quinta-feira, dezembro 29, 2016

“this product is not for you”

"If a consumer doesn’t see his job in your product, it’s already game over. Even worse—if a consumer hires your product for reasons other than its intended Job to Be Done, you risk alienating that consumer forever. As we’ll discuss more later, it’s actually important to signal “this product is not for you” or they’ll come back and say it’s a crummy product."
Quem tem coragem de assumir isto? Quem sabe quais são as encomendas mais importantes?

Trecho retirado de "Competing Against Luck".

quarta-feira, dezembro 28, 2016

Curiosidade do dia

Esta tarde ao passar junto à estação de metro da Trindade no Porto não resisti a tirar esta foto a uma tenda montada para venda de livros usados:


É claro que quem escolhe estas frases só obedece a critérios estéticos e não está preocupado com a adesão das mesmas à realidade.

Esta frase é típica daquela mentalidade de quem quer comer a fatia de bolo e mantê-la ao mesmo tempo.

Esta frase faz lembrar esta outra imagem:

Como se sustenta um modelo de negócio que tem o que a concorrência não tem, diferenciação, a preço competitivo, baixo preço?

Ontem alguém contava-me que pagou 50 euros por edição de "As Mil e Uma noites" mas que se tivesse de pagar 70 ou 80 pagava na boa.

Ou se tem os livros que mais ninguém tem e se trabalha para um nicho, ou se tem os livros mais baratos e trabalha-se para a massa. As duas as coisas ao mesmo tempo é que não.


"sinalizar a sua posição e tentar influenciar os seus concorrentes"

Ontem de manhã bem cedo li o título "Mondelez Portugal : "Preocupa-nos este desequilíbrio das vendas com promoção"" onde se encontra:
"Em Portugal, o peso das promoções nas vendas de bens de grande consumo duplicou entre 2011 e 2016, para 44%. No mesmo período, "as vendas não duplicaram", afirma o director da Mondelez Portugal. "Isto não é sustentável a longo prazo"."
Uma breve pesquisa permitiu-me chegar a este artigo de Fevereiro de 2016 "Promoções Atingem 41% das Vendas de Grande Consumo em Portugal no Último Ano"

A minha mente começou a interrogar-se: para quem é que o director da Mondelez Portugal está a falar?




Está a falar para os seus concorrentes.

A lei não permite que os concorrentes se juntem numa sala real ou virtual para negociar preços ou posições conjuntas perante a distribuição grande. Então, uma empresa grande, para tentar levar os outros a assumir uma posição semelhante, arranja estas entrevistas para sinalizar a sua posição e tentar influenciar os seus concorrentes a assumirem uma mesma posição perante a distribuição grande.

Uma novela sobre Mongo (parte VIII)

 Parte Iparte IIparte IIIparte IVparte Vparte VI e parte VII.
"The best average.
Mass retail by definition needed mass media to pull products from the shelf. It meant producers had to make the ‘best average’ (oxymoronic, I know) products they possibly couldaverage products for average people to support the price of the system. Pop culture could simply not support niche because niche is invisible and niche has no voice in a world defined by mass-media monologue. Big brands were created more by big budgets than by big ideas and amazing products. As marketers, the desire was for conformity of the masses. It made things easier and helped the balance sheet work."
Este é o mundo que estamos a abandonar. Este é o mundo dos Índices e Rankings uniformizadores. Este é o mundo que acaba com os big sellers e com os top-ten.

"Many companies fall into the trap of asking consumers"

"It’s assumed that ‘user experience’ is all about a beautiful screen and making sure the buttons are in all the right places. But that has almost nothing to do with getting the experience of using the software right—in the real world where clinicians use it. You can’t do design requirements in a conference room. You have to get out in the wild and live it.”
Many companies fall into the trap of asking consumers what about their current offering they could tweak to make it more appealing. Faster? More colors? Cheaper? When you start with the assumption that you’re just altering what you already have created, or relying on broader industry accepted category definitions, you may have already missed the opportunity to uncover the real job for consumers."
Trecho retirado de "Competing Against Luck".

