sábado, março 14, 2015

Cenarizar, para não ficar com as calças na mão

Moro em Estarreja.
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Em Estarreja, para fazer compras diárias para a casa podemos optar por:

  • Minipreço;
  • Lidl;
  • Pingo Doce;
  • Intermarché;
  • Supermercado Couto.
Só no Supermercado Couto é que os sacos plásticos não eram cobrados. 
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Há muito que adoptei a prática de ter sempre um saco azul do IKEA no carro, para usar nas compras.
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Portanto, para quem está no sector dos sacos plásticos, se tivesse pensado em cenários acerca do futuro, teria sempre de equacionar como muito forte o que o governo precipitou com a legislação que entrou em vigor há cerca de um mês. Por isso, apesar de não gostar de Moreira da Silva, apesar de detestar que os governos se metam nas relações que decido ter com os meus fornecedores, não posso deixar de pensar que estas empresas andaram a brincar com o fogo, "Fabricantes de sacos plásticos admitem reduzir pessoal".
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Estava escrito nas estrelas que, mais tarde ou mais cedo, induzido por legislação ou pelos actores económicos que ainda o não praticavam, isto ia acontecer.
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É fundamental, apesar da azáfama do quotidiano, pelo menos uma vez por ano, parar e pensar. Pensar no que é a paisagem competitiva onde se opera, pensar em cenários hipotéticos, pensar em como se preparar para eles.
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Como escrevi em 2009:
"Uma PME não pode lutar contra o "causal background", mas pode, ao analisá-lo, aperceber-se de que existem ..."
Ou "Se não se pode mudar o mundo, há que perceber para onde ele vai, para tirar partido"

Sim, é muito mais complexo do que o "paradigma"

"O presidente da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, Luís Veiga, alerta para o crescente aumento do alojamento local. Queixa-se de que o Governo tem de decidir se quer um turismo de “qualidade ou de alojamento local”. [Moi ici: Será que é o governo que tem de decidir, ou será que são os turistas? Será que é o governo que tem de decidir, ou será que são os apologistas do turismo de qualidade? Porquê o governo? E se retirarmos o governo da equação?] Luís Veiga chama ainda a atenção para o facto de as plataformas online estarem a cobrar comissões excessivas aos hotéis. [Moi ici: IMHO há aqui potencial para trabalhar o ecossistema, para fazer o by-pass a estas plataformas em particular] “Só a Booking chega a cobrar comissões de 25%”, garante.
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O dado aqui mais importante é que o preço médio tem-se mantido estável desde 2007 para cá. Isso é que é preocupante, isso é que determina que a rentabilidade dos hotéis esteja a ser posta em causa [Moi ici: E por que é que o preço médio se tem mantido constante? Por causa da explosão da oferta? E o que têm feito para seduzir a procura? Se a procura explodiu...  ] e foi isso que eu quis destacar na BTL. Isto porque, do ponto de vista político fala-se que neste momento os hotéis já são rentáveis, porque os hóspedes e as dormidas aumentaram, mas não é verdade, porque temos preços médios que ao longo dos últimos cinco anos não mexeram. [Moi ici: Talvez dizer que o preço médio se mantém constante seja simples demais. Talvez o preço médio se tenha mantido constante e o mix da oferta que entra para o cálculo do preço médio tenha variado e gere esse efeito enganador na média. Recordo que o preço médio do calçado português baixou em 2014, apesar do preço do calçado de couro ter continuado a subir. Simplesmente porque aumentou a produção de calçado com materiais que não o couro, como plásticos e borracha] Os preços médios na hotelaria, que é claramente o peso pesado da cadeia de valor do turismo, não aumentaram. E quando isso não acontece as empresas não têm condições para gerar cash flow e um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) que permita pagar os juros.
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Por exemplo, a dependência das plataformas online é cada vez maior, cada vez se paga mais à Booking e a outras plataformas, há uma dependência muito grande. O preço líquido que temos não mexe, não cresce, a oferta tem continuado a crescer, terceiro aspecto a oferta de alojamento local não pára de crescer.
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Temos um paradigma, [Moi ici: Não será antes dilema?] que é saber qual o caminho que queremos para o turismo de Portugal, se é de manter esta liberalização extrema, esta massificação de oferta de alojamento local, que são 50% das camas que existem na hotelaria, e perante este crescimento… [Moi ici: Será que faz sentido eleger o alojamento local como um concorrente do alojamento em hotel? Será que os ginásios devem ver a corrida na rua como um concorrente, ou como uma porta de entrada para o mundo do exercício físico e, por isso, mais potenciais futuros clientes, quando quiserem subir na escala de valor da experiência?]
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ficamos perante um paradigma que é o de saber se queremos um País de alojamento local ou se queremos um País de hotéis, [Moi ici: E tem de ser mata-mata? E tem de ser uma decisão centralizada? Não existe mercado para os dois modelos?] ou seja, se queremos um País de low cost ou se queremos um País com oferta de qualidade. [Moi ici: Low cost não é falta de qualidade. Assim como um velho Skoda Felicia tem qualidade, já me conduziu durante quase 500 mil km sem problemas, um BMW também tem qualidade. Os atributos é que são diferentes porque aquilo que as pessoas querem dos seus carros também é diferente] É essa a grande questão que temos de colocar hoje em dia.
É este ponto de interrogação é que nos preocupa neste momento.
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Mas, friso o aumento da oferta desregrada das camas de alojamento local, que coloca a questão de para onde caminhamos.
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toda esta facilidade levou a um crescimento exponencial, colocando em causa aquilo que queremos para o País no turismo.[Moi ici: Quem é que quer? Quem é que é detentor da verdade sobre o que é bom para o país no turismo?]
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Num quadro em que a rentabilidade é duvidosa na hotelaria e que o preço médio não aumenta, o que é certo é que mais de 60% dos hotéis não tem resultados líquidos positivos nos últimos anos, [Moi ici: Por que é que 40% tem resultados positivos? O que fazem de diferente? Onde estão? Trabalham para que públicos?]  e esta situação recorrente, sobretudo desde 2007, leva a que 45% tenha capitais próprios negativos."
É sempre mais fácil arranjar um culpado externo (o alojamento local), ou um salvador externo (o governo), para não ter de olhar para nós mesmos, para dentro e para o peso da responsabilidade própria que nos cabe de melhorar a nossa situação. É sempre mais fácil assumir o papel de vítima e esperar pelo salvamento. Ao longo dos anos, muito antes do alojamento local, muito antes da chegada das companhias de aviação low-cost e, da liberalização do alojamento, o discurso já era o mesmo:

Do melhor que já li sobre turismo e estratégia:
E, para fechar (Janeiro de 2014):
"Contudo, o panorama do sector em Portugal pode ser mais complexo e até apresentar situações de incapacidade de gestão de muitos líderes de empresas. "Existem poucos hoteleiros com capacidade para gerir", salienta Manuel Proença."

Trechos retirados de "Luís Veiga: “Estamos perante um paradigma. Queremos um turismo de hotéis ou de low cost?”"

"Siga em frente, homem"

Ser empresário, ter um negócio, é algo do género:
Como caminhar todos os dias sobre uma corda esticada entre duas margens, por cima de um precipício. E quando se chega a uma margem, dá-se a volta e repete-se a caminhada.
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A metáfora pretende salientar o facto de qualquer negócio ter um factor de risco associado. Basta uma lei ser alterada, basta um câmbio ser mexido, basta um cliente sentir-se maltratado ou enganado, basta um concorrente ter feito um melhor trabalho, basta os clientes mudarem de prioridades, basta tanta coisa para um negócio cair e ir ao charco.
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Mourinho daria um bom empresário:
"“Porque é que você é tão pessimista na vida?"
José Mourinho questionou um jornalista sobre o porquê de tanto pessimismo. O tema? A eliminação do Chelsea da Liga dos Campeões.
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“Porque é que você é tão pessimista na vida? É mais difícil ter sucesso. Tem que ser optimista. Talvez você seja um tipo com potencial mas não segue em frente porque é pessimista. Seja optimista. Acredite em você mesmo, seja positivo”, aconselhou Mourinho ao jornalista da Sky News que insistia em questionar o técnico sobre o jogo entre o Chelsea e o PSG.
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“Ainda temos onze jogos pela frente, uma vantagem de cinco pontos e um jogo a menos. Nós estamos optimistas. Você parece pessimista. Siga em frente, homem”, acrescentou."
Trecho retirado de "Mourinho deixa jornalista sem resposta"

sexta-feira, março 13, 2015

Curiosidade do dia

Retrato de um país em mudança acelerada. A fazer em anos o que no Ocidente se fez em décadas e décadas. Conseguirão?
"China has far more steel mills than it needs, a problem made worse by the country’s shrinking housing market, the most voracious consumer of the metal. Companies have scaled back or closed, as domestic steel prices have collapsed.
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The country’s traditional drivers of growth — manufacturing, real estate and local government infrastructure spending — are now among the biggest threats to China’s economy.
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A slowdown in those areas is expected, and even accounted for in the country’s economic outlook.
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“If you look at what companies are suffering the most in China, it is heavy industry,”

