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quinta-feira, dezembro 22, 2011

Co-criação de propostas de valor

Uma vantagem da aprendizagem do auto-didacta é que quando descobre, ou quando emerge na sua consciência, a importância de um tema, a sua mente está receptiva a sorvê-lo. E, talvez por isso, de repente começa a descobrir esse tema em todo o lado... parece que eles vêm ter consigo.
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Ainda há dias escrevi sobre as propostas de valor recíprocas, a propósito de um artigo de 2008 de Ballantyne que li muito recentemente.
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Pois bem, esta semana aproveitei a disponibilização ao público dos papers apresentados na conferência OTAGO 3 na nova Zelândia para ler "Introducing the concept of a value proposing platform: A practice-centric view of value cocreation" de David Sörhammar e Christian Kowalkowski:
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"It has theoretically been argued that value propositions are not predefined by firms, but are jointly crafted and established in interactive processes of reciprocal communication. This dialog facilitates a process in which the value perspectives of interdependent resource‐integrating actors become linked through interactions, recognizing that not only sellers but also customers can initiate value propositions. Hence, a value proposition is defined as a reciprocal promise of value, operating between resource integrating actors seeking an equitable exchange. (Moi ici: Cá estão as propostas de valor recíprocas... cá está a justificação para o armadilhar, cá está a justificação para o pensar que, assim como o cliente escolhe o fornecedor, o fornecedor pode/deve escolher o cliente. Como aprendi com Terry Hill: as encomendas mais importantes são as que se rejeitam)
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the cocreation of a value proposition in practice is conditioned both by the activities taking place on the value proposing platform and by elements that are external to the resource‐integrating participants’ dialogue. ... As the value proposing platform both delimits and enables participation in a cocreative practice, it is crucial for managers to thoroughly reflect on what a proper outline of a value proposing platform is in each cocreative endeavor. (Moi ici: "Value proposing platform"... há dias, numa acção de formação perguntaram-me "Qual é a sua finalidade para a acção como formador? Pensei logo na diversidade de expectativas dos formandos... diferentes sectores, diferentes economias, diferentes experiências, diferentes histórias, diferentes desafios... um formador e uma acção de formação... uma plataforma para tentar ir ao encontro de muitas expectativas e histórias pessoais)
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A fundamental viewpoint within S‐D logic is that firms cannot deliver value unilaterally but can only facilitate the creation of value through initiating or participating in developing value propositions, since value is always determined by the beneficiary and is subjectively measured as value‐in‐use. (Moi ici: Este período é fundamental. Não há valor acrescentado... só valor acrescentado em potencial. Por mais trabalho que se incorpore numa oferta... se ela não tiver valor para um cliente... não vale nada) Thus, an essential argument is that firms ought to approach the creation of value with a cocreative mindset.
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The common denominator within these streams of literature is their illustration of the phenomenon of value creation as a process taking place in larger value‐configuration spaces, involving several value creating networks. (Moi ici: "Several value creating networks"... os many to many de Gummesson, a porta aberta para as jogadas não lineares... e a explosão de combinações que gera Mongo)
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value constellations are configurations of firms and customers who are linked through a coordinated set of activities with the purpose of creating value. In accordance with the move from value chains to value constellations, Prahalad and Ramaswamy discuss the necessity for firms to have robust “experience networks” in order to take the step away from the firm‐centric supply chain view. Experience networks are discussed as formations of firms who strive towards providing individual customers with experience environments in which value is cocreated. (Moi ici: Isto é pura poesia... uma frase simples, enxuta que encerra em si o essencial: a criação de um conjunto de experiências durante o uso, que fazem emergir a sensação de valor junto do cliente. O valor não é criado no acto de compra, no acto de troca. No acto de troca, troca-se dinheiro por uma expectativa de valor futuro durante o uso. Só a experiência de uso pode servir de confirmação, ou não, da expectativa)
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Cocreated value being embedded in personalized experiences implies that value propositions are not predefined by the firm but, rather, jointly crafted and established in interactive processes of reciprocal communication. Hence, unidirectional communication is replaced by dialog, facilitating a process in which the value perspectives of interdependent resource‐providing parties become linked in reciprocal promises. (Moi ici: "unidirectional communication is replaced by dialog"... quantas empresas dialogam com os seus clientes? Nem a Apple, nem o Continente o fazem... poucas, muito poucas o fazem)
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The cocreative practice of crafting and establishing a value proposition means that the value proposition becomes a starting point for negotiation with participating resource‐providing actors and if the parties involved wish it, a reciprocal promise is cocreated over time.
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the freedom users have to apply their knowledge with the purpose of developing a firm’s products and services, either individually or collectively. The solution space is in turn conditioned by what is called the firm‐constructed design limit; a firm’s prerequisites for, and decisions about, users’ freedom to individually and collectively innovate. Thus, the firm‐constructed design limit can be seen as establishing the platform upon which cocreation of innovation emerges. Cova et al. (2011) have recently argued that the platform, on which consumer practices can take place, is pivotal for cocreation of value as it frees creativity and know‐how of consumers, and channels their activities in the direction desired by the firm.
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an agora that enables the development of a value proposition that is crafted and established through dialog between resource‐integrating participants who apply their knowledge and competence, and who consider, adapt and adopt the knowledge and competence having been applied by the other participants.
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Cocreation of a value proposition is thus conditioned by the value proposing platform in that it delineates – both delimiting and enabling – the cocreative practice. (Moi ici: "both delimiting and enabling" uma proposta de valor co-criada resulta de uma trade-off. As restrições e constrangimentos aceites definem para quem trabalhar e com que vantagens. Definem também, para quem não trabalhar)
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the value proposing platform constitutes the delimitations an instigator outlines at the initiation of a cocreative endeavor. The platform is that which enables participation from resource‐instigators, and is as such crucial for the entire cocreative endeavor. Managers ought to strive towards finding a suitable balance in the outline of the value proposing platform as regards its openness; a too open platform could enable a dialogue that will not lead to that the instigator’s wants and needs are satisfied, whereas a too closed outline means that the possibility for the other participants to satisfy their wants and needs are reduced. Thus, managers outlining a value proposing platform must clearly establish its boundaries by framing and explicating the wants and needs vis‐à‐vis the cocreative endeavor of the firm that they represent."

