quarta-feira, maio 11, 2016

Curiosidade do dia

Saíram os números do desemprego do INE e os mestres do spin lançam a história da comparação homóloga:
Recordar o que escrevi em Setembro de 2013 sobre a comparação homóloga do desemprego em Se subir o desemprego, ainda desce. Agora como o sentido é outro o título poderia ser: Se baixar o desemprego, ainda sobe.
.
Prefiro, no entanto, voltar ao gráfico que fiz em Janeiro deste ano, no postal A imprensa amestrada actualizado até Março:

Em Janeiro de cada ano o número de desempregados, segundo o IEFP, é o zero.
.
É fácil de ver o aumento a partir de Julho de 2015. E, para os que se desculpam com a sazonalidade... a comparação permite ver que há qualquer coisa de anormal em curso.

"is on the making"

Uma leitura que me fez recuar a estudos de 2007 sobre a utilidade de desenhar cenários acerca do futuro das empresas:
"The idea behind Scenario Planning is to examine the drivers that will impact the organization in the future and, based on those drivers, create several plausible scenarios related to the decision at hand. For each of those scenarios, the organization then formulates a story that explains the scenario, and that can be used to determine how the company would like to see itself in that scenario.
...
Scenarios are not about predicting the future, rather they are about perceiving futures in the present.” As they look to the future, however, they give decision-makers high-resolution images of what that future might look like, rather than the single weighted metric often used in investment planning. Scenarios are not just about making better decisions in the present instant.
.
Scenario Planning practitioners try to find leading indicators for each scenario. As Schwartz explains, “It is important to know as soon as possible which of several scenarios is closest to the course of history as it actually unfolds.” In other words, Scenario Planning increases our agility because it keeps all scenarios alive as possibilities, and it trains us to recognize which scenario is occurring and to react accordingly. “Using scenarios,” Schwartz says, “is rehearsing the future. You run through the simulated events as if you were already living them. You train yourself to recognize which drama is unfolding. That helps you avoid unpleasant surprises and know how to act.”"
Ao ler isto como não pensar na situação do país... os drivers todos os dias vão pintando um cenário cada vez mais negro e, no entanto, quem de direito continua a contar uma estória da carochinha e recusa agir em conformidade.
Se a isto associarmos o aumento da despesa no Estado, não é difícil prever que algo de doloroso "is on the making". No entanto, media, maioria, governo e presidente continuam a embalar-nos com contos de fadas.


Trechos retirados de "The Art of Business Value", de Mark Schwartz.  

Adultos e crianças

Muitas vezes, ao ouvir certos partidos políticos a apresentarem as suas propostas, recordo a experiência dos marshmallows. Parece que têm uma orientação estratégica de promover tudo o que seja redução do tempo para obter uma gratificação. Gratificação imediata é o propósito.
.
O que é triste porque acredito que tudo o que vale a pena exige capacidade de adiar a gratificação.
.
Este texto de Seth Godin pode ser considerado por alguns como perigosa treta neoliberal "On being treated like an adult". No entanto, acho que acerta no alvo:
"if you want to avoid this situation...
.
Make long-term plans instead of whining
.
Ask hard questions but accept truthful answers [Moi ici: Recordar o tratamento dado a Teodora Cardoso]
.
Don't insist that there's a monster under the bed [Moi ici: E chama-se Merkel] even after you've seen there isn't
.
Manage your debt wisely"

Acerca dos "service ecosystems" (parte II)

