domingo, junho 30, 2019

Para reflexão

"If you find yourself using phrases like anyone who, then you don't know who your audience is. If you could sell to just one person, who would it be? That's right, one person or industry.
...
Here's something that's very important to know about niching: You don't have to stick with only one. Start with one and when and if the time is right, create a second silo. Choosing a niche is not as restrictive as you'd believe.
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Once you have a niche, you will have a better idea of where they hang out. What are the best social media platforms, the industry events, and associations they're associated with, and which people in your network are closely associated with them?
...
Once you find that amazing accountant, pay the money to have him or her calculate your cost of doing business, as well as your margins. You may be amazed at how many entrepreneurs have no idea where their money is going and what their margins are. I had a client who sold two different product types to two different industries but ran her numbers together. It wasn't until we began working together that she came to realize that one of her product lines was sucking up profits from the other. It didn't look that way on paper--until she separated the costs associated with running each side of the business. You may think you understand your numbers, but do you really?"
Trechos retirados de "Success is Hard Because You Overcomplicate It. Keep Your Strategy Simple with These 7 Questions"

sábado, junho 29, 2019

Novos velhos, uma recordação

Há várias perspectivas pelas quais se pode analisar este artigo "This Founder Almost Shut Down Her Design Business After Year 1. Now It Has 400 Employees and a 9-Figure Revenue". Uma delas permite meter-me com os novos que são velhos e os velhos que são velhos.

Recordo Tão novos e já tão velhos ... (Outubro de 2011) e comparo com estes trechos do artigo:
"My investors didn't initially believe in the crowdsourcing aspect of the business, so I hedged my bets by also selling stationery from a collection of well-known stationery brands. I hired an intern and spent my evenings working on my passion: the crowdsourcing experiment. When we started posting the winners of our first crowdsourced-design challenge, sales started to slowly trickle in. And among the few orders we had, it wasn't the established brands that were selling, but rather the crowdsourced designs.
...
It became clear soon that this was a valuable, talented community. I realized that we had tapped into something a lot bigger. They could produce art and design work for many, many industries and businesses.
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I really love the artists and the designers and I really wanted to bring their work to the world. Proving the point of American meritocracy to the establishment was a really interesting hypothesis that I wanted to see play out. Many of these artists and designers are transitioning from other careers like, for example, an Alaskan oil rig worker and a master plumber in New York. I would say probably 20 percent of the designers probably are fully making a living from Minted."
Outra das perspectivas de análise parte deste trecho:
"My investors didn't initially believe in the crowdsourcing aspect of the business, so I hedged my bets by also selling stationery from a collection of well-known stationery brands. I hired an intern and spent my evenings working on my passion: the crowdsourcing experiment. When we started posting the winners of our first crowdsourced-design challenge, sales started to slowly trickle in. And among the few orders we had, it wasn't the established brands that were selling, but rather the crowdsourced designs." 
Por que é que alguém há-de fazer a compra de uma marca conhecida numa loja online desconhecida? No entanto, as probabilidades melhoram quando uma loja desconhecida oferece algo diferente.

Vantagens comparativas

O amigo Aranha enviou-me este artigo bem interessante, "Confecções Lança estão a crescer 30% e investem 550 mil":
"A vida está a correr bem à Confecções Lança, que está a registar um crescimento de 30% nas vendas,
...
“Andamos sempre à procura de novos clientes. E o nosso produto tem melhorado muito. Além de que a entrega rápida e nas datas acordadas com os clientes é um dos mais importantes factores de fidelização e que ajudaram a construir a reputação de credibilidade da nossa empresa”,
...
A flexibilidade, que lhe permite fazer fatos por medida (que já atingiram um peso de 10% nas vendas) desde o início desta década, é uma das vantagens comparativas da Confecções Lança.  “As chaves do nosso sucesso? A qualidade do produto, ser confiável, resposta rápida, entrega nos prazos e flexibilidade”"
Isto temos escrito por aqui desde há mais de 13 ou 14 anos. Entretanto, parte desta vantagem está a ser comida pela Europa de Leste, Turquia, Marrocos, Tunisia, Etiópia, ... (recordar aqui, aqui e aqui, por exemplo).