sábado, dezembro 17, 2011

Como reagir ao dono da prateleira

Quando o dono da prateleira impõe o seu poder:
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"Hipermercados não aceitam aumento do preço do vinho"
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A reacção de uns é: calar e aceitar, com o rabo entre as pernas:
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A reacção de outros é: calar e aceitar e, depois, baixar a qualidade do produto para  compensar a perda;
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A reacção de outros é: calar e aceitar e, mandar rezar missas de acção de graças, porque eles, os poderosos donos das prateleiras, até não foram tão maus assim.
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A reacção de outros é: rosnar e protestar e... já adivinharam? ... Come on é fácil..... sim, pedir a intervenção do papá-Estado para dar um tau-tau aos maus da distribuição.
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A reacção de outros é: saber que no fim, no fim, no fim, quem manda é o cliente do dono da prateleira, o consumidor. O meu vinho é mais um, ou é um vinho com personalidade própria? Se é mais um... realmente os tipos da distribuição têm razão. Se é um vinho com personalidade, vamos lançar a operação by-pass à prateleira e directo ao apreciador. Como?
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Há-de ser um misto de marca, de divulgação, de prateleiras especializadas, de internet, de participar em concursos de vinhos, de trabalhar com universidades, de ... ou seja, gente que estudou a lição dos frangos Purdue, por exemplo. Gente que pensa como aquele australiano "Não, não tenho uma adega, tenho uma boutique de vinhos"
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Imaginem que numa representação das relações comerciais, a área de cada circulo é uma estimativa do poder negocial de cada interveniente. Quando a relação é vista isoladamente, tradicionalmente. Um produz vinho, outro compra vinho para o vender e outro compra vinho para o consumir, temos:
Quando a relação é vista, como Gummesson a descreveu, "many-to-many" (Recordar os postais "Não é armadilhar...") e não se transacciona vinho mas: cultura, tradição, saúde, prazer, conhecimento, distinção, temos:
É um campeonato completamente diferente...
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Subam na escala de valor e abandonem o campeonato do preço, perdão, da quantidade, perdão, do private label...

