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terça-feira, abril 23, 2013

O crescimento da desigualdade

Quando se fala no aumento da desigualdade social eu penso logo nisto "‘Gazelles’ widen company growth gap" como a verdadeira causa:
"The divide between midsized UK companies that are merely surviving and the better-performing “gazelles” is widening, according to a new report.
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Figures compiled by Experian, the credit checking agency, noted that although the overall number of medium-sized companies – defined as those with turnover of £2.5m-£100m – has been broadly flat at 24,955 over the past 12 months, the number of businesses within that group which have achieved high levels of growth has increased by 10 per cent to 4,353."
É a velha história que os macroeconomistas não incluem nos seus modelos, qualquer sector de actividade económica está carregado de heterogeneidade, de variabilidade, de diversidade de abordagens, de diversidade de visões, de diversidade de interpretações do que é problema e do que é solução. E é essa diversidade que torna as sociedades e as economias resilientes.
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Recordar a série "Lugar do Senhor dos Perdões", com especial relevo para as partes II e III.

domingo, agosto 19, 2012

Aproveitar as oportunidades oferecidas pela heterogeneidade

Os economistas falam e discutem sobre a competição entre empresas com uma oferta homogénea para servir uma procura homogénea.
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Por isso, quando pensam em aumentar a competitividade das empresas portuguesas, para que possam exportar mais, só pensam em medidas como a redução da TSU ou das alterações ao Código do Trabalho. O racional é, se reduzirmos estes custos de contexto, então, as empresas podem baixar os seus preços e tornarem-se mais competitivas.
Não percebo é como, uma vez aplicadas estas medidas, a preocupação seguinte é, o que é que as empresas vão fazer com o dinheiro que vão poupar? Esperem aí... com o dinheiro que vão poupar? Mas então o objectivo não era poder vender mais barato?
"Resta saber, por outro lado, que destino é que os empresários vão dar a essas poupanças. Vão reinvesti-las?"
Algo na senda desta ideias mirabolantes.
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Por mim, prefiro uma visão do mundo das empresas e dos clientes onde a heterogeneidade de parte a parte permite a criação de valor para uma rede de intervenientes.
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"According to classical economics, the advantages that a business enjoys, unless it is protected by monopoly or stable oligopoly, will be eroded by competition until only normal profits sufficient to cover the costs of capital remain. "How then can we expect businesses to enjoy sustained competitive advantages that result in superior i.e. nonnormal profits that endure for considerable periods of time? The answer lies in the ability of the business to generate abnormal profits by extracting different types of economic rent from its activities that are sustainable.
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In addition to monopoly and oligopoly rents, which have been very well worked by economists and will not be discussed here, other sources of rents available to businesses are Schumpeterian, Ricardian and opportunity rents.
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Much prominence is given in economics to the first four categories of rent (monopoly, oligopoly, Schumpeterian, Ricardian), but it is probably the minority of businesses that can rely upon these rents as a source of sustained returns. Instead, the majority of businesses rely upon their ability to extract opportunity rents, and resulting opportunity profits from their activities. What are opportunity rents?
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firms exist because they provide a more efficient way than markets to handle complex, customised transactions in situations of bounded knowledge and opportunism.
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markets are often not capable of supplying customers precisely what they want when they want it in an efficient and effective way. Typically, business–customer exchange is deeply specific and idiosyncratic (on both sides), and this creates the opportunity to create value through exchange that is not zero-sum. Part of the value created accrues to the business as an opportunity rent for the specific, heterogeneous set of idiosyncratic resources deployed by the business, which enable the specific exchange to occur with the particular customer concerned. Businesses exist to extract these rents, not just to minimise the transactional costs of supply and optimise their production function (the focus of economists). If businesses extract opportunity rents successfully, they will earn superior returns.
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Typically, economists describe price discrimination between customer groups that are internally homogeneous where the offered price of a homogeneous product is different between the groups of customers. Contrast idiosyncratic exchange, which takes place between heterogeneous customers who purchase idiosyncratic variants of a product through a non-uniform interface with businesses that are themselves heterogeneous in structure. Heterogeneity is the source of value in exchange, and the source of opportunity rents and profits.
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What is not in doubt, however, is that successful businesses are able to capture opportunity rents from the customers within the confines of idiosyncratic win-win exchanges. 
So long as businesses and individuals remain different, opportunities will exist for rents to be extracted. Only when all businesses and purchasers become the same, homogenous, will returns fall to the level of normal profits favoured in the discussions of economists." 
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Trechos retirados de "Astute Competition" de Peter Johnson.

