do problema que Napoleão identificou:
"Napoleon said: To understand someone, you have to understand what the world looked like when they were twenty." 
Entretanto, nos últimos anos o mundo mudou e acelerou. Os autores do livro propõem 5 alternativas estratégicas:

"The Strategy Palette offers five distinct approaches to business strategy:
  1. The Classical Approach (be the biggest) [Moi ici: E apetece voltar aos participantes nos Encontros da Junqueira. Ficaram por esta visão do mundo, cada vez mais obsoleta. Recordar esta figura.] is the traditional analyze-plan-execute method, with a goal of achieving sustainable competitive advantage through scale or differentiation.
  2. The Adaptive Approach (be the fastest) is about responding rapidly to changing market conditions by continuously experimenting, then selecting and quickly scaling up whatever works.
  3. The Visionary Approach (be the first) envisions new business possibilities. Although this approach is typically associated with entrepreneurial start-ups, large companies now also need to be visionary to stay relevant.
  4. The Shaping Strategy (be the orchestrator) is about partnering with other companies to reshape an entire industry through collaboration, often using a digital platform.
  5. The Renewal Strategy (be viable) [Moi ici: Uma alternativa automaticamente satanizada por muitos. Recordo sempre Jobs e o seu “I am going to wait for the next big thing.”] is best used when a business is in jeopardy and needs to conserve its resources to fund the journey back to viability and growth."

O luxo discreto

Excelente artigo, "Luxury Branding Below the Radar", excelente tema. Cada vez mais, clientes com poder de compra querem consumir luxo sem fazer alarde disso.
"For nearly a decade marketers have been talking about the rise of “inconspicuous consumption”: elite consumers’ growing affinity for discreet rather than traditionally branded luxuries.
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all of a sudden people were making fun of overt wealth and even taking the labels off their clothes
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upper-class consumers have become intrinsically less drawn to overt status symbols
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social media have enabled the rise of niche brands
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through which like-minded people of any socio­economic stratum can send what Berger calls “subtle signals” to one another. His lab studies have shown that “the educated elite”—say, fashion students choosing which bag to buy—have a significant preference for “discreetly marked products, subtle but distinct styles, or high-end brands that fly beneath the radar,” which gives the providers of those offerings greater longevity than their “more blatant counterparts."
E claro que isto é um problema para muitas marcas:
"Our entire strategy is based on people buying products to signal their social status to others.’" 
O artigo continua com uma série de alternativas para ir ao encontro destes clientes e desta tendência.

Poder, decisões e excesso de confiança

"the decisions made by power holders across a multitude of arenas - including businesses, government, religious institutions, and nonprofit organizations - are often marred with overconfidence.
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urthermore, when powerful leaders are plagued with overconfidence, the consequences for performance can be detrimental. Making important decisions in the absence of adequate information hinders not only one’s own performance and ability to maintain power, but often hurts companies, stockholders, and the general public too,
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the experience of power exacerbates overconfidence.
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After experiencing power, individuals pay more attention to positive and rewarding information, and adopt an orientation toward action. Furthermore, recent evidence shows that experiencing an elevated sense of power – defined as the subjective sense that one is powerful and influential, regardless of whether this is actually the case coincides with confidence-inducing states, such as optimism, risk-taking and exaggerated perceptions of control over outcomes. Building on these ideas, we predict that power will, via an elevated subjective sense of power, lead to an overestimation of one’s accuracy in decision-making domains."

Trechos retirados de "Power and overconfident decision-making"