sexta-feira, novembro 18, 2011

The systemic nature of customer value

Ao longo da minha evolução profissional, que de certa forma se vai espelhando neste blogue, passei de clientes para clientes-alvo.
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Assim, comecei a trabalhar o conceito de proposta de valor num sentido que me levou, na prática, ao que Michael Lanning publicou em 1998 e que só li no ano passado:
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"The combination of resulting experiences, including price, which an organization delivers to a group of intended customers in some time frame, in return for those customers buying/using and otherwise doing what the organization wants rather than taking some competing alternative.”
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De clientes-alvo, com esta empresa, apercebi-me, encontrei-me numa situação em que o cliente-alvo não é o alvo das experiências a co-criar... fizemos o by-pass aos clientes-alvo, trabalhando com prescritores, com reguladores, com ... ou seja, de clientes-alvo passei cadeia da procura, rede da procura.
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Entretanto, com os nórdicos, Gronroos, Storbacka e Gummesson, os conceitos de balanced centricity e many-to-many entraram no meu modelo mental.
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Desta forma fica mais complicado definir o que é a proposta de valor de uma empresa inserida numa cadeia da procura, inserida numa rede de many-to-many... não é só para um grupo de "intended customers" (o grupo de italianos que ontem, às 18h30 saíram de metro do aeroporto para a cidade do Porto são clientes-alvo do metro, são clientes-alvo do hotel onde ficaram hospedados... mas como foi feita a ligação comercial hotel-turista? E se o turista gosta do hotel mas detesta a cidade? E se o turista gosta do hotel e da cidade mas receia pela sua segurança? E se o turista gosta do hotel e da cidade, não tem receios de segurança mas apanha uma intoxicação alimentar...
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Assim, foi mais uma peça do puzzle vivo que vai criando, alterando, mexendo, enriquecendo o meu modelo mental que encontrei neste artigo "The new meaning of customer value: a systemic perspective" de Mikko Pynnonen, Paavo Ritala e Jukka Hallikas (não é por acaso que estes temas são tratados por nórdicos... sobretudo finlandeses), publicado pelo Journal of Business Strategy VOL. 32 NO. 1 2011.
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"In a nutshell, the systemic nature of customer value reflects the fact that the value delivered (Moi ici "Value delivered"? Isso não se admite num artigo publicado em 2011... value co-created) to the customer is dependent on more than one attribute, and possibly on more than one firm. This means that companies operating in the world of systemic value find it hard to succeed with the help of traditional management theories and methods. This is where the systems-thinking perspective on customer value creation could offer valuable and insightful ideas and tools for management."
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"Traditionally, firms have sought to make profits from transactions. However, some firms realize that not all transactions have to generate money directly because in the world of systemic value, giving something for free enables even bigger profits somewhere else in the network." (Moi ici: Novo? Não, é aprender com a indústria farmacêutica e trabalhar os prescritores, por exemplo)
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Nunca esquecer aquela frase:
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NUNCA!
Nunca é tarde para aprender!
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Às vezes é demasiado cedo!!!
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Às vezes não temos estrutura mental, experiência de vida, vocabulário para perceber o que estamos a ver, ou a ler, ou ouvir, ou a sentir.






segunda-feira, outubro 24, 2011

Já sabem a minha resposta

"Can You Have a Meaningful Balanced Scorecard without a Strategy Map?"
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Claro que já sabem a minha resposta.
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E cada vez fico mais ciente da importância do desenho prévio de um mapa da estratégia como uma ilustração das relações de causa-efeito que suportam, que sustentam as sinergias entre as diferentes partes de um modelo de negócio.
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Como referia @ireneclng no Sábado passado no twitter "in value creating service systems (vcss), its not dyads. its a constellation"
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Quanto mais trabalho com empresas mais me apercebo do aprofundamento, da complexificação das constelações que alicerçam os modelos de negócio bem sucedidos. Já não é só uma relação de cliente-fornecedor... por exemplo, quando é que as televisões que transmitem desafios desportivos aproveitam a internet para suportar a emissão com a ligação a parceiros que produzam on-line e em directo informação sobre o jogo e os intervenientes.
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Sem um mapa da estratégia que ajude a contemplar estas relações de muitos para muitos  é possível perceber sinergias que podem ser potenciadas, trade-offs a reforçar e ameaças a minimizar.
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E só depois de perceber o modelo, o fluxo de relações que animam e sustentam o modelo de negócio, é que faz sentido seleccionar os indicadores do balanced scorecard que permitirão monitorizar a execução estratégica.

