sexta-feira, maio 03, 2013

Uma empresa americana tipo-Mittelstand alemã!!!

Comecei a ler "The Way I Work: Ken Grossman, Sierra Nevada" e, mais ou menos a meio, um pensamento invadiu-me:
Uma empresa americana tipo-Mittelstand alemã!!!
"I'm constantly thinking about beer. Trying to figure out how to improve our product has driven me from Day One. (Moi ici: Concentração, devoção, obsessão com o produto)
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I like to walk around the place every day to see what's going on.
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Our goal as brewers is to make the same beer every batch. But we're using agricultural products, which inevitably vary because their taste is affected by soil, climate, water, and age. That's why we focus hard on the science of brewing.
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About 10 years ago, I bought a very fancy instrument, an EPR spectrometer, for $250,000. You can put hops, beer, or whatever you want to analyze into the machine, and it separates out each compound and its aroma. So if I think, This is a great aroma; where did it come from? I can see it's from this malt or that variety of hop.
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Investing in this kind of technology is worth it to me. I'm convinced that our success is driven by our focus on quality. We do things that most small brewers would consider labor intensive and expensive. (Moi ici: Concentração, devoção, obsessão com o domínio das variáveis que afectam a produção e a qualidade do produto)
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We never really advertised much, and we still don't. I've always thought it was better to focus on our beer. (Moi ici: Pouca preocupação com a publicidade... como os campeões escondidos)
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We have a very advanced research and development team that I meet with every week to go over new ideas and discuss results.  (Moi ici: Concentração, devoção, obsessão com o desenvolvimento)
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My CFO and I talk every day, but I probably don't spend as much time poring over books as some CEOs might. I do review financials and am involved in those decisions, but I'd much rather be playing with brewing ingredients than crunching numbers.  (Moi ici: Mais preocupação com a Gemba (à la japonesa) do que com a finança. Ganha-se dinheiro com o que se produz com amor e não a mexer em dinheiro)  We do track our key performance indicators, and we have screens throughout the brewery so everyone can see them."


Using Cost-Driven Pricing

Este texto "Drucker’s Five Deadly Sins in Business" fez-me logo sublinhar este ponto:
"Sin #3: Using Cost-Driven Pricing.
Cost-driven pricing means that you simply add up all your costs, and then add a profit, and there you are - the price you should charge. It’s all very logical, but it is wrong, according to Drucker. This, by the way, is how governments insist contractors price their products. It’s supposed to ensure both competition and a “fair” price. All you need to do is look at government cost overruns to see how well that approach is working.
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Drucker said that instead of cost-driven pricing, you needed to do price-driven costing. That is, you need to start at the other end with the right price, and then to work back from price to determine your allowable costs. Drucker blamed the loss of the consumer-electronics industry and the machine-tool industry in the U.S. directly on this deadly sin. One begins to understand why Drucker called these deadly sins, and not simply marketing mistakes."

A bosta académica!


O final de Abril trouxe-me o aroma da erva cortada nos campos que irão dar lugar à sementeira de milho daqui a poucas semanas.
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O início de Maio traz-me o característico e mágico aroma a bosta que me dá esperança no futuro:
"Abençoado cheiro a bosta"

(Imagem de ontem, por volta das 19h30)
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Contudo, o mês de Maio, este ano, trouxe-me outra bosta: a bosta académica! 
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Ontem, por volta das 14h, à porta de uma empresa, para fazer horas até à entrada, peguei no JdN.
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Como é meu costume, comecei a leitura do fim para o princípio. Então, na antepenúltima página encontro um artigo digno dos Gatos Fedorentos ou do Inimigo Público: "Regime de despesa privada obrigatória é a solução" onde sublinhei esta pérola:
"Proponho que o Estado imponha temporariamente um regime de despesa privada obrigatória. Nesse regime os titulares de depósitos bancários dispõem, no máximo, de seis meses para gastar uma fracção do saldo na compra de bens e serviços em território nacional. Findo esse prazo, do montante ainda por gastar é transferida para o Tesouro a parte que corresponde à taxa média actual de IVA e de impostos específicos. Na prática, não há qualquer transferência porque não haverá nenhum montante por gastar ao fim de seis meses. Esta é uma solução equilibrada, dado que quanto maior é o saldo, maior é a responsabilidade e a capacidade de relançar a economia."
Lê-se isto e pensa-se logo nas diatribes de Nassim Taleb contra os académicos.
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É tão fácil a estes aprendizes de feiticeiro lançarem estas parvoíces...