terça-feira, agosto 07, 2012

O triunfo da heterogeneidade

Ontem, durante o meu jogging, ao reflectir sobre o que tinha lido no capítulo 1 ("The Economics of Strategic Diversity") de "Astute Competition - The Economics of Strategic Diversity" de Peter Johnson, interroguei-me sobre o impacte dos economistas na economia do país.
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Que impacte terá uma classe educada, moldada, condicionada a pensar em termos de competição perfeita, monopólios, oligopólios, em suma, commodities... aqueles que conseguem, através do contacto com a realidade, partir o molde são uns heróis.
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Agora, percebo melhor a ênfase nos custos e, sobretudo, a visão redutora de olhar para um sector económico como um bloco homogéneo onde todos competem da mesma maneira, ou seja, pelo preço.
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Por isso, Daniel Bessa e os seus pares são incapazes de perceber o real, eles falam de mercado, e na realidade o que existem são seres vivos únicos, não matematizáveis, as empresas... e como prova da sociedade de vácuo e espuma em que vivemos, apesar de falharem uma e outra vez nas previsões, continuam a ser convidados para descrever a realidade e continuar a fazer previsões.
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Por isso, o mainstream fica admirado com a resiliência da economia real e das empresas reais, e só concebe uma explicação o preço, neste caso a cotação do euro (aqui e aqui).
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Por isso, a tríade, como lhes chamo há muito tempo, olha para um sector económico como um bloco homogéneo coerente, maciço... quando a realidade é saudavelmente heterogénea. Heterogeneidade entre empresas é o equivalente à biodiversidade na biologia, nos ecossistemas. O melhor seguro contra as catástrofes!!!
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"Contemporary neoclassical economics does not provide an adequate account of the competition between diverse businesses.
Nowhere though do we encounter a business as the object of investigation in traditional economics. In other words, there is a huge gap in the economics coverage of commercial activity. Why is this? Part of the reason is that the focus of economists is on markets rather than on businesses.
Management and strategy seem to have little importance: notionally at least, we could optimise the production function with but a few hours of linear programming.
Businesses get things done, facilitating intent and action in a way that is fundamentally beyond the scope of the market mechanism. We can consider businesses to be the vehicle to extract economic rents through the competitive control of resources; they are the building blocks of heterogeneous competition.
Like people, businesses are unique and the teams working in them expect strategies to reflect the specifics of the business, not averages or generalisations drawn across a large number of other businesses, which are each in fact distinct. Furthermore, businesses like individuals learn and adapt, (Moi ici: Por isso, o pensamento newtoniano de causa-efeitos eternos e imutáveis não funciona) particularly in the light of generally held assumptions about how businesses behave or conform to expectations. In talking to the key individuals in a business, it soon becomes apparent that heterogeneity is the key to generating returns different from those of competitors. Richard Rumelt got it right when he said:
Similar firms facing similar strategic problems may respond differently.
Firms in the same industry compete with substantially different bundles of resources using disparate approaches. These firms differ because of different histories of strategic choice  (Moi ici: A lição do espaço de Minkowsky, aqui tambémand performance and because managements appear to seek asymmetric competitive positions. (Foss 1997: 132)
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Economics heads in the opposite direction since it is determined to eliminate or render irrelevant the specifics of the individual situation. (Moi ici: Bem me parecia a mim, anónimo engenheiro de província, que era assim que os economistas viam a coisa, mas pensava que era defeito. Afinal é feitio) As a result, markets are the antithesis of businesses — all the non-systematic, business-specific information is washed away in the economists’ assumption of efficient and deep product markets: this is what transactional cost economics tells us happens when markets function well. The transactions are nominally the same and as a result individual businesses are not relevant to the making of purchasing decisions because they all offer whatever it is that the market provides. But this emphasis on anonymity in economics goes beyond the featureless neutrality of markets.
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The entire approach of traditional economics is to try to introduce homogeneous elements to make a situation tractable — essentially various forms of everything else being assumed to be the same — in order to establish a general conclusion of the form ‘whenever we have X, then Y follows’. More fully, though, we should say that ‘whenever we have two situations that only differ in so far as X occurs in one and does not in the other, then Y will occur in the situation that X occurs’. This uniformity of background assumption is generally known as the ceteris paribus assumption e.g. same product, same production processes, same customer needs. In real business situations, it is extremely rare for conditions to repeat themselves, in other words, for ceteris paribus to hold.
In a similar fashion, the force of ceteris paribus thinking extends to the way economists think about the businesses themselves. Traditional economic analyses of business problems show little understanding of the heterogeneous internal structure of businesses that result from their selection of business model.
While Michael Porter and other industrial organisation theorists perceive the existence of cost- and value based sources of competitive advantage, they are not able to link in a specific way these advantages to the configuration of the firm. The typical assumption is that the differences relate either to economies of scale and scope, or to operational efficiency.
Very little attention is given to differentiated internal structures since this undermines the powerful underlying requirement that competing businesses are relevantly similar, permitting the application of ceteris paribus thinking.
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It is easy to suspect that traditional economists cannot in fact explain how businesses make a sustained profit. In a world of perfect competition supernormal profits will be zero, and the suggestion of economics is that anything other than this outcome is either inefficient, transient or morally reprehensible. This failure to understand the source of sustained business profits probably arises from the focus of traditional economics on only three types of competition (monopoly, oligopoly and perfect competition — all of which are selected and investigated because they are susceptible to mathematical analysis) and associated rents.
Economists also tend to regard differentiation within a product or service as a variant of price, when in fact price may not be a criterion that determines purchase.
We find that often a reasonable price, not necessarily the best price, is a threshold requirement for a product or service to be bought; however, the dominant criterion that triggers a purchase decision relates to aesthetics, ease-of-use, name recognition or some other set of considerations.
When we turn to the basis of competition between businesses, economists usually assume that strategic positioning problems are essentially pricing problems, and this single price variable entirely captures the decision criteria of the purchaser."

