segunda-feira, dezembro 15, 2014

Acerca de Keynes (parte II)

Parte I.
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Mais uma agradável surpresa de Schrage, uma crítica a Keynes e a todos os que sentados nos cadeirões das universidades, dos ministérios e do twitter, botam discursos, botam explicações e muita teoria, sem nunca tentar, sem nunca experimentar, sem nunca arriscar... vem logo à memória a velha história de Daniel Bessa e o calçado...
"Too many businesspeople have been bullied, brainwashed, and highbrow-beaten into believing that economic value creation is rooted in intellectual breakthroughs. They’ve been persuaded - perhaps even intimidated - by the eloquent specter of John Maynard Keynes’s famous cliché: “The ideas of economists and political philosophers, both when they are right and when they are wrong, are more powerful than is commonly understood. Indeed the world is ruled by little else . Practical men, who believe themselves to be quite exempt from any intellectual influence, are usually the slaves of some defunct economist.”
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Bold words, indeed—but, with respect, what does one expect an elitist Cambridge don with a well-deserved reputation for intellectual snobbery to say? That Great Britain’s Industrial Revolution required the collaborative energies of rigorous tinkerers like James Watt and entrepreneurial opportunists like his partner, Matthew Boulton? That the engineering prowess of Isambard Brunel, Richard Trevithick, and Charles Parsons transformed the world’s railways, sea transport, and energy production? That John D. Rockefeller’s ruthless business practices at Standard Oil altered how ambitious innovators perceived economies of scale and scope? That Henry Ford’s relentless focus on design simplicity and production efficiency redefined what manufacturing meant? That college dropouts like Bill Gates, Steve Jobs, Michael Dell, and Mark Zuckerberg might one day lead  multibillion-dollar ventures that turned personal computing into mass media worldwide?
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Of course not. Keynes and his intellectualizing apostles are above the practicality of all that. Yes, those innovators may have pioneered new industries, overturned establishments, and improved the quality of life for millions. But, in Keynes’s reality, they’re entrepreneurial ‘meat puppets’ in thrall to the transcendent influence of defunct economists and dead philosophers. For Keynes, ideas from economics and economists - not tools or technologies from scientists, engineers, and entrepreneurs  - are what really rule the world.
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Who are we kidding? The arrogance displayed here is exceeded only by its historical inaccuracy. Keynes offers little but the propaganda of his professional genius to make his point. The sweeping pomposity of his assertion recalls George Orwell’s tart observation that “some ideas are so absurd that only an intellectual could believe them.” Indeed. This particular absurdity thrills intellectuals for an excellent reason: it makes them the heroes and aristocracy of innovation.
That’s why understanding this arrogance is important. This intellectual superiority justifies the condescension so many idealists and ideaholics bring to postindustrial innovation. Contemporary Keynesians aren’t Harvard-trained economists debating how much money governments should print to stimulate demand. Rather, they’re intellectual capital–obsessed idealogues who evangelize that good ideas are more valuable than strong currencies.
Ideas sit at the white-hot center of innovation and value creation in this economic universe. They channel their Lord’s fundamentalist ideal, both in their descriptions of how they think the world works and their prescriptions for how they think the world should work. Ideas über alles.
This describes the power struggle confronting innovators everywhere. Academics, intellectuals, and the peddlers of good ideas have declared ideas and intellect the central pillars of innovation. People who don’t appreciate the power and potential of good ideas are either idiots or apostates. They’re doomed. Pity them or damn them, but please get them out of the way."