Trechos retirados de "For Chinese Economy, Strengths Are Now Weaknesses"

Mais um exemplo

O Miguel Pires alertou-me para:
"As exportações portuguesas de cortiça registaram, em 2014, um aumento de 1,5% face a 2013, o que significou um valor de 846 milhões de euros, segundo os dados provisórios lançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No que toca ao volume exportado, a tendência foi contrária, sendo que de 2013 para 2014 registou-se uma diminuição de 9,5%, o que significou uma descida de 201,2 milhares de toneladas para 181,9 milhares de toneladas"
Apesar de uma diminuição da quantidade, do volume exportado em cerca de 9,5%, o valor aumentou 1,5%.
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Comparando os resultados de 2014 (figura 5) com os de 2013 (Figura 6 da página 31)

Tudo leva a crer que se trata de uma evolução no sentido do aumento do preço, do aumento do valor acrescentado. Importante, sobretudo, os resultados do trabalho feito no mercado norte americano, que permitiram um aumento do preço médio de quase 20%.

Mongo e a energia

Mongo também passa por isto "Battery Hackers Are Building the Future in the Garage".
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As futuras baterias que nos permitirão deixar de estar ligados à rede eléctrica e menos dependentes das condições atmosféricas ou da hora do dia.
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Custa-me a crer que os estados permitam esta desligação da rede, quando ela começar a ser massiva:
"In his battery obsession and ambition, Hughes turns out to be emblematic of something much grander. He is part of an unprecedented worldwide effort — equivalent to a kind of a tech-age version of the Manhattan Project that built the atomic bomb — to amp up, transform and reinvent the humble battery into an element that could profoundly change the global energy paradigm.
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Battery entrepreneurs have begun to even talk like revolutionaries. “The ability for a battery company to change the dynamics of the world is what has got us excited,” says Bill Watkins, chief executive officer of Imergy Power Systems Inc., a Fremont, California, startup working on utility-scale batteries. “We can actually make a big difference here. I call it democratizing energy.”
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Or as Crabtree from the Joint Center battery project describes the transformation under way, “Homeowners will begin to say, ‘hey, nothing is stopping me from putting a solar panel on the roof and a battery in the basement.’ And it will kind of get perfected and refined by doing, and it’ll be the citizen innovator that will make it happen.”"

A lição dos nabateus acerca da eficiência e da eficácia

"Any efficiency measure applied relentlessly ultimately becomes inefficient.
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Efficiency is a classic area where the impact of a relentless focus on a single practice can be self-defeating. Engineers know this, but managers have not yet learned the lesson." [Moi ici: O exemplo dos nabateus de Petra, com vários milhares de anos]
Isto é muito bom:
"Business practices are widely copied. People develop expertise in a single practice and become like those described by the phrase “to a man with a hammer every problem looks like a nail”. We over-apply efficiency measures because they worked before or they worked elsewhere. We rarely consider their systemic impact on effectiveness" [Moi ici: Mais alguém a fazer o jogo entre os conceitos eficiência e eficácia]
E este trecho final vai ao âmago:
"Responsive Organisations recognise that efficiency is not the only goal. Efficiency does not deliver on the purpose of the organisation. It merely ensures resources are well applied. Effectiveness delivers the purpose of the organisation and needs to be a greater part of the management toolkit.  Efficiency measures need to be tempered to reflect their effectiveness and their impact on the effectiveness on the organisation as a whole." 
Quantas empresas focadas na eficiência, são muito eficientes a produzir e, no entanto, têm o armazém repleto de produto acabado que não conseguem vender. O objectivo é satisfazer clientes, não o de produzir barato. Como Hsieh disse:
"The most efficient way to run a warehouse is to let the orders pile up, so that when a worker walks around picking up orders, the picking density is higher and the worker has less distance to walk. But we're not trying to maximize picking efficiency.
We're trying to maximize the customer experience, which in e-commerce involves getting orders out to customers as quickly as possible."