sexta-feira, agosto 05, 2011

Citações

“A waiting line is an inventory of customers waiting to be served. A waiting line contributes no ‘value-added’, only ‘value-reduced’.”
“We smile. It’s contagious. Remember: we create happiness and memories” (Disney’s ‘Ten Standards of Excellence’)”
“In more complex B2B deals, it is not a single person selling to a single person. Both the customer and the supplier are many-headed, meaning that one network meets another.”
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Trechos recortados da leitura de "Total Relationship Marketing" de Evert Gummesson

terça-feira, agosto 02, 2011

Como chegamos a Mongo

Em poucas palavras Evert Gummesson no livro "Total Relationship Marketing" descreve o caminho que nos leva a Mongo:
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"1.Everything was customized in the crafts society, both goods and services. The technical quality of the products was usually high; they were expensive but lasted a long time, sometimes a lifetime. There was no shortage of people to provide a household services but it was hard to find good ones. Every customer was a segment of one  - it was one-to-one - and marketing was thus individual and personalized.
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2.Mass manufacturing in the industrial society lowered prices but offered the same product to everyone with ensuing misfit between the product and individual needs. All individuals belonged to the same segment and were exposed to heavy advertising, that is, impersonal mass marketing of standardized goods.
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3.Crude segmentation through the mass marketing of mass manufactured products by means of socio-demographic variables such as age, sex and income, and sometimes previous buyer behaviour, allowed a limited number of products variants.
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4.Refined segmentation and more subtly defined niches of lifestyles and previous buying behaviour catering for specific, individual needs.
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5.Customized mass production of both goods and services unites large-scale advantages with individual needs. We are not back to square one of the crafts society, but we have recovered one-to-one treatment.
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The circle is closed. The stages take us "forward to basics", to the individually and community customized offering. We have broadned the scope of options through new production, distribution and promotion techniques. These stages are not mutually exclusive, rather co-existing supplements. We will still need craftspeople, and soda drinks will be produced in mass quantities and be partly mass marketed. But the dominance of the industrial mass manufacturing and mass marketing society is broken." (Moi ici: Isto faz-me recordar um termo que está em linha com a explosão da procura e da oferta ... a polarização dos mercados)

segunda-feira, julho 25, 2011

It's the relationship, stupid

Este fim-de-semana o Aranha ligou-me para contar uma sucessão de experiências positivas que tem tido com funcionários da Worten, que o têm ajudado a fazer compras através de autêntica consultoria de compra.
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Contei-lhe como não tenho tido a mesma sorte. Nem com a Worten, nem com a Staples (parece-me um caso perdido. Não basta a simpatia dos funcionários se a empresa falha nos seus processos), nem com o El Corte Inglés (sim, para meu espanto, até no El Corte Inglés de Gaia um potencial cliente pode estar minutos na zona das canetas, a precisar de ajuda e ninguém aparece)
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Esta manhã bem cedo, antes de ir para Guimarães, onde estou, li mais um trecho do livro "Total Relationship Marketing" de Evert Gummesson. E, sinceramente, fiquei com dúvidas sobre o que li, porque para mim parece-me claro como água a resposta à questão que o autor coloca (talvez seja porque é feita na página 47 de um livro com mais de 350 páginas). Ora vejamos:
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A major question is wether it is possible to create a relationship if you have thousands or even millions of customers as can be the case, particularly in B2C/C2B. The B2B companies can also have numerous customers but often they have a limited number of key customers to whom they establish a close personal relationship.