À espera de um Trump que os salve

Ontem de manhã, em conversa com leitora do blogue, perguntou-me se nunca tinha tido problemas com os produtores de leite.

Mal eu sabia que de tarde iria encontrar "Produtores de leite reivindicam aumento do preço".

A verdade é que me passo mais com os jornalistas do que com os produtores de leite. Acho estranho um anónimo engenheiro da província, que nunca trabalhou no sector de lacticínios, saber mais sobre as estatísticas do sector e perceber as incongruências do que um jornalista, alguém que devia descobrir com um mínimo de preparação.

Reparem no lead do referido artigo:
"Os produtores saíram à rua diversas vezes este ano reclamando o regresso das quotas e contestando as importações e o que consideram ser "práticas comerciais abusivas"."
Como o artigo seria diferente se o jornalista da Lusa que redigiu o texto, perante o comunicado da Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep), resolvesse abandonar a mera posição de megafone e fizesse o papel de mediador perguntando, por exemplo:

- Contestar as importações? Então quer dizer que os produtores portugueses devem deixar de exportar? (se calhar os produtores não perceberiam a ironia da pergunta, dado que fazem parte deste universo, querem para si o que não querem para os outros)

Sim, um jornalista que escreve sobre o leite deveria conhecer os dados publicados pelo Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral acerca do "Leite e Lacticínios". No índice, procurando "Comércio Internacional" é fácil ver como em 2015 Portugal importou 121 354 toneladas de leite. E exportou 216 091 toneladas de leite.

Portanto a Aprolep quer acabar com estas exportações?

Podem estar a pensar: Ah! Estas importações devem ser a preços muito competitivos, se calhar estamos perante vendas abaixo do preço de custo para tramar os portugueses.

A realidade ainda é mais interessante. Em "Leite e Lacticínios" é possível verificar que as exportações em 2015 foram feitas a um preço médio de 41 cêntimos e as importações a um preço médio de ... 60 cêntimos!!!

O referido Gabinete em Fevereiro de 2013 publicou uma Ficha de Internacionalização para o Leite e Lacticínios onde se podia ler:
"Análise Interna - Pontos Fracos
.
1.Custos de produção elevados, em especial no Continente, relativamente aos existentes nos outros países produtores, nomeadamente, dos alimentos compostos (80-90%), o que retira capacidade de concorrência às nossas empresas;
...
2.Cultura empresarial que impede novas especificações e diferenciações para os produtos a exportar, em função da apetência e capacidade de valorização pelos consumidores nos mercados de destino;
.
3.Pressão crescente ao nível da distribuição no sentido da margem negocial, a par do crescimento das quotas de mercado das marcas de distribuidor;
.
4.Exportações centradas em produto de baixo valor acrescentado, especialmente de leite a granel, o que explica os termos de troca desfavoráveis (com excepção de 2007), com preços médios de exportação do leite em natureza inferiores aos de importação (leite embalado)"
Esta radiografia deveria pôr qualquer estratega de cabelos em pé!!!

Como é possível querer prosperar ou até sobreviver com 1 + 4?

Com 1, qualquer opção estratégica teria de passar pelo inverso de 4 o que pressupõe como base de trabalho o inverso de 2.

Com 2 + 4 é claro que 3 é a consequência natural. E, por favor, não diabolizem a distribuição por causa de 3. O 3 só existe por causa da fraqueza gerada por 2 e por 4.

Claro que os governos e os activistas, Cristas e Capoulas, tratam os produtores como crianças e evitam dizer-lhes as verdades na cara e, por isso, irão definhando ano após ano até que um Trump qualquer, de esquerda ou de direita, venha impor um proteccionismo que proteja os que não querem evoluir.

