It is hardly necessary to point out that competition of the kind we now have in mind acts not only when in being but also when it is merely an ever-present threat. It disciplines before it attacks."
sexta-feira, junho 04, 2010
O choque chinês num país de moeda forte (parte IV)
It is hardly necessary to point out that competition of the kind we now have in mind acts not only when in being but also when it is merely an ever-present threat. It disciplines before it attacks."
quinta-feira, junho 03, 2010
O corte de cabelo que aí vem...
Alguém não leu o CREDO?
J&J's McNeil Consumer Healthcare unit had recalled certain Benadryl, Motrin, Tylenol and Zyrtec pain and cold medicines for children on April 30 because of manufacturing problems including the potential for metal particles in the products. J&J has temporarily shut the plant"
The contractor advised its workers to buy up the Motrin packages, and to act like customers, making no reference to this being a recall, according to a memo released at the hearing." (Ver esta instrução "Behind the 'phantom recall' of Motrin")
O choque chinês num país de moeda forte (parte III)
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Voltando ao artigo de Daniella Magionni, e às suas conclusões
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“…we turn on firm level and we show that behind the negative relationship between dispersion and import penetration from LMCs there are asymmetrical firm responses according to their initial efficiency level.
We find that more productive firms support more deleterious effects from the increased exposure to foreign competition. We suggest that the surge in imports from emergent countries may have reduced the incentives to innovate and invest, but it may have also stimulated efforts of less productive firms facing with the risk of exit. (Moi ici: Esta é a explicação de que discordo) We put forward also the hypothesis of a process of product-switching.”
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Como já afirmamos na parte I desta série a explicação de Magionni não me parece feliz, e tenho uma interpretação alternativa. Como é que a autora começa o artigo?
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“The increased import exposure has concerned all sectors, and a restructuring process may have been at work.
For these reasons, it's important to show the link between openness to trade and industry dynamics, in terms of sectoral productivity dispersion and differences of firms' performance.”
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Ou seja, a autora começa o artigo a falar de produtividade.
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Depois, começa a falar de eficiência e a misturar, como se fossem equivalentes, os dois conceitos:
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“The process of firm entry and exit contributes to explain the evolution in productivity dispersion, but also heterogeneous responses of firms to changes in the external environment may play an important role: firms with different efficiency levels may display different behaviour coping with the increased competitive pressure from foreign countries.”
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“In a more contendible market it is likely that less productive firms couldn't survive a long time, firms make efforts in order to improve their efficiency and stay in the market and competitive pressures lead to the flattening of any difference.”
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Esta última afirmação só faz sentido se houver uma única estratégia!!! Só faz sentido se as empresas competirem todas segundo as mesmas regras no mesmo tabuleiro numa guerra sem quartel.
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Contudo, “"there is no single best strategy" não há obrigatoriedade de seguir uma estratégia única, como nos ensinam os protozoários.
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Na verdade N empresas podem competir em simultâneo recorrendo a Y estratégias, umas concorrendo entre si e outros actuando lado-a-lado sem se beliscarem.
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“the foreign competition from LMCs is a threat that domestic firms have to cope with, but it's a particular difficult task because their rivals can benefit from lower labour and material costs. Domestic firms may be unable to successfully react to the growing flow of foreign goods. The foreign competitive pressure reduce the market shares and the expected profits for domestic firms, and this reduction may lower the opportunity and the gain from innovation and investments. Thus firms may decide to stop innovating and investing and this would reduce their productivity. Especially if the high efficiency of firms at the frontier is linked to their innovation efforts we may expect that competitive pressure impacts more on productivity of these firms.”
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A autora confunde produtividade com eficiência, porque, arrisco dizer, só concebe uma estratégia de competição, a estratégia do preço, a estratégia de aumento da eficiência.
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A produtividade é um rácio:
A eficiência é um rácio:
As empresas de calçado que eram um expoente, um paradigma de eficiência (quadrante C) em Portugal, as multinacionais, não tentaram sequer fazer face aos LMCs, deixaram o país rapidamente. Basta ler Sun-Tzu ou Kasparov, não competir com a China no custo ou com a Wal-Mart no preço.
