quinta-feira, setembro 10, 2009

Para reflexão

"Financial analysts who study demography like popular author Harry Dent argue that one of the main drivers of a country's economic growth is the number of people in the country who are in their peak spending years.
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For example, Dent says that in the U.S., 46-50 year olds are the biggest spenders, because that is when - on average - they are paying for their kids' college, paying mortgage on the biggest house they will own during their life, etc.
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Dent argues that the American economy will tend to grow when the number of 46-50 year olds grows, and to shrink when it shrinks. Dent says this principle applies to all countries, although the peak spending years might vary slightly from country to country. For example, the peak Japanese spending range has been estimated to be comprised of 39-43 year olds."
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Como é a demografia na Europa?
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"The Age of the Population Affects Economic Growth"

Mais uma vez: a apologia da batota

A propósito deste artigo do jornal i de hoje "A solução para a crise? Lojas amigas do cliente" recordo a série "A apologia da batota" (primeira e segunda partes).

quarta-feira, setembro 09, 2009

Já fazia algum tempo...

... que eu não lia pensamento, reflexão política a sério. Posso não estar de acordo com tudo, mas estou de acordo com muita coisa. E vejo reflectido no texto com clareza e racionalidade, preocupações que sinto mas que não consigo verbalizar desta maneira.
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Por exemplo quando defendo que tenho saudades do comunismo soviético, corrijo, tenho saudades do medo do comunismo soviético, estou na verdade a traduzir de forma incompleta um sentimento que pode ser verbalizado da seguinte forma:
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"Em primeiro lugar, generalizou-se a ideia de que a queda do Muro de Berlim foi a vitória de uma forma de democracia que encontrava a sua forma final na pura e simples identificação com o mercado. Seguidamente, não se compreendeu que a globalização minava na sua raiz o compromisso social-democrata entre o trabalho e o capital, deixando o trabalho preso às suas raízes nacionais enquanto o capital se tornava cada vez mais livre num tabuleiro cada vez mais mundial. E a terceira razão encontra-se na identificação dos valores da modernidade com os da metamorfose do capitalismo na sua versão financeira - e aqui a "Terceira Via" inspirada por Tony Blair tem especiais responsabilidades. E tudo isto, note-se, sem nenhum pressentimento do brutal impacto que as economias emergentes (China, Índia, Brasil, etc.) viriam a ter no começo do séc. XXI."
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Ou a brilhante descrição:
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"Fala-se da crise actual, por exemplo, como se tudo não passasse de um filme, entre a "chegada" e o "fim" da crise. Durante meses, o assunto foi saber se ela já tinha chegado e, depois, passou a ser saber se ela já tinha partido! Tudo ao som de comentários e previsões de "especialistas" que antes não foram capazes de prever nada, mas mesmo nada do que aconteceu."
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Ou este pormenor sobre a construção europeia: "É preciso sublinhar ainda uma outra razão, que está na forma como, nas décadas de 80 e 90, o tema europeu funcionou como compensação das dificuldades que o socialismo enfrentou. Com Mitterrand, Soares ou Köhl, num primeiro momento, e depois com Jospin, Guterres ou Schroeder, procurou-se fazer da construção europeia o ersatz das ilusões perdidas do socialismo democrático."
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A não perder Manuel Maria Carillho no DN "O poder, afinal, para quê?"

Relatório de Competividade Global de 2009

Acerca do Relatório de Competividade Global de 2009 (e aqui) deixo uma pergunta:
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- Qual a semelhança entre o Relatório de Competividade Global de 2009 e os modelos ISO 9001 ou Europeu da Excelência para a Qualidade?
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Afinal deixo mais outra:
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- Onde é que os três nos enganam?
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Continua.

Para reflexão

Edward Hugh chama a atenção para estes números:
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"China's auto industry continued to post strong growth, with sales of passenger vehicles rising 90% in August. Some industry watchers see growth slowing dramatically next year, however.

Passenger-vehicle sales in China rose to 858,300 units in August, up 90% from a year earlier, the China Association of Automobile Manufacturers said in a statement Tuesday. China's overall auto sales rose 82% in August to 1.14 million units, CAAM said. It didn't provide the year-earlier figures."
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"China Auto Sales Surge" no WSJ.