Acerca de uma previsão

A propósito de "Têxtil vai perder empregos mas aumentará facturação e exportações" onde se lê esta previsão da ATP:
"O sector de têxtil e vestuário em Portugal poderá perder, até 2020, cerca de 20 mil trabalhadores, mas naquele ano espera atingir um volume de exportações de cinco mil milhões de euros, igualando o valor mais elevado de sempre.
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O plano estratégico aponta para que em 2020 existam em Portugal cinco mil empresas do têxtil e vestuário e 100 mil trabalhadores, com um volume de negócios de 6,5 mil milhões de euros e um valor de exportações de cinco mil milhões de euros.
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"Este deverá ser o melhor ano desde 2001", apontou Paulo Vaz, sublinhando que agora existem menos de metade das empresas e menos de metade dos trabalhadores."
Um gráfico que uso há anos é este:
Sim, o número de trabalhadores e de empresas caiu muito. A tendência pós-China, muitas empresas não conseguiram adaptar-se a tempo e morreram, as que resistiram e as novas são mais pequenas, em média.
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Talvez o exemplo do calçado possa dar uma ajuda a perspectivar o que pode vir aí. O que aconteceu ao calçado?
Três fases. Seguem-se alguns eventos para contextualizar a evolução:
Será que as previsões da ATP prolongam a fase II até 2020 ou já consideram a inversão da fase III?

No calçado, depois da quebra no número de trabalhadores e no número de empresas já se assiste a 4 anos consecutivos de crescimento
Este último gráfico ilustra o que tem acontecido aos salários na China, algo que vai introduzir algum ruído na previsão. A par de uma evolução positiva trazida pela fase II, assistiremos a alguma ressurreição do modelo do low-cost, à semelhança do que está a acontecer nos EUA.
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Assim, talvez a ATP falhe mais esta previsão.

Quais são os resultados?

Isto "Mais de 1.900 projetos financiados pelo microcrédito em 15 anos - ANDC" faz-me lembrar a Escola da Ponte.
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Quais são os resultados?

domingo, dezembro 14, 2014

Curiosidade do dia

História retirada do FB, retrato do que o socialismo-corporativista-rentista está a fazer a este país:
"Por vezes apetece-me dar um chuto na lata e ir viver para um país com menos chulos por metro quadrado... Um amigo, há uns meses decidiu concretizar um sonho pessoal que era o de organizar um pequeno festival de jazz, no bairro onde vive (ele e mais pessoas) para poder proporcionar algo aos seus moradores. Envolveu várias pessoas que voluntáriamente o ajudaram a implementar esse seu pequeno (grande) projecto. E toda a gente, dentro das suas possibilidades se uniu para dinamizar a rua e o bairro onde vive, que muito raramente vê algo a acontecer nas suas ruas. O sonho cumpriu-se. Os vizinhos conviveram e a noite foi diferente. Não havia cobrança de bilhetes. Não foi feito em recinto fechado. Os patrocínios angariados, pouco mais serviram do que pagar as despesas inerentes à montagem do evento... Mas graças à SPA, e a um rastreio através do facebook para ir à caça de eventos "não licenciados", o sonho virou pesadelo. E a SPA veio exigir o pagamento de direitos de autor, pela organização de um evento de jazz, cujos protagonistas tocavam as suas próprias músicas. O meu amigo foi a tribunal. E para além de ter de pagar 180 euros à SPA, terá que cumprir 80 horas de trabalho comunitário (por ter cometido O CRIME de organizar um evento de música, onde a vontade de oferecer algo assim aos seus vizinhos foi superior ao conhecimento da obrigatoriedade de licenciamento, mesmo para um evento de carácter gratuito... E é assim, que neste país, as iniciativas não lucrativas, mas com carácter eminentemente humano são consideradas puníveis por parte de agentes que defendem apenas a sua lógica de lucro pessoal e quem em pouco ou nada defendem os artistas. (apenas aqueles que lhes estão associados) e aos quais também retribuem com uma côdea da parte de direitos autorais que lhes toca..."
Maldita troika que devia ter deixado falir este sistema de instituições-extractivas.
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Como é que Acemoglu explica a diferença entre os países pobres e os países ricos?
"The real reason that the Kongolese did not adopt superior technology was because they lacked any incentives to do so. They faced a high risk of all their output being expropriated and taxed by the all-powerful king," [Moi ici: BTW, o modelo aqui defendido pelo Cortes]

Estratégia e rentabilidade

"One interesting result from McKinsey’s survey was firms with higher profitability are “twice as likely to review strategy on an ongoing basis (as opposed to say annually or every three to five years).” If we return to the origins of strategy, what general doesn’t review his strategy on a regular basis?"
Recordar "Quantas vezes por mês?"
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Trecho retirado de "Strategy a must when making business plan"

Tão Mongo

Este texto "What Weird Vinyl Orders Are Doing to Old-School Record Production" é todo ele sobre Mongo e as suas tribos. We are all weird!

