A
Parte I aborda situações de falta de ética, no mínimo.
Há algumas semanas terminei uma formação sobre o balanced scorecard numa empresa. Ao construir um balanced scorecard da 3ª geração termino com o desenvolvimento de um conjunto de iniciativas estratégicas com base na metodologia que aprendi com
Dettmer.
O dono da empresa não queria acreditar na validade ou na importância dos factos negativos (exemplo):
A argumentação que ele usava era simples:
- A minha empresa está certificada, o que fazemos está validado pela empresa de certificação. Você acha que seríamos certificados se os processos não estivessem a ser seguidos?
Este é outro ponto que me incomoda na ISO 9001. Vender gato por lebre. Lá expliquei ao senhor que a ISO 9001, por exemplo, não está preocupada com a actividade de prospecção, mas sem prospecção que futuro é que uma empresa pode ter? Lá expliquei ao senhor que a ISO 9001 não manda as empresas despedirem clientes, mas por vezes o futuro das empresas começa por aí, pelo despedimento de certo tipo de clientes.
Como consultor gosto de vender projectos de implementação de sistemas de gestão da qualidade concentrados no negócio, na estratégia, no ecossistema da procura. Ao mesmo tempo, acho que isso é uma opção de cada empresa e, por isso, a norma devia voltar a ser de garantia da qualidade. Mais uma vez, como se pode falar em gestão se não se fala de captar novos clientes.
Assim, promove-se a ISO 9001 como uma panaceia e, no entanto, o simples cumprimento da norma não garante a execução de actividades mínimas.
Continua.