domingo, dezembro 14, 2014

Estratégia e rentabilidade

"One interesting result from McKinsey’s survey was firms with higher profitability are “twice as likely to review strategy on an ongoing basis (as opposed to say annually or every three to five years).” If we return to the origins of strategy, what general doesn’t review his strategy on a regular basis?"
Recordar "Quantas vezes por mês?"
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Trecho retirado de "Strategy a must when making business plan"

Tão Mongo

Este texto "What Weird Vinyl Orders Are Doing to Old-School Record Production" é todo ele sobre Mongo e as suas tribos. We are all weird!

"But it’s in China’s interest to get out of toys and T-shirts"

E volto a Agosto de 2008, "Especulação", a propósito de "A  Currency War With Japan Won’t Help China Reform Its Economy", onde se pode ler:
"“But it’s in China’s interest to get out of toys and T-shirts, and that’s what they are going to do.”"
E dedicado a Ferreira do Amaral, Medina Carreira et al:
"“There is a lot of work that shows exchange rates are less important than quality, marketing strategies, backup and service. If you have those, exchange rates are not unimportant, but it may take big moves in exchange rates to have an effect.” [Moi ici: Parágrafo importante, à atenção dos que querem sair do euro e voltar ao laxismo do escudo]
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Japan’s pressure on the renminbi could be little more than an irritating distraction as China focuses on the more important task of escaping the so-called middle-income trap. [Moi ici: Se a carga fiscal fosse menor e as empresas pudessem capitalizar-se mais rapidamente, talvez escapássemos a este middle-income trap de forma mais evidente]

Recordar:

Sem clientes... só nos resta o socialismo

Leiam, por favor, "Teatro para evitar que mais uma loja centenária da Baixa se transforme num hotel".
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Já leram? O que ficaram a pensar?
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Primeiro veio a simpatia com a luta da loja, depois, aquelas frases:
"“Os hotéis são bem-vindos, mas tem de haver aqui um equilíbrio entre a memória da Baixa e o seu património, e as coisas novas que vão aparecendo“.
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“Fashion, gourmet, vintage. Tudo palavras estrangeiras, por acaso. Depois os turistas vêm visitar o quê? Não se podem fechar estas lojas para fazer lojas vintage. Isto é o verdadeiro vintage!”, disse Scalisi.
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A defesa da Drogaria é um símbolo de um objetivo maior: evitar que Lisboa se torne uma cidade “desumanizada, onde a história e a vida das pessoas vale tão pouco face ao lucro do turismo massificado e da especulação imobiliária”."
Apesar de tentar todos os dias fugir à doença burguesa, ao socialismo, reconheço que têm algum fundo de verdade, embora não creia em leis para estabelecer a fronteira.
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Adiante! Não está a aparecer mais nada? Leiam outra vez, por favor:
"O espaço centenário já foi a Antiga Casa Alvarez. Em 1964, nascia ali a S. Pereira Leão pela mão de três sócios. O negócio, onde se faziam perfumes, aromas e essências, comemorou este ano meio século. É também há 50 anos que Fernanda Silva trabalha ali...
Os herdeiros têm deixado isto estar aberto, ao nosso cuidado, embora não esteja a dar muito lucro porque o negócio está todo mau. Mas as minhas colegas ainda precisam de mais alguns anos para a reforma e eles têm deixado isto aberto”, contou ao Observador Fernanda Silva, funcionária gerente da drogaria, cujos proprietários são os filhos dos primeiros donos, já falecidos.
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as três funcionárias e os três sócios aguardam por uma solução que teima em não chegar. Há seis meses, os sócios receberam uma carta que dava conta do novo projeto do proprietário do edifício: ceder o prédio a um novo hotel.
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Questionado sobre a possibilidade de a drogaria poder continuar no mesmo local, o proprietário do edifício disse apenas nunca ter chegado “a pensar nisso”, acrescentando que os sócios não tentaram continuar ali." 
Veio-me agora à mente a metáfora de Joaquim Aguiar sobre a geração de funcionários nos partidos políticos...
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O que é que eu retiro?
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Sócios fundam empresa.
Sócios morrem.
Herdeiros dos sócios não querem saber do negócio e, como muitos patrões fazem por este país, em vez de agirem racionalmente, como maximizadores de lucro, deixam o lado humano ganhar. Assim, colocaram a funcionária mais antiga como gerente.
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Os herdeiros não querem saber do negócio, a gerente vai-se reformar, tem o dela garantido. Quem é que defende os clientes da loja? Se ninguém pensa o negócio, como podem ter clientes? Se não têm clientes, a câmara pode comprar o espaço e a marca e criar um museu vivo para ludibriar turista.
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Agora aquele:
"as três funcionárias e os três sócios aguardam por uma solução que teima em não chegar."
Ganha outra conotação.
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Se estes negócios não têm alma, não têm quem tenha paixão por eles, então, não há batota. Como podem ter clientes? Sem clientes... só nos resta o socialismo para extorquir impostagem aos saxões, para manter museus vivos que só os turistas visitam para tirar fotografias.

