sábado, agosto 01, 2015

Coisas que um anónimo sabe porque anda no terreno e não aprendeu na academia

Convido os decisores de empresas a lerem este artigo "Question What You “Know” About Strategy"
"Say you are competing in a fast-growing industry. How much do you care about profits versus market share?
.
It’s a common rule of thumb that businesses should go for market share in fast-growing in­dustries. It’s conventional wisdom, though, not a law of physics; you don’t have to go for share."
Sim, eu sei, sou um anónimo da província, um engenheiro que cada vez mais valoriza a arte do que a ciência, quando se fala de estratégia para os negócios.
.
E, como anónimo da província escrevo destas coisas "Profit is sanity".
.
Entretanto, se continuarem a ler o artigo lá de cima encontrarão:
"Here’s a law-of-physics rule: there is only, always, exactly 100% market share in any market. That’s why, despite the vigorous price-warring, tournament strategists gained little or no share. (No one gets ahead when everyone moves in the same direction.) What they got, 90% of the time, was mutually assured destruction. [Moi ici: Interessante esta escolha das palavras. Recordar este e este] The only way to win a price war is to be the only one fighting, and that’s not much of a war.
.
Knowing that, and knowing that your competitors know that, would you change your preference for profits or market share? Would you challenge the go-for-share rule?"

sexta-feira, julho 31, 2015

Um mercado potencial para a agricultura portuguesa

Um mercado potencial para a agricultura portuguesa.
.
A nossa imagem, longe do Mar del Plastico, a marca Portugal, o clima de Portugal.
.
Gráfico retirado de "The World's Largest Markets For Organic Products" onde se pode ler:
"The global appetite for organic products is still stronger than ever.
...
The global market for organic produce looks very healthy indeed, having increased five-fold since 1999."


Para reflexão

Antes de voltar para a 2º mão da pintura que ando a fazer, aqui vai um vídeo curto mas directo à ferida que assola tantas PME... sobretudo as PME porque têm menos recursos.


Séries como "Tecto de vidro" abordam as consequências deste erro.
.
E num mundo que se embrenha no Estranhistão, num mundo de tribos, num mundo que busca autenticidade, que está em processo de polarização, ser específico é ainda mais importante.

quinta-feira, julho 30, 2015

Uma dúvida sincera (parte II)

Parte I.
.
Como é que evoluíram as exportações portuguesas entre 2000 e 2014?
.
Tomando as exportações no ano 2000 como a base 100:
Em 2014 as exportações portuguesas de bens estavam nos 177,0.
.
Em 2014 as exportações portuguesas de bens+serviços estavam nos 192,6
.
.
.
.
.
E como evoluíram as exportações de outros países europeus?
.
Tomando as exportações no ano 2000 como a base 100:
.
Em 2013 as exportações segundo o Banco Mundial e segundo este artigo:

E somos pouco competitivos?
.
Percebem a minha dúvida sincera?
.
BTW, querem ver o não-efeito dos governos nas exportações?



Recordar para avaliar

Em Novembro de 2010, no jornal Le Monde, escrevia-se acerca da economia portuguesa:
"A Lisbonne, chaque interlocuteur vous quitte en s’excusant de ne pas avoir aperçu quelque chose de positif à l’horizon. L’industrie ? ” L’appareil productif a été détruit par l’intégration européenne “, déplore Carvalho Da Silva, secrétaire général de la CGTP, principal syndicat du pays. Ces dernières années, le Portugal, handicapé par une faible compétitivité, a vu partir plusieurs de ses principaux exportateurs. Dans le nord du pays, les dernières entreprises textiles ferment sous la pression de la concurrence asiatique."
Entretanto, 2014 o ano recorde das exportações têxteis será batido por 2015.
.
Como é que estes profissionais do comentário político lidam com uma realidade que constantemente os desmente?

