You
naugthy girl!!!
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Continuado
daqui.
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A rapariga esticou-se, colocou a mão na bolsa e retirou um seixo. No entanto, antes de olhá-lo deixou-o cair no chão, onde logo se misturou no meio dos outros seixos da estrada.
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- Oh que desastrada que eu sou! Bom, mas não há problema, se espreitarmos para dentro da bolsa poderemos saber que cor tirei por exclusão de partes.
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Claro que o seixo que se encontrava dentro da bolsa era de cor preta. Assim, facilmente se concluía que ela tinha retirado e deixado cair “sem querer” o seixo de cor branca.
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O velho agiota para não revelar a sua falta de honestidade, aceitou. Assim, pai comerciante e filha livraram-se do agiota.
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Teresa veja o segundo
comentário do aranha: "Migração de valor = uma face do espelho;
Novas necessidades e benefícios, logo novas oportunidades, logo novas estratégias = a outra face."
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Conhece esta frase atribuída a Friedrich von Hayek?
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" Never will a man penetrate deeper into error than when he is continuing on a road that has led him to great success."
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Quando o mundo muda é preciso perceber que ele mudou, porque aquilo que resultava no mundo anterior deixa de resultar no mundo novo, e quem não percebe isso, quem não sabe que a mudança aconteceu, quem tenta esconder que a mudança aconteceu, ou quais são as consequências da mudança, vai gerar sarilhos, vai fazer grades estragos.
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“Despite increasingly fierce landscapes, most managers assume that cost-cutting and other forms of improving efficiency will help them to counter direct competitiveness challenges. Thus, their first reaction to discontinuous competition is to “work harder”, when what they need to do is “work differently”.
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Work harder e efficiency pressupõem que o que resultava no passado vai continuar a resultar no futuro. (esta citação foi retirada de “Escaping the Red Queen Effect in Competitive Strategy – How managers Can Change Industry Rules by Sense-Testing their Business Models”, da autoria de Sven Voelpel, Marius Leibold, Eden Tekie e George von Krogh. Neste
postal pode ver-se um pequeno filme japonês que retrata o Red Queen Effect).
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Voltemos então ao princípio:
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"Penso, no entanto, que nao podemos ser péssimistas e temos de encarar estes factos, mas olhando sempre para a frente."
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200% de acordo. Não podemos ser pessimistas. Não podemos desistir, não podemos voltar a viver em cavernas e segundo a lei do mais forte (poder podemos, como nos lembrava Popper: Hoje vivemos melhor que há 100 anos, mas não há nenhuma lei inexorável que assegure que os humanos daqui a 100 anos viverão melhor que os de hoje. Já agora, os netos da geração mimada do pós-guerra que fez o Maio de 68 vivem e vão viver muito pior porque têm de suportar as benesses dos avós, benesses que eles nunca terão).
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Não ser pessimista é uma questão de postura mental!
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"temos de encarar estes factos". Esta é a chave da questão, não sermos enganados nem nos enganar-mos a nós próprios. Há que recolher e analisar os factos, ainda que eles nos doam, ainda que eles sejam feios (daí estas notas que arquivei nestes
comentários, por exemplo).
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Não podemos é esconder os factos ou pintá-los com tons cor-de-rosa como fez este
senhor (atenção o senhor Roubini não é nenhum ignorante, só o escrevi para reforçar a ironia sobre as palavras do ex-futuro chanceler, já que não o quis para aí).
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"temos de encarar estes factos, mas olhando sempre para a frente."
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Objectivamente de pouco serve saber e encarar os factos se for para aguardarmos passivamente o que se vai tornar inevitável.
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Não, queremos saber a verdade (ai Popper, Popper... saber a verdade), queremos conhecer os factos para agir, para actuar. Não para fazer mais do mesmo, não para repetir o que resultou no passado.
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Mas para, como fez a filha da estória, queimarmos as pestanas a pensar em alternativas. Sempre que se fecha uma porta, algures há a possibilidade de se abrir uma janela. Só que essa janela está dissimulada, ou está em fase de projecto, ou está esquecida... há que a procurar, há que a desenhar, há que a construir. Isso só se faz estando ciente dos factos.
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Quando se escondem os factos, quando se iludem os factos, quando se torcem os factos argumentam que é para não gerar o pânico, que é para dar esperança às pessoas, que é para ...
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TRETA!!!
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Prefiro encarar o touro bem de frente, olhos nos olhos, custe o que custar, com as minhas ilusões deliberadamente criadas por mim e com o meu conhecimento - a esperança que resulta de conhecer a realidade e de ter desenhado um plano para fazer coisas diferentes.
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Ando a ler um
livro que já aqui mencionei várias vezes. No último capítulo que li o autor conta a história do aparecimento da Swatch e do ressurgimento da indústria de relógios suiços. Não foi a continuar a fazer o que faziam no passado pois a Timex (lembra-se? O meu primeiro relógio aos 10 anos era desta marca), a Casio, a Citizen e a Seiko não deixavam... a Omega esteve para ser vendida aos japoneses por 400 milhões de francos suiços.
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Os relógios suiços acabaram? As marcas caras de relógios suiços acabaram? Não há relógios suiços baratos à venda no mercado?
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Não podemos ser pessimistas, nem podemos ser quadrados que esperam que aquilo que resultou no passado continue a resultar no futuro... para isso precisamos de ser honestos. Com os outros e sobretudo connosco próprios.