Parte I.
"Traditionally, the majority of views on markets in the marketing literature has been grounded in neoclassical economic thought, which views markets as ‘a priori’ realities that emphasise ‘products’ as the foundational ingredients in all business activities
...
Markets viewed from a service ecosystems perspective, on the other hand, are neither seen as predetermined nor static, but as being continually ‘performed’ through the enactment of practices of systemic actors and their direct and indirect connections. [Moi ici: Mercados não como um dado mas como uma variável] In other words, this view highlights the participation of multiple actors, who interactively and interdependently exchange and integrate resources in ways that are much broader than restricted exchanges.
...
Consequently, a service ecosystems view of markets highlights that value co-creation practices are not limited to producer and consumer dyads, but that markets are continually formed and reformed through the activities of broader sets of social and economic actors. Kjellberg and Helgesson (2006, 2007) view markets as the ongoing results of three types of practices: (1) exchange practices, (2) normalizing practices, and (3) representational practices. Exchange practices are routinized activities related to economic exchanges in a market (including restricted exchange); normalizing practices are those that contribute to establishing rules or social norms related to a market; and representational practices are those that depict what a market is and how it works."
Trechos retirados de "Extending actor participation in value creation: an institutional view" de Heiko Wieland, Kaisa Koskela-Huotari & Stephen L. Vargo, publicado por Journal of Strategic Marketing, 2015

No meu campeonato as exportações do 1º trimestre correram bem!

Há muitos anos que acompanho e interpreto os números das exportações à minha maneira, tentando manter alguma coerência. Para mim, o importante não é a quantidade que se exporta mas o perfil das exportações. Por isso escrevi Um outro olhar sobre os números das exportações em Outubro de 2013.
.
Ontem, quando olhei para o excel do INE o que procurei foi:
  • Qual foi a diferença homóloga do acumulado das exportações? E a resposta foi -239 milhões de euros.
Depois, pensei como sempre, o que me interessa são as exportações sem combustíveis e pópós, porque é aí que está o grosso do trabalho das PME:
  • Sem combustíveis e pópós como se compara o primeiro trimestre de 2016 com o de 2015? As exportações de combustíveis caíram 264 milhões e as exportações de pópós caíram 47 milhões de euros! Quer isto dizer que sem contar com combustíveis e pópós as exportações do primeiro trimestre de 2016 cresceram 72 milhões de euros!!!
Podem argumentar que estou a defender a geringonça e que isto é conversa da treta.
.
Quero lá saber da geringonça!!! Para mim, isto representa o trabalho das empresas anónimas deste país. Comparando os trimestres homólogos:
  • as exportações de mobiliário cresceram 59 milhões de euros;
  • as exportações de máquinas, aparelhos e material eléctrico cresceram 49 milhões de euros;
  • as exportações de produtos farmacêuticos cresceram 45 milhões de euros;
  • as exportações de vestuário e seus acessórios de malha cresceram 41 milhões de euros;
  • as exportações de plásticos e suas obras cresceram 37 milhões de euros;
  • as exportações de aeronave e outros aparelhos aéreos cresceram 26 milhões de euros;
  • as exportações de produtos cerâmicos cresceram 16 milhões de euros;
  • as exportações de borracha e suas obras cresceram 15 milhões de euros;
  • as exportações de cortiça e suas obras cresceram 15 milhões de euros;
  • as exportações de aparelhos de óptica e fotografia cresceram 15 milhões de euros;
  • as exportações de calçado cresceram 10 milhões de euros;
  • as exportações de plantas vivas e floricultura cresceram 10 milhões de euros.
Informo que por uma questão pessoal não incluí os 46 milhões de euros de crescimento das exportações de pasta de papel e papel e cartão e suas obras, por causa dos eucaliptos.
.
Acham que estou de acordo com esta narrativa "Março correu mal"?
.
Nope!
.
O meu campeonato não é o do crescimento dos números absolutos. Se eles vierem, saúdo-os com força. Contudo, o meu campeonato é o do crescimento das PME exportadoras, as que criam emprego.

terça-feira, maio 10, 2016

Curiosidade do dia

"O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, anunciou hoje que serão lançados esta semana os avisos para as linhas de financiamento de capital de risco e Business Angels para empresas e investidores, que poderão chegar aos 460 milhões de euros."
Estranho país este onde um governo lança linha de financiamento para Business Angels.
.
Na minha ingenuidade de anónimo da província pensava que um Business Angel arriscava o seu capital. Apostar capital em empreendimentos muito arriscados com dinheiro dos outros é refresco.