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Inflexibilidade mental

Assim se demonstra a estupidez da inflexibilidade mental que vê um sector industrial como um bloco homogéneo:
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"Sindicatos reclamam um aumento salarial de 9,6% para os trabalhadores da indústria do calçado em 2012".
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Se recordarmos as mutações deste postal "Quem é que gosta de viver numa "Reserva Integral"? (parte I)" será de esperar que as mutações B e C possam dar aumentos salariais generosos (não sei se 10% é razoável). Contudo, as mutações A, que formam a base da pirâmide, não podem, não conseguem suportar este tipo de aumentos.
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Cada empresa é um caso único.
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BTW, é este fenómeno das mutações A que explica, na minha opinião, o aumento da desigualdade salarial um pouco por todo o lado.

terça-feira, janeiro 04, 2011

Um exemplo da heterogeneidade dentro de um sector económico.

Um exemplo concreto da distribuição de produtividades, da heterogeneidade de um sector. Comparar estes relatos.
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Este ""Um ano de frustração"":
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"O ano que terminou deverá ficar para a história como um dos piores das últimas três décadas em termos de encerramentos e desemprego na região do Alto Minho. Segundo a União de Sindicatos, fecharam, em 2010, quase uma centena de empresas.
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Face a um fechar de ano desolador e sob pena de o próximo ser "de uma calamidade brutal", Branco Viana alerta para a necessidade de "serem tomadas algumas medidas, nomeadamente por parte do poder autárquico" para criar emprego na região. "Há que criar benesses, incentivos para atrair os investidores e este é um caminho que compete às forças vivas", conclui."
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Com este "Têxtil e vestuário com exportações recordes":
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"A indústria têxtil e do vestuário deverá terminar o ano com uma subida de 5% das exportações. A acontecer será o maior crescimento percentual da última década. Até Outubro, o sector exportou 3049 milhões de euros, mais 4,8% do que no ano anterior.
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"Pode dizer-se que 2010 será bastante positivo e que poderemos ter o maior crescimento das exportações da última década", adianta ao JN o director-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP). Segundo Paulo Vaz, o último ano em que as exportações de têxtil e vestuário cresceram foi o de 2007 e, nesse ano, o aumento foi de 4,6%.
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"Até Outubro, as exportações cresceram 4,8% e acredito que vamos fechar o ano acima dos 5%", refere o director-geral da ATP."