terça-feira, dezembro 27, 2016

Curiosidade do dia

"No mundo, a globalização trouxe a liberdade de circulação dos factores económicos, mas não se aceitou fazer o ajustamento nos modelos de sociedade – a perda das posições sociais protegidas gerou naturais reacções populistas defensivas que pretendem reconstituir um passado que já não existe.
.
A fadiga da globalização no centro hegemónico que são os Estados Unidos está a fazer nascer um mundo novo, para o qual não há mapas nem bússolas porque são as correntes da tecnologia que estão a transformar os modelos de sociedade e os modelos de desenvolvimento. Os fluxos vão dominar os espaços, os competitivos vão dominar os distributivos, os globalistas vão vencer os nacionalistas – mas não se sabe o que tem de ser ajustado para passar do velho para o novo."
Esta é a minha grande conclusão quando reflicto no desempenho competitivo do Portugal industrial:
Recordar "Competitividade? I rest my case!" e "Façam as contas comigo".

Portugal é um país que soube recuperar a sua competitividade depois do choque chinês, as empresas aprenderam a viver com o euro e estamos a caminho das exportações representarem 50% do PIB.

Então, por que é que o Estado continua sempre à beira do abismo financeiro?

Por que os políticos ainda não aprenderam a fazer o ajustamento da sua cartilha. Continuam a pensar como no tempo do escudo em que todos os erros de gestão recaíam sobre os portugueses mas de uma forma camuflada através da inflação e da ilusão monetária. Agora isso desapareceu e o ajuste dos erros é mais doloroso. No entanto, o problema não é do euro nem da globalização é dos políticos que elegemos, ou nem elegemos, e de sermos uma cambada de ignorantes que aceita sem questionar as "verdades" que nos impingem.

"Acerca das historietas das exportações"

Ainda no ano passado, pessoas que agora rejubilam com os números das exportações, tudo faziam para os menorizar.

Ao longo dos anos as exportações têm calado sucessivamente muitos ignorantes que pontuam no espaço político-mediático. Dois exemplos:

Em Novembro passado registei aqui a evolução do peso das exportações no PIB:
  • 21% em 1985
  • 31% em 2008
  • 40,6 em 2015
Agora, verifico as previsões do BdP deste mês de Dezembro:
  • 42% em 2016
  • 44% em 2017
  • 46% em 2018
  • 48% em 2019
E os gurus que dizem que não somos competitivos com o euro... 
"O abrandamento em 2016, que não deverá impossibilitar um novo ganho de quotas de mercado,"
Um país a ganhar quotas de mercado desde 2008!

"É o que te chateia, é o que te cria desconforto no trabalho"

Na semana passada em conversa com empresário sobre as actividades de melhoria que patrocina na sua empresa, apontei esta frase sobre como define melhoria na sua comunicação com os operários:
"O que é melhoria? É o que te chateia, é o que te cria desconforto no trabalho"
Logo na altura sorri ao ouvir a frase porque a associei logo a isto:
"I think I have as many jobs of not wanting to do something as ones that I want positively to do. I call them “negative jobs.” In my experience, negative jobs are often the best innovation opportunities."
Trecho retirado de "Competing Against Luck"

É verdade, não é impunemente que se diz mal

Ao longo dos anos tenho usado a palavra impunemente em:

Impunemente foi a palavra que me veio à mente ao ler "O interior precisa de uma drástica mudança de imagem":
"Será possível atrair gente sem mudar a imagem do interior?
...
Que imagem tem o interior? “Árvores a arder, casas ameaçadas, pessoas aos gritos, um ou outro crime”, arrisca Nuno Francisco, director do Jornal do Fundão. E serviços a fechar, mulheres de pele encorrilhada a trabalhar no campo, homens sentados à espera do fim. Não se esgota nisto, até pela crescente valorização da natureza, do património, da cultura, mas “é uma imagem redutora”, de perda, envelhecimento, despovoamento, isolamento. E isso não convida.
.
O interior, aponta Ferrão, “tem alguma responsabilidade”. E pode ser boa ideia ter isso em conta em ano de eleições autárquicas. Há anos que o geógrafo ouve autarcas a dizer: “Se perdemos essa ideia de interior, perdemos o capital de queixa fundamental para reivindicar soluções.” E isto parece-lhe o reflexo de “uma mentalidade que evita que se construa futuro.[Moi ici: Gente habituada a depender dos outros e viciada em cortisol]
...
“Embora as condições de vida e a qualidade de vida em muitos municípios do interior sejam muito melhores do que em muitos concelhos das áreas metropolitanas, o facto-chave na fixação de população é o emprego e isso não existe ou existe pouco. [Moi ici: Um SMN uniforme também não ajuda a criar emprego em territórios de baixa densidade populacional] A única maneira de romper este ciclo é com emprego produtivo associado às competências locais, que podem ser recursos naturais, mas também podem ser outras competências ou capacidades instaladas, nomeadamente instituições do ensino superior”, acredita."
Um amigo costuma dizer que uma feira franca semanal num concelho fazia mais pela economia local que muitas boas intenções envenenadas sem dolo.