Acrescento duas sugestões para este desempenho:

  • descobrir o trabalho para nichos ("e de uniformes, em pequenas quantidades para o segmento alto, vestindo, por exemplo, os empregados do Ritz de Paris". Os nichos têm a vantagem de pagarem mais e terem custos de promoção muito mais baixos, além da focalização/especialização da produção e das mensagens)
  • Trump (quando tiverem tempo leiam bem este artigo "What’s Your 'Plan B' for Made in China?" é longo, mas vale bem a pena o investimento. E já agora, depois leiam "Equilibrium Americanum")

sexta-feira, junho 28, 2019

"E sem intenção, e sem querer, apareceu na minha mente a decisão de pôr de lado o azeite alentejano"

Há dias escrevi no Twitter:


Logo vários comparsas apareceram com comentários e sugestões: juntar alho, ou juntar paprika, ou ...  (quando comentei com a minha mulher ela rejeitou e disse que só acrescenta, quando tem em casa, coentros).

Entretanto, hoje alguém apareceu e fez o seguinte comentário:


O diálogo que se seguiu foi este:

"Há exemplos menos bons? Com certeza que os há. Qual a profissão que os não tem? Mas não temos dúvidas que esses exemplos menos bons são uma ínfima minoria e que em nada beliscam o tudo de bom que esta realidade tem trazido à Região."
É assim: quando eu fui à procura de um bom azeite para alimentar a gulodice dela, não me passou pela cabeça segregar o azeite alentejano. Entrei no corredor do azeite e procurei as diferentes marcas e garrafas de 0,5 litro: tinha da Vidigueira, tinha do Esporão, tinha de Moura, tinha de ... e quando me comecei a pressionar para fazer uma escolha, foi então que me lembrei da imagem dos pássaros mortos na Andaluzia pela apanha nocturna, das notícias sobre os químicos no Alentejo e sobre a destruição de património arqueológico para plantar amendoeiras intensivamente. Temas que referi em "Todos vão perder" e em "Optimista? Realista? Pessimista?"

E sem intenção, e sem querer, apareceu na minha mente a decisão. Não posso comprar azeite do Alentejo. Tenho medo de estar a comprar uma marca que pratica o olival intensivo.

E volto ao texto sublinhado: "Há exemplos menos bons? Com certeza que os há. ... Mas não temos dúvidas que esses exemplos menos bons são uma ínfima minoria e que em nada beliscam o tudo de bom que esta realidade tem trazido à Região."

Este é o problema de "Todos vão perder" e que escrevi aqui pela primeira vez num artigo em 2009 sobre cortinas de PVC para banheira. Na impossibilidade de separar os bons dos menos bons, os clientes mais exigentes vão decidir: para não cometer o risco de apoiar o olival intensivo e as suas práticas rapaces - vou jogar pelo seguro e optar por um azeite transmontano. Confesso que não foi fácil encontrar um. Não tinha os códigos postais na cabeça e não sabia onde se localizavam algumas terras. Parei quando encontrei um nome conhecido: Sabrosa.

A minha sugestão para os que querem minimizar as perdas: arranjem uma certificação. Distingam-se, diferenciem-se!

BTW, no comunicado referido acima encontro uma frase que refiro aqui no blogue há muitos anos:
"Os agricultores são agentes com a dupla responsabilidade de produzir alimentos para todos, e a de preservar o meio ambiente onde atuam, no exercício da sua profissão."
Não! Os agricultores não são responsáveis por produzir alimentos para todos ponto. Os agricultores são responsáveis por dar uma vida melhor à sua família hoje e no futuro. E isso, num país pequeno, não passa por alimentar o mundo, passa por ser bem pago pelo que se produz colocando no mercado produtos que os clientes valorizam mais do que o granel.

Muitos agricultores preservam o meio ambiente onde actuam porque têm skin-in-the-game, são gente que espalha bosta na terra e têm netos que lhes vão suceder. No entanto, a Big Agro é outro modelo de negócio: deitam abaixo o pau do circo e levam a tenda para outro lado, como gafanhotos.


Aquilo que qualquer gestor de pessoas numa empresa que trabalha 24 horas por dia e 7 dias por semana sabe (parte II)

Parte I.

Há anos ouvi no canal História uma frase que nunca mais esqueci:

- O império romano durou centenas e centenas de anos porque os romanos não tinham ideologia, eram muito pragmáticos.

Há cerca de 7 anos escrevi o postal "Agora é que vão começar as decisões políticas" a propósito de uma frase de Rui Rio com a qual não concordava. Segundo ele, quando não há dinheiro não pode haver política só gestão. Para mim é exactamente o contrário, quando não há recursos suficientes é que faz mais sentido haver opções, decisões, escolhas políticas.

