domingo, fevereiro 24, 2013

O Estranhistão mete medo

Há dias falei dos que defendem o retorno ao passado insustentável que nos trouxe até aqui como uma espécie de agentes Smith.

Sábado passado, ao final da manhã, durante o meu jogging, a metáfora de Matrix voltou para ocupar o palco da minha mente.
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Quando oiço aqueles que defendem a criação de emprego como o objectivo da economia, penso em pessoas que sonham com o regresso da economia de massas do século XX.
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O século XX representa a antítese de Mongo...
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E volto à Matrix:

Era tão bom viver embalado naquele casulo, era tão seguro... cumpre, obedece, faz o que te mandam, e serás recompensado.


O trecho entre os 38 e os 70 segundos diz muito.
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Falam em empregos à moda antiga e esquecem que o industrialismo do século XX está obsoleto e os seus métodos de produção, comercialização, marketing e consumo estão a desvanecer-se
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Há muita política partidária pelo meio para ser possível passar a mensagem. Vivemos o período doloroso de desmame, de transição, entre viver no Normalistão e passar a viver no Estranhistão.
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Os media parecem carpideiras modernas num velório contínuo tentando recuperar os valores do século XX. Por isso, muita gente só vê e ouve desgraças e não percebe o que está a acontecer, o corte com um paradigma tecno-económico que ficou obsoleto, e não vislumbra esperança.
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Hoje, encontro este texto:
"We must create new 21st century manufacturing jobs that leverage what America is great at, creativity and innovation. Manufacturing will grow in the U.S. when we accelerate the use of technology to increase productivity, enable new business models designed for mass customization and unleash the manufacturers in all of us.
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Once we realize that manufacturing is a capability we can get on with democratizing it. We can all be manufacturers. In the State of the Union Address President Obama announced his plan for a $1 billion investment to build a National Network for Manufacturing Innovation composed of fifteen advanced manufacturing hubs. To bring manufacturing back to the U.S. we don’t need fifteen hubs, we need fifteen million makers creating stuff.
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It won’t be long before everyone will have access to a 3D printer. Talk about democratized manufacturing capability. Armed with a 3D printer, individual makers can create their own digital design for any imagined object or borrow a design from anywhere around the world. By simply pressing a button makers can set a 3D printer into motion rendering the physical object with layers of plastic or other material right before their eyes. What was science fiction ten years ago is reality today."
Trecho retirado de "Tech is Destroying the Line Between Manufacturing and Services"
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Também interessante este ponto de vista "Why the Spanish aren’t entrepreneurs":
“You’re 23 years old with your whole life ahead of you and all you can dream of is to be a public servant?”

Comunicação mais eficaz

Com a audição de "Buyology" a minha atenção foi cativada para o problema do que funciona e não funciona na publicidade, cada vez mais as pessoas sofrem de ad-blindness, vêem mas não vêem nem retêm.
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Ontem, ao redigir dois relatórios, pude ver o mesmo problema da comunicação que não funciona. Num relatório, as empresas evidenciam que fizeram esforços de comunicação aos seus trabalhadores sobre novas práticas e formas de estar, no outro relatório constato que a esmagadora maioria desses trabalhadores não teve conhecimento das alterações.
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É o mesmo problema!!!
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Entretanto, uma jovem que trabalhou algum tempo na indústria automóvel e que está no projecto, propôs o uso de uma ferramenta japonesa - as kamishibai - o uso de uma espécie de banda desenhada com fotografias, para servir de procedimento.
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Agora descubro "How Comics Help Students Retain Knowledge is a Growing Field of Study"

Blindspot

Recordando "É preciso ter uma lata" e o fenómeno da atenção selectiva:

sábado, fevereiro 23, 2013

Curiosidade do dia

"Portuguesa Fly London recebe prémio para marca do ano em Inglaterra"

Tanta coisa boa a correr neste país mas longe de Lesboa, da corte, das universidades, dos intelectuais e das elites.