Trecho retirado de "Mais de 400 milhões em linhas de capital de risco e Business Angels avançam esta semana"

T-TIP, Mongo e o código (parte III)

Parte II e parte I.
"We build upon legacy not only because it’s what we know, but because we’re still profitable doing so.
.
But what happens when your connected customers outnumber your legacy customers? Well, it’s either happened or is happening.
We’ve lulled ourselves into satisfaction with incrementalism; we’ve come to a point where we need to substantially reinvent."
É isto que embala muitas PME e impede que façam a transição para Mongo mais rapidamente, com um sentido de urgência.
.
BTW, quando escrevo sobre Mongo e o "é meter código nisso" esqueço-me sistematicamente de realçar um outro factor, a arte.
.
Trecho retirado de "X: The Experience When Business Meets Design" de Brian Solis.

Reshoring - Um exemplo concreto

""We were looking for tighter quality control," says Jay Walder, the company's new CEO, who previously ran city transit systems in both New York and Hong Kong. "It's a heck of a lot easier to visit a vendor in Detroit than it is to visit a vendor in China. It actually saves us costs in doing it."
.
Detroit-made bicycles can also be made and delivered more quickly.
...
The factory is building a new version of the bike, designed by custom bike designer Ben Serotta, that attempts to address some of the problems faced by earlier designs."
Um exemplo concreto do que significa apostar na redução dos custos de aquisição em detrimento de simplesmente reduzir preços. Um exemplo concreto do que no agregado está por trás do fenómeno do reshoring.
.
Recordar "Preço ou custo?"
.
Trechos retirados de "The Country's Largest Bike-Share Operator Is Now Making Its Bikes In Detroit"

Acerca dos "service ecosystems"

Em 2004 um desafio profissional num cliente levou-me a descobrir os ecossistemas da procura quando ainda eram um tema obscuro.
.
Quando ano depois descobri a service dominant logic foi amor à primeira vista. Todos os anos procuro apanhar o que se vai escrevendo e sinto que vamos todos esticando a nossa capacidade de desenvolver uma interpretação da realidade. Ainda me lembro de em 2011 escrever esta série "Não é armadilhar, é perceber os clientes dos clientes" para sublinhar que quando se trabalha ao nível do ecossistema a concentração no cliente não é necessariamente a perspectiva mais adequada.
"the division of actors into dichotomies such as ‘producers’ and ‘consumers,’  ‘paying’ and ‘non-paying’ customers, and ‘adopters’ and ‘non-adopters,’ is based on narrow, unidirectional, transactional, and dyadic views on value creation and delivery.
...
this perspective moves away from linear and sequential creation and flow perspectives of value toward the existence of more complex and dynamic exchange systems of actors (i.e. service ecosystems), in which value creation practices are guided by institutions (i.e. rules, norms, meanings, symbols, and similar aides to collaboration) and, more generally, institutional arrangements (i.e. interdependent sets of institutions).
...
define service ecosystems as relatively self-contained, self-adjusting systems of resource-integrating actors connected by shared institutional arrangements and mutual value creation through service exchange. According to the service ecosystems perspective, value co-creation resides in the intersections of all actors and resources that are integrated, including resources and actors that influence value co-creation indirectly. Thus, this view underlines the complex and dynamic nature of social systems, through which service is provided, resources are integrated, and value is co-created. It urges marketing scholars and practitioners to abandon the producer and consumer divide and to see all parties as resource-integrating actors with the common goal of co-creating value for themselves and others. Instead of ‘single-actor’ centricity, such as customer or company centricity, the service ecosystems perspective urges balanced centricity [Moi ici: Como não recordar "Não é armadilhar, é educar" e "Plataforma nos materiais de construção] and a more generic actor conceptualization.
The definition of service ecosystems also points to the dynamic and self-adjusting nature of these systems. ‘Each instance of resource integration, service provision, and value creation, changes the nature of the system to some degree and thus the context for the next iteration and determination of value creation’. Consequently, the dynamic and self-adjusting nature of ecosystems broadens and extends the concept of value-in-use to the notion of value-in-context. Value-in-context implies that value is not only always co-created, but also always contingent on the accessibility, evaluation, and integration of other resources and actors and thus contextually specific. Hence, value needs to be understood in the context of the social system in which it is created and evaluated."