Há dias Joaquim Aguiar publicou no JdN um texto que se ajusta a isto como uma luva, "A arte do possível":
"A ideia de que "a política é a arte do possível" foi expressa por Bismarck em 1867
...
A arte do possível é a capacidade para identificar o possível, para depois estabelecer as estratégias que permitam a concretização desse possível que se identificou. E se esta segunda leitura serve para que quem exerce o poder saiba realizar o que anuncia, também serve para avaliar quem exerce o poder em função do que for a sua capacidade para identificar o possível. Por isso mesmo, também serve para denunciar os que, no exercício do poder ou na campanha para a conquista do poder, não sabem distinguir entre o impossível e o possível. Os que não sabem separar o impossível do possível condenam-se ao destino de Ícaro, que vê o calor do Sol derreter a cera do mel das abelhas com que colou as penas de pássaros para fazer as asas que lhe permitiram sair do labirinto em que estava preso."
Também podemos ouvir Joaquim Aguiar a desenvolver o tema nos primeiros 4 minutos daqui.

Estamos cheios de políticos que prometem o impossível porque não sabem separar uma coisa da outra, e ainda têm o apoio da comunicação social nessa loucura.



quinta-feira, junho 27, 2019

Aquilo que qualquer gestor de pessoas numa empresa que trabalha 24 horas por dia e 7 dias por semana sabe

Há quase 10 anos colaborei num projecto balanced scorecard com os serviços de transporte colectivos de uma câmara municipal (de uma cidade de entre o top 10 em número de habitantes no país). O meu contacto mais próximo na organização não escondia duas coisas: a sua militância no Partido Socialista por um lado, e a sua avaliação muito negativa em relação a uma medida do anterior primeiro ministro António Guterres, a da redução da semana laboral na função pública de 40 para 35 horas.

Trabalhei vários anos numa empresa da indústria química que laborava 24 horas por dia e sete dias por semana. Os trabalhadores da produção trabalhavam por turnos de 8 horas (40 horas por semana), e gozavam 2 dias de folga por semana. Assim, para assegurar um dia de trabalho eram precisos 3 turnos. Contudo, por causa das folgas, havia um quarto turno.

Ah! Mas estamos a esquecer outro pormenor. As pessoas têm o direito a gozar férias e há limites ao número de horas extraordinárias a realizar pelos trabalhadores. Assim, por causa das férias a empresa precisava de 5 turnos para assegurar o trabalho diário.

Juro! Quando o governo de Passos Coelho passou o horário da função pública para 40 horas semanais lembrei-me logo do meu contacto nos serviços municipalizados de transportes colectivos e de como a sua vida teria ficado muito mais facilitada. Imaginem, uma empresa privada precisa de 5 turnos. Agora considerem qual terá sido o impacte do regresso das 35 horas aos serviços que trabalham por turnos. Quantas pessoas a mais são precisas para compensar aquelas 5 horas por trabalhador, mais os fins de semana e mais as férias.

Aquilo que qualquer gestor de pessoas numa empresa que trabalha 24 horas por dia e 7 dias por semana sabe, escapou ao ministro Centeno e ao ainda presidente Marcelo.

Continua, com romanos, Rio e Bismarck.

“failing to plan for problems is planning to fail”

Excelente texto, "The Myth of “Failing to Plan is Planning to Fail”", bom para suportar a introdução e a justificação para a abordagem baseada no risco incluída na ISO 9001:2015:
"Making plans is important, but our gut reaction is to plan for the best-case outcomes, ignoring the high likelihood that things will go wrong.
A much better phrase is “failing to plan for problems is planning to fail.” To address the very high likelihood that problems will crop up, you need to plan for contingencies.
...
What explains cost overruns? They largely stem from the planning fallacy, our intuitive belief that everything will go according to plan, whether in IT projects or in other areas of business and life. The planning fallacy is one of many dangerous judgment errors – what scholars in cognitive neuroscience and behavioral economics call cognitive biases – that we make due to how our brains are wired.
...
Four Research-Based Techniques to Avoid the Planning Fallacy
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1. Anticipate what problems might come up and address them in advance through prospective hindsight where you envision yourself in the future looking back at potential challenges in the present."

quarta-feira, junho 26, 2019

Para memória futura


O ainda presidente da república veio dizer que ": "Nenhum português pode deixar de estar satisfeito" com números da economia"

O presidente pode estar a ser cândido ou interesseiro. Por isso, não ficava bem com a minha consciência sem deixar registado para memória futura, o que penso dos números da economia.

A minha representação da situação ė a de uma vulgar cozinha, com uma panela de pressão a cozinhar uma carne de cabra sapadora sobre uma fonte de calor.