quarta-feira, julho 29, 2015

Uma dúvida sincera

No Caderno de Economia do semanário Expresso do passado dia 25 de Julho, encontro na primeiro página uma coluna assinada por Daniel Bessa de onde retiro o seguinte trecho:
""O que bloqueia Portugal é a dificuldade de as estruturas económicas se adaptarem a um novo contexto de competição internacional"
.
Esta afirmação é fortíssima. É curta. É incisiva. Enuncia, para o país, o maior dos problemas, e uma boa causa. Na boca, e nas mãos, de alguém consequente, que queira resolver o problema, identifica um campo de actuação excluindo outros.
...
Seduz-me. Acompanharia, contra tudo e contra todos, quem, tendo-a enunciado, se dispusesse a cumpri-la, de modo consequente."
Recordo que Daniel Bessa previa estas coisas em Março de 2005! Portanto, dupla precaução sempre.
.
O mesmo Daniel Bessa que em Setembro de 2007, na mesma coluna, escreveu:
"... faltou sempre o dinheiro que o "Portugal profundo" preferiu gastar na "ajuda" a "empresas em situação económica difícil"
Como o autor da frase inicial, do trecho sublinhado, é António Costa, não creio que ele esteja a referir-se ao Estado deixar de atrapalhar as empresas e sair do caminho, apostando na Via Negativa.
.
O que serão na cabeça de António Costa estas "estruturas económicas"?
.
Como escrevi aqui:
"Numa economia aberta esta mensagem e terapia é necessária para os sectores não transaccionáveis quando o sistema fica insustentável. A mensagem é irrelevante para os sectores transaccionáveis porque o acerto ocorre a toda a hora e momento."
Na sequência deste postal de Fevereiro de 2012 com dados de 2010, aqui vão dados relativos a 2012.
.
Reparem, de entre os 26 CAE que compõem a produção industrial portuguesa, em 2012,

  • em 16 deles mais de metade da produção é para exportação;
  • em 2 deles mais de 40% é para exportação;
  • o CAE 10 tem a ver com a indústria alimentar e cresceu 2 pontos percentuais entre 2010 e 2012;
  • o CAE 11 tem a ver com a indústria das bebidas e cresceu 5 pontos percentuais entre 2010 e 2012;
  • o CAE 17 tem a ver com a "Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos" e ... não acredito naquele valor, é impossível só cerca de 25% da produção ser exportada.
Acham mesmo que as estruturas económicas industriais não se adaptaram a un novo contexto de competição internacional?
.
Costa fala do que não sabe ou está a falar do quê?
Dados retirados de "Estatísticas da Produção Industrial 2012" do INE


terça-feira, julho 28, 2015

Curiosidade do dia

A propósito deste texto publicado no Jornal de Negócios, "Dois anos depois, empresas têxteis continuam distantes da bolsa", uma reflexão pessoal.
.
O que salvou o sector têxtil português foi o facto de não estar na bolsa!
.
Os accionistas não percebem nada do negócio, só querem receber o retorno do seu investimento e, quanto mais rápido melhor.
.
Quando um sector como o têxtil português começou a ser dizimado pela invasão chinesa, muitas empresas morreram, muitas empresas tiveram de pensar numa fase de exploration, à procura de novos modelos de negócio, de novos tipos de clientes, de novos tipos de produtos, de novos tipos de propostas de valor.
.
Foi preciso fuçar (aqui e aqui, por exemplo) muito e bater contra as paredes muitas vezes. Um accionista dificilmente consegue pensar no longo prazo, falta-lhe paciência estratégica (aqui e aqui, por exemplo), se uma empresa não lhe dá o retorno esperado já, vende e compra acções de outra que o faça.
.
Eheheh empresas cotadas na bolsa não contratam anónimos de província (aqui também, por exemplo) para animar reflexões estratégicas, preferem a escola da eficiência, ou seja o choque directo com a Ásia.
.
Conseguem imaginar um Kevin O'Leary a ter paciência para algo que não compita com o preço mais baixo, que trabalha com séries pequenas, com muita variedade e sem patentes?

segunda-feira, julho 27, 2015

Curiosidade do dia

Conheço uma empresa com uma dívida de mais de 15 mil milhões de euros.
.
Este artigo, "Repent! Repent! Grid Parity is Nigh!", cheira-me a problemas graves para ela... a menos que os governos futuros aprisionem os consumidores com legislação esclavagista.