Trechos retirados de "Extending actor participation in value creation: an institutional view" de Heiko Wieland, Kaisa Koskela-Huotari & Stephen L. Vargo, publicado por Journal of Strategic Marketing, 2015

É preciso ser coerente

Há dias fiquei abismado por ouvir Nicolau Santos na Antena 1 a propor que Portugal se tornasse um paraíso fiscal para os investidores estrangeiros.
.
Na altura no Twitter comentei:
Faria sentido Bruno de Carvalho querer ser presidente do Benfica?
.
O seu passado não seria um CV recomendável para se atirar a esse objectivo. Será que o CV de Portugal o torna recomendável para esse objectivo?
Qual o histórico?
Qual o reflexo instintivo da classe política portuguesa?
.
Voltei a lembrar-me disto quando ontem li "Sounds Like the Return of Ron Johnson":
"Interesting to read that Land’s End – the middle of the market retailer – is now being led by CEO with upscale fashion aspirations.  She prefers New York to the Dodgeville, Wisconsin headquarters, wants to move the brand upscale and refers to some of the company’s traditional offerings as “ugly.”
...
But has the board forgotten the basics of leadership here?  As many critics have argued, the attempts to turn around Penney’s were doomed by a culture clash, the inability to bring people along and basically a lack of leadership."
Como não recordar Pine & Gilmore e o espaço de Minkowski em "O paradoxo da estratégia (parte II: As posições anteriores limitam as posições futuras)" ou mesmo Ricardo Haussman e os macacos que não voam.

segunda-feira, maio 09, 2016

Curiosidade do dia

Das "Estimativas Mensais de Emprego e Desemprego - Março de 2016" publicadas pelo INE no final do mês de Abril retirei:
"A estimativa provisória da população desempregada para março de 2016 foi de 615,2 mil pessoas, o que representa um decréscimo de 1,1% face ao valor definitivo obtido para fevereiro de 2016 (menos 6,6 mil pessoas). A estimativa provisória da população empregada foi de 4 475,9 mil pessoas, menos 1,2 mil do que no mês anterior (ao que corresponde uma variação relativa quase nula)."
De "Função pública perde 3.460 trabalhadores para a reforma até junho, menos 58%" retirei:
"o número total de novos pensionistas registados entre janeiro e junho de 2015 (8.308)."
O que dá uma média de 1385 novos pensionistas por mês.
.
E volto ao canário na mina, talvez se deva ter uma dupla precaução com a interpretação dos números do emprego.

Qual a diferença?

"China is doubling down on efforts to keep unprofitable factories afloat despite for years pledging to curb excess capacity, adding to a glut of basic materials flooding the global economy.
...
According to a Wall Street Journal analysis of Chinese public companies, Chinese government support includes billions of dollars in cash assistance, subsidized electricity and other benefits to companies. Recipients include steelmakers, coal miners, solar-panel manufacturers, and other producers of other goods including copper and chemicals."
E o que se faz com a produção de leite e de carne de porco por cá?
.
Qual a diferença?
.
"Produtores de leite e suinicultores terão isenção de 50% das contribuições à Segurança Social"

Trecho retirado de "China Continues to Prop Up Its Ailing Factories, Adding to Global Glut"

O modelo do século XX já não é relevante

Um artigo interessante, "A Europa é o Japão mais o Islão", recordar "Liars, bulshiters e enganados (parte I)".
.
A propósito deste trecho:
"4. No actual capitalismo globalizado o sucesso do homo economicus passa pela competitividade. Implica, para uma empresa, para um sector, ou para uma economia nacional ser capaz de enfrentar a concorrência e vencê-la, obtendo a preferência dos consumidores no mercado nacional e / ou internacional. Mas o capitalismo necessita de um crescimento permanente o qual, entre entras coisas, precisa uma demografia em renovação e crescimento. Paradoxalmente, as exigências de competitividade ligadas à extrema competição capitalista tendem a criar as condições do declínio demográfico. A consequência inesperada, ou subestimada, é que o próprio modelo capitalista fica em causa."
Quando se adopta a concorrência imperfeita percebe-se o quanto os sublinhados estão datados e ultrapassados.
.
A concorrência imperfeita tem horror à "extrema competição capitalista" prefere os ecossistemas, prefere outra abordagem "Competition Analysis? Why not Cooperation Analysis?"
.
Quanto ao crescimento permanente e à necessidade de uma demografia em renovação e crescimento também não são determinantes num modelo baseado na concorrência imperfeita, num modelo baseado em Mongo. O modelo do século XX já não é relevante.