O cozinhado avança e a pressão dentro da panela vai subindo. O cozinheiro sabe que a válvula da panela tem um problema, por isso, de vez em quando vai com os dedos e levanta a válvula da panela e o vapor quente sai em profusão (são maternidades que fecham rotativamente, são consultas que duram anos a materializar-se, são renovações de cartão de cidadã que demoram uma eternidade, são fornecedores a quem não se paga, são ... Os sintomas de uma venezuelização que se vai instalando sob o olhar calmo dos sapos a cozer em água morna).

Escolha o cenário:

Cenário 1
Depois de 6 de Outubro próximo o cozinheiro vai deixar de conseguir aliviar a pressão da panela,  e ela vai explodir em todo o seu esplendor e teremos carne e o molho espalhados por toda a cozinha numa confusão indescritivel.

Cenário 2
Depois de 6 de Outubro próximo o cozinheiro vai dizer que o mundo mudou e já não vai haver almoço. Assim, desliga a panela, e chama a polícia para obrigar os incautos a pagarem o almoço mesmo sem terem almoçado.

BTW "Endividamento da economia portuguesa atinge novo recorde"

BTW II - Entretanto, ontem no noticiário das 18h00 na rádio Renascença apareceu um tal Pedro Pato, de uma associação católica qualquer, a querer afiambrar-se ao suposto superavit das contas públicas para diminuir a pobreza. Há tanta iliteracia de finanças públicas na rádio da Graça Franco que chego a pensar que se trata de encomenda.



O mundo é uma aldeia

Mal li o título, "Escassez de carne de porco faz subir preços" e sublinhei:
"O preço da carne de porco em Portugal vai aumentar devido ao surto de peste suína africana na Ásia. Milhões de porcos foram abatidos nos últimos meses – alguns especialistas dizem que é o maior surto de peste suína de sempre – e há escassez de carne no mercado.
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"A China é a balança do mercado global. Se há escassez, os preços sobem"
Recuei logo ao arroz e a 2006, "Agarrem-me senão eu mato-me! Será?":
"Talvez a China e a India acabem por salvar a indústria do arroz em Portugal, crescimento da economia --> maior poder de compra --> maior consumo de arroz --> escassez global de arroz --> embaladores podem fazer melhores preços. Quem sabe?"
Impressionante como o mundo é uma aldeia em que tudo influencia tudo, para o bem e para o mal.

terça-feira, junho 25, 2019

Contexto e estratégia, que bailado imparável

Para relacionar com "Shut Out by Shoe Giants, ‘Mom and Pop’ Stores Feel Pinched" outro artigo que assinala mudanças no horizonte, "In Huge Strategy Shift, Amazon Set To Purge Many Small Suppliers", sobretudo agora que se recorda isto "Calçado português quer Amazon para acelerar exportações".

Mongo, terra de nichos

Depois do vinil, depois dos livros em papel em livrarias, depois das cassetes, depois dos catálogos em papel, os rolos fotográficos a preto e branco, "Fujifilm black and white film returns from the dead — thanks to millennials".

Deixam de apontar ao centrão e são a solução para um nicho.

Mongo, terra de nichos.

segunda-feira, junho 24, 2019

Interessante pensar nas ondas de choque de primeiro e segundo nível

Interessante pensar nas ondas de choque de primeiro e segundo nível que algo como "'Catastrophic,' 'Cataclysmic': Trump's Tariff Threat Has Retailers Sounding Alarm" pode desencadear:
"Even for healthy chains, like Walmart and Costco, the new duties threaten the business formula that helped speed their rapid rise over the last few decades: Import cheap products from Asia and sell them at rock-bottom prices. The National Retail Federation estimates that China supplies 42 percent of all apparel, 73 percent of household appliances and 88 percent of toys sold in the United States.
...
The impact will be greater on traditional retailers because they can’t adjust prices as quickly as online retailers, Mr. Cohen said. “This is going to cause more stores to close and more people to lose their jobs,” he added.
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So far in 2019, American retailers have announced plans to shut more than 7,000 stores, after announcing nearly 6,000 closings last year, according to Coresight Research. Those numbers include liquidations of chains like Payless ShoeSource and Gymboree and store closings by healthier companies like Gap Inc. and Victoria’s Secret.
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By the end of 2019, announced closings could climb to 12,000 stores, Coresight estimated."
Quem pode beneficiar? Como se pode beneficiar? O que tem de se fazer?