Não é fácil fazer a transição

A propósito deste postal "Todos sabem fazer, mas poucos sabem vender" refere-se que as empresas portugueses do sector de iluminação têm vantagens competitivas no B2B. Depois, refere-se que o futuro é o ter marca e subir na escala de valor para o B2C.
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Entretanto, numa acção de formação esta semana apresentei esta imagem:

No lado esquerdo, o mapa da estratégia de uma empresa de calçado que aposta no B2B.
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No lado direito, o mapa da estratégia de uma empresa de calçado que aposta no B2C.
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Diferentes prioridades, diferentes "preocupações", diferentes modelos mentais.
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Passar de um modelo B2B para um modelo B2C não é pêra doce, muitos políticos e "espertos" pedem essa mudança. Só que se trata de uma mudança que não pode, não deve ser imposta.
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É uma mudança que deve ser decidida pelas empresas.

quinta-feira, maio 02, 2013

Curiosidade do dia

Em Felgueiras diziam-me, na Terça-feira passada, em duas conversas distintas:
"Não se decide exportar para a China. A China é muito grande e muito heterogénea. Decide-se, escolhe-se exportar para uma dada região da China."
 Agora, em "8 Exponential Trends That Will Shape Humanity", constato que a primeira tendência é:
"The Century of the City State"
Interessante, ainda na semana passada, em "Antifragile", Nassim Taleb escrevia sobre a diferença entre viver em países centralizados e viver em cidades-estado e a vantagem destas últimas.

Acerca da re-industrialização

Um artigo interessante, "Is U.S. manufacturing making a comeback — or is it just hype?", equilibrado e com muita informação:
"Lenovo, a Beijing-based computer maker, opened a new manufacturing line in Whitsett, N.C., to handle assembly of PCs, tablets, workstations and servers.
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The rationale? The company is expanding into the U.S. market and needs the flexibility to assemble units for speedy delivery across the country
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Besides the shrinking wage gap between China and the United States, the productivity of the American worker keeps rising. Shipping costs are rising, making outsourcing more costly. And the surge in shale gas drilling gives the United States a wealth of cheap domestic energy to bolster industries such as petrochemicals.
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All that could combine to make U.S. factories more competitive in the years ahead, not just with Europe and Japan, but with the manufacturing behemoth in China. This shift likely won’t mean the United States will have 19 million manufacturing workers again, the way it did in the 1980s. For one thing, automation is still a powerful force. And the types of jobs that come back will be very different from the ones that vanished. (Moi ici: Também aqui se faz sentir o efeito de Mongo, o Estranhistão, a re-industrialização não se fará com base num retorno à produção do século XX. É um outro campeonato!)
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China has been getting wealthier, and its factory workers are demanding ever-higher wages. Whereas the gap in labor costs between the two countries was about $17 per hour in 2006, that could shrink to as little as $7 per hour by 2015, says Dan North, an economist with Euler Hermes, a credit insurer that works with manufacturers.
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If you’re a U.S. company and the advantage is only $7 per hour, suddenly it may be worth staying home,” North says. “If I stay here, I have lower inventory costs, lower transportation costs. I’m closer to my market, I can have higher-quality production and I can keep my technology.”
This notion appears to be catching on."
 Entretanto, o Aranha, enviou-me um e-mail com uma referência a este postal, onde sublinhou:
“…Álvaro Santos Pereira. Sempre que o oiço falar de re-industrialização, desconfio que ele sonha com a indústria do século XX.”
E, depois, acrescentou da sua lavra:
"Of course, mas mais ainda. Ele afirmou ontem mesmo que o que falta às empresas portuguesas para se afirmarem na exportação é escala.
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Donde, grande é que é bom, e grande é que tem que ser ajudado subsidiado."
Não ouvi mas infelizmente não me surpreende.
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Relacionei logo esta crença num retorno à escala do século XX com este resultado irlandês:
"Os mercados de trabalho mais flexíveis tendem a reflectir mais rapidamente os choques, mas também a recuperar mais depressa. Aqui isso não está a acontecer. Porquê?.
O crescimento é muito baixo e está concentrado no sector exportador que não é tão trabalho-intensivo como o sector doméstico." (Moi ici: A empresa exportadora-tipo irlandesa pertence a uma multinacional que exporta grandes quantidades, que aposta no volume, e necessita de pouca mão de obra. Contribui de forma interessante para o PIB e para os números das exportações mas geram pouco emprego)

Fomos roubados!