As crises, não as bonanças, como factores de subida na escala de valor

No artigo "O mundo Móveis Viriato" na revista Visão desta semana:
"Em nome do patriarca da família. Viriato Rocha, a unidade nortenha nasceu ainda como Móveis Viriato, em 1952, talhada para o mobiliário doméstico, a partir de uma pequena marcenaria onde o fundador trabalhara. Em meados da década de oitenta, porém, a oportunidade de mobilar um hotel francês serviu de gatilho para que a marca passasse a apontar baterias ao mercado hoteleiro, e se transformasse em Viriato Hotel Concept. Hoje exclusivamente dedicada a este segmento. a empresa é liderada pelos filhos e netos de Viriato Rocha, que continua a tomar o pulso ao negócio. diariamente, na fábrica."
Ontem à noite, depois de ter ido ver um jogo de andebol, cheguei a casa e apanhei um programa na televisão onde o Jamie Oliver tentava agradar, com comida, uma família italiana em Itália. A certa altura apanhei-o a dizer algo como:
"Estes fornecedores italianos, não fazem muitas coisas, especializam-se em um ou dois tipos de produtos e tentam ser os melhores" (Moi ici: Julgo que falava de fabricantes de mozarella"
Em qualquer sector de actividade, para subir na escala de valor, há que abraçar a especialização... e isto é muito difícil de fazer em tempos de bonança, porque significa ficar mais pequeno, ter uma empresa mais pequena... e ficar com uma empresa mais pequena quando todos crescem (em tempos de bonança) é sinónimo de má gestão ou burrice. Estão a imaginar o vizinho a dizer "Ui! Então a maré está a subir, todos os barcos sobem e o dele afunda-se!?!? Deve ser muito burrinho!!!
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Por isso, é que estas mudanças quase só ocorrem no tempo das vacas magras, porque são impostas pelas circunstâncias. É como no futebol, a lesão do titular consagrado abre portas para que um suplente desconhecido apareça, cresça e eclipse o anterior titular. Sem a lesão, o treinador nunca arriscaria fazer a mudança.
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BTW, pesquisando Viriato no blogue pode-se obter muito mais informação sobre a empresa  sobre como a transformação foi facilitada pela crise que levou à 2ª vinda do FMI.

Outra previsão acertada pelo anónimo da província

Fevereiro de 2012 "Superavite comercial lá para Julho de 2012?"
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Maio de 2012 "Antes de Julho de 2012"
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Agora, Fevereiro de 2013 temos "Portugal com excedente comercial no ano passado":
"A balança de bens e serviços com o exterior registou um excedente de 111 milhões de euros no ano passa­do, o que compara com um défice de 6,5 mil milhões de euros em 2011, segundo dados ontem divulgados pe­lo Banco de Portugal (BdP).
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De acordo com os números do banco central, o défice da balança de bens caiu perto de 40% em 2012, passando de 14,2 mil milhões em 2011 para 8,6 mil milhões de euros. Ou seja, registou-se uma melhoria de 5,6 mil milhões de euros. Um valor que se explica pela subida das exporta­ções e queda das importações (fruto da forte contracção interna ao nível do consumo e do investimento). O défice que persistiu nos bens foi, se­gundo o BdP, compensado pela ven­da de serviços. Apesar de as exportações de serviços terem sofrido uma ligeira descida de 0,3%, quedando-se pelos 19 mil milhões, as importações caíram ainda mais, cerca de 9%, pa­ra os 10,4 mil milhões (dando assim um excedente de perto de 8,7 mil milhões)."
Claro que vou ter de esperar muito e ainda mais muito.

BTW, continuo a achar que 2013 vai ser melhor do que o pintam, já o escrevi algures no blogue este ano, previsão arriscada, nestas semanas em que a moral dos media está em baixo:
"O indicador do Banco de Portugal (BdP) para a actividade da economia portuguesa caiu 1,4%, em Janeiro, registando a 23ª contracção mensal consecutiva. Trata-se da menor deterioração desde Junho de 2011, numa série que vem a contrair desde Março do mesmo ano."

Espero sinceramente que sim, que seja o mercado a funcionar

Em "Peugeot. Fábrica de Mangualde volta a ter terceiro turno e contrata 300 trabalhadores" escreve-se:
"É o mercado no seu melhor."
Espero sinceramente que sim, que seja o mercado a funcionar; contudo, no mundo da construção automóvel há tanta política e jogos com os governos que tento sempre ter dupla precaução, basta recordar as histórias do Sr. Marchionne.
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Entretanto, também leio "Terceiro turno da PSA financiado com verbas comunitárias"
"A PSA Mangualde, que fabrica automóveis da Citroën e Peugeot, vai criar um terceiro turno para 300 novos trabalhadores. Um turno que será financiada por cerca de meio milhão de euros do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN)."
Sinceramente, sem agenda nenhuma, sem nada contra a PSA, não sei se esses 500 milhões aplicados em PMEs não dariam mais postos de trabalho e, disso tenho a certeza, mais incorporação de valor potencial nacional.
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Leio também "PSA de Mangualde recupera terceiro turno"

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Curiosidade do dia

"Producir textil en España: un 84% caro que en Portugal y un 40% más barato que en Francia"


Esta é uma consequência de um grande mal da indústria portuguesa... os empresários portugueses subestimam-se e deixam muito dinheiro em cima da mesa.
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Recordar que o salário mínimo espanhol é cerca de 33% mais do que o português.