Diz-me quem apoias com os teus subsídios?!!!

No livro "O Medo do Insucesso Nacional" de Álvaro Santos Pereira chama a atenção para dois gráficos interessantes. Sobretudo se pensarmos nesta descoberta e posterior proposta do Parlamento.
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O gráfico 27 na página 230 que ilustra que Portugal tem uma percentagem de empresas inovadoras superior à média europeia.
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O gráfico 28 na página 231 que ilustra que as empresas inovadoras não recebem muita ajuda estatal.
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"É incompreensível e totalmente injustificável que tal aconteça. Como Portugal é um dos países da União Europeia onde as ajudas do Estado às empresas são mais elevadas, tudo indica que, mais uma vez, não estamos a utilizar os nossos recursos eficientemente ou, no mínimo, estamos a conceder ajudas às empresas e aos sectores menos dinâmicos e inovadores. Dito de outro modo, protegemos as indústrias e sectores mais estabelecidos e mais conservadores e não recompensamos as empresas que se esforçam por inovar."

Paralelismos (parte IV)

Continuado daqui.
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Entre os artigos escritos por Wickham Skinner que julgo serem muito úteis para a nossa realidade actual não posso deixar de salientar um publicado pela Harvard Business Review em Julho-Agosto de 1986 com o sugestivo título "The productivity paradox".
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Por vezes neste blogue escrevo sobre os mitos. Mitos são conversa da treta, mitos são palavras e enredos que as pessoas usam e arremessam a outros sem conhecimento da realidade, sem terem a percepção profunda do que estão a propor, basta-lhes ficar pela superfície.
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Mitos são por exemplo o que se ouve sobre a formação, ou sobre a produtividade. Atentemos no caso da produtividade.
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A produtividade é muito importante e ponto. O nível de vida de uma sociedade só pode aumentar de forma sustentada se estiver assente em aumentos da produtividade. O que é isso de produtividade? De que falamos quando falamos de produtividade? O que significa o rótulo produtividade?
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Skinner escreve "(Productivity is defined by the Bureau of Labor Statistics as the value of goods manufactured divided by the amount of labor input. In this article "productivity" is used in the same sense, that is, as a measure of manufacturing employees' performance.)"
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BTW, não existe uma forma única de medir a produtividade, há muitas produtividades como bem demonstra Dinis Carvalho neste artigo "Produtividade Portuguesa".
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Voltando ao recorte do artigo de Skinner encontro algo que julgo inquina grande parte das discussões sobre a produtividade, olhar para a produtividade como uma medida da eficiência dos trabalhadores. É verdade mas é muito redutor e cada vez mais enganador e gerador de discussões sem sentido.
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Num mundo muito mais estático, em que o tipo de produtos que se produzem hoje é o mesmo que o tipo de produtos que se produzirão dentro de 2, 5 ou 10 anos, faz sentido pôr a responsabilidade, pôr o radar, pôr a ênfase na eficiência dos trabalhadores. Contudo, no mundo dinâmico em que vivemos pôr a eficiência dos trabalhadores como a grande preocupação é um erro!!!
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Vai gerar uma preocupação exagerada, reparem bem eu repito exagerada, na redução dos custos, como se a poupança de dinheiro fosse equivalente ao ganho de dinheiro. É muito mais importante ganhar do que poupar.
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A aposta na melhoria da produtividade através do aumento da eficiência dos trabalhadores vai produzir, é sempre assim, vai gerar resultados medíocres, melhorias incrementais insignificantes. Como escreve Skinner "Few companies have failed to measure and analyze productivity or to set about to raise output/input ratios. But the results overall have been dismal."
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"Unfortunately, XYZ's frustration with a full-out effort that achieves only insignificant competitive results is typical of what has been going on in much of American industry. Why so little competitive return -even a negative retum- on so much effort? Is it the high value of the dollar, which cheapens imports? Is the cost gap just too great for us to overcome? Or are we going at the problems in the wrong way? What is going wrong? Why this apparent paradox?"
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"But the harder these companies work to improve productivity, the less they sharpen the competitive edge that should be improved by hetter productivity.
Elusive gains and vanishing market share point not to a lack of effort but to a central flaw in how that effort is conceived. The very way managers define
productivity improvement and the tools they use to achieve it push their goal further out of reach.
Resolutely chipping away at waste and inefficiency-the heart of most productivity programs - is not enough to restore competitive health. Indeed, a focus on cost reductions (that is, on raising labor output while holding the amount of labor constant or, better,reducing it) is proving harmful.
Let me repeat: not only is the productivity approach to manufacturing management not
enough (companies cannot cut costs deeply enough to restore competitive vitality); it actually hurts as much as it helps. It is an instinctive response that absorbs
managers' minds and diverts them from more effective manufacturing approaches."
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Nestes tempos em que se propõem reduções de salários para aumentar a produtividade e a competitividade, era importante que se estudassem os textos de Skinner.
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Continua