É muito lindo dizer estas coisas "Oliveira Martins: "Não há superação da crise sem criar riqueza"" agora, depois do caldo entornado:
""Não há superação da crise sem criação de riqueza", (Moi ici: Apetece dizer: Duh!!!) afirmou hoje o presidente do Tribunal de Contas na abertura de um colóquio organizado com o Tribunal de Contas de França sobre Políticas Orçamentais em Contexto de Crise que decorre em Lisboa.
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O responsável afirmou que "o rigor financeiro e orçamental deve contribuir decisivamente para mais justiça, mais emprego e mais desenvolvimento'" (Moi ici: Não estou muito de acordo com esta lógica. A criação de emprego será uma consequência da criação de riqueza, não o contrário, a criação de emprego como ponto de partida não gera riqueza. Como fizeram os governos portugueses, e não só, durante a primeira década do século XXI, 
torraram dinheiro emprestado, para mascararem os números do desemprego e do PIB, face aos 3 choques em curso na altura - euro; China e Europa de Leste. Assaram as sardinhas com o lume dos fósforos e nada mais, agora temos a dívida para pagar) e defendeu novamente que os tribunais de contas têm de "ser mais ouvidos nas suas recomendações".
O crescimento raquítico da primeira década do século XXI não pertencia a esse tempo. Nesse tempo devíamos ter tido recessão e mais recessão. Assim, nesse tempo, o fraco crescimento que tivemos foi roubado ao futuro.
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Nassim Taleb escreve sobre isso em "Antifragile":
"As to growth in GDP (gross domestic product), it can be obtained very easily by loading future generations with debt - and the future economy may collapse upon the need to repay such debt. GDP growth, like cholesterol, seems to be a Procrustean bed reduction that has been used to game systems. So just as, for a plane that has a high risk of crashing, the notion of “speed” is irrelevant, since we know it may not get to its destination, economic growth with fragilities is not to be called growth, something that has not yet been understood by governments. Indeed, growth was very modest, less than 1 percent per head, throughout the golden years surrounding the Industrial Revolution, the period that propelled Europe into domination. But as low as it was, it was robust growth—unlike the current fools’ race of states shooting for growth like teenage drivers infatuated with speed." 

O regresso ao Lugar do Senhor dos Perdões

Uma mensagem importante que deve ser sempre sublinhada, sobretudo pelos intervencionistas ingénuos:
"The takeaway is to stop thinking about whether the industry you are in is "good" or "bad" — recognizing that as the wrong question — and to focus instead on what you can do to win where you are.
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Indeed, our study shows that the biggest variations in TSR [Total Shareholder Return] are not between industries but within them. Yes, at 21%, the median annual return of tobacco, the best-performing industry between 2002 and 2012, was seven times higher than computers and peripherals, the worst-performing industry. The difference in the averages between those two industries was 18 percentage points — no small potatoes.
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But the TSR variations of companies within these industries were far greater: 44 percentage points in tobacco and 69 percentage points in computers and peripherals."

Trecho retirado de "Don't Blame Your Company's Poor Performance on Its Industry"

Recordar "Lugar do Senhor dos Perdões (parte III)" e o marcador ali abaixo.

quarta-feira, maio 01, 2013

Curiosidade do dia

Descobri hoje que a minha casa foi escolhida por um casal de andorinhas para fazer a sua casa.
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Maravilha!!!

A marca vai a reboque

Na sequência de:
Este exemplo que encontrei no Tweeter (via @suzyjacks) é impecável:

Em plena linha com o "customer's job-to-be-done".
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Algo que me fez lembrar uma afirmação de Conrado Adolpho em “Os 8 Ps do Marketing Digital”:
"Um domínio na internet com, obviamente, o nome de sua empresa, é uma importante etapa da construção de uma marca; porém, como palavra-chave, pode não representar muita coisa. Prepare-se para mais um conceito que cai por terra. Imagine que um usuário esteja procurando um fornecedor que ministre um curso de redação oficial. Provavelmente esse usuário digitará no mecanismo de busca “redação oficial” ou “treinamento em redação oficial”.
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Digitando-se tais palavras no Google, um dos clientes da Publiweb aparece logo na primeira página, a Scritta – empresa que ministra cursos de redacção oficial, entre outros –, mas aparece ainda outro site: www.redacaooficial.com. br, também desenvolvido pela Publiweb para a Scritta. Ter a palavra-chave no próprio domínio é uma técnica interessante para aumentar a probabilidade do clique do internauta e para estar na primeira página dos buscadores, mesmo não sendo com o site institucional. É lógico que, quando o usuário digita “redação oficial” no campo de busca do Google e este indexa um site que tenha a própria palavra-chave no domínio – www.redacaooficial.com.br –, o buscador vai considerá-lo de extrema relevância, pois a palavra-chave é igual ao domínio.