domingo, julho 26, 2015

O poder da serendipidade

O poder da serendipidade
"In a world of people who too often see their situation as unchangeable, entrepreneurs choose to act. We feel the power of free will when we hear stories about the bold actions of entrepreneurs.
...
Inspiring stories. But here is the rub: In each story, the innovator’s choice was driven by their context
...
In each of these cases, context drove choice.
.
True, it took a bold decision to actually create these businesses, and the innovators should be admired for this reason. But still, there is no way anyone could have started any of these businesses without being in the context that made the innovation possible.
.
Context drives choice, yet choice is still pivotal to innovation because we often choose our context.
...
Context drives choice, but we choose our context."
De certa forma o jogo, o balanço, na nossa vida, entre a exploitation e a exploration. É sempre útil, ter uma saudável dose de exploration na nossa vida. Podemos pensar que estamos bem, podemos estar bem e, no entanto, com a movimentação das placas tectónicas da paisagem competitva, com a alteração do enrugamento, deixamos de estar numa zona agradável e, sem exploração prévia que nos tenha dotado de outras habilidades... corremos mais riscos de passar um mau bocado.

Trechos retirados de "Context Drives Choice (and Vice Versa)"

Recordando o tecto de vidro

No início do ano corri aqui uma série com o título "Tecto de vidro? Uma hipótese de explicação" e, neste postal "Pois, despedir clientes" sistematizei uma série de reflexões sobre a blasfémia de despedir clientes.
"Here are my 5 reasons why you need to fire some of your customers:
.
1. Customers you get because of a low price will always be  low price customers. Don’t forget that low price equals low profit.
.
2. Customers who demand a high level of service and aren’t willing to pay for it are sucking your profit.
.
3. Customers who demand too much of your time are preventing you from spending it on other activities that will create incremental sales and profit.
.
4. Customers who you can’t satisfy will tell others. Last thing you need is to have customers who simply don’t fit with your model then going off and telling other customers.
.
5. Bad customers are a disease that will suck the life out of you and everyone else in your company.
.
Never forget that sometimes the most profitable business you have is the business you don’t have.
.
When you invest your time with bad customers, you’ll find yourself attracting even more bad customers.  Sell to great customers and you’ll find yourself selling to even more great customers."

Trechos retirados de "5 Reasons You Will Increase Your Business By Firing Some Customers"

Complicado vs complexo

Depois de ler "The Three Types of Problem in the World", em especial a parte final:
"The sophistication of our models, theories and language for complicated problems can be as seductive as the lamplight. They provide better “light” and clarity and yet can lead to investigations that are ill-equipped to address complex adaptive systems.'"
E olhando para umas das tabelas do artigo citado:
Deu para suportar melhor esta decisão de 2009 "Fazer a mudança acontecer (parte VI e meio)". A diferença entre isto:
E isto:

Isto tresanda a conhecer os clientes-alvo

Isto tresanda a conhecer os clientes-alvo, o seu contexto e o job-to-be-done:
"You're still in print, which a lot of publications have had to move away from. What do you think are some of the secrets or things that have helped you stay successful there?.
Our demographic is really the big thing because the reason why you don't really see a lot of entertainment magazines these days is that there's nothing more broke than a dude in his 20s. Your enthusiasm for bands or movies or something like that changes because now you have to pay for your own health insurance, you have rent, and you want to go out on a date Friday night, so are you going to go buy a magazine or are you going to get a nice glass of wine for your date? Priorities change, but when you're a teenager and in college, actors, actresses, musicians, all the types of artists are everything to you. Your favorite bands end up being on your car, on your notebook and on your phone, and those really are who you are.
.
For us, that's what's insulated us to a greater extent from ending up like Spin and a lot of the other music magazines, because it's still a crowd for whom there's a lot of romanticism attached to print. Teenagers today still . . . it's a rite of passage to a certain extent to sit on your bed with your friend and flip through pages looking at singers and stuff, and reading about your favorite band. It's not so romanticized when you do that with an iPad. Plus the fact that you can rip pictures out, put them on your wall."
Trecho retirado de "Print's Not Dead—Just Ask Music-Loving Teens"

sábado, julho 25, 2015

Curiosidade do dia

"Embora os cafés portugueses estejam, de facto, cheios de idiotas, como notou o leitor e muito bem, a triste verdade é que eles não passam o tempo todo a dizer o óbvio — os idiotas portugueses passam o tempo todo a negar o óbvio.
.
Se a política em Portugal fosse utilizada para discutir em detalhe as reformas que são necessárias para o país progredir, eu estava tramado. Não sei o suficiente sobre isso. Só que em Portugal a política serve para discutir se essas reformas são mesmo necessárias — e isso é tão óbvio, que eu safo-me. Se a política servisse para mudar a realidade que existe, eu estava tramado. Mas como ela serve para discutir a existência da realidade, isso é tão óbvio, que eu desenrasco. Quando surgir enfim o dia claro, em que toda a gente comece a ver o óbvio, não terei certamente lugar nos jornais."