Esta definição de produtividade que se segue é arcaica, pertence ao tempo em que a oferta era menor que a procura, tempo em que melhorar a produtividade passava necessariamente pela melhoria da eficiência.
““Produtividade é minimizar cientificamente o uso de recursos materiais, mão-de-obra, máquinas, equipamentos etc., para reduzir custos de produção, expandir mercados, aumentar o número de empregados, lutar por aumentos reais de salários e pela melhoria do padrão de vida, no interesse comum do capital, do trabalho e dos consumidores”. (Japan Productivity Center for Social – Economics Development ).”
A espiral de deflação dos salários até ao nível chinês?
The only way this approach might not actually be deflationary at the eurozone level would be if it caused prices to fall sufficiently that they undercut Chinese prices; this is unlikely, and anyway would represent the export of European deflation to the poor." (Como já em 2006 equacionei, BTW é perigoso recuar no tempo neste blogue, encontramos muitas afirmações feitas no ano passado e que agora podem ser avaliadas, por exemplo:
quarta-feira, junho 02, 2010
Vai ser bem feito
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"Guest Post: Default, Please"
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"In the ancient days the Christian nations would have a debt Jubilee every 30 years. It sounds like a party because it was. Debts were forgiven en-masse when societies became constipated with debt.
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The economy will continue to stagnate, and unemployment will increase. Asset values will continue to decrease until the defaults begin. When the rot is finally purged from our system, the great American wealth machine will start anew. It is time to party like its 1454. Start your own personal debt jubilee."
Para reflexão
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But strangely, however, nobody — least of all an active politician like Mr Willetts — seems to make the connection between long-term intergenerational tensions and the present controversies over public spending and taxes."
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The populist answer to these questions is that we are all about to pay for the greed of the bankers. But this is not true. According to IMF calculations, the credit crunch, bank bailouts and recession only account for 14 per cent of the expected increase in Britain’s public debt burden. The remaining 86 per cent of the long-term fiscal pressure is caused by the growth of public spending on health, pensions and long-term care. The credit crunch and recession did not create the present pressures on public borrowing and spending. They merely brought forward an age-related fiscal crisis that would have become inevitable, as by 2020 the majority of the baby-boomers will be retired.
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The rational solution to this fiscal crisis would be for governments to reduce their spending on pensions, health and longterm care. Yet these are precisely the “entitlements” protected and ring-fenced by politicians, not just in Britain but also in America and many European countries, even as other government programmes are ruthlessly cut.
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The politics of the next decade will be dominated by a battle over public spending and taxes between the generations. Young people will realise that different categories of public spending are in direct conflict — if they want more spending on schools, universities and environmental improvements they must vote for cuts in health and pensions.
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Schools and universities are more important for a society’s future than pensions" (Sem comentários, além dos já feitos e repetidos no blogue sobre a conspiração da geração do Maio de 68 para colocar toda a sociedade a servi-los, os TuTuTu)
O choque chinês num país de moeda forte (parte II)
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Consideremos, mais uma vez, este esquema da figura que se segue, para simplificar e ajudar a interpretar os acontecimentos:
Consideremos, também, o universo dos fabricantes de calçado localizados em Portugal no final do século passado, à altura do arranque do euro, da adesão da China à OMC e dos países da Europa de Leste à EU. Vamos dividir esse universo em quatro tipos de empresas:
As empresas do tipo A são as mais comuns no país, à altura do início desta narrativa, são empresas que trabalham sobretudo em regime de subcontratadas e basicamente vendem minutos de trabalho.
As empresas do tipo B são pouco comuns, são as que dominam alguns truques do negócio, ou sejam, são capazes de produzir algo que as outras não conseguem, ou dominam canais de comercialização, ou têm marcas próprias pouco desenvolvidas que operam no mercado nacional.