"Estratégia em todo lado - não é winner-take-all" (parte VII)

A minha crença de que, passada a fase infantil das plataformas, veremos o quão absurdo terá sido pensar que seria "winner-take-all".

Mais uma peça para o argumentário através do artigo "Clay Shirky on Mega-Universities and Scale":
"At the beginning of this decade, higher education looked as if it might become winner-take-all,
...
The mega-est university in U.S. history, one genuinely operating at Walmart scale relative to its peers, peaked nearly a decade ago and has since imploded. This complicates talk of future mega-universities, both because the original mega-university failed so rapidly, and because the reversal of Phoenix’s fortunes turns out to be a general pattern.
...
We are not entering a world where the largest university operates at outsized scale, we’re leaving that world; Phoenix was far more dominant in 2011 than any school will be in 2021. There will always be a biggest school, and it will offer mainly or solely online education, but as online instruction and marketing become more widespread, constraints on mega-universities’ growth are likely to prevent any future school from achieving Phoenix’s disproportionate scale.
...
What the mega-university story gets right is that online education is transforming higher education. What it gets wrong is the belief that transformation must end with consolidation around a few large-scale institutions. The decade now ending has seen a dramatic reduction in the size of the largest online school, both in total enrollment and relative to all other schools. Instead of an “Amazon vs. the rest” dynamic, online education is turning into something much more widely adopted, where the biggest schools are simply the upper end of a continuum, not so different from their competitors, and not worth treating as members of a separate category."

domingo, junho 23, 2019

Curiosidade do dia

Com Nassim Taleb aprendi a lenda mitológica de Anteu (filho de Poseidon e Gaia) e Hércules.

Ninguém conseguia derrotar Anteu se ele se mantivesse em contacto com a sua mãe, o chão, a terra.

Algures, durante o consulado de Durão Barroso, comecei a alimentar a crença que a preocupação dos políticos com o ambiente não passa de mais um artificio para sacarem impostos para alimentar a sua "corte normanda".

Ao brandir a desculpa do ambiente, falando com gravidade sobre um futuro longínquo, evitam que os eleitores possam continuar ligados à terra, ao concreto, e possam comparar o que prevêem com o que acontece. É um truque fantástico.

Entretanto, os mesmo políticos andam de braço dado com o envenenamento do Alentejo, com a eucaliptização, com a exploração de lítio, com ...

Perguntas diferentes dão origem a visões alternativas

Perguntas diferentes dão origem a visões alternativas, "The Newsstands of the Future Will Have No Newspapers".
"The old newsstands were funded, in a way, by advertising revenue. That’s what sustained the publishers who produced the news. New Stand is, partially, a real-life ad. Up to twenty per cent of its goods are from “partner” brands, meaning the companies have paid for product placement.
...
The next frontier is inside offices. New Stand plans to open little stalls in workplaces that sell healthy snacks—organic lentil salads, chia balls—along with items like dry shampoo, charcoal toothbrushes, and CBD pain sticks. Deitchman described how, in the future, if you need a snack at work, you’ll be able to walk down the hall and buy items using the app. The news, he said, will be even more curated: “We can let the employer insert a couple of articles about what’s happening in their company into our content feed.”"

Poder armado dos normandos

No próximo ano, quando a cascata puder rebentar e libertar a impetuosidade das águas da despesa, e as bandarilhas da subida de impostos se enterrarem no lombo dos incautos e dos não-incautos, espetadas pelo poder armado dos normandos, lembre-se deste panorama de criação de emprego:
E compare com o que se dizia sobre a nossa economia quando a troika chegou.

BTW, o Jorge Marrão que escreve no JdN diz que um dia o povo vai-se revoltar contra a carga de impostos. Um tipo ingénuo e optimista:
Maduro ainda lá está, dizem-me que também está preocupado com o SNS, e com a educação, e com as pensões.

Vivemos tempos que nunca foram testados historicamente. Vivemos tempos em que sociedades inteiras não tiveram de fazer nenhum reset por causa de guerras e, por isso, têm de arcar às costas com todos os erros acumulados ao longo de décadas. (O direitos adquirido oblige)