Você pode achar uma heresia, porém, na internet, em alguns casos você tem que esquecer a marca e pensar em palavras-chave. A marca vai a reboque. Só é percebida em segunda instância. É claro que, se sua marca é muito conhecida no seu segmento e agrega muito valor ao seu negócio, você deve usá-la como um argumento de vendas; porém, para boa parte das empresas em que isso não é realidade, pense em atrair o seu usuário por meio da palavra-chave que ele digita no Google, para depois apresentar sua marca para ele."

Coerências... de jogador de bilhar amador

Por um lado, pela parte do patronato, um dos mais aguerridos defensores do aumento do salário mínimo:
"CCP disponível para aumento do salário mínimo com algumas condições"
Por outro lado, o mesmo que pensa isto:
"Além disso, a economia portuguesa e o tecido empresarial tem “uma capitalização relativamente baixa” e por isso assente “num financiamento bancário extremamente alto”, algo que a troika “não percebeu”. “A quebra do financiamento da banca está a asfixiar inclusivamente as empresas viáveis, ao contrário do que aconteceu em outras crises em que as que encerravam eram as inviáveis”, acrescentou."
E o mesmo que pensa isto:
"“No contexto presente, a criminalização dos salários em atraso não conduziria, na maioria das situações, a uma solução positiva, mas, pelo contrário, só serviria para acelerar o encerramento das empresas ou aumentar o número de despedimentos, lançando mais pessoas no desemprego”, afirma a CCP, em resposta a questões colocadas pela agência Lusa.
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Na entrevista, o inspector-geral diz também que a redução salarial é ilegal, mesmo com acordo do trabalhador. A CPP refere que a medida, “sendo obviamente ilegal”, é uma tentativa das empresas de fazer face às dificuldades do mercado."
Um exemplo flagrante daquilo a que chamo jogadas de bilhar amador:
"We need to learn to think in second steps, chains of consequences, and side effects."

Um país de intervencionistas ingénuos

"attempts to eliminate the business cycle (Moi ici: O que os governos portugueses andaram a fazer durante toda a primeira década do século XXI, despejar dinheiro na economia para minimizar o impacte do euro, da China, da Europa de Leste) lead to the mother of all fragilities. Just as a little bit of fire here and there gets rid of the flammable material in a forest, a little bit of harm here and there in an economy weeds out the vulnerable firms early enough to allow them to “fail early” (so they can start again) and minimize the long-term damage to the system.
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An ethical problem arises when someone is put in charge. Greenspan’s actions were harmful, but even if he knew that, it would have taken a bit of heroic courage to justify inaction in a democracy where the incentive is to always promise a better outcome than the other guy, regardless of the actual, delayed cost.
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Ingenuous interventionism is very pervasive across professions.
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Let me warn against misinterpreting the message here. The argument is not against the notion of intervention; in fact I showed above that I am equally worried about underintervention when it is truly necessary. I am just warning against naive intervention and lack of awareness and acceptance of harm done by it.
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What should we control? As a rule, intervening to limit size (of companies, airports, or sources of pollution), concentration, and speed are beneficial in reducing Black Swan risks." (Moi ici: Recordo logo "If they are too big to fail they are too big to exist")
Interessante ouvir isto enquanto os políticos da situação e da oposição em Portugal continuam a competir entre si pelo título do mais intervencionista, do que mais "ajuda" a economia a crescer ou a recuperar.

Trechos retirados de "Antifragile" de Nassim Taleb.
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terça-feira, abril 30, 2013

Tradição, tradição, tradição


Curiosidade do dia

A propósito deste acidente "Autoridades do Bangladesh suspendem buscas de sobreviventes" este artigo "Shoppers Turn Blind Eye to Bangladesh in $6 Bikini Hunt" de onde retiro este parágrafo:
"“They could probably afford to invest in their factories, but it’s a tough market and it’s very difficult to up prices,” Cavill said. “The consumer may need to start getting used to higher prices.”"
Que o consumidor vai começar a ter de pagar preços mais altos, isso é uma realidade que as estatísticas que monitorizam os preços em Londres e Paris já detectaram no ano passado. Contudo, o ponto que me faz espécie é este: a diferença entre o preço do produto à saída da fábrica e o preço na prateleira é abismal. E, como alguém bem me dizia esta manhã:
"Vão ter de mudar de modelo de negócio!"