A manada segue com os lemingues, a minoria cria o seu próprio caminho


"That the number of video stores around the world is on the decline isn’t exactly breaking news. ... But just because Blockbuster couldn’t keep its iconic blue awnings hanging doesn’t mean there aren’t some intrepid entrepreneurs (and diehard cinephiles) taking a cue from their digital counterparts and finding ways to not just survive in the age of Netflix, but thrive.
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Though the store measures just 375 square feet, basement storage allows Hillis - a noted film critic in his own right - to keep approximately 10,000 discs on hand. But rather than compete against the same wide-release films and television series that one can watch with the click of a button and an $8.99 streaming subscription, Hillis is curating a library of hard-to-find fare. “After the floodgates of the Internet opened, we’re now drowning in content and especially mediocrity,” Hillis says. “Video Free Brooklyn’s model is almost a no-brainer: My inventory is heavily curated, but so is my staff, all of whom work in the film industry and have extensive, nerdy knowledge about cinema. Coming into the shop is about nostalgia, the joy of discovery, and getting catered recommendations from passionate cinephiles. It’s a hangout, like the record store in High Fidelity.”"
Um de vários exemplos em "Not Dead Yet: How Some Video Stores Are Thriving in the Age of Netflix". Uma recordação de Clausewitz:
"The key to von Clausewitz’s thinking lay in his “dialectical” method, his sense that in the real world there were always at least two opposing or mutually exclusive ways of thinking about something  -  perhaps two theories or heuristics. He thought of strategizing in terms of natural language and its openness to surprise and creativity rather than formal language and deterministic theory. The Clausewitzian world is one of trade-offs—matters of practice inevitably involving judgments supported by, but never dictated by, analysis."

sábado, dezembro 13, 2014

Curiosidade do dia

O Miguel mandou-me este filme:

Um filme que ajuda a reforçar uma história, uma narrativa, uma imagem, uma marca.
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Um filme que, neste tempo de Natal de consumo, nos alerta para algumas tribos de Mongo que têm outros modos de vida.


Dúvida

Sector atrás de sector, do calçado ao têxtil, do mobiliário ao metalomecânico, vai abandonando a ideia da competitividade baseada na eficiência pura e dura, baseada na simples contagem de quantidades.
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Contudo, é preocupante perceber como muitas chefias intermédias, encarregados, são incapazes de fazer a transição mental e mantêm-se encalhados nos algoritmos que faziam sentido noutros tempos mas que hoje não passam de armadilhas mentais.
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Prisioneiros desses modelos, acabam a prejudicar gravemente a produtividade e a rentabilidade... como dizia Napoleão: queres saber como uma pessoa pensa? Procura saber que ideias estavam na moda quando ela tinha 20 anos.
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Será que o melhor é emprateleirar essas pessoas?

E a democratização, não tem impacte?

Nesta narrativa "Rise of the Machines: Downfall of the Economy?" faltam pormenores importantes:

  • o impacte da democratização da produção;
  • o abandono da produção em massa e o triunfo das tribos;
  • we are all weird;
  • o fim do eficientismo.
Por isso, isto "What Happens to Society When Robots Replace Workers?" passa completamente ao lado, ao concentrar-se na eficiência tão cara ao mercado de massas que deixou de existir, ou de ter futuro. Viva Mongo!!! 
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Sandy vs McGyver em "A paixão por procedimentos (parte II)" merecia mais atenção e reflexão.
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Em "IT was fun while IT lasted" creio que passam ao lado do desafio. Em Mongo, o desafio não é o da eficiência, é o da eficácia!!!