Estratégia na agricultura...

"Crise põe agricultura e cultivo de pequenos frutos "na moda""
"Entre as plantações preferidas pelos jovens agricultores, desde logo assumiram lugar de destaque os pequenos frutos – kiwis, mirtilos, morangos, amoras, framboesas e groselhas – seguidos das plantas medicinais e aromáticas e dos cogumelos.
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No caso dos pequenos frutos, o engenheiro agrónomo destaca o facto de poderem ser “rentabilizados com áreas muito pequenas, o que se adapta quer à estrutura do minifúndio, quer ao valor do investimento” dominantes no país. (Moi ici: Recordar "Estratégia a sério na agricultura, ou make my day!")
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Portugal tem, na cultura destes frutos, “uma vantagem competitiva muito forte”, designadamente no Algarve e no sudoeste alentejano: devido ao clima, consegue-se aqui “uma precocidade na produção que cria uma mais-valia no mercado, pois, dependendo das espécies, podem produzir durante o inverno ou a primavera, sem ser necessário aquecer como acontece na maioria da Europa”, explica. (Moi ici: Recordar "Pensamento estratégico" e "Agricultura com futuro")
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Apesar de a atual produção de pequenos frutos em Portugal ser ainda modesta, o engenheiro agrónomo nota que tem já algum significado em valor, devido ao preço elevado praticado ao consumidor.
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Outra “grande vantagem” do negócio dos pequenos frutos é estarem “em linha com o novo posicionamento dos consumidores na alimentação”: são frutos muito ricos em antioxidantes, pelo que podem ser consumidos em quantidade com benefícios para a saúde." (Moi ici: Recordar "Breakaway brands")
Para lá do dia-a-dia e da reactividade, é fundamental ter pensamento estratégico e pensar no depois de amanhã, e pensar em vantagens competitivas, e pensar em diferenciação, e pensar em nichos, e pensar em valor acrescentado potencial.

Parte II - Da lógica à orientação


O fornecedor deve procurar agir como Yoda, interagindo com o cliente, um Luke Skywalker, em busca de transformação.
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É desta metáfora que me lembro quando leio a poesia que se segue e recordo o esquema:
"The notion of cocreating value refers to assisting customers in co-constructing and engaging in superior experiences. Each value network partner brings their own unique resource access and accommodation into that process
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When customers are viewed as an integral part of value creation, the role of the firm becomes that of a facilitator, supporter, and co-constructor of value rather than a supplier of value
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In turn, the strategic focus of the firm shifts toward understanding how it can better assist individual customers to get more out of its direct service activities and/or service platforms so that their daily routines, processes, and experiences are improved in a meaningful way
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Overall, firms prioritize valuable interaction experiences and outcomes of reciprocal resource integration efforts, rather than focusing on products per se, thereby forming the basis for successful future strategies.
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From an S-D logic perspective, strategy is about making choices about how best to facilitate and enhance value cocreation with network partners such as customers for mutual and long-term betterment."

Novos modelos de negócio - Alugar em vez de comprar

Mais um exemplo, o terceiro ou quarto só esta semana, de novos modelos de negócio assentes no aluguer e na partilha em vez da compra e posse, desta feita um caso publicado no JdN de ontem,  "Club do Brinquedo: Casa da Barbie aluga-se":
"Poupar dinheiro aos pais, sem tirar prazer aos filhos, é o objectivo desta empresa que aluga brinquedos e aposta no conceito do consumo partilhado
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a adesão à oferta do Club do Brinquedo, reconhecem as empreendedoras, pressupõe "uma mudança de paradigma: "passar do possuir para o usar"

Novos modelos de negócio

Na terra da FDA:
"59% of the fish labeled “tuna” sold at restaurants and grocery stores in the US is not tuna.
 Sushi restaurants were far more likely to mislabel their fish than grocery stores or other restaurants."

Trecho retirado de "59% of America’s “tuna” isn’t actually tuna"
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Estas revelações sobre as consequências do eficientismo vão aguçar o interesse dos consumidores por modelos de negócio que incluam na proposta de valor a autenticidade. Peixe em exposição com o nome do barco, foto da tripulação e da captura, cadeia de fornecimento curta e transparente...