Um exemplo de miopia na vida real (parte II)

Recomendo vivamente a leitura da parte I.

Posso ser um anónimo consultor da província mas costumo falhar menos que os das empresas com muitos zeros antes da vírgula.
"Exoskeletons are wearable robots designed to move or strengthen limbs. Already, lower-body models help paralysis patients in clinics around the world. As long as the devices can continue to shed weight and cost, they should become common as replacements for wheelchairs within five years, says Homayoon Kazerooni, founder of two of the companies below."
Interessante e previsível que estes avanços sejam feitos por outsiders, Os gigantes do sector estão concentrados no produto, na solução, em vez de no JTBD. Imagino-os entretidos em jogadas de consolidação do mercado e em aperfeiçoamentos incrementais da herança.


Trechos retirados de "Robotic Exoskeletons Are Helping People Walk Again"

segunda-feira, dezembro 26, 2016

Curiosidade do dia

Um retrato de um povo que quer comer o bolo e ficar com ele ao mesmo tempo em "Portugueses querem mais Estado Social, mas não o querem pagar".

Boa ideia, os tansos dos alemães que nos sustentem!

Depois queremos ser independentes.

E além do estado social ainda há que considerar os normandos "Despesa com pessoal no Estado cresce 3,6% e afasta-se da meta anual"

Uma novela sobre Mongo (parte VII)

 Parte Iparte IIparte IIIparte IVparte V e parte VI.

"The point is, we’re slowly outsourcing left-brain logic to the CPU (central processing unit), not because knowing stuff isn’t important, but because putting things together in creative ways is more rewarding emotionally and increasingly more rewarding economically. Technology is creating the asset of human connection. The industrial age removed the necessity of lifting heavy objects; the technology age is removing our need to calculate stuff. It’s time we all embraced the human side of the revolution and stopped worrying about which skills may evaporate.
...
The major success factor for the pre-web modern marketing era was mass: mass manufacturing, mass consumption, mass machines, mass media, mass merchants. When you bundle all of these together in an organised fashion you end up with a mass pop culture. The system itself required pop-culture hits to be self-sustaining. The system needed and supported a macro pop culture. It didn’t support niche. What this means is that we had a set of tastemakers who decided what we liked: the television program managers, the magazine editors, the news curators, the retail buyers and the marketing managers. They would decide which alternatives we’d be given to choose from. They decided this by virtue of the fact that we had no way of knowing what else was available. If it wasn’t in our personal geography, we wouldn’t know about it. All the things we did know about were hokey and local, or the same thing our entire nation knew about because the tastemakers decided to make it, advertise it and pay the price to put it on the retailers’ shelves. Only the tastemakers could afford the reach that goes with mass. We got to choose one of the options available on the shelf. We got to choose one of the few shows on free-to-air television. The system didn’t support niche like it does now. The cultural phenomena that resulted from the system were powerful indeed.
...
Mass marketing was a selfish modality of marketing designed by and for the owners of capital, and not only financial capital, but mind capital. The average suburban dweller became everyone and no one. We had all loved and believed in average products with the edges rounded off."