Trecho retirado de "O óbvio"

O político responsável

Ministro da Economia em mais uma campanha para promover a desertificação do interior com "Pires de Lima defende aumento do salário mínimo".
.
Recordar estes gráficos e a sua interpretação:
Entretanto, o ministro da Economia afirma, vestindo o papel de político responsável, "Pires de Lima critica políticos que prometem o que não podem dar".
.
Conclusão: os políticos podem prometer dar aquilo que terá de ser pago por outros.



Outro melhor ano de...

Na senda de "o melhor ano de...", mais uma vez a metalurgia e metalomecânica mostra o que se faz com o euro:
"A avaliar pelos dados revelados esta sexta-feira pela Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP). Rafael Campos Pereira, vice-presidente da associação, nem hesita: “se continuarmos a crescer e a manter os registos que mantivemos nos primeiros cinco meses do ano, vamos ultrapassar a nossa meta“."
De que falamos? Sou levado a concluir que falamos daquelas categorias do INE:

  • MÁQUINAS, OUTROS BENS DE CAPITAL E SEUS ACESSORIOS (excepto material de transporte); (CGCE 41 e 42) e
  • ARTES, PEÇAS SEPARADAS E ACESSÓRIOS (para material de transporte) (CGCE 52 e 53)
"As exportações de máquinas e equipamentos, produtos metálicos, equipamentos de transporte e fabrico de peças técnicas utilizadas no setor automóvel ou aeronáutica, entre outros, atingiram 6.354 milhões de euros nos primeiros cinco meses de 2015 [Moi ici: Se acrescentarmos o CGCE 51 (AUTOMOVEIS PARA TRANSPORTE  DE PASSAGEIROS) o valor ultrapassa os 7 milhões], mais 12,2% do que em igual período do ano anterior. Representou 30% das exportações nacionais nos primeiros cinco meses do ano, que totalizaram 20,6 mil milhões de euros. E há 16 meses que a variação homóloga das exportações do setor metalúrgico e metalomecânico está a crescer."
Como é que o sector consegue?
.
Qual é a receita deste blogue?
"A aposta estratégica na expansão para mercados externos de valor acrescentado e o investimento das empresas na qualidade e inovação dos seus produtos e serviços mostrou-se crucial e é algo que nos deixa muito orgulhosos
...
A inovação e a competitividade do metal português são cada vez mais reconhecidas internacionalmente e estamos a competir no mesmo patamar que os gigantes mundiais do setor como a Alemanha ou alguns países asiáticos
...
O vice-presidente da AIMMAP diz que as exportações sobem, mas não é em volume, é em produtos de valor acrescentado. “Não vendemos produtos em série massificados, vendemos é cada vez mais produtos com maior valor acrescentado, customizados e orientados para as necessidades dos clientes. As empresas estrangeiras desafiam as nossas a encontrarem soluções para ultrapassarem os seus problemas”, diz."
Pena que o artigo de onde retirei os trechos "Exportações. Os campeões nacionais não desistem de fazer mais" acabe da pior forma:
Enquanto o vice-presidente da AIMMAP dá uma entrevista a salientar as PME portuguesas, muitas delas anónimas, a dizer:
"Não vendemos produtos em série massificados, vendemos é cada vez mais produtos com maior valor acrescentado, customizados e orientados para as necessidades dos clientes."
O autor termina com uma lista de empresas que estão em mercados de preço, commodities ou produção em massa, e quase nenhuma faze parte da lista que Rafael Campos Pereira menciona:
"As exportações de máquinas e equipamentos, produtos metálicos, equipamentos de transporte e fabrico de peças técnicas utilizadas no setor automóvel ou aeronáutica,"
Melhor, muitas destas empresas fogem de fornecer o sector automóvel, sabem o perigo da pedofilia empresarial, recordar:

O mantra do século XXI é diferente


Nascemos num mundo que se encarrega de nos envolver em camadas e mais camadas de preconceitos, para nos facilitar a navegação nele.
.
Assim, quando esse mundo muda, estamos condenados a querer continuar a navegar nele usando preconceitos que talvez já não se ajustem. Ou, então, quando queremos prever o futuro, carreamos para ele preconceitos que não farão sentido.
.
A figura lá de cima descreve um grupo de empresas que tem a particularidade de basicamente não terem activos próprios que explorem.
.
Qual era o mantra do século XX?
.
.
.
.
Eficiência!!!
.
Por isso, é fácil que alguém que se dedique a prever o futuro, acredite (erradamente) que esse mantra vai continuar a governar o século XXI.
.
Reparem nisto:
"Within 10 years, we will see Uber laying off most of its drivers as it switches to self-driving cars; manufacturers will start replacing workers with robots; fast-food restaurants will install fully automated food-preparation systems; artificial intelligence–based systems will start doing the jobs of most office workers in accounting, finance and administration."
Quer dizer que a Uber vai trocar flexibilidade e ubiquidade pela posse, gestão e manutenção de uma frota de veículos? O truque da Uber é mesmo eficiência?
"manufacturers will start replacing workers with robots"
Pois, o futuro vai mesmo ser linhas de montagem desenhadas para produzir séries intermináveis de coisas iguais... por isso, "Um mesmo processo automatizado é demasiado rígido para Mongo".
"fast-food restaurants will install fully automated food-preparation systems"
Fast-food, o negócio é eficiência! Logo faz sentido essa evolução "New York Orders Fast-Food Workers Replaced With Robots, Kiosks, Mobile Apps" como a que ocorreu nas auto-estradas com o fim dos portageiros.
"artificial intelligence–based systems will start doing the jobs of most office workers in accounting, finance and administration."
Recordar "Acerca de sectores estáveis e demasiado homogéneos na oferta (parte VIII)"

Trecho retirado de "We need a new version of capitalism for the jobless future"

BTW, quando alguém troca ideias acerca do futuro com Carlos Slim, conversa com que experiência de vida? É como conversar com Belmiro de Azevedo, gente embrenhada no século XX e que conhecem e dominam o mantra do século XX. Será que são as pessoas mais bem preparadas para falar de um futuro baseado no Estranhistão, na antítese do século XX?

Acerca do Estranhistão


Vai ser um gosto contar a minha experiência sobre o Estranhistão!

Pormenores aqui.

sexta-feira, julho 24, 2015

Curiosidade do dia

A propósito de "Altice prepara mexidas na PT. 30 cargos de direção serão extintos".
.
Como seria a introdução de um pouco de racionalidade económica (sistematização de processos, eliminação de passos arcaicos, substituição de pessoas por automatização) na administração pública?
.
Quantos milhões seriam poupados?

Calçado, aquela máquina

"A indústria do calçado está a reforçar a aposta promocional na Colômbia, para onde as exportações estão a crescer a um ritmo de 140%, querendo, a partir daí, reforçar as vendas para toda a América Latina, refere a associação do sector, a APICCAPS, numa nota à imprensa divulgada nesta quinta-feira.
...
 “as exportações passaram de valores meramente residuais em 2013 para 1,7 milhões de euros em 2014 e estão a aumentar mais de 140% desde o início do ano”.
.
A APICCAPS refere que, a manter-se o ritmo de crescimento, “o calçado português exportará este ano sensivelmente quatro milhões de euros para a Colômbia”."
Duas notas:

  • o trabalho bem sucedido do sector para exportar para fora da Europa (irrelevante o facto de se usar o euro);
  • Hugo Chavez insultava o governo colombiano... hoje, os colombianos têm dinheiro para comprar os segundos sapatos mais caros do mundo. E, entretanto, a Venezuela, nem papel higiénico, nem cerveja



"Sector do calçado reforça aposta promocional na Colômbia"

Outra vez os descontos

A propósito dos descontos, recordar "Sobre os descontos".
"Salespeople will always argue that offering a small discount doesn’t hurt and is the right thing to do for the customer.
...
It doesn’t matter what the reason or how passionate the salesperson might feel about it, a discount is still a discount and it costs money!
...
A discount offered to a customer is not a discount on the full price. It’s a discount on the profit, unless there is something else of value equal to the discount that is being removed from the offer.  Problem is that scenario is rarely the case.
...
A salesperson looking for a 5% discount may not view it as an issue to their company and thus feel it’s no big deal.  Now, let’s frame the discount as being a 33% discount on profit and it suddenly becomes “game over.”"

Trechos retirados de "What Does Discounting Really Cost?"