Trechos retirados de "The Inefficiency of Relentless Efficiency"

Outra forma de David bater Golias

"Conventional wisdom holds that nationally operated companies should play up their inherent advantages over local businesses - leveraging their brand recognition, diverse product inventory, and price-setting capabilities, for example. But a new study finds that the size advantage isn’t all it is cracked up to be. When lightweights frame competition against a larger rival as a David versus Goliath story, the advantage often goes to the lightweight.
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Although it’s presumed that consumers have nearly abandoned the mom-and-pop shop for the big-box store, a few prominent anecdotes suggest otherwise.
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To be sure, data is not the plural of anecdote. But in six different types of experiments involving consumer-oriented retail establishments such as those selling books, coffee, and auto parts, the authors found that major brands lose local market support to small businesses when differences in resources, size, and corporate outlook are emphasized. Compared with scenarios in which small brands compete with one another or simply don’t acknowledge their larger rivals, those that explicitly position themselves in a struggle against a national chain see an uptick in sales, the frequency of customer purchases, and positive online reviews.
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The authors also found that for the underdogs, stressing the competitive narrative was just as effective as other strategies that small brands tend to use to differentiate themselves - such as focusing on price, quality, and safety. The more a large brand is seen as competing with a local business, the less support the large brand receives, most likely because consumers realize their shopping choices can affect the fate of the marketplace.
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The David versus Goliath strategy could also help small firms fight back against “showrooming,” wherein consumers examine products in bricks-and-mortar outlets only to buy them at cheaper prices online. Small businesses have much to lose when their merchandise is handled in the store but purchased elsewhere. By contrasting their lesser status with that of online retail giants, small firms could be seizing on a little-known, and relatively cheap, ploy to appeal to consumers: Stressing the dark horse narrative is much less expensive than slashing prices, increasing inventory, introducing elaborate customer service schemes, or switching to a niche sector."
Há dias, ao circular nas ruas da baixa do Porto, reparei que a maioria das sapatarias, na zona mais "turista-friendly", apresentava sapatos de marcas internacionais (Camel, Fluchs e outras). Depois, ao deparar com uma loja da Eureka, em plena Santa Catarina, escrevi no Twitter:



Para muitos turistas, a marca Eureka é desconhecida. Portanto, é mais uma marca "internacional", como as outras, só que menos conhecida. A ligação à fábrica, o reforçar a sua portugalidade, talve tivesse o efeito sugerido neste artigo.
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Criar, reforçar, abusar da imperfeição dos mercados...

Trechos retirados de "Sometimes It Pays to Be the Underdog"

quinta-feira, março 12, 2015

Curiosidade do dia


Imagem retirada daqui "In Italy, an Oversupply of Architects"

A importância da estratégia, para o bem ou para o mal (parte II)

Parte I.
"we can explain 40 percent of a company’s economic profit by the industry in which it competes
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The industry’s contribution is smaller in the top and bottom quintiles - idiosyncratic factors explain more of the performance differences here.[Moi ici: Boas estratégias e boa execução, empurram uma empresa para desempenhos bem acima da média e vice-versa]
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The remaining 60 percent (the company effect) represents other drivers of value. These could be attributable, first, to a company’s more granular choices about market selection—not just broad industries, but subsegments and geographies too.
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After those are accounted for, there will be a gap representing a company’s unique proprietary advantage, encapsulated in privileged assets and special capabilities. It takes real work to isolate these factors, but the payoff can be worthwhile"

Imagem e trecho retirados de "The strategic yardstick you can’t afford to ignore"

Boas Notícias?

O Jornal de Negócios noticia:

O que escreve o INE?
"Em janeiro de 2015, as exportações de bens diminuíram 1,8% e as importações de bens diminuíram 10,2% face ao mês homólogo"
Qual é a diferença? Por que é que defendo que as exportações de 2015 começaram melhor que em 2014?
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Voltando ao INE:
"Em termos das variações homólogas mensais, em janeiro de 2015 as exportações diminuíram 1,8%, em resultado da evolução do Comércio Extra-UE (em especial nos Combustíveis minerais e Máquinas e aparelhos), dado que as exportações Intra-UE registaram um aumento. As importações diminuíram 10,2%, devido sobretudo ao Comércio Extra-UE (essencialmente devido aos Combustíveis minerais). Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, em janeiro de 2015 as exportações aumentaram 1,4% e as importações diminuíram 1,4% face ao mês homólogo (respetivamente +6,5% e -1,8% em  Dezembro de 2014)." 
As exportações de Combustíveis e lubrificantes são boas para o ego, são boas para os números, mas não criam postos de trabalho.