With numerous customers, isn’t mass marketing through advertising and supermarket distribution the only possibility? In mass marketing, the customer is anonymous. The contact through ‘mass communication’ is indirect, impersonal and one-way. In fact, it is deceptive to call it communication, which should be a two-way street. At best it is information, at worst it is barely noise.
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In the rationalistic mode of the Western industrialized world, the cost of keeping personal relationships is too high, especially if the value proposition includes a low price or is exposed to fierce price competition. Therefore, relationships are made mechanical, which is possible by means of large-scale mass marketing, supermarkets and self-service.
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Personal relationships are substituted for packages which carry product and price information, and the consumers themselves fill carts and bags with goods.”
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Ao ler este trecho a minha mente fervilhava de exemplos com a resposta como o da Tavar's. No acto de compra, no momento em que faço a troca do serviço por dinheiro, contacto com alguém que pode fazer a diferença. Quando procuro ajuda na loja, quando sou saudado ao entrar na loja, há um humano que pode fazer magia comigo e criar uma relação... há alguém que pode (lembram-se?) fazer batota.
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Ao meter-se gente sem formação sobre como atender os clientes e sobre os produtos, gente a ganhar pouco... cria-se uma espiral negativa que não deixa as relações desenvolverem-se.
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Há bocado, recebo um e-mail do Aranha a sublinhar este postal de Seth Godin "No such thing as business ethics". Escreve ele e sublinha ele:
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"Nem de propósito, a bater naquela reflexão sobre se são os empregados da worten ou as políticas worten que me têm passado uma excelente imagem…"

"I worry that we absolve ourselves of responsibility when we talk about business ethics and corporate social responsibility. Corporations are collections of people, and we ought to insist that those people (that would be us) do the right thing. Business is too powerful for us to leave our humanity at the door of the office. It's not business, it's personal."
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Aproveito para recordar as palavras de Gandhi sobre nós sermos no mundo, a mudança que queremos ver nele, ao ler as últimas palavras de Seth "Every single day he leads by example, building a career and a company based on taking personal responsibility, not on blaming the heartless, profit-focused system."

Limitados, só conhecem um extremo

"The core values of RM are found in its emphasis on collaboration and the creation of mutual value . It includes viewing suppliers, customers and others as partners who co-create rather than opposite parties.
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RM should be more of win – win than win – lose , more of a plus sum game than a zero sum game.
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In a plus sum game, the parties increase value for each other; in a zero sum game, what one gains is the loss of another. A constructive attitude is expected by all those involved and all should find the relationship meaningful. If these conditions are fulfilled, the relationships may become sustaining. For a supplier, it is important to retain existing customers, a fact which is increasingly being stressed. Extending the duration of the relationship becomes a major marketing goal. Too much emphasis has been put on the acquisition of new customers and too little on caring for existing customers. RM/CRM encourage customer retention and discourage customer defection well aware of the fact that attraction marketing – getting new customers – must also be persued. Although collabor ation is the core property of RM, my RM concept holds that both competition and collabor ation are essential in a functioning market economy.
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RM is often presented as the opposite to transaction marketing , the one-shot deal. In transaction marketing, the fact that a customer has bought once does not forecast the probability for repurchase, not even if a series of purchases have been made.
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In RM, loyalty – especially customer loyalty – is emphasized. In the ‘ loyalty ladder ’ , the lowest rung is the contact with a prospect who hopefully turns into a customer and a first purchase. Recurrent customers are clients ; those who have come back and a longterm relationship is in the making. In the next stages the client becomes a supporter and finally an advocate for the supplier.
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In order to conceptually incorporate transaction marketing in RM, it can be seen as the zero point of the RM scale.
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The scope of the relationships can then be enhanced until a customer and a supplier are practically the same organization. The zero relationship of RM has a price component within which the lowest price connects the buyer and the seller.
Micro-economic theory advocates that price be the sole determinant of a purchase. This limitation makes the theory a blind guide to marketing management, as it only represents one extreme point on the relationship scale. (Moi ici: Ou seja, os nossos políticos e académicos só falam e concebem a economia nesse extremo da escala em que o preço é tudo... enfim, que mais dizer) The zero relationship also has a convenience component which implies that the customer often buys where it is simplest and most convenient on a certain occasion. On such occasions price is almost immaterial." (Moi ici: Como o combustível à venda na auto-estrada)
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Trechos retirados de "Total Relationship Marketing" de Evert Gummesson.