"O homem não conhece o futuro"

"that is how most strategies emerge: Discovery trumps planning.
...
So how do we deal with the fact that discovery trumps planning?
One common reaction is to pretend that the success was planned. Of course, after a discovery we naturally try to make sense of what we see working so well. And there is nothing wrong with retrospective rationalization; we do it all the time in business school “case studies” in an effort to learn. The problem is allowing retrospective rationalization to masquerade as a well-planned strategy, ... Such a misunderstanding leads observers to think (wrongly) that great businesses result from a great plan.
.
Another bad reaction is to wax cynical, surmising that success really just comes down to luck. This conclusion denies the fact that some people are better than others at spotting the opportunities that (luckily) come along. There is much more to discovery than the flip of a coin. When plans produce unanticipated consequences, these look like failures. If you think that leadership means waiting to get lucky, you’ll conclude from such failure that your luck has run out – a self-fulfilling prophecy.
.
But there is information in those unanticipated consequences for those who know to seek it out. Scott Cook, Intuit’s founder, coaches his people to “savor surprises” – to see deviations from plan as the fountainhead of opportunity. Seen this way, the strategic plan is just step one in the discovery process. Leaders that understand this truth do not pretend to know the solution in advance. Instead, they plan to discover."
Recordar "O seguro morreu de velho":
"O homem não conhece o futuro. Quem lhe poderia dizer o que há de acontecer em seguida?" Eclesiastes 10, 14.
.
E no entanto:"Semeia a tua semente desde a manhã, e não deixes tuas mãos ociosas até à noite. Porque não sabes o que terá bom êxito, se isto ou aquilo, ou se ambas as coisas são igualmente úteis."
Eclesiastes 11, 6
.
Demos o nosso melhor, fizemos as nossas apostas mas temos de estar, temos de permanecer atentos e abertos a mudar, a corrigir o tiro, tendo em conta os sinais que emergem da realidade durante a viagem a caminho do futuro desejado, por que o que vamos obtendo é o futuro real.

Trechos iniciais retirados de "Discovery Trumps Planning, So Plan to Discover"

É melhor prepararmos-nos

Primeiro, gostaria de recordar Nassim Taleb e uma frase que muito aprecio:
"Economists fail to get w/ GDP growth that anything that grows without an "S" curve (slowing down phase) blows up."
Depois, esta reflexão:
"So instead of merely praising firms that are doing well and excoriating those that do badly, perhaps we should look at the one true thing that all successful companies have in common—sooner or later all hit hard times. Technology changes, markets turn and consumer tastes turn fickle. When any of those things happen, you will take a hit.
.
And if you look at anybody who has achieved extraordinary success, you will find that they transcend failure.
...
So instead of trying to find that magical skill or strategy which will rocket us to the top, we’d be better off preparing ourselves for the rocky road ahead. [Moi ici: Conversa perigosa para os fragilistas, sempre confiantes no alinhamento dos astros em seu favor] We are sure to falter at some point—and probably often—but that never has to be the end of the story. The only way to truly fail is to stop trying; the only true disgrace is to accept defeat."
Trecho retirado de "Can One Thing Make Your Business Successful?"

domingo, maio 08, 2016

Curiosidade do dia

A propósito deste trecho:
"João Cerejeira não tem dúvidas de que o principal problema do mercado de trabalho em Portugal é a qualificação dos trabalhadores, “seja por via da educação formal, seja por formação no posto de trabalho”. “No futuro, é de esperar que as tendências mais recentes se reforcem: uma cada vez maior dificuldade de integração no mercado de trabalho dos jovens ou dos mais velhos desempregados que têm uma formação inferior ao ensino secundário”, alerta."
Retirado de "Mais de um quarto da população empregada já tem o ensino superior".
.
Como o enquadrar com:
"The phenomenon describing these trends is known as labor polarization, where growth is concentrated among high- and low-skilled jobs but the middle shrinks."
Trecho retirado de "The Rise of Knowledge Workers Is Accelerating Despite the Threat of Automation"

Como o enquadrar com as estatísticas do IEFP?