Virtudes da estatística

Avilez Figueiredo no jornal i "Eis a virtude da estatística: enquadra os debates. Quando todos falam de PME, descobre-se que em Portugal 80% das empresas não têm mais de quatro trabalhadores. É esta a nossa economia".
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Há anos, ao estudar um daqueles cadernos do Público sobre as 1000 maiores empresas portugueses fiquei surpreendido com uma das conclusões que tirava dos números.
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Um dos resultados que não esperava foi este: as 1000 maiores empresas deste país só representavam cerca de 8% do emprego em Portugal.

terça-feira, setembro 08, 2009

Gold jumps to $1,000

"Gold jumps to $1,00" casa bem com "China's political elite alarmed by US money printing"
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"Gold is definitely an alternative, but when we buy, the price goes up. We have to do it carefully so as not to stimulate the markets," he added.
The comments suggest that China has become the driving force in the gold market and can be counted on to buy whenever there is a price dip, putting a floor under any correction."

Más de lo mismo

Outros recortes do conto de Verão "Cuento sistémico de Verano" retirado do blogue Pensamiento Sistémico:
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Cuento sistémico de verano

"Hasta ahora no he hecho más que dejarme llevar por los acontecimientos o también, haciendo honor a mí apellido Másdelomismo, he repetido con más esfuerzo si cabe las soluciones que sabía. Pero no he conseguido nada, sigo igual o peor que al principio. Este es mí sino, en ocasiones me siento triste y no veo ninguna salida. ¿Será mi destino, Proalimentadorix?.

Es probable que lo que observas o analizas como “tú problema” (que en realidad es una “dificultad”, siendo “el verdadero problema” la manera de afrontar “la dificultad”, pero de eso hablaremos después) no esté en el “qué (es)” sino en el “cómo (lo resuelves)”. Es entonces cuando puede emerger como “problema” lo que antes era una “dificultad”. ¿Me sigues?.

la causalidad lineal sigue operando sutilmente en los hábitos mentales. Muchas veces pensamos que a tal “dificultad” le sigue (linealmente) tal “solución”, como cuando concluimos que a tal “causa” le sigue (linealmente) tal “efecto”, omitiendo la secuencia circular causa-efecto-causa que bien conoces. Es decir, olvidamos que el binomio dificultad-solución es un “sistema” donde también se puede dar una circularidad que aprisiona y esclaviza, creando entonces un círculo vicioso, una amalgama que entonces sí, podemos llamar “problema”, un “problema” que emerge de la realimentación de una “solución” aplicada sobre una “dificultad” dada. ¿Me sigues?.

- Totalmente de acuerdo –dijo Circuloso que abría los ojos como platos.

- Bien, pues continuo. Como has afirmado anteriormente, hasta ahora has intentado dos tipos de cambio: dejarte llevar por los acontecimientos y repetir con más esfuerzo las mismas soluciones una y otra vez. En efecto, estos son dos tipos de cambio muy conocidos. El primero es el no-cambio o cuando la falta de iniciativa es el problema o cuando “sucumbimos” al cambio impuesto desde otras instancias. Es decir, cuando los cambios “ocurren”, no se provocan conscientemente. Y el segundo es el cambio dentro de un sistema dado. Cuando hay iniciativa, voluntariedad, incluso voluntarismo, pero miope o cortoplacista. Cuando “la solución es parte del problema”. Este es precisamente, y disculpa que te lo diga así, el cambio “más de lo mismo” que hace honor a tu apellido.”