"But it’s in China’s interest to get out of toys and T-shirts"

E volto a Agosto de 2008, "Especulação", a propósito de "A  Currency War With Japan Won’t Help China Reform Its Economy", onde se pode ler:
"“But it’s in China’s interest to get out of toys and T-shirts, and that’s what they are going to do.”"
E dedicado a Ferreira do Amaral, Medina Carreira et al:
"“There is a lot of work that shows exchange rates are less important than quality, marketing strategies, backup and service. If you have those, exchange rates are not unimportant, but it may take big moves in exchange rates to have an effect.” [Moi ici: Parágrafo importante, à atenção dos que querem sair do euro e voltar ao laxismo do escudo]
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Japan’s pressure on the renminbi could be little more than an irritating distraction as China focuses on the more important task of escaping the so-called middle-income trap. [Moi ici: Se a carga fiscal fosse menor e as empresas pudessem capitalizar-se mais rapidamente, talvez escapássemos a este middle-income trap de forma mais evidente]

Recordar:

Sem clientes... só nos resta o socialismo

Leiam, por favor, "Teatro para evitar que mais uma loja centenária da Baixa se transforme num hotel".
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Já leram? O que ficaram a pensar?
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Primeiro veio a simpatia com a luta da loja, depois, aquelas frases:
"“Os hotéis são bem-vindos, mas tem de haver aqui um equilíbrio entre a memória da Baixa e o seu património, e as coisas novas que vão aparecendo“.
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“Fashion, gourmet, vintage. Tudo palavras estrangeiras, por acaso. Depois os turistas vêm visitar o quê? Não se podem fechar estas lojas para fazer lojas vintage. Isto é o verdadeiro vintage!”, disse Scalisi.
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A defesa da Drogaria é um símbolo de um objetivo maior: evitar que Lisboa se torne uma cidade “desumanizada, onde a história e a vida das pessoas vale tão pouco face ao lucro do turismo massificado e da especulação imobiliária”."
Apesar de tentar todos os dias fugir à doença burguesa, ao socialismo, reconheço que têm algum fundo de verdade, embora não creia em leis para estabelecer a fronteira.
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Adiante! Não está a aparecer mais nada? Leiam outra vez, por favor:
"O espaço centenário já foi a Antiga Casa Alvarez. Em 1964, nascia ali a S. Pereira Leão pela mão de três sócios. O negócio, onde se faziam perfumes, aromas e essências, comemorou este ano meio século. É também há 50 anos que Fernanda Silva trabalha ali...
Os herdeiros têm deixado isto estar aberto, ao nosso cuidado, embora não esteja a dar muito lucro porque o negócio está todo mau. Mas as minhas colegas ainda precisam de mais alguns anos para a reforma e eles têm deixado isto aberto”, contou ao Observador Fernanda Silva, funcionária gerente da drogaria, cujos proprietários são os filhos dos primeiros donos, já falecidos.
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as três funcionárias e os três sócios aguardam por uma solução que teima em não chegar. Há seis meses, os sócios receberam uma carta que dava conta do novo projeto do proprietário do edifício: ceder o prédio a um novo hotel.
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Questionado sobre a possibilidade de a drogaria poder continuar no mesmo local, o proprietário do edifício disse apenas nunca ter chegado “a pensar nisso”, acrescentando que os sócios não tentaram continuar ali." 
Veio-me agora à mente a metáfora de Joaquim Aguiar sobre a geração de funcionários nos partidos políticos...
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O que é que eu retiro?
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Sócios fundam empresa.
Sócios morrem.
Herdeiros dos sócios não querem saber do negócio e, como muitos patrões fazem por este país, em vez de agirem racionalmente, como maximizadores de lucro, deixam o lado humano ganhar. Assim, colocaram a funcionária mais antiga como gerente.
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Os herdeiros não querem saber do negócio, a gerente vai-se reformar, tem o dela garantido. Quem é que defende os clientes da loja? Se ninguém pensa o negócio, como podem ter clientes? Se não têm clientes, a câmara pode comprar o espaço e a marca e criar um museu vivo para ludibriar turista.
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Agora aquele:
"as três funcionárias e os três sócios aguardam por uma solução que teima em não chegar."
Ganha outra conotação.
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Se estes negócios não têm alma, não têm quem tenha paixão por eles, então, não há batota. Como podem ter clientes? Sem clientes... só nos resta o socialismo para extorquir impostagem aos saxões, para manter museus vivos que só os turistas visitam para tirar fotografias.