IMHO "o principal problema do mercado de trabalho em Portugal é" a falta de empregadores, a falta de procura, o resto é treta.
.
.
E volto ao Estado Predador e ao "Vamos brincar à caridadezinha"

Como é possível os jornalistas esquecerem-se do elefante no meio da sala?

Recuo a Setembro de 2015 e a "Para direcções associativas que pensam à frente" e a Outubro de 2015 e a "Ainda acerca do impacte do T-TIP".
.
O tema é o T-TIP e o seu impacte potencial no principal, no maior sector exportador português.
.
Agora leiam "Ameaças e oportunidades do TTIP para Portugal" publicado hoje no jornal Público.
.
.
.
.
.
Quantas referências são feitas ao maior sector exportador português?
.
.
Não encontrei nenhuma.
.
Como é possível os jornalistas esquecerem-se do elefante no meio da sala?

"Experiences are more important than products now"

"In math, x represents a variable to be solved for. In business, the x we must solve for is the experience we want to give our customers.
...
“An experience occurs when a company intentionally uses services as the stage, and goods as props, to engage individual customers in a way that creates a memorable event.”
...
Experiences are more important than products now. In fact, experiences are products. They’ve also become a lively topic of consumer comment for all the world to hear. People increasingly share their experiences with companies and products in our connected economy, and we can either be active participants in creating and nurturing desired experiences or spend more and more time trying to react or make up for bad experiences. What’s more, consumer demands continue to evolve. We’re just getting started.
...
And because so few companies offer quality experiences, customers are willing to pay more for them. Any company that shows any semblance of empathy now possesses a tremendous competitive advantage.
...
The bottom line is that for most companies, customer experience is not truly a priority. They manage it instead of lead it. They scale and optimize their current practices, generally focusing on some technology fixes and doing good marketing.
...
Eighty-five percent would pay up to 25 percent more to ensure a superior customer service experience."

Trechos retirados de "X: The Experience When Business Meets Design" de Brian Solis

Mongo em modo turbo


""WE BELIEVE THIS WILL BE AS BIG AS THE INTERNET ITSELF," SAYS CHEYER. "IT'S A REVOLUTION.""
"They had ordered pizza, from start to finish, without placing a single phone call and without doing a Google search — without any typing at all, actually. Moreover, they did it without downloading an app from Domino’s or Grubhub.
...
Powered by artificial intelligence and unprecedented volumes of data, they could become the portal through which billions of people connect to every service and business on the Internet. It’s a world in which you can order a taxi, make a restaurant reservation and buy movie tickets in one long unbroken conversation — no more typing, searching or even clicking."



A economia das transformações


"The idea of staging a transformative experience, not only as marketing but as a product to be sold, is linked to the wider rise of the “Transformation Economy” as foreseen by B. Joseph Pine II and James H. Gilmore, who have long described product innovation in consumer markets as a multi-staged “progression of economic value” from commodities to goods to services to experiences to personal transformations, where a better you becomes the product.
...
When we buy experiences, those purchase make us happier than when we buy things,” says Pine, citing a 2014 Boston Consulting Group report which reveals that of the $1.8 trillion spent on “luxuries” in 2013, nearly $1 trillion, or 55 percent, was spent on luxury experiences. “Some large part of that trillion is luxury transformations: people looking to recharge, revitalise or to improve well-being in some way,” he continues.[Moi ici: E pensar na formação como fazendo parte desta economia das transformações?]
...
Genuine transformations — though they may well drive sales of associated product — must come with a price tag of their own. “What turns something into an experience is when you charge for time,” Pine says. "An admission fee also sends a signal that this is an experience worth having.”"
Trechos retirados de "Is the New Luxury a Better You?"