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Curiosidade do dia

Sinais dos tempos.
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Interessante, agora, em vez de anúncios na rádio a publicitar empréstimos bancários para consumo, ouvem-se anúncios a publicitar empréstimos bancários para expandir o negócio do João com pêra-rocha; ou o do António com a sua produção de medicamentos, ou o do...

Estratégia como arte e ciência

Mais uma interessante reflexão de Roger Martin em "Strategy Is All About Practice":
"The key to the strategy mindset is to view business life as not entirely random; stochastic but not random. While it may be absolutely necessary to revisit and revise choices more often than convenient, the assumption holds that effortful, determined, revisable strategy is better than simply letting happen whatever will happen.
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By far the easiest thing to do is to see the future as so unpredictable and uncertain that you should keep all your options open and avoid choice-making entirely. The irony, of course, is that not choosing is every bit as much a choice, and every bit as impactful, as choosing to choose."
Quando penso no exercício de formulação de uma estratégia, percorre-me sempre um sentimento de contradição; por um lado, digo e acredito que não se pode prever o futuro, mas por outro ajo como se tal fosse possível.
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Por um lado, partilho do pensamento de McMaster:
"‘It’s so damn complex. If you ever think you have the solution to this, you’re wrong and you’re dangerous.’"
Mas por outro, sei que temos de fazer algo e não esperar que aconteça o que tem de acontecer. É um pouco a mensagem do Eclesiastes, vaidade, é tudo vaidade, só somos humanos, mas temos de nos levantar e trabalhar para criar algo de melhor. Sim, é verdade:
“The world can only be grasped by action, not by contemplation.”
Em acções de formação sobre a formulação de estratégias costumo forçar e reforçar este ponto: só somos humanos!!!
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No meu trabalho nas empresas, a estratégia começa por ser uma intenção, uma orientação geral escrita em meia-dúzia de linhas que depois se traduz num mapa da estratégia, num conjunto de relações de causa-efeito hipotéticas e plausíveis (só somos humanos) em que investimentos em recursos e infraestruturas se convertem em desempenho excelente em algumas actividades, que vão conquistar, satisfazer e fidelizar clientes-alvo e outros actores e que por fim, trazem um retorno financeiro como consequência.
"In strategy, helpful practice means setting out your logic about a choice in advance (Moi ici: Um mapa da estratégia e um conjunto de iniciativas, de projectos de transformação) — e.g., I think consumers will react in this way, competitors will react that way, we will be able to deliver this and we achieve this outcome (Moi ici: Ainda ontem, durante uma apresentação foquei este ponto; as iniciativas são projectos e os projectos são actividades que acabam, que se fazem e ponto. Contudo, o nosso propósito não é executar as actividades e fechar as iniciativas, o nosso propósito é cumprir as metas, como tão bem se escreve aqui) — and then watching what actually happens against this predicted logic. (Moi ici: As metas associadas aos indicadores do balanced scorecard) This is the only way you will learn; the only way you will figure out whether your logic was entirely sound or flawed in some way.
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And when I say setting out your logic, I mean actually writing it down in advance, not just thinking it through. That is important because of our human capacity for ex-post rationalizing absolutely anything and everything. If you don't write down in advance what your logic was, you will find that you will convince yourself that everything worked out the way you thought it would — and you will learn nothing."
Ao fechar, ao tentar encontrar uma frase que resumisse o que sinto acabei por voltar ao texto de Roger Martin:
"Strategy is part art and part science; a heuristic, not an algorithm."

Parte I - Os fundamentos da SDL

Mais um interessante artigo sobre a service-dominant logic com a sua perspectiva diferente de encarar as relações com os clientes, "Linking Service-Dominant Logic and Strategic Business Practice: A Conceptual Model of a Service-Dominant Orientation":
"A central implication of S-D logic is that the notion of superior value cocreation replaces the more prevalent one of superior value provision as the cornerstone of business strategy. Therefore, from an S-D logic perspective, the capabilities that facilitate and enhance value cocreation processes are strategic capabilities central to an organization’s competitive advantage.