A manada segue com os lemingues, a minoria cria o seu próprio caminho


"That the number of video stores around the world is on the decline isn’t exactly breaking news. ... But just because Blockbuster couldn’t keep its iconic blue awnings hanging doesn’t mean there aren’t some intrepid entrepreneurs (and diehard cinephiles) taking a cue from their digital counterparts and finding ways to not just survive in the age of Netflix, but thrive.
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Though the store measures just 375 square feet, basement storage allows Hillis - a noted film critic in his own right - to keep approximately 10,000 discs on hand. But rather than compete against the same wide-release films and television series that one can watch with the click of a button and an $8.99 streaming subscription, Hillis is curating a library of hard-to-find fare. “After the floodgates of the Internet opened, we’re now drowning in content and especially mediocrity,” Hillis says. “Video Free Brooklyn’s model is almost a no-brainer: My inventory is heavily curated, but so is my staff, all of whom work in the film industry and have extensive, nerdy knowledge about cinema. Coming into the shop is about nostalgia, the joy of discovery, and getting catered recommendations from passionate cinephiles. It’s a hangout, like the record store in High Fidelity.”"
Um de vários exemplos em "Not Dead Yet: How Some Video Stores Are Thriving in the Age of Netflix". Uma recordação de Clausewitz:
"The key to von Clausewitz’s thinking lay in his “dialectical” method, his sense that in the real world there were always at least two opposing or mutually exclusive ways of thinking about something  -  perhaps two theories or heuristics. He thought of strategizing in terms of natural language and its openness to surprise and creativity rather than formal language and deterministic theory. The Clausewitzian world is one of trade-offs—matters of practice inevitably involving judgments supported by, but never dictated by, analysis."

sábado, dezembro 13, 2014

Curiosidade do dia

O Miguel mandou-me este filme:

Um filme que ajuda a reforçar uma história, uma narrativa, uma imagem, uma marca.
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Um filme que, neste tempo de Natal de consumo, nos alerta para algumas tribos de Mongo que têm outros modos de vida.


Dúvida

Sector atrás de sector, do calçado ao têxtil, do mobiliário ao metalomecânico, vai abandonando a ideia da competitividade baseada na eficiência pura e dura, baseada na simples contagem de quantidades.
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Contudo, é preocupante perceber como muitas chefias intermédias, encarregados, são incapazes de fazer a transição mental e mantêm-se encalhados nos algoritmos que faziam sentido noutros tempos mas que hoje não passam de armadilhas mentais.
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Prisioneiros desses modelos, acabam a prejudicar gravemente a produtividade e a rentabilidade... como dizia Napoleão: queres saber como uma pessoa pensa? Procura saber que ideias estavam na moda quando ela tinha 20 anos.
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Será que o melhor é emprateleirar essas pessoas?

E a democratização, não tem impacte?

Nesta narrativa "Rise of the Machines: Downfall of the Economy?" faltam pormenores importantes:

  • o impacte da democratização da produção;
  • o abandono da produção em massa e o triunfo das tribos;
  • we are all weird;
  • o fim do eficientismo.
Por isso, isto "What Happens to Society When Robots Replace Workers?" passa completamente ao lado, ao concentrar-se na eficiência tão cara ao mercado de massas que deixou de existir, ou de ter futuro. Viva Mongo!!! 
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Sandy vs McGyver em "A paixão por procedimentos (parte II)" merecia mais atenção e reflexão.
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Em "IT was fun while IT lasted" creio que passam ao lado do desafio. Em Mongo, o desafio não é o da eficiência, é o da eficácia!!!