As empresas do tipo C são sobretudo multinacionais ou fábricas subcontratadas, com milhares de trabalhadores. O seu negócio é preço baixo e escala, lidam com encomendas grandes, prazos dilatados e pouca variedade, pelos padrões actuais.
As empresas do tipo D são uma minoria, empresas com marca própria bem desenvolvida e que vendem sobretudo para o mercado externo a preços bem acima da média.
Agora vamos aos factos, primeiro os dados, retirados de uma publicação da APICCAPS de Dezembro de 2009.
Os macro-acontecimentos que influenciam estes números podem ser resumidos desta forma:
- Invasão do mercado mundial pelo calçado asiático a preços de arrasar;
- Aumento dos custos da mão-de-obra portuguesa, pela via do aumentos salários e pela via da adopção de uma moeda forte;
- Explosão da variedade e do factor moda no consumo de calçado, o que determinou a necessidade de encomendas mais pequenas, de prazos de entrega mais curtos, de maior variedade de modelos, de maior variedade de matérias-primas e cores.
O segundo gráfico está em linha com o anterior, como as empresas fecham, e como as encomendas encolhem em tamanho, há cada vez menos gente a trabalhar no sector.
O terceiro gráfico está em linha com os anteriores. Menos empresas, logo, menos trabalhadores, logo, menos pares produzidos.
O quarto gráfico já não é conciliável com os anteriores de uma forma directa. Especulo que depois da pancada sofrida inicialmente, as empresas que resistiram a esse primeiro embate tentaram responder optando pelo combate no mesmo campo dos concorrentes asiáticos, apostando no aumento da eficiência física, produzindo mais sapatos por trabalhador. Depois, numa segunda reacção triunfou um modelo que não assenta na eficiência mas na eficácia. Mas é só uma especulação.
BTW, uma forma de uma marca forte se defender das cópias por concorrentes sem escrúpulos, é conceber modelos pouco eficientes, modelos com muitos componentes.
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- Não tentem competir pelo preço, não têm hipótese! Como podem ser únicos? Como podem fazer a diferença?
- Assim, mais e mais empresas vão abandonar a produção pelo preço (reduzir a quantidade de empresas do tipo A) e, concentrar-se na criação de uma marca própria forte e com projecção internacional (aumentar a quantidade de empresas do tipo D) e, concentrar-se na prestação de serviços subcontratados onde a vertente rapidez, flexibilidade e know-how se sobreponham ao preço (aumentar a quantidade de empresas do tipo C) e, concentrar-se na prestação de serviços fora de comum que poucas empresas dominam (aumentar a quantidade de empresas do tipo B)
- Ou seja, em teoria, estas mudanças deverão levar a um aumento da produtividade, porque mais valor vai ser criado por menos empresas menos trabalhadores e menos pares.
O segundo gráfico mostra como o aumento do Valor Potencial criado se traduziu num aumento da facturação por trabalhador.
O terceiro gráfico mostra como o aumento do Valor Potencial criado se traduziu num aumento da facturação por par produzido.
Agora só nos falta voltar ao artigo de Daniella Magionni para usar o caso português para arranjar uma explicação alternativa à apresentada nas suas conclusões.
Continua.
Mourinho no WSJ
terça-feira, junho 01, 2010
Clientes-alvo e Valor (parte III)
- Em que é que essa medida (a redução dos salários) contribui para que as PMEs saiam do quadrante do Baixo Valor Potencial?
- Em que é que essa medida contribui para que os gestores das PMEs alterem os seus modelos mentais?
- Em que é que essa medida contribui para que as PMEs alterem os seus obsoletos modelos de negócio?
- Em que é que essa medida contribui para que as PMEs evoluam para o quadrante do Muito Elevado Valor Potencial? O único compatível com uma economia saudável num país com moeda forte.
Total sintonia
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O choque chinês num país de moeda forte (parte I)
sector (NACE 28) presents the lower dispersion."
"Second, we turn on firm level and we show that behind the negative relationship between dispersion and import penetration from LMCs there are asymmetrical firm responses according to their initial efficiency level.