Tudo isto joga bem com esta notícia do jornal i “Embalagens de leite poderão passar a indicar origem do produto” sobretudo neste ponto:

“outra proposta promovida pela França e Alemanha e sancionada por representantes de outros 14 Estados-membros - incluindo Portugal -, é a de duplicar para 15.000 euros a regra do "minimis", a ajuda estatal que não necessita do aval de Bruxelas.

Portugal defende ainda o aumento do preço de intervenção, ou seja da compra pelo Estado de manteiga e leite em pó, de modo a manter os preços do mercado."

(No Público de hoje "Crise do leite provoca braço-de-ferro entre países-membros da União Europeia" o mesmo tema)

Em que é que estas propostas mudam o sistema existente? Não serão antes um paliativo “más de lo mismo”

Reflectir sobre estes exemplos

Proposta de valor da inovação, da liderança tecnológica.
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Campeões escondidos.
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Mercados seleccionados, clientes-alvo.
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"Niche producers find hot prospects"

Um grande, senão talvez o maior exemplo positivo dos últimos anos

Quando se fala ou escreve de PMEs competitivas, exportadoras, da necessidade de subir na escala de valor, de fugir da proposta de valor do preço, imediatamente vêem-me à mente os vários campeões escondidos que tenho tido a felicidade de conhecer no sector do calçado português no último ano:
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"Segundo salienta a APICCAPS, nos últimos 10 anos a indústria portuguesa de calçado "evoluiu de forma notória", conseguindo "migrar a produção para segmentos de cada vez maior valor acrescentado e afirmar-se internacionalmente como um produtor de calçado de excelência, que alia a tradição e o saber acumulado às tecnologias de ponta".

"O sector apostou igualmente nos factores imateriais da competitividade", realça, afirmando que o "design, moda, qualidade, inovação, marca e diferenciação passaram a constituir argumentos competitivos cada vez mais preciosos para uma indústria que exporta mais de 90 por cento da sua produção".

Em 2008, as exportações portuguesas de calçado somaram 1.348 milhões de euros, mais 2,15 por cento do que no ano anterior e em alta pelo terceiro ano consecutivo.

Segundo dados da APICCAPS, desde 2005 as vendas do sector para o exterior cresceram mais de 10 por cento, o que faz de Portugal "um dos principais exportadores à escala mundial" nesta indústria.

Actualmente, a indústria portuguesa de calçado representa cinco por cento da produção, sete por cento das exportações e 17 por cento do emprego a nível europeu."
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Recorte retirado do Público "Sector do calçado apresenta amanhã nova imagem e plano de promoção no estrangeiro"
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Em simultâneo, a situação da Rhode e a lista deste postal de há bocado vem demonstrar aquela frase que aprendi com Suzzane Berger:
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"No livro “How we compete” de Suzanne Berger and the MIT Industrial Performance Center, publicado em Janeiro de 2006, pode ler-se:
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Na página 255: “… there are no “sunset” industries condemned to disappear in high wage economies, although there are certainly sunset and condemned strategies, among them building a business on the advantages to be gained by cheap labor” (Moi ici: Please rewind and read again!!! Then rewind and read again!!! Then rewind and read again!!!! Repetir a leitura até perceber o significado, o poder da mensagem incluída na frase, e o mundo novo de oportunidades que abre.)

Go figure

No jornal i de hoje esta notícia toda promotora da moda "Olha agora sem mãos, sem pés ..."
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Comparar com o título sobre o mesmo tema na revista Der Spiegel "Fixies Hit Germany
New Bike Trend Could Be Deadly
".
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Quer dizer, se um hipermercado colocar à venda uma bicicleta sem reflectores nas rodas essa bicicleta não está em condições de andar na rua ponto. Ah, mas se for fixed-gear não há problema.
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Go figure!!!