sábado, julho 02, 2011

From customer centricity to balanced centricity

Um furo na agenda permitiu a ida à biblioteca da Católica na Asprela onde tive acesso a "Extending the service-dominant logic: from customer centricity to balanced centricity" de Ever Gummesson, publicado pelo J. of the Acad. Mark. Sci. (2008) 36:15–17
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São duas páginas e meia a abordar um tema que me fascina: e quando não basta lidar com o cliente? E quando o cliente impede a nossa chegada ao consumidor? E quando há alguém mais poderoso do que o cliente na cadeia da procura? (recordar os frangos Purdue)
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A Centromarca em vez de atacar os clientes dos seus associados devia estudar este tema... balanced centricity. Por mim, já encomendei o último livro de Gummesson, há aqui qualquer coisa que vale a pena explorar e investigar.
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"It claims that the marketing concept and customer-centricity are too limited as a foundation for marketing and have not—and cannot—but partially be implemented in practice. It urges marketing scholars and educators to accept the complexity of marketing and develop and teach a network-based stakeholder approach balanced centricity — epitomized by the concept of many-to-many marketing."
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Popper tinha razão ao criticar Espinosa, de que vale a liberdade de pensamento se não há com quem conversar, discutir e aprender ... em tempo escrevi este postal e depois este sobre o ciclo da vida no cliente, a experiência do uso. Sou um fanático defensor da abordagem por processos, transformar os vectores de um mapa da estratégia num conjunto de acções, de actividades concretas realizadas por pessoas concretas ancoradas num conjunto chamado processo... mas quando se pensa a sério e por algum tempo no assunto, conclui-se que apesar de estarmos a fazer a parte da empresa que quer servir... não estamos a ser profissionais no que diz respeito ao conhecimento do ciclo de vida na mente e na experiência do cliente.
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"Marketing needs rejuvenation. The half a century old marketing concept advocates that satisfaction of customer needs and wants is the bedrock of business, and that market-orientation is superior to product-orientation. This may have had an impact, but my thesis is that customer-orientation has been applied half-heartedly and that it is supplier ego-centric rather than customer-centric.
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(Moi ici: Acerca da value chain de Porter) The chain is supplier-centric. It virtually stops when the customer has bought something. It is based on goods and manufacturing. Value-added is equalized with the cost incurred by the supplier. It could mean that the less a firm exerts cost control, the more it adds value— value thus represent low productivity. It sounds like an oxymoron. The chain represents a sequential process and the operations of the supplier are distinct from consumption.
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But a product has usually no value in itself. If unsold, the supplier does not recover its cost; if unused, the customer’s money is wasted. Within the SD-logic value is co-created; the supplier contribution is a value proposition that can be of service to customers and the customer contribution is value actualization. If it is a durable product like a car, the customer may use it for several years. But “use it” evokes the wrong vibrations. The customer rather interacts with the car and service is created in that process.
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This leads me to question the realism of the marketing concept and customer-centricity, both saying that customer satisfaction is the goal of a firm. How can we discard supplier-centricity? Suppliers do create the value propositions without which there will be no value actualization on the customer side. These days shareholder value seems to be the prime driver of companies, and this can be just as one-sided as can complete customer orientation. It may even be that technology is the prime driver.
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By separating suppliers and customers we deprive them of context and interdependency; co-creation of service is a necessity. We therefore have to move away from one-party centricity — either supplier-centric or customer-centric — to two-party centricity which simultaneously zooms in on both suppliers and customers.
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Service is not created just by the supplier and the customer. (Moi ici: O tal ecossistema) It is created in a network of activities involving a host of stakeholders. For example, there are contributions from intermediaries, employees, the media, neighbors, and society in general through such infrastructural networks as roads, electricity grids and broadband connections. More advanced stakeholder thinking is required.
It means that marketing as an academic discipline cannot just settle for simplistic consumer surveys and statistics or the teaching of cause and effect models with two or a few variables.
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My feeling is that the interests of multiple parties need to be secured. Thus the concept of balanced centricity — all stakeholders have the right to satisfaction of needs and wants.
But is balanced centricity a realistic objective or is it yet another professorial whim? (Moi ici: Não creio que seja um "professorial whim", no entanto, não acredito que seja pragmaticamente útil nas circunstâncias em que o cliente seja o mais poderoso na cadeia da procura, no ecossistema da procura. Quando uma cadeia da procura tem vários intervenientes) I do not have the answer but I am convinced that if we keep fragmenting marketing and other business functions and duck complexity, context and dynamics, we will not move ahead.