We find that more productive firms support more deleterious effects from the increased exposure to foreign competition.
fixed assets as a proxy for fixed capital; and the number of employees and material costs, as proxies for inputs."
segunda-feira, maio 31, 2010
Soluções homogéneas para sectores heterogéneos
- Em que é que essa medida contribui para que as PMEs saiam do quadrante do Baixo Valor Potencial?
- Em que é que essa medida contribui para que os gestores das PMEs alterem os seus modelos mentais?
- Em que é que essa medida contribui para que as PMEs alterem os seus obsoletos modelos de negócio?
We tested the predictions from our theoretical model and confirm that indeed liberalization affected asymmetrical different types of firms. In particular, a 10 percent reduction in tariffs spurred average productivity growth between 4 and 8 percent. However, while for backward firms this effect is much weaker if not close to zero, otherwise for more advanced ones this effect is stronger with productivity growing between 11 and 13 percent. Furthermore we showed that, as a confirmation of the technology-channel, these results appear to be stronger in those sectors where the scope for the innovative activities is more pronounced."
Clientes-alvo e Valor (parte II)
El objetivo, explicó, no es dar el mismo producto al menor precio, sino dar un producto mejor que sea más caro para cobrarlo más".
domingo, maio 30, 2010
A realidade e a teoria
- mais ou menos organização;
- mais ou menos estratégia explícita;
- mais ou menos conhecimentos sobre como produzir;
- mais ou menos conhecimentos sobre como gerir o dinheiro;
- mais ou menos disponibilidade para testar o novo;
- mais ou menos coragem para dizer não a clientes;
- mais ou menos capacidade de servir;
- mais ou menos preocupação em ser diferente;
- mais ou menos investimento na inovação;
- mais ou menos investimento na relação com os clientes;
- mais ou menos atenção ao entorno e ao que pode vir daí para afectar o futuro do negócio.
Acredito, não gosto, preferia, não creio.
sábado, maio 29, 2010
Cinismo (parte II)
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Cinismo
Sempre a correr atrás do puck, em vez de antecipar para onde vai o puck
Rapidez estratégica (parte II)
sexta-feira, maio 28, 2010
Sol na eira e chuva no nabal!!!
Clientes-alvo e Valor (parte I)
- se o VALOR que um cliente sabe, ou descobre, ou desconfia, que pode criar a partir de uma transacção é elevado, ele vai concentrar-se na maximização dos BENEFÍCIOS;
- se o VALOR que um cliente sabe, ou descobre, ou desconfia, que pode criar a partir de uma transacção é reduzido, ele vai concentrar-se na minimização dos CUSTOS;
- se um fornecedor não se conhecer, se não conhecer o mercado, se não conhecer os clientes e se não conhecer os concorrentes... pode ser espremido por um cliente que queira o melhor dos mundos - colher BENEFÍCIOS sem pagar os CUSTOS equivalentes.
Quem são os clientes-alvo?
VALUE = BENEFITS minus COSTS
“It suggests that there are two distinct ways for a Sales function to create value. Either you can create additional benefits, or you can reduce the cost of the benefits you already provide.
…
We’ve said that there are two distinct ways for a sales force to create value – to increase benefits or to reduce cost.
Strategically, which way is better?
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Whether it’s better to create new benefits or to provide cheaper and easier acquisition depends entirely on the customer.
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In terms of value creation strategy, it’s clear that one size will not fit all. The model that works best for one type of customer may not work at all well for another.”
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É fundamental decidir quem são os clientes-alvo. Essa decisão, essa escolha vai determinar às nossas apostas. E servir um grupo de clientes-alvo não tem nada a ver com servir outro grupo de clientes-alvo, com outras prioridades.
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Os políticos e economistas que aconselham a redução de salários para tornar a economia de bens transaccionáveis mais competitiva... só olham para os CUSTOS, só conhecem os clientes que valorizam o PREÇO...
Trecho retirado de “Rethinking the SALES FORCE – Redefining Selling to Create and Capture Customer Value” de Neil Rackham e John De Vincentis.