segunda-feira, abril 18, 2011

O caminho menos percorrido

Quanto mais penso nesta pergunta mais imagino um filme na minha mente.
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Imagino uma empresa que sofre da síndrome de Lucius Flavius Silva... algo de tão comum infelizmente.
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Como se subestimam, só vêem o preço mais baixo como factor que podem usar para captar clientes, por isso, concentram-se em reduzir os custos... concentram-se no denominador... mais produção para ter ganhos de escala, mais automatização para ter menos gente e menos custos fixos.
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Será que a empresa pode alguma vez ser líder nos custos? Se sim, sigam esse caminho. Agora se não...
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Só estarão a enterrar-se ainda mais e com mais capital empatado...
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Se produzirem mais, numa produção automatizada, será que vão ter a procura suficiente? E os anteriores clientes de queijo artesanal continuarão a preferir a marca com a transição para um ambiente mais industrial?
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As pessoas têm medo... talvez vergonha, em deliberadamente optarem por uma redução controlada da actividade, ainda que provisória...
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Se pudesse falar com estas irmãs perguntava-lhes:
  • Em que produtos estão a ganhar dinheiro?
  • Em que produtos estão a perder dinheiro?
  • Em que produtos têm melhores margens?
  • Com que grupo mais ou menos homogéneo de clientes têm melhores margens?
  • Com que grupo mais ou menos homogéneo de clientes têm piores margens?
  • Que factores contribuem para essas diferenças?
  • Podem ampliar ainda mais essas diferenças? Conseguem fazer batota?
  • Se deixassem de trabalhar com os produtos onde perdem dinheiro ou têm piores margens e com os clientes com os quais têm piores margens, como ficaria a empresa?
  • O que ganharia com a concentração em produtos e clientes associados a margens mais elevadas?
  • O que teriam de fazer para ganhar quota de mercado a partir desse ponto, sem prejudicar as margens?
Este é o caminho menos percorrido... reduzir em vez de crescer? O tipo está louco...
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Reduzir para depois crescer num outro campeonato.
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Nunca, mas nunca esquecer:
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Volume is vanity
Profit is sanity

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