sábado, junho 22, 2019

Estratégia e funções

"With functions, the how-to-win question is more challenging. It’s not always easy to figure out the relative value to a firm of any given function. Although Verizon can probably do a good job of estimating the value provided by its network function versus T-Mobile’s network function, it would most likely have a harder time differentiating between the relative values of the two firms’ HR or finance functions. What’s more, one company’s functions aren’t really competing directly with other companies’ functions in the same industry. That’s because the competing firms may have very different strategies, requiring different capabilities. HR might be hugely valuable for one company, whereas finance is hugely valuable for another. The HR function at the HR-driven company would not want to benchmark HR at the finance-driven company. Functions should compare themselves with functions in other companies only if the companies’ strategies are similar. Likewise, it would make no sense for HR and finance to benchmark each other. Often, the appropriate benchmark is an outsourced provider.
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The functional team should emerge from its inquiries with a number of possible strategies that answer the questions of where to play and how to win differently from the way the existing strategy does. At this point, the team has to make a choice. It cannot know for sure which of several potential strategies is the right one. But with the slate of possibilities in mind, functional leaders should ask themselves, What would have to be true for each of the strategies to be successful? They should articulate the capabilities and systems required and ask under what conditions the firm should invest in building these capabilities rather than those. With a clear idea of what the enabling conditions are, they can devise tests and experiments to help narrow their options still further."
Trecho retirado de "The One Thing You Need to Know About Managing Functions" 

Escolha de prateleiras

A propósito de "Marcas portuguesas de moda infantil 'desfilam' hoje em Florença" fico a pensar se essa será a prateleira adequada para as marcas portuguesas.

Por exemplo, a propósito de "Shut Out by Shoe Giants, ‘Mom and Pop’ Stores Feel Pinched", fico a pensar se estas "Mom and Pop stores" não poderiam ser uma situação win-win para fabricantes e marcas portuguesas.

sexta-feira, junho 21, 2019

E a demografia?

Li o artigo na íntegra, "O que se passa com a Alemanha?". Depois, fiz uma pesquisa da palavra. E não encontrei qualquer referência ao seu uso.

Nem uma vez a palavra "demografia" é usada.

Será que o perfil de necessidades de compra de uma sociedade com uma idade mediana acima dos 47 anos não tem nada a ver com o assunto?



Optimista? Realista? Pessimista?

Há pessoas que quando escrevem sobre determinados assuntos ... recorrem acriticamente às estatísticas e nem se interrogam sobre o que elas querem dizer, ou o que está por detrás desses números. Por exemplo:
"Apesar da procura nos mercados internacionais não ser muito dinâmica, as exportações de bens e serviços apresentaram um crescimento homólogo de 3,4%, e continuam a demonstrar a capacidade das empresas portuguesas ganharem quotas de mercado nos principais destinos das exportações portuguesas: Espanha, Alemanha, França e Reino Unido" 
Alguém foi aos números do INE e sacou aquele 3,4% para poder escorar a afirmação seguinte "demonstrar a capacidade das empresas portuguesas".

Se estudassem os números por detrás do número, podiam perceber o que venho relatando há cerca de um ano, a mudança de panorama das exportações portuguesas e a sua crescente fragilização: "What a difference a year makes! (parte II)"

Outro exemplo:
"Hoje, o made in Portugal é um importante ativo concorrencial."
Todos os dias vejo exemplos do que está a ser feito para dar cabo desse activo. Ainda ontem li esta aberração louca "Empresa espanhola arrasou ponte e villa romanas em Beja para plantar amendoeiras" e recordei o que se está a esvair ao copiar o modelo canceroso espanhol: "Todos vão perder".

Outro exemplo:
"A transformação digital da economia, que motivou o lançamento do Programa Indústria 4.0, cada vez mais presente na economia mundial, irá ser decisiva para alinhar as tendências do mercado com a oferta de produtos, ajustando os mecanismos de produção (aumentando a automatização dos processos, substituindo tarefas com valor reduzido, exigindo novas competências e mais qualificações aos trabalhadores) e estimulando novos modelos de negócio."
Relacionar o impacte da Indústria 4.0 na economia portuguesa é ainda mais caricato que esperar que os migrantes resolvam o problema de falta de mão-de-obra em Portugal. BTW, recordar que os macacos não voam.

Outro exemplo:
"Hoje, com taxas de desemprego baixas e uma perspetiva de evolução demográfica difícil, a sustentabilidade do crescimento tem na produtividade um eixo central."
Não sei se estou a ser pessimista, realista ... ou optimista, ao acreditar cinicamente nas palavras de Maliranta e Taleb. Nas últimas semanas tive oportunidade de contactar várias empresas pressionadas por um importante cliente para mudar de paradigma de trabalho, e esta reflexão não me sai da cabeça: Quanto tempo?

Trechos retirados de "Produtividade – o desafio essencial para sustentar o crescimento numa economia virada para o futuro"