segunda-feira, maio 31, 2010

Soluções homogéneas para sectores heterogéneos

Já repararam no peso dos salários em Portugal no PIB do país?
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Várias fontes revelam vários números, mas a conclusão é a mesma:
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Os portugueses, em valor absoluto, ganham pouco. Mas quando comparamos aquilo que os portugueses ganham com aquilo que os portugueses produzem... a conclusão é: os portugueses ganham muito.
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O peso dos salários portugueses no PIB do país é alto porque as empresas portuguesas, no agregado, produzem produtos e serviços com um baixo valor acrescentado.
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Ou seja, no agregado, as PMEs (que representam mais de 92% do emprego em Portugal) estão no quadrante onde há menos potencial para se originar valor:
Quando se propõe uma redução dos salários nas PMEs, para aumentar a sua competitividade, pergunto:
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  • Em que é que essa medida contribui para que as PMEs saiam do quadrante do Baixo Valor Potencial?
  • Em que é que essa medida contribui para que os gestores das PMEs alterem os seus modelos mentais?
  • Em que é que essa medida contribui para que as PMEs alterem os seus obsoletos modelos de negócio?
A minha alma de não-economista fica parva quando descobre as patranhas que os economistas teóricos ensinam nas universidades. Neste artigo de Agosto de 2009 "Productivity Dispersion and its determinants: the role of import competition" encontro esta Introdução:
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"Recent firm and plant-level works have found large and persistent diff erences in productivity levels across firms even within a narrowly defi ned sector (Bartelsman and Doms, 2000, Haller, 2008 for Ireland, and Escribano and Stucchi, 2008 for Spain). This evidence is confi rmed both for labour productivity and total factor productivity, thus the factor intensity is not the unique determinant behind the great disparity in fi rm productivity. A growing theoretical literature has started dealing with fi rm heterogeneity, especially in international economics a new strand has developed on heterogeneous fi rm hypothesis (the pioneering work is Melitz, 2003). The availability of rm and plant level datasets has allowed the proliferation of the empirical works in this field, and most research has focused on manufacturing industries. The finding of the co-existence of heterogeneous firms in the same sector also arises the question about the factors behind the sectoral productivity dispersion, with both a cross-sectional and longitudinal perspective."
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Ou seja, parece que até há pouco tempo se olhava para um sector económico como uma realidade homogénea. Ou seja, se uma empresa num sector tem problemas é porque é mal gerida, porque se fosse bem gerida teria um desempenho igual ao desempenho do sector... daqui, saltar para soluções homogéneas para todo um sector visto como um bloco homogéneo é um tiro... daí o reduzir salários surgir como a solução milagrosa, porque o que está mal não são as soluções, as opções individuais de cada empresa, já que não há alternativas de gestão.
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Quando um país com a maioria das suas empresas a operar no quadrante do Baixo Valor Potencial abre as suas fronteiras ao comércio com países de mão-de-obra barata... its doomed, ver "The Better You Are the Stronger It Makes You":
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"We started from a stylized fact showing an increase in the industrial inequality after NAFTA was implemented, despite a substantial exit of less productive plants. In order to rationalize such result we developed a neo-Schumpeterian growth model predicting that the impact of liberalization is asymmetric across different types of firms, with “good firms” benefitting more from the increase in competitive pressures than “bad ones”. In this model, the liberalization tends to generate two competing effects: on one side it spurs more innovative efforts, because of the increased entry threat by foreign competitors. On the other side, enhanced competition curtails expected profits and reduces the resources available to enhance innovative activities. The “pro-competitive effect” is weaker for less advanced firms as for them it is harder to catch-up with the “technology frontier”.
We tested the predictions from our theoretical model and confirm that indeed liberalization affected asymmetrical different types of firms. In particular, a 10 percent reduction in tariffs spurred average productivity growth between 4 and 8 percent. However, while for backward firms this effect is much weaker if not close to zero, otherwise for more advanced ones this effect is stronger with productivity growing between 11 and 13 percent. Furthermore we showed that, as a confirmation of the technology-channel, these results appear to be stronger in those sectors where the scope for the innovative activities is more pronounced."
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Não precisamos, porque não resultam, de soluções únicas, de soluções homogéneas para fazer face a problemas que entidades heterogéneas vivem e sentem.
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O que têm feito as empresas portuguesas no sector do calçado?