Mais material para uma narrativa

Material para adicionar e construir uma narrativa sobre o turismo português que não passe pela massa tipo-bebidorme:


Acerca de Keynes (parte I)

"John Maynard Keynes (1883–1946) was the British economist whose name was much bandied about as the theorist behind the recent US and Eurozone “bailouts.” He remarked practical business people are often unwitting intellectual slaves to dead economists. This applies whenever managers think strategic decisions can be rigorously data-driven. Perhaps there was a time when strategy theorists really believed in the relevance of rational decision-making. I urge readers away from the idea of strategizing as a dehumanized numbers-driven quasi-science and towards a practical economic humanism, an urgent task for many reasons, professional, social, and political. Real people have limited capabilities, as Simon’s notion of “bounded rationality” captured. Numbers-driven thinkers have gotten us into a fair amount of trouble of late but social reform is not my objective.
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I see strategizing as the practice of synthesizing as many of the available facts as possible, together with personal judgments when facts are not available. It is not an implementation of scientific theory and rigorous analysis. It is an active creative process, pushed forward by the application of personal judgment, not by sitting back and presuming the facts or theory can drive a solution. The academic tendency is to write personal judgment out of the story and claim theorizing as a superior mode of thought, to presume theory lords it over practice, that a theory of strategy would be more real or valuable than effective strategic practice.
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Academics sometimes patronize managers because they understand things in ways that managers do not. But managers know a great deal about what they are doing even though they seldom write about it in great depth. Academics tend to write more but understand less."
Trechos retirados de "Business Strategy - Managing Uncertainty, Opportunity, and Enterprise" de  J.-C. Spender.

sexta-feira, dezembro 12, 2014

Curiosidade do dia

Em vez de abraçar o futuro, a tentação de defender o passado.

"si un país modifica sus leyes con avaricia gángster, ellos se dan la vuelta y cierran la puerta mientras salen. No hay más."
Interessante o tema levantado nos comentários que refere que isto pode ser uma manobra dos media grandes para abafar os media pequenos.

Tão previsível

Os gigantes tentam comprar tempo. Contudo, a reacção era tão previsível.
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Primeiro o panorama:
"While nationwide beer sales declined 1.9 percent last year, craft beer sales rose 17.2 percent, according to the Brewers Association, which represents craft brewers. The industry's two giants, Anheuser-Busch and MillerCoors, have lost a total 20 million barrels in sales since 2008, said Bart Watson, an economist for the group."
Então, os gigantes compram os artesãos, para ganhar mercado.
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Resultado, a reacção dos clientes, apreciadores dos artesãos rejeitam os gigantes. A resposta da empresa foi:
"They promise nothing will change." 
Como se as especificações fossem suficientes. As especificações podem ser as mesmas mas a narrativa mudou completamente.
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Trecho retirado de "Craft Brewery Feels Backlash From Customers After Selling to Anheuser-Busch"

A importância de uma identidade

"The question about a company’s way to create value for customers is probably one of the most fundamental elements of strategy. Which makes it all the more surprising that few organizations are able to answer it with certainty and clarity.
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We know, however, that companies with a strong identity — the kind that is backed up by the ability to deliver their promise — tend to win. In a recent survey of 720 executives, companies that were seen as having a stronger identity outperformed others by 25% (in terms of average annual TSR between 2010 and 2013).
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Here’s what we mean when we talk about a company’s identity. It is what drives your entire organization to perform, what makes hiring top talent easier, and what gives you the framework by which to operate the company.
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So why is it that so many companies struggle to develop strong identities and the capabilities that enable them? Because most organizations, instead of answering the fundamental questions about how they create value for customers and deriving their strategic imperatives from there, try to keep up with the market by pursuing a multitude of generally disconnected growth avenues and organizational changes. The problem is one of incoherence"