Mais material para uma narrativa

Material para adicionar e construir uma narrativa sobre o turismo português que não passe pela massa tipo-bebidorme:


Acerca de Keynes (parte I)

"John Maynard Keynes (1883–1946) was the British economist whose name was much bandied about as the theorist behind the recent US and Eurozone “bailouts.” He remarked practical business people are often unwitting intellectual slaves to dead economists. This applies whenever managers think strategic decisions can be rigorously data-driven. Perhaps there was a time when strategy theorists really believed in the relevance of rational decision-making. I urge readers away from the idea of strategizing as a dehumanized numbers-driven quasi-science and towards a practical economic humanism, an urgent task for many reasons, professional, social, and political. Real people have limited capabilities, as Simon’s notion of “bounded rationality” captured. Numbers-driven thinkers have gotten us into a fair amount of trouble of late but social reform is not my objective.
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I see strategizing as the practice of synthesizing as many of the available facts as possible, together with personal judgments when facts are not available. It is not an implementation of scientific theory and rigorous analysis. It is an active creative process, pushed forward by the application of personal judgment, not by sitting back and presuming the facts or theory can drive a solution. The academic tendency is to write personal judgment out of the story and claim theorizing as a superior mode of thought, to presume theory lords it over practice, that a theory of strategy would be more real or valuable than effective strategic practice.
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Academics sometimes patronize managers because they understand things in ways that managers do not. But managers know a great deal about what they are doing even though they seldom write about it in great depth. Academics tend to write more but understand less."
Trechos retirados de "Business Strategy - Managing Uncertainty, Opportunity, and Enterprise" de  J.-C. Spender.

sexta-feira, dezembro 12, 2014

Curiosidade do dia

Em vez de abraçar o futuro, a tentação de defender o passado.

"si un país modifica sus leyes con avaricia gángster, ellos se dan la vuelta y cierran la puerta mientras salen. No hay más."
Interessante o tema levantado nos comentários que refere que isto pode ser uma manobra dos media grandes para abafar os media pequenos.

Tão previsível

Os gigantes tentam comprar tempo. Contudo, a reacção era tão previsível.
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Primeiro o panorama:
"While nationwide beer sales declined 1.9 percent last year, craft beer sales rose 17.2 percent, according to the Brewers Association, which represents craft brewers. The industry's two giants, Anheuser-Busch and MillerCoors, have lost a total 20 million barrels in sales since 2008, said Bart Watson, an economist for the group."
Então, os gigantes compram os artesãos, para ganhar mercado.
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Resultado, a reacção dos clientes, apreciadores dos artesãos rejeitam os gigantes. A resposta da empresa foi:
"They promise nothing will change." 
Como se as especificações fossem suficientes. As especificações podem ser as mesmas mas a narrativa mudou completamente.
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Trecho retirado de "Craft Brewery Feels Backlash From Customers After Selling to Anheuser-Busch"

A importância de uma identidade

"The question about a company’s way to create value for customers is probably one of the most fundamental elements of strategy. Which makes it all the more surprising that few organizations are able to answer it with certainty and clarity.
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We know, however, that companies with a strong identity — the kind that is backed up by the ability to deliver their promise — tend to win. In a recent survey of 720 executives, companies that were seen as having a stronger identity outperformed others by 25% (in terms of average annual TSR between 2010 and 2013).
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Here’s what we mean when we talk about a company’s identity. It is what drives your entire organization to perform, what makes hiring top talent easier, and what gives you the framework by which to operate the company.
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So why is it that so many companies struggle to develop strong identities and the capabilities that enable them? Because most organizations, instead of answering the fundamental questions about how they create value for customers and deriving their strategic imperatives from there, try to keep up with the market by pursuing a multitude of generally disconnected growth avenues and organizational changes. The problem is one of incoherence"


Trechos retirados de "The 3 Elements of a Strong Corporate Identity"

"Gente sem espaço para a surpresa, nunca irá longe"