"Client-focused, not client-run"

"Client-focused, not client-run.
Having so emphatically made the point that the client and client needs are central to the success of any enterprise, it is important to reinforce the point that client focus does not mean responding slavishly to whatever a client demands, nor just doing what a client asks. [Moi ici: E sem uma estratégia consciente, como é que uma empresa traça a linha entre a resposta que faz sentido e a outra?] The ultimate purpose of an enterprise is to create wealth, so there would be no point in responding to client demands that might result in bankruptcy.
.
It’s more complex than that, however. As Steve Jobs, co-founder of Apple, says: ‘You can’t just ask customers what they want and then try to give that to them. By the time you get it built, they’ll want something new.’
.
In some circumstances (particularly where new products or services are concerned) clients may not understand whether or not a particular offering will be of value to them. [Moi ici: E referir claramente para quem a oferta não se dirige. Para que ninguém se sinta enganado] In these situations the value proposition approach is far more powerful than old-style marketingspeak, because it enables a new offering to be expressed in terms of the value of the client experience that it will deliver.
.
That’s the heart of this entire concept. Clients do not buy ‘things’. They buy the experiences that those ‘things’ are able to deliver."
Trechos retirados de "Creating and delivering your value proposition : managing customer experience for profit" de  Barnes, Helen Blake e David Pinder. Um livro que li em 2010 e que me redespertou curiosidade ao arrumar papéis em caixas para uma mudança.

O reshoring e Mongo are making indústria portuguesa great again.

Ontem no Porto deu-me para ler o JN, (a minha mãe voltou ao JN, depois de anos pelo Público e DN, porque diz que é um jornal que traz notícias, os outros só trazem opiniões).

Um artigo que me interessou foi este:

Fiz logo a "ponte" para:

  • a micro-empresa que este ano teve de recorrer ao trabalho temporário, contra sua vontade, porque não conseguia contratar ninguém;
  • a empresa grande portuguesa que auditei este ano e que me disse que contrata todos os que lhe batem à porta porque não há pessoal;
  • a pequena empresa do interior onde estava e apareceram dois jovens brasileiros sorridentes a pedir trabalho. Na semana seguinte já os vi a dar no duro.
Entretanto ontem à noite ao rever os artigos dos cadernos de Economia do Expresso que roubo a quem ainda tem pachorra para o comprar encontro no artigo "Invasão francesa chega ao Porto", de 17 de Dezembro último, a seguinte caixa:
"Os papéis inverteram-se: agora são as empresas que se promovem junto dos candidatos a emprego" 
O reshoring e Mongo are making indústria portuguesa great again.

Oiço agora na rádio que o primeiro-ministro falou de educação ... não ouvi mas desconfio que fez o papel que aquele treinador brasileiro desencorajava:
"Não tentem marcar o segundo golo antes do primeiro!"
Ainda há dias um inquérito concluía que uma percentagem elevada de jovens tinha mais qualificações do que aquelas que o seu emprego actual exigia.

BTW, é tão interessante o que o alinhamento de um jornal com a situação faz: agora que o partido no poder é aquele com que o Expresso alinha, os call-centers deixaram de ser um centro de exploração e passaram a ser algo de muito positivo.

Não esquecer!


No último número do semanário Expresso encontra-se o artigo "Em busca 
da janela 
mais evoluída 
do mundo"
"E, como conseguiu Bruno, em dois anos, tornar-se um cidadão do mundo e aceder a clientes tão sofisticados? Tornando-se íntimo de gabinetes de arquitectos de Paris, São Paulo ou Londres com actuação global que prescrevem os sistemas Hyline. Nesta cruzada, a parceria com o gabinete Saota, baseado na África do Sul, é um caso que arrebata pela influência que concede às redes sociais. O industrial pesquisava soluções e arquitectos, abordou um representante do gabinete que, para sua surpresa, lhe deu troco. A amizade digital conduziu a um convite para uma visita à base de Esposende. "Foi a viagem mais útil e benéfica que que alguma vez paguei", comenta Bruno. Ele próprio tem dificuldade em acreditar neste "conto de fadas" empresarial.
...
Na promoção externa, a primazia vai agora para a participação em feiras especializadas nas principais capitais"
Quantas vezes recomendo esta abordagem às PME? Não tem conta!
.
Trabalhar o ecossistema da procura, trabalhar aqueles que influenciam ou mandam nos clientes.