(Moi ici: Cada vez gosto mais deste esquema que adaptei de um artigo de Gronroos. É fundamental para todas as empresas, e outro tipo de organizações, que não podem ou não querem competir com o low-cost, perceber a sua mensagem. Quando um fornecedor se concentra nos clientes que procuram e valorizam a experiência e os resultados que conseguem atingir com a interacção, acontece magia. O low-cost vai para o outro extremo, corta as possibilidades de interacção. Interessante como faz sentido para tantas empresas do mercado interno no sector dos não-transaccionáveis, neste esforço de adaptação, de recalibração para uma nova realidade.)
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We interpret an S-D orientation as a cocreation capability, resulting from a firm’s individuated, relational, ethical, empowered, developmental, and concerted interaction capabilities.
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The first premise is that market actors interact and collaborate for the capabilities of the other party that renders service, thereby making a distinction between goods and services redundant (FP1). (Moi ici: Descodificar FPx aqui) The actual service can be rendered either directly through a firm’s relieving activities or indirectly through enabling service platforms (FP3) such as goods or Internet websites. According to these
premises, a firm’s goods are valuable and relevant resources to the degree that they can be used as inputs to lever the customer’s own value creation processes and experiences. (Moi ici: As ofertas das empresas são recursos usados pelos clientes para atingir um determinado objectivo) Ultimately, service
defines all economies (FP5) but this view might be masked by service intermediaries such as goods, money, or institutions (FP2).
Service-based logic further highlights that value is not what is inherent in or added to a product, but what customers get out of a product. Accordingly, value cannot be distributed or delivered by firms (FP7). Rather, firms facilitate the actualization and determination of value that network partners derive from their experiences; this is also referred to as value-in-context (FP10). Value cocreation requires all network partners (Moi ici: O que chamo de ecossistema da procura) to interact with, and integrate, resources (FP9) to achieve mutual betterment.
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creating value in concert with - rather than for - customers within a relational context (FP8), indicates the operant and cocreative nature of network partners (FP6) as active resources in value creation processes. Finally, a firm’s own and accessible operant resources (e.g., employee competencies, network service capabilities), rather than operand resources (e.g., goods, materials), play a central role for competitive success (FP4)."

Continua,


Outra vez, e não exclui ninguém?

Recordando "E não exclui ninguém?" e mais recentemente este "the ones to which a company says 'no'" esta reflexão "Choosing When Not To Version Your Product":
"Every version you add must fit with your overarching brand message and competitive strengths. Conversely, versions that weaken your brand message must be pruned even if they are profitable."

É o neoliberalismo, estúpido

"Operadores logísticos alertam para eventuais atrasos nas entregas a supermercados em Maio"

Passaram cerca 40 anos, agora que têm computadores mais potentes e a internet, querem cumprir o sonho de Salvador Allende: "O socialismo científico - alive and kicking".

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Outra curiosidade do dia

Esta rubrica não foi pensada para ter duas "tiragens" por dia; contudo, não podia resistir  a uma hiperligação que o Miguel Pires me enviou, obrigado:
"Goodyear : l'incroyable courrier du PDG de Titan à Montebourg"
Isto da indústria automóvel já quase não tem nada a ver com produtividade, são tão grandes que as decisões são políticas, como foi possível ver com o exemplo do sr. Marchionne da Fiat. Quando já ninguém andar de carro ainda existirão milhares de trabalhadores a produzir automóveis, para assegurar uns milhões dos Estados, como as cerâmicas que deixaram de produzir para vender quotas de CO2 e ganhar dinheiro fácil.
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Claro que não suporto ajudas de governos, quer na Europa, quer na China. O que me chamou a atenção foi a linguagem directa do sr. Taylor, Jr., tão distante da hipocrisia a que estamos habituados... "c'était comme ça en France (...). "

Água mole em pedra dura...

Mais um exemplo de "Alugar em vez de comprar".
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A proliferação destes espaços também contribui para a redução na procura de equipamentos novos.

Com vinte e muitos meses de antecedência

Ontem à noite, a fazer uma revisão à apresentação desta tarde, fiquei vários minutos a olhar e a pensar nesta imagem:

A imagem é um fragmento do esqueleto de um cenário construído com uma empresa de calçado em Dezembro de 2009.
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Não acrescentei nada, a linguagem é a mesma, só cortei algumas relações de causa-efeito da imagem original para simplificar o que as pessoas vão ver durante 20 ou 30 segundos.
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Estávamos em Dezembro de 2009... já pensaram na vantagem em ter um mapa do futuro, um mapa com o que vai acontecer, neste caso, vinte e tal meses de antecedência...
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Quantas empresas dependentes do mercado interno poderiam ter sido salvas se tivessem um mapa destes com essa antecedência?
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BTW, lembram-se deste caso? Foram 27 meses de antecedência.