Mais um sintoma de Mongo e da aposta vital na co-criação

A generalização do efeito IKEA:
"While some companies allow customers to design products online, most such goods are still put together by professionals. But a few businesses are starting to invite customers deeper into the manufacturing process. It may not create rapid growth, but it can increase loyalty. Working side by side with employees to sand down a surfboard or lay brake lines in a car, customers develop personal relationships with these businesses, based not just on the pleasure that comes from owning a beautiful product, but also on the pride they take in having built something with their own hands.
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Competitors argue that people who can do something themselves won't pay for it. [Moi ici: Conversa típica de elemento da tríade, autênticos "kevins" que só vêem números e esquecem que valor é um sentimento e não um cálculo] But advocates say customers are looking for an experience, not an extended pursuit. "To invite customers in to shape the product they will ultimately own is the highest level of respect,""
Trecho retirado de "Build-Your-Own ... Car? Some Startups Turn Their Tools Over to Customers"

A importância da estratégia, para o bem ou para o mal (parte I)

A análise de uma base de dados da McKinsey, com 3 mil empresas, permitiu concluir:

"Economic profit is distributed in a far from democratic way. The 60 percent of companies in the middle three quintiles generate a little over $29 billion in economic profit, or around $17 million each—only 10 percent of the total pie. This share is dwarfed by the $677 billion generated in the top quintile, where each company creates almost 70 times more economic profit than do companies in the middle three, and by the nearly $411 billion destroyed in the bottom quintile."
Recordar a visão dos sectores económicos como blocos homogéneos.
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Imagem e trecho retirados de "The strategic yardstick you can’t afford to ignore"

quarta-feira, março 11, 2015

Curiosidade do dia

Final da tarde, aceder ao e-mail e encontrar um e-mail de empresário com quem costumo trocar ideias:
"A propósito do luxo e Norte:
- A exportação de Luxo a partir do Norte vai crashar nos próximos 2 anos, porque os compradores de luxo no ocidente são todos beneficiários da impressão de dinheiro e esta vai inevitavelmente crashar;
- Com a nova guerra fria ocidente/eurasia em maturação, é natural que exista uma especie de tratado de Tordesilhas em que a China deixará de ser o fornecedor de produtos baratos à Europa; Fico apreensivo se se quiser transformar o Norte novamente numa China da Europa. O TTIP é nesse sentido um mau sintoma."
Pois, "Curiosidade do dia", é também uma preocupação que partilhamos. O encarecimento da China e do dólar tem um efeito de banhista gordo que vai fazer o spill para os países baratos da Europa.

Quando o mundo muda é preciso mudar de mindset

Recordar "Vou apenas especular", e Janeiro de 2009.
"Various authors have researched how mental models become “dominant logics” or “industry recipes” that cause “active inertia” for the firms and the market alike."
“Although it is revealing to know that a person has survived challenging situations, it is more revealing to know what skills the challenges actually required the person to demonstrate.”
Destes dias:



1º trecho retirado de "Understanding Market Plasticity: the Dialectic Dynamics Between Stability and Fluidity" Nenonen, Cheung, Kjellberg, Lindeman, Mele, Pels, Sajtos, Storbacka

2º trecho retirado de “High Flyers – The Next Generation of Leaders” de Morgan McCall.

Exemplo de aplicação das peças elementares

Parte I.
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Vamos dar um exemplo da utilização das peças elementares, no desenho de uma estrutura de co-criação, para um novo modelo de negócio:
Empresa que quer subir na escala de valor, aumentando a percepção de valor da marca (brand awareness).
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Empresa começa a desenvolver com escolas (parceiros) que formam futuros técnicos de moda, concursos (eventos) de design com o uso dos materiais (produtos) que fabrica. O concurso permite a co-concepção de ideias, o desenvolvimento de co-experiências e a co-criação de significado, o que pode facilitar um compromisso futuro dos futuros técnicos perante desafios profissionais, com um aumento do compromisso com a marca a nível cognitivo e emocional. O concurso é feito todos os anos.