Conhece o ecossistema da procura da sua empresa?

Talvez possamos ajudar a desenhá-lo, a criá-lo, a desenvolvê-lo.

sábado, dezembro 24, 2016

Feliz Natal


Feliz Natal para todos.


O Jesus que nos ensinaram tem muito de mito. Afinal o Novo Testamento não é um livro histórico.

Continuo a crer que por debaixo de toda a camada que Constantino e o império puseram sobre o Jesus que nos visitou está o Filho de Deus.

BTW, recomendo sempre a segunda lição da Teoria dos Jogos a quem tem medo de abandonar o poder absoluto da racionalidade

sexta-feira, dezembro 23, 2016

Curiosidade do dia

"Para quem considera que um objectivo prioritário da governação é ter contas equilibradas, como é o meu caso, a execução orçamental – atenção, não confundir com política orçamental – deste ano foi o melhor deste governo.
...
É uma boa notícia para o país, ainda que conseguida precisamente da forma que os partidos que suportam este governo tanto criticaram nos últimos anos: cortes de emergência na despesa do Estado, em áreas como a Saúde ou a Educação, e, como revela o INE, com um enorme corte no investimento do Estado: 28,4%.
.
Que o consigam é óptimo. Que o façam contra tudo o que sempre apregoaram é uma questão que os próprios têm que resolver com as suas consciências. Que tenham, finalmente, chegado à conclusão que as boas contas não querem dizer que se está a matar o Estado é uma evolução que se saúda.
.
Se tudo isto é ou não sustentável é uma história diferente. Depende no grau de crença de cada um na existência do Pai Natal."
Espero que o afectuoso não faça a vontade ao governo e lhe dê eleições antecipadas em 2017. Tenho curiosidade em ver até onde conseguem manter o pau do circo de pé.

Trechos retirados de "Com um Governo assim quem precisa de Pai Natal?"

"it is the situation and not the solution that drives the need for a job"

"Management guru Peter Drucker has said that "The customer rarely buys what the business thinks it sells him". Let’s see what this means by using the JTBD lens.
Consider this story:
A scuba centre advertised its dive-certification course in direct mailing lists purchased from diving magazines.
The assumed JTBD: an aspiring diver wanting to learn diving and having a certificate to prove it at the end.
But after gathering purchase stories from customers, the owner found that many were recently engaged couples planning wedding trips to the Caribbean.
The real JTBD: newlyweds wanting to spend quality time with each other by learning a new skill.
With this knowledge the owner advertised in bridal magazines and saw his classrooms filled during traditionally lull periods.
...
The reason people "rarely buy what the business thinks it sells them" is because it is the situation and not the solution that drives the need for a job. The newlyweds found themselves in a situation where the scuba centre was the best-fit solution for their job.
Note that there could have been substitute solutions—other solutions that could have been hired to do the same job, such as a skydiving centre—but scuba diving centre won, perhaps based on a set of success criteria the newlyweds had for the job."

Trechos retirados de "The Job-To-Be-Done Theory for designers"

"organizations need to learn to think and act like artists"

Outra tendência há muito identificada aqui no blogue e em linha com a metáfora de Mongo:
"Re-discover human potential, further human flourishing!
.
It might just be that as intelligent machines increasingly remove routines from our lives — and will soon automate and virtualize many more complex tasks, as well — humanity in the twenty-first century is called upon to re-discover and express its full potential. This may include the mind-body connectedness that has been getting lost since the Industrial Revolution, along with more holistic approaches towards a future that will actually support human flourishing
...
Until just a few years ago, humanness and creativity in a world of commodity products (and services) was actually a risk. But in a world of global synchronicity with infinite variety and inevitable abundance (see music, films, travel, and very soon, banking and energy), creativity becomes a Must. As the arts have withered and started to mimic science, the rich irony of our new century is that organizations need to learn to think and act like artists in order to survive."
Como não recuar a:




Trechos retirados de "Why exponential technological change will need ‘exponential humanity‘"