Engenharia Eleitoral

"Encomendas à indústria alemã subiram 3,5 por cento em Julho"
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"Mesmo assim, as encomendas do estrangeiro de bens da Alemanha, um dos países líderes mundiais de exportações, caíram 2,3 por cento em Julho, enquanto as encomendas domésticas subiram 10,3 por cento. “Tal mostra que existe ainda alguma actividade na Alemanha”, comentou o economista Carsten Brzeski."
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Oh que bom!
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Mas há algo que não bate certo. Como é que um país idoso consegue pôr as pessoas a consumir?
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"German industrial orders increased 3.5% m/m in July, which was well above expectations (we had expected 2.5% m/m, consensus 2.0% m/m). This follows a 3.8% m/m increase in June (revised down from 4.5%), signalling that the German manufacturing sector is in the early phase of a robust and strong rebound although there is a caveat. The increase was driven solely by domestic orders, which increased 10.3% m/m while foreign orders declined 2.3% m/m. The key driver is domestic capital goods orders, which increased 17.2% m/m. This is almost too good to be true and it certainly is. A spokesman for the Federal Statistics Office said this was in part thanks to a big order for military vehicles in July."
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Ah!
Ah!
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Já percebi... Ah! A Alemanha também tem eleições a 27 de Setembro!
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Fonte Danske Markets
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Fonte via Filipe Garcia.

Calçado e Proposta de valor

Neste postal, escrevi:
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"Há uns meses realizei uma auditoria a uma empresa de calçado na zona de Felgueiras. No final da auditoria, um dos sócios lançou-se numa "saudável" diatribe contra o calçado de S. João da Madeira, como não conheço o sector achei interessante a diatribe. Depois, em conversa com alguém que conhece muito bem o sector percebi a diatribe, ou antes, percebi a diferença que motiva a diatribe.
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O calçado tradicional português era made in S. João da Madeira! As empresas de calçado de S. João da Madeira nasceram, cresceram e prosperaram a trabalhar para o mercado nacional.
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Nos anos oitenta do século passado, surge em força o calçado em zonas como Felgueiras, quase sempre ligado a capital estrangeiro e vocacionado para a exportação.
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Com a adesão da China à OMC e com o derrubar da comporta dos direitos aduaneiros, o paradigma do calçado dos anos oitenta e noventa desapareceu.
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As empresas vocacionadas para competir pelo preço, multinacionais estrangeiras voltaram a fazer o que as tinha cá trazido, deslocalizaram-se, as empresas portuguesas tradicionais entraram quase todas numa espiral de definhamento... porque continuaram a aplicara modelos mentais que deixaram de funcionar com a alteração do paradigma do sector. As empresas da zona de Felgueiras, que tinham nascido viradas para a exportação, tinham no ADN algo de diferente e deram a volta (por exemplo aqui e aqui)."
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Recordei tudo isto por causa da lista de empresas de calçado que encerraram e que estão incluídas neste artigo no Público de hoje "Multinacionais do calçado continuam a fugir do país" (onde estão localizadas as empresas portuguesa de calçado da lista?)
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Ver também este artigo no Jornal de Negócios "Alemã Ara fecha fábrica de Vila Nova de Gaia"

segunda-feira, setembro 07, 2009

Calvinist destruction

Que me conhece sabe deste meu ponto fraco, I love sounbytes.
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Por isso, ao ler este texto de Evans Pritchard "Does the world have the courage to deal with its debts?" não pude deixar sorrir com o termo Calvinist destruction.
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"There are three ways out of our mess. We can pursue 1930s liquidation that purges debt through mass default. Such Calvinist destruction cannot be imposed on a modern democracy.
We can devalue debt by deliberate inflation. This will backfire as bond vigilantes boycott government debt - unless rigged by capital controls or "administrative measures". You see where this leads.
Or we can try to right the ship by paying down our debts, very slowly, by sweat and toil, navigating a treacherous course between the Scylla and Charybdis of the twin-flations, for as long as it takes. This is the only responsible course left we as we face the devastating consequences of our own credit delusions. Are we up it?"

