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Avancemos na tabela:
Considerando a ISO 9001:2015, guardemos para parte futura a cláusula 4.4 e consideremos a cláusula 5.2 acerca da Política.
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Já com a ISO 9001:2008, por vezes, dedicava-me a um exercício algo provocatório. A ISO 9001:2008 refere que a política da qualidade deve ser apropriada ao propósito da organização. Então, riscava o nome da organização e perguntava a um grupo de formandos se conseguiam adivinhar, pela leitura da política da qualidade, qual o propósito da organização. A norma é encontrar politicas da qualidade todo-terreno, políticas da qualidade TT.
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Com a ISO 9001:2015 a situação tenderá a agravar-se porque agora a norma refere que política da qualidade deve ser apropriada ao propósito e orientação estratégica da organização e considerando o seu contexto. Vai ser lindo... outra vez olimpicamente ignorada.
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Como é que as empresas costumam construir a sua política da qualidade?
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Ou copiando criativamente as políticas de outras empresas do mesmo sector, ou refraseando as palavras que estão na norma.
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Eu pergunto: para que serve uma política da qualidade?
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Gosto de pensar que uma política da qualidade deve estar relacionada com a estratégia da organização e, por isso, deve ser uma ferramenta de alinhamento de vontades, atenções, motivações e prioridades.
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Ao construir um BSC desenvolvemos um mapa da estratégia com as suas 4 perspectivas:
Quem desenvolve comigo um SGQ baseado no BSC concentra-se nestas duas perspectivas:
Na perspectiva dos clientes (ou partes interessadas) e na perspectiva interna (ou dos processos).
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Proponho que a política da qualidade seja vista como um documento interno com a missão de clarificar a resposta a duas questões:
- Para quem trabalha a empresa? Quem são os clientes-alvo ou actores do ecossistema da procura que servimos primariamente? E o que é que eles procuram e valorizam?
- Quais são as actividades em que temos de ser bons, em que é pecado poupar? Quais são as actividades em que podemos e devemos aspirar à excelência?
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Continua.