Farmacêuticas e o Estranhistão

A mesma lição em cada vez mais sectores:
"Pharma companies are slowly realising that customer experience is the way to address these difficulties. The problem is that pharma doesn't really 'get' customer experience."
Recordar:


"A great customer experience strategy focuses your efforts and resources where they will have the most impact for your business. Yet too many pharma strategies for customer experience fail to focus these efforts in any meaningful way. Doing everything for everyone is not a strategy that works. (Moi ici: Uma lição deste blogue, é preciso escolher os clientes-alvo)
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There are three easy ways to start focusing your strategy.
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First, focus on a very specific set of target customers. (Moi ici: Talvez a lição número um deste blogue. É preciso reconhecer que entramos no Estranhistão) Your limited resources are shrinking and it's a bad idea to try to reach all healthcare professionals who might use your product, or even a broad subset like GPs. Instead, identify a specific group of target customers so your strategy has a chance to mean something to them. In our engagements with pharma, we see very little evidence of this.
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Second, forget the company and focus on the drugs. Pharma companies want customers to love their company, but this is never going to happen.
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Accept this, focus on their experience with the drug, and stop wasting resources trying to make them 'love' your big pharma company.
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Third, focus on getting a single country working before you roll it out regionally. Pharma thinks it will make cost savings at the regional level, but this doesn't work with customer experience because it's so easy to get it wrong. A great experience in one country can be totally irrelevant in another, due to local expectations and regulations. Just look at all the big pharma customer experience successes from conferences and online case studies – they're all local to a particular country.
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The six pillars of customer experience for pharma
1.Focus your customer experience strategy on a specific subset of customers in a particular location
2.Invest in one-to-one qualitative studies, instead of focus groups, quantitative studies, and large sample sizes
3.Design experiences by making new things, testing them with customers, and revising them until they work
4.Measure what matters, and not what is easy; that means customer experience quality, and its effect on sales
5.Ensure you have the right qualified people in place to make sure your customer experience efforts are not in vain
6.Make it OK to fail, because even the best ideas can turn into failures, which in time become building blocks for success."
Excelente!
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Trechos retirados de "Customer experience for pharma companies"

O intervencionismo ingénuo

E volto a "Antifragile" de Nassim Taleb e à parte final do capítulo VI, "Tell Them I Love (Some) Randomness":
"That Time Bomb Called Stability.
We saw that absence of fire lets highly flammable material accumulate. People are shocked and outraged when I tell them that absence of political instability, even war, lets explosive material and tendencies accumulate under the surface.
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Seeking stability by achieving stability (and forgetting the second step) (Moi ici: "Forgetting the second step" é aquilo a que chamo há anos "jogar bilhar como um amador". Ver o marcador "jogadores de bilhar amador") has been a great sucker game for economic and foreign policies. The list is depressingly long.
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We need to learn to think in second steps, chains of consequences, and side effects.
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One of life’s packages: no stability without volatility.
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Violence is transferred from individuals to states. So is financial indiscipline. At the center of all this is the denial of antifragility.
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in the past, when we were not fully aware of antifragility and self-organization and spontaneous healing, we managed to respect these properties by constructing beliefs that served the purpose of managing and surviving uncertainty. (Moi ici: Era a mão invisível...) We imparted improvements to the agency of god(s). We may have denied that things can take care of themselves without some agency. But it was the gods that were the agents, not Harvard-educated captains of the ship.
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So the emergence of the nation-state falls squarely into this progression - the transfer of agency to mere humans. The story of the nation-state is that of the concentration and magnification of human errors. Modernity starts with the state monopoly on violence, and ends with the state’s monopoly on fiscal irresponsibility."
O capítulo VII, com o sugestivo título "Naive Intervention" faz-me sublinhar logo no início:
"Let us call this urge to help “naive interventionism."
Este tema é um velho conhecido deste blogue:

Este tema é, de certa forma, um dos temas recorrentes do último livro de João César das Neves, "As 10 Questões da Recuperação", para César das Neves o grande cancro da economia portuguesa é a regulamentação que o Estado impõe e que limita o potencial de crescimento.
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Qual o político português, da situação e da oposição, que não sofre desta doença do intervencionismo ingénuo.