Trechos retirados de "The 3 Elements of a Strong Corporate Identity"

"Gente sem espaço para a surpresa, nunca irá longe"

Em perfeito alinhamento com o que penso e escrevo sobre os académicos que fazem parte da tríade:
"Debate is fine but practice is what matters. The particularization or localization discussion above gets closer to practice than a purely theoretical discussion allows. Practice is often presumed to be the implementation of theory. But theories are always constructed with simplifications, excluding some features while attending to others. Thus no theory can embrace all the issues a practice engages.
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Put differently, real practice must be evaluated in the world of experience that is never of a single dimension or embraced in the abstract world invoked by a theory. Judgment is always necessary to reasoned practice, a view theorizing tries to deny. [Moi ici: Não consigo deixar de pensar nisto]...
In von Clausewitz’s time military thinking had tilted towards excessive rigor in theories of formation, lines of fire, general rules about the center of battle gravity, and so on. [Moi ici: Recordar Lanchester, recordar Cornwallis, recordar David] The assumption was that a proper application of the scientific method would lead to theories about surefire ways to win, [Moi ici: Só mesmo os franceses, para acreditarem em leis que definissem a sorte da guerra!!!] changing the face of war and international diplomacy forever. War would no longer be a matter of chance; it would be a science. These notions were central to the training in the French military schools. Von Clausewitz, who fought the French and feared they would overrun Europe, thought thinking of war as a science a grave error, a misunderstanding of its indeterminate (foggy and chancy) human nature, and that the real issue was not whether any of the available theories were valid or not, but rather how they might be best applied under battle conditions. He did not dismiss theory, far from it.
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The key to von Clausewitz’s thinking lay in his “dialectical” method, his sense that in the real world there were always at least two opposing or mutually exclusive ways of thinking about something [Moi ici: Faz-me lembrar "Existe sempre uma alternativa"]- perhaps two theories or heuristics. He thought of strategizing in terms of natural language and its openness to surprise and creativity rather than formal language and deterministic theory. The Clausewitzian world is one of trade-offs—matters of practice inevitably involving judgments supported by, but never dictated by, analysis.
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Von Clausewitz argued no theory should be presumed relevant without first identifying its antitheses, the opposing ideas or critique, and then second, appreciating that choosing between the opposing ideas was the very essence of strategic work, a judgment-call that lay outside any of the theories being judged."
Gente sem espaço para a surpresa, nunca irá longe.

Trechos retirados de "Business Strategy - Managing Uncertainty, Opportunity, and Enterprise" de  J.-C. Spender.

A tendência...

Em linha com o que aqui referimos há anos e anos:
"responde à tendência para um maior número de pequenas encomendas, numa vasta variedade de estilos e cores, em combinação com tempos de entrega cada vez mais curtos.
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«A tendência para encomendas mais pequenas numa variedade maior de estilos e cores, em combinação com tempos de entrega mais curtos do que nunca, tornou-se a norma na indústria» ... A produção tem, por isso, de ser rápida e suficientemente flexível para lidar com o volume mais elevado de pequenas encomendas protegendo as margens de lucro."
Imaginem uma empresa que siga e use o que aqui escrevemos... muitos anos antes de ser mainstream.
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Trechos retirados de "Lectra com corte à medida"

quinta-feira, dezembro 11, 2014

Curiosidade do dia

Os trabalhadores independentes, por estes dias, começam a receber as chapadas da Segurança Social (SS), com e-mails que informam que a sua contribuição para a SS pode ter crescido mais de 300%, por exemplo.
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Para a coisa ficar linda, apenas aguardo que o PS se manifeste indignado, quando a autoria desta alteração ao Código Contributivo (CC) é sua. Contudo, é bem feito que o governo seja demonizado por este CC, uma vez que em 2010, o deputado Mota Soares, na oposição, foi um grande adversário deste CC. E, uma vez chegado ao governo, como ministro adoptou-o e passou a cumpri-lo religiosamente.