É um sintoma de algo?

Hoje, ao avaliar uma embalagem de marcadores de uma marca do Continente, encontro no verso, em baixo em letras pequenas:
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"Produto submetido a riguroso controlo de qualidade, realizado por ..."
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São coisas destas que contaminam a imagem ... Tão tiguroso, tão riguroso que nem foi rigoroso.
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Um controlo com tanta qualidade, tanta qualidade que nem controlou a qualidade.

Rhode e pensamento sistémico

Para quem segue este blogue, a situação de uma empresa como a Rhode em Portugal não é surpresa.
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Num sector, o do calçado, que está a atravessar esta crise muito melhor que muitos outros, num sector que no ano passado exportou mais de 95% da sua produção, empresas como a Rhode em Portugal não são empresas de futuro..
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Empresas de calçado com cerca de 1000 trabalhadores são sinónimo de apostar na proposta de valor preço mais baixo, com tudo o que isso acarreta: grandes séries, grandes encomendas, custos espremidos. Empresas de calçado com cerca de 1000 trabalhadores não têm argumentos para competir no mercado internacional.

"A fábrica de calçado Rohde vai entrar em lay-off por dois meses e avançar para um pedido de insolvência,"
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Este pormenor fez-me recordar:
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"Germany faces a potential wave of corporate restructurings, some of its top managers say, because companies have deferred job cuts to help ensure the re-election of a business-friendly government at next month’s federal elections.

Senior managers and institutional investors say there has been an implicit “pact” not to announce big job cuts ahead of the September 27 ballot."
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Aqui:
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Se voltarmos ao conto de Verão do postal anterior, e adoptando a postura de começar pelo fim... comecemos a imaginar como será a Rhode do futuro, um futuro economicamente sustentado... conseguem imaginar? O que a distingue da Rhode actual?
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BTW: Já repararam nos preços a que estão agora as sandálias da Columbia nas lojas!!! Mais baratas que as sandálias do Continente. Há que aproveitar.

Paralelismos (parte III)

Continuado daqui e daqui.
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Mais uma vez chamamos a atenção para o artigo "The Focused Factory" publicado pela revista Harvard Business Review no primeiro de Maio de 1974 da autoria de Wickham Skinner.
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Skinner escreveu e reparem no paralelismo e na actualidade:
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"1. There are many ways to compete besides by producing at low cost.

the persistent attitude that ways of competing other than on the basis of price are second best.(Moi ici: paralelismo perfeito) The other is that a company which starts out with higher manufacturing costs than its competitors is in trouble regardless of whatever else it does.
...
2. A factory cannot perform well on every yardstick. There are a number of common standards for measuring manufacturing performance. Among these are short delivery cycles, superior product quality and reliability, dependable delivery promises, ability to produce new products quickly, flexibility in adjusting to volume changes, low investment and hence higher return on investment, and low costs.
These measures of manufacturing performance necessitate trade-offs—certain tasks must be compromised to meet others. They cannot all be accomplished equally well because of the inevitable limitations of equipment and process technology. Such trade-offs as costs versus quality or short delivery cycles versus low inventory investment are fairly obvious. Other trade-offs, while less obvious, are equally real. They involve implicit choices in establishing manufacturing policies.
Within the factory, managers can make the manufacturing function a competitive weapon by outstanding accomplishment of one or more of the measures of manufacturing performance. But managers need to know: “What must we be especially good at? Cost, quality, lead times, reliability, changing schedules, new-product introduction, or low investment?”
Focused manufacturing must be derived from an explicitly defined corporate strategy which has its roots in a corporate marketing plan. (Moi ici: e em quantas empresas existe reflexão estratégica?) Therefore, the choice of focus cannot be made independently by production people.
Instead, it has to be a result of a comprehensive analysis of the company’s resources, strengths and weaknesses, position in the industry, assessment of competitors’ moves, and forecast of future customer motives and behavior.
Conversely, the choice of focus cannot be made without considering the existing factory, because a given set of facilities, systems, and people skills can do only certain things well within a given time period.
"

Mais uma vez e sempre: Começar pelo fim!!!

