O final de Abril trouxe-me o aroma da erva cortada nos campos que irão dar lugar à sementeira de milho daqui a poucas semanas.
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O início de Maio traz-me o característico e mágico aroma a bosta que me dá esperança no futuro:
"Abençoado cheiro a bosta"
(Imagem de ontem, por volta das 19h30)
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Contudo, o mês de Maio, este ano, trouxe-me outra bosta:
a bosta académica!
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Ontem, por volta das 14h, à porta de uma empresa, para fazer horas até à entrada, peguei no JdN.
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Como é meu costume, comecei a leitura do fim para o princípio. Então, na antepenúltima página encontro um artigo digno dos Gatos Fedorentos ou do Inimigo Público: "
Regime de despesa privada obrigatória é a solução" onde sublinhei esta pérola:
"Proponho que o Estado imponha temporariamente um regime de despesa privada obrigatória. Nesse regime os titulares de depósitos bancários dispõem, no máximo, de seis meses para gastar uma fracção do saldo na compra de bens e serviços em território nacional. Findo esse prazo, do montante ainda por gastar é transferida para o Tesouro a parte que corresponde à taxa média actual de IVA e de impostos específicos. Na prática, não há qualquer transferência porque não haverá nenhum montante por gastar ao fim de seis meses. Esta é uma solução equilibrada, dado que quanto maior é o saldo, maior é a responsabilidade e a capacidade de relançar a economia."
Lê-se isto e pensa-se logo nas diatribes de Nassim Taleb contra os académicos.
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É tão fácil a estes aprendizes de feiticeiro lançarem estas parvoíces...