"Goodyear : l'incroyable courrier du PDG de Titan à Montebourg"
quarta-feira, fevereiro 20, 2013
Outra curiosidade do dia
Esta rubrica não foi pensada para ter duas "tiragens" por dia; contudo, não podia resistir a uma hiperligação que o Miguel Pires me enviou, obrigado:
Isto da indústria automóvel já quase não tem nada a ver com produtividade, são tão grandes que as decisões são políticas, como foi possível ver com o exemplo do sr. Marchionne da Fiat. Quando já ninguém andar de carro ainda existirão milhares de trabalhadores a produzir automóveis, para assegurar uns milhões dos Estados, como as cerâmicas que deixaram de produzir para vender quotas de CO2 e ganhar dinheiro fácil.
.
Claro que não suporto ajudas de governos, quer na Europa, quer na China. O que me chamou a atenção foi a linguagem directa do sr. Taylor, Jr., tão distante da hipocrisia a que estamos habituados... "c'était comme ça en France (...). "
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
http://www.businessinsider.com/france-responds-to-american-tire-ceo-2013-2?0=moneygame
Carlos, li esta carta hoje à hora do almoço e confesso que estava à espera do seu comentário.
É de facto muito interessante percebermos o que acontece quando a realidade colide com os jogos florais da política destes tempos.
Num contexto em que se fala da re-industrialização da Europa, é, no mínimo um muro na mesa. Tipo "deixem-se de tretas".
Um abraço
Pedro
Primeiro, ando com tanta curiosidade de saber como vão os negócios... tenho vontade de vos visitar.
Segundo, foi esse o ponto que me chamou a atenção, a rudeza da linguagem... uma espécie de guerreiros japoneses a serem massacrados pelos guerreiros mongóis na praia.
.
Os japoneses chegavam ao campo de batalha e apresentavam-se, descreviam a sua linhagem, para que combatessem com alguém do mesmo nível, seria horrível um nobre ser morto por um camponês. Enquanto os japoneses recitavam a sua linhagem, os mongóis decepavam-nos sem resistência
"Puis-je vous rappeler que Titan, l'entreprise que vous dirigez est 20 fois plus petite que Michelin, notre leader technologique français à rayonnement international, et 35 fois moins rentable?"
Carlos Albuquerque,
Penso que a comparação feita entre as duas organizações não faz muito sentido e não retira uma vírgula aos argumentos do CEO da Titan.
Para mim, o interessante é justamente como fazer coexistir estas duas realidades numa Europa que agora se diz interessada em acolher negocios mão-de-obra intensivos, depois de ter passado as últimas décadas a destruir as condições para isso. (e não, não falo de salários).
Ainda assim, a Michelin, como multinacional que é, produz em 69 fábricas em 18 países. Francesa? Pois, também.
O CEO da Titan diz muitas coisas mas não percebo onde quer chegar.
Não me parece plausível que os operários em França trabalhem três horas por dia. E se o problema fosse esse, nem triplicando o número de horas de trabalho seriam competitivos contra salários de um euro por hora.
Finalmente fica claro que todos os governos protegem as suas indústrias e levantam barreiras às indústrias dos outros. Abraçar o livre comércio neste ambiente parece-me comparável a recitar linhagens enquanto os outros usam todos os meios disponíveis.
Enviar um comentário