Porto de Aveiro

Alguém desse lado tem informação mais pormenorizada e clara sobre o que se passou no Porto de Aveiro durante o primeiro trimestre de 2013?
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O aumento de quase 20%, face ao mesmo período de 2012, na movimentação de graneis sólidos foi a nível de cargas ou descargas?

"Todos sabem fazer, mas poucos sabem vender"

No JdN de ontem podia ler-se "Exportações sobem 20% e mantêm sector ligado ao interruptor"
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"As exportações estão a manter as empresas portuguesas de iluminação "ligadas ao interruptor", tendo aumentado 20% no ano passado, para 94 milhões de euros. A crise afastou Espanha do lote dos cinco mercados "mais interessantes", agora entregue a França, Reino Unido, Alemanha. Angola e Rússia. Tal como acontece na generalidade dos sectores, também este quase só vislumbra oportunidades de crescimento fora de portas.
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"O 'know how', os ordenados mais baixos e a adaptação ao que o cliente pede, fazendo o produto à medida, são as vantagens face à concorrência externa, (Moi ici: Factores relevantes para uma produção competitiva, factores relevantes para o B2B. Fundamental, conjugar o 'know-how' com a flexibilidade adaptativa para avançar para a marca própria e chegar ao B2C) apontou ao Negócios o presidente da associação dos industriais do sector (AIPI), Modesto Castro.
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Entre os segmentos de iluminação técnica e decorativa, o sector é constituído por cerca de uma centena de empresas, que suportam 2.500 postos de trabalho. Quase 90% são micro ou pequenas empresas.
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(Moi ici: Segue-se a reflexão de quem já parece ter percebido o futuro... interrogo-me se não deviam procurar fazer benchmarking com a APICCAPS dado que o sector do calçado está a fazer essa transição já há alguns anos e, por isso, tem experiências e conhecimento importante a partilhar) A maior parte delas ainda trabalha em "private label", sendo subcontratadas por marcas estrangeiras de maior dimensão. "Ao fabricarmos aqui com o rótulo e o embalamento que eles propõem, a visibilidade fica para eles. As indústrias nacionais têm de ter marca própria para ficar com o valor acrescentado. Todos sabem fazer, mas poucos sabem vender: essa é a guerra que temos de ganhar", resumiu o líder da AIPI. (Moi ici: Em perfeita sintonia com o que aqui costumamos escrever: "Produzir é fácil, difícil é vender!". Parabéns pela clareza do discurso)
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destacou o surgimento de uma nova geração de empresários, que está a apostar no design e na comunicação para construir as próprias marcas. "Devagarinho estão a tentar fazer isso. Se não mostrar-mos que sabemos fazer e que temos o produto, ninguém nos vem bater à porta", concluiu." 

segunda-feira, abril 29, 2013

Curiosidade do dia

"IF SEX DOESN’T always sell, what about beauty? Are ads, commercials, or product packages featuring supermodels and preternaturally attractive celebrities actually more effective than those featuring “real” people? Well, evidence suggests that just as sex hijacks our attention away from the crucial information in an advertisement, so, too, can extreme beauty or celebrity."
Relacionar este trecho retirado de "Buyology" de Martin Lindstrom, com este artigo "MOAT: A Search Engine For Ads, And So Much More":
"An image of a woman in the ad, while more attractive, turned out to be too distracting, whereas an image of a shoe results in 2.6 times more clicks on the join button."
Relacionar com "The Decline and Fall of Product Placement".


Por onde começar

Quer lançar um novo produto no mercado?
Quer lançar uma nova marca no mercado?
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Talvez a leitura desta reflexão, "The $10,000 Smartphone" ajude.
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Reparar nos conselhos que não andam muito longe dos que damos aqui:
"You should consider the possibility Vertu understands:
  • Who their target customers are? 
  • What job are they hiring the luxury phones for? 
  • What is their phone’s competition? 
  • What their willingness to pay and wherewithal to pay are? 
  • What budget will customers pay from? 
  • How to reach them?"
E o final, em grande estilo, está cheio de sumo:
"The moral of the story is, your understanding of business opportunity, market size, market share, competition, pricing and likelihood of success will all be wrong if you do not start with customer segment and what they are trying to get done."