Peças elementares

Acerca de um tema que muito me atrai, pela sua actualidade e pertinência, e por estar ligado a projectos muito bem sucedidos em que participei:
"‘Co-creation involves the joint creation of value by the firm and its network of various entities (such as customers, suppliers and distributors) termed here actors. Innovations are thus the outcomes of behaviors and interactions between individuals and organizations’"
Em "Managing Co-creation Design: A Strategic Approach to Innovation" de Pennie Frow, Suvi Nenonen, Adrian Payne e  Kaj Storbacka, encontro esta tabela com uma proposta de peças elementares a utilizar em combinação para desenhar estruturas de co-criação:

Tecto de vidro? Uma hipótese de explicação (parte XVI)

 Parte I , parte II parte IIIparte IVparte Vparte VIparte VIIparte VIIIparte IXparte X, parte XIparte XIIparte XIIIparte XIV e parte XV


A propósito da mensagem desta série, quando olhamos para a curva de Stobachoff de uma empresa:


A questão é: como se chegou a esta situação?
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Como é que 50% dos clientes dão prejuízo?
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A - Os clientes dão prejuízo desde o primeiro dia?
B - Ou o foram-se tornando não lucrativos ao longo do tempo?
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Se a resposta é A a empresa tem de rever:
  •  quem são os seus clientes-alvo?
  • a segmentação?
  • a proposta de valor?
  • o pricing?
Se a resposta é A e a revisão não for feita, de nada adianta remover os 50% actuais que não são lucrativos, rapidamente serão substituídos por outros igualmente não lucrativos.
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Se a resposta é B... quais são as práticas da empresa que transformam clientes lucrativos em clientes não-lucrativos?
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Por exemplo, uma empresa que contrata a prestação de um serviço por um preço e que, depois, amplia a gama de serviços prestados sem actualização do preço.
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Esta série é uma tentativa de demonstração da facilidade com que uma empresa pode ter uma percentagem muito elevada de clientes não lucrativos.
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E na sua empresa, como é?

terça-feira, março 10, 2015

Curiosidade do dia

A propósito de "Abertura da economia brasileira aumentaria competitividade", onde se pode ler:
"A abertura da economia brasileira aumentaria a produtividade no país e tornaria os produtos mais competitivos em preço e qualidade, refere o Banco Mundial, num artigo de análise ao país."
Não posso estar mais de acordo com o trecho e as suas consequências.
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Qual o grande problema?
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Habituadas ao proteccionismo, as empresas não competem no mundo, competem no seu país. Assim, estão habituadas à bitola e exigência do seu país. Se o mercado for aberto, muitas empresas mais competitivas, com melhores produtos e melhores preços, vão entrar e ter sucesso junto dos consumidores e clientes brasileiros. Tal como nem Portugal, com a adesão à CEE e o fim do proteccionismo, as empresas de gama média-alta foram decapitadas pela concorrência estrangeira, só escaparam as da gama baixa porque ainda não havia China e o muro de Berlim ainda estava de pé.
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Isto faz-me lembrar uma apresentação que James Womack fez no Porto há muitos anos acerca do seu livro "The Machine That Changed the World". Os construtores automóveis norte-americanos comparavam a sua produtividade com a dos congéneres europeus e sorriam, eram muito melhores. Até que apareceram os japoneses e deram cabo deles.
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A abertura da economia brasileira nunca será possível em democracia, porque antes da economia como um todo começar a sentir o efeito positivo, primeiro viria muito desemprego, falência, pressão política, subsidiação, ...

Recordes

Outro sector em que 2014 foi o melhor ano de sempre nas exportações, o do vinho.
"Um ligeiríssimo aumento de 0,4% bastou para o sector reclamar o quinto ano consecutivo de subida das vendas ao exterior. A quebra em volume voltou a ser compensada pelo aumento de 7% no preço médio por litro exportado."
Um aumento de 7% no preço médio por litro exportado. Bom sinal, o caminho que interessa, em Mongo, é a subida do preço unitário!!!
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Trecho retirado de "Exportações de vinho abrandaram ritmo de crescimento em 2014"
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Outro sector, "E a campeã das exportações é... a metalomecânica":
"A campeã das exportações portuguesas é a metalomecânica. Os números não enganam: a metalomecânica exportou no ano passado 13,8 mil milhões de euros, um aumento de 30%; os têxteis tiveram o melhor ano de sempre, mas venderam ao estrangeiro apenas 4,6 mil milhões, um crescimento de 8%; e o calçado, apesar de ter batido um máximo histórico, ficou-se nos 1,87 mil milhões de euros, mais 8,8% do que em 2013."
Assim como o calçado, o têxtil, o mobiliário, a cerâmica, ...