Quem acompanha este blogue sabe que um dos truques que proponho para abordar qualquer desafio passa por começar pelo fim.
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Vamos iniciar um projecto, vamos realizar uma auditoria, vamos facilitar uma reunião, vamos dinamizar uma acção de formação, ... se viajarmos até ao futuro o que queremos ver?
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Vamos estar aqui no final do projecto (ou da auditoria, ou da reunião, ou da acção de formação, ...) e queremos eatar a celebrar o seu sucesso. Por que é que o projecto foi um sucesso? Que resultados foram obtidos?
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São dezenas e dezenas os exemplos que poderíamos referir deste blogue sobre o tema. vamos limitar a referência a meia-dúzia de exemplos:
Assim, é com todo o gosto que recomendo a leitura com calma deste conto de Verão "Cuento sistémico de Verano" retirado do blogue Pensamiento Sistémico. Alguns recortes:
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"Eso es la Proalimentación (feed-forward): permitir que un futuro diseñado conscientemente influya en el aquí y ahora, realimentándose mutuamente el presente y el futuro. Nuestras esperanzas, nuestros miedos y nuestras convicciones respecto al futuro nos sirven para crear el propio futuro que anticipamos. Por eso se dice que la Proalimentación crea premoniciones que se cumplen, desde el funcionamiento de la economía hasta la creación de un logro deportivo como el batir un record mundial de atletismo. Detrás de una gran hazaña humana (viajar a la Luna, enviar naves más allá de nuestro sistema solar, luchar contra el cáncer o la pobreza, la solidaridad humana en condiciones extremas, etc.) siempre se encuentra una gran aspiración, un sueño, una Proalimentación que viaja en el tiempo, desde el futuro deseado hasta el aquí y ahora del presente para sacarnos de nuestra zona de comodidad y alterar nuestras percepciones y creencias limitadoras, cambiando la realidad."
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"Por supuesto, detrás de un cambio poderoso, existe una acción proalimentadora. Si quieres romper con tu pasado de círculo vicioso tal como afirmas, tan sólo necesitas viajar al futuro (psicológicamente hablando) y visualizar tu existencia desde ya mismo como círculo virtuoso. Por eso te insistía en que tuvieras cuidado con lo que crees, porque las creencias conforman, influyen en tu futuro. Eso es todo. ¿Estás de acuerdo ahora de que la Proalimentación es la fuerza más poderosa del Universo conocido?"
...
"Simplemente te has de plantar (literalmente) en el futuro deseado y dar una serie de pasos, no para llegar a él un día, sino como si ya estuvieses allí (o casi allí ahora mismo). La clave está en la visualización, la anticipación del futuro con todos los sentidos posibles y con toda la intensidad de la que seas capaz: “La visión es el qué, la imagen del futuro que queremos crear”. La tarea, por tanto, consiste en eliminar todos los obstáculos que quedan en el camino con el fin de llegar allí plenamente. Quiero recordarte que la mayoría de obstáculos serán auto-impuestos, consecuencia de tus propias limitaciones mentales. He de decirte que la Proalimentación es desequilibrante, porque te saca de tu zona de comodidad, te acerca al borde del caos, pero eso mismo es desafiante, retadora y porque saca lo mejor de ti mismo es muy gratificante, pues como dijo un sabio: “el equilibrio no es la finalidad ni la meta de los sistemas abiertos. Para mantenerse viable, un sistema abierto necesita hallarse en constante estado de desequilibrio”. Por eso algunos llaman a esta fuerza “atractor extraño”. Otros lo llaman visión, misión, amor, deseo, entusiasmo, curiosidad, pasión, compasión, voluntad o simplemente SER. Llámalo como quieras, pero todo futuro comienza con este poderoso cambio mental: YO PUEDO, TU PUEDES, EL PUEDE, NOSOTROS PODEMOS... resumiendo “tanto si piensas que no puedes, como si piensas que puedes, estarás en lo cierto”"
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Um truque precioso, COMEÇARÁS PELO FIM!!!