Em perfeito alinhamento com o que penso e escrevo sobre os académicos que fazem parte da tríade:
"Debate is fine but practice is what matters. The particularization or localization discussion above gets closer to practice than a purely theoretical discussion allows. Practice is often presumed to be the implementation of theory. But theories are always constructed with simplifications, excluding some features while attending to others. Thus no theory can embrace all the issues a practice engages.
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Put differently, real practice must be evaluated in the world of experience that is never of a single dimension or embraced in the abstract world invoked by a theory. Judgment is always necessary to reasoned practice, a view theorizing tries to deny. [Moi ici: Não consigo deixar de pensar nisto]...
In von Clausewitz’s time military thinking had tilted towards excessive rigor in theories of formation, lines of fire, general rules about the center of battle gravity, and so on. [Moi ici: Recordar Lanchester, recordar Cornwallis, recordar David] The assumption was that a proper application of the scientific method would lead to theories about surefire ways to win, [Moi ici: Só mesmo os franceses, para acreditarem em leis que definissem a sorte da guerra!!!] changing the face of war and international diplomacy forever. War would no longer be a matter of chance; it would be a science. These notions were central to the training in the French military schools. Von Clausewitz, who fought the French and feared they would overrun Europe, thought thinking of war as a science a grave error, a misunderstanding of its indeterminate (foggy and chancy) human nature, and that the real issue was not whether any of the available theories were valid or not, but rather how they might be best applied under battle conditions. He did not dismiss theory, far from it.
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The key to von Clausewitz’s thinking lay in his “dialectical” method, his sense that in the real world there were always at least two opposing or mutually exclusive ways of thinking about something [Moi ici: Faz-me lembrar "Existe sempre uma alternativa"]- perhaps two theories or heuristics. He thought of strategizing in terms of natural language and its openness to surprise and creativity rather than formal language and deterministic theory. The Clausewitzian world is one of trade-offs—matters of practice inevitably involving judgments supported by, but never dictated by, analysis.
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Von Clausewitz argued no theory should be presumed relevant without first identifying its antitheses, the opposing ideas or critique, and then second, appreciating that choosing between the opposing ideas was the very essence of strategic work, a judgment-call that lay outside any of the theories being judged."
Gente sem espaço para a surpresa, nunca irá longe.

Trechos retirados de "Business Strategy - Managing Uncertainty, Opportunity, and Enterprise" de  J.-C. Spender.

A tendência...

Em linha com o que aqui referimos há anos e anos:
"responde à tendência para um maior número de pequenas encomendas, numa vasta variedade de estilos e cores, em combinação com tempos de entrega cada vez mais curtos.
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«A tendência para encomendas mais pequenas numa variedade maior de estilos e cores, em combinação com tempos de entrega mais curtos do que nunca, tornou-se a norma na indústria» ... A produção tem, por isso, de ser rápida e suficientemente flexível para lidar com o volume mais elevado de pequenas encomendas protegendo as margens de lucro."
Imaginem uma empresa que siga e use o que aqui escrevemos... muitos anos antes de ser mainstream.
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Trechos retirados de "Lectra com corte à medida"

quinta-feira, dezembro 11, 2014

Curiosidade do dia

Os trabalhadores independentes, por estes dias, começam a receber as chapadas da Segurança Social (SS), com e-mails que informam que a sua contribuição para a SS pode ter crescido mais de 300%, por exemplo.
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Para a coisa ficar linda, apenas aguardo que o PS se manifeste indignado, quando a autoria desta alteração ao Código Contributivo (CC) é sua. Contudo, é bem feito que o governo seja demonizado por este CC, uma vez que em 2010, o deputado Mota Soares, na oposição, foi um grande adversário deste CC. E, uma vez chegado ao governo, como ministro adoptou-o e passou a cumpri-lo religiosamente.

O exemplo dos frutos e do vestuário

"O volume de produtos frescos exportados pelo País luso aumentou 26% nos últimos três anos, passando de exportar 780 milhões de euros, em 2010, para 983 milhões de euros, em 2013. Números publicados pela Associação para a Promoção de Frutas, Legumes e Flores frescas de Portugal, Portugal Fresh."
Trecho retirado de "Portugal cresce 26% na exportação de produtos frescos"
"As vendas de vestuário de Portugal nos mercados externos foram as que evoluíram a um ritmo mais intenso durante os três primeiros trimestres de 2014, de acordo com os números divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e produtos como calções de uso feminino estão entre os de maior sucesso. Quando medidas pela variação em comparação com o mesmo período de 2013, as exportações de vestuário aumentaram 11,2%,"
Trecho retirado de "Vestuário português lidera as exportações de janeiro a setembro de 2014"

É isto que a UE e o euro minimizam

Volto ao exemplo brasileiro "Manifesto por um Brasil mais rico, não um Brasil mais caro":
"Nesta semana, tivemos mais um. Para lidar com dificuldades da nossa indústria, o governo e o Banco Central vem adotando uma série de medidas, incluindo redução temporária de impostos para alguns subsetores, aceleração da queda da taxa de juros, adoção de restrições à entrada de capitais estrangeiros para enfraquecer nossa moeda e elevação de impostos sobre produtos importados.
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Além de sujeitarem o país a eventuais retaliações comerciais, estas medidas criam um Brasil mais caro, não mais rico. Quem pagará a conta do encarecimento dos produtos importados e da redução da competição com os nacionais é você, o consumidor. Aliás, já paga. No ano passado, impostos sobre importação arrecadaram mais que o Imposto de Renda Pessoa Física. Você pagou ambos. Os primeiros, nos preços elevadíssimos praticados no Brasil e o IRPF, na fonte."
Lá, como cá, o monstro do gasto público é insaciável.

O exemplo da cerâmica

"Em 2013 Portugal foi o maior produtor de louça de mesa e decorativa na Europa e “se o país continuar a produzir com qualidade – apostando na inovação e  recuperando algumas tradições – a cerâmica portuguesa poderá estar a preparar-se para viver dias mais risonhos”.[Moi ici: Interessante, gente do sector a olhar para o futuro com optimismo]
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em 1995 existiam em Portugal cerca de mil empresas – da área da cerâmica de mesa e decorativa – e que empregavam mais de 25 mil trabalhadores. Em 2012 esse número situa-se um pouco acima dos cinco mil. Para se ter uma ideia mais clara, basta ver que em 1975, existiam muito poucas empresas deste sector especifico, no entanto, “estas empregavam muita gente (10 mil pessoas) e em média, cada empresa possuía 135 trabalhadores”. Em 2012 passaram a ter apenas uma média de oito trabalhadores.[Moi ici: Em todos os sectores o mesmo padrão, para reganhar produtividade, as empresas ficaram mais pequenas]
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no final dos anos 90 para esta área especifica da cerâmica portuguesa e como de facto “se veio a confirmar o pior dos cenários com grande parte das unidades industriais a fechar, atingindo centenas e centenas de pessoas, arrastando-as para o desemprego”.
Um pouco por todo o lado nos países desenvolvidos, as grandes unidades industriais deixaram de produzir cerâmica de mesa e decorativa. Até as melhores fábricas europeias que o orador visitou como, por exemplo, a Rosenthal ou a Wedgwood, abandonaram a produção, deslocalizando-a para outros países. A Rosenthal que “era a melhor fábrica de sempre, acabou por manter a fábrica, a marca e o conceito, mandando fazer toda a produção noutros países”, acrescentou.
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Como pode a cerâmica dar a volta? “Produzindo produtos de alta qualidade para nichos de mercado e ligando o sector ao turismo, procurando aliar também a industria às visitas culturais e à criação de parques temáticos”, afirmou o orador.
Na sua opinião, vivem-se dias de alguma recuperação com os produtos portugueses a ser internacionalmente reconhecidos, ou seja, “como não há produção de cerâmica na Europa, esta é uma boa oportunidade para as firmas que conseguiram ultrapassar os anos mais difíceis”. Segundo José Luís Almeida Silva, hoje em dia  as empresas “têm que trabalhar em rede, valorizar os recursos humanos e também trabalhar no valor acrescentado das suas peças, que se devem destinar a nichos de mercado”. [Moi ici: Outra constante deste blogue quando falamos sobre como é que as PME podem dar a volta]
"Cerâmica industrial de mesa e decorativa transformou-se em “neo-artesanal”"

Recorde mensal de exportações

Nem uma andorinha faz a Primavera, nem eu sou um defensor deste governo. No entanto, na sequência destes textos:
BTW, convinha que a seguir à assinatura "Professor no departamento de Economia da Universidade do Minho" acrescentasse "que foi conselheiro de António José Seguro, subiu ao placo do Congresso do PS".
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Olhando para este gráfico, com a evolução das exportações portuguesas:
Consegue-se dizer que há diferença entre o antes e o depois de Sócrates?
Não será pouco sério entrar com o crescimento verificado em 2010 e atribuí-lo ao governo de então, sem mencionar o descalabro mundial de 2009?
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Entretanto, em Outubro de 2014 tivemos o recorde mensal de exportações:
valores em milhões de euros
Textos aqui: