segunda-feira, maio 11, 2015
"Spin selling e Mongo (parte II)"
Na semana passada estavam a explicar-me uma oferta de tecnologia alemã, Apostore, para as farmácias, quando fiquei apaixonado, não pelo produto mas pelo que eles disponibilizavam para que um potencial comprador não se assuste com o preço.
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Estava a ver uma versão electrónica do "SPIN-Selling" de Neil Rackham.
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Recordar "Spin selling e Mongo (parte I)"
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Temendo que o potencial cliente não tenha em conta os factores que ajudam a calcular o impacte do produto na geração de ganhos económicos, criaram um "calculador" que pede dados ao potencial cliente e calcula o tempo necessário para pagar o investimento. Deixa de ser um custo puro e passa a ser visto como um investimento: "gastas agora e tens um retorno de x que te permite pagar em y anos".
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BTW, ao olhar para este produto "TouchVISION", pensei logo numa empresa de informática que poderia desenvolver uma versão portuguesa... numa loja online, já ligam a encomenda ao armazém, à facturação, à logística, à ... isto até deve ser mais fácil.
Assim, talvez ter inimigos entre os clientes ou ex-clientes seja bom sinal (parte II)
Parte I.
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Vamos recuar a 2008 com esta imagem:
Quanto mais pura é uma estratégia, maior a rentabilidade.
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Então, porque razão é que uma empresa há-de enveredar por estratégias híbridas?
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Suspeito que por causa do "bezerro de ouro" da quota de mercado.
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Quando uma empresa opta por uma estratégia pura, por exemplo, escolhe como clientes-alvo, para o seu projecto de turismo no Douro, os birdwatchers entusiastas e endinheirados, escolhe servir um nicho e deixa de lado muitos potenciais clientes que não se encaixam no perfil.
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Voltemos ao teste da parte I: Se o contrário de uma estratégia não é estúpido, então, uma empresa bem sucedida terá clientes muito satisfeitos (evangelistas), os birdwatchers entusiastas e endinheirados, os clientes-alvos da estratégia. E, terá também, clientes muito insatisfeitos (potenciais terroristas), os clientes-alvo de uma estratégia oposta, os apreciadores de paisagens, ou os apreciadores de paz e sossego, ou os apreciadores de vinho do Douro, ou ...
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Além da quota de mercado, outro factor que pode levar uma empresa a optar por estratégias híbridas é a crença na relação:
Se uma empresa medir a satisfação dos clientes recorrendo a questionários genéricos, bem intencionados mas não construídos com base na sua estratégia, fica condenada à comoditização, como tão bem explica Youngme Moon.
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Recordar:
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Se essa empresa medir a satisfação dos seus clientes terá um resultado não muito abonatório, pois a alta pontuação dos evangelistas será "aguada" pela baixa pontuação dos terroristas.
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Ora, se uma empresa tem em conta a quota de mercado e a suposta relação entre satisfação e resultados financeiros, vai começar a pensar em "namorar" os clientes que não são o alvo, para as poder aumentar, para poder chegar a mais gente e ganhar mais. Por isso, vai abandonar a sua estratégia pura e vai enveredar por uma estratégia híbrida, para melhorar a opinião dos terroristas. Como consequência, os evangelistas vão deixar de ter a a empresa em tão alta consideração.
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Resultado:
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Vamos recuar a 2008 com esta imagem:
Quanto mais pura é uma estratégia, maior a rentabilidade.
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Então, porque razão é que uma empresa há-de enveredar por estratégias híbridas?
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Suspeito que por causa do "bezerro de ouro" da quota de mercado.
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Quando uma empresa opta por uma estratégia pura, por exemplo, escolhe como clientes-alvo, para o seu projecto de turismo no Douro, os birdwatchers entusiastas e endinheirados, escolhe servir um nicho e deixa de lado muitos potenciais clientes que não se encaixam no perfil.
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Voltemos ao teste da parte I: Se o contrário de uma estratégia não é estúpido, então, uma empresa bem sucedida terá clientes muito satisfeitos (evangelistas), os birdwatchers entusiastas e endinheirados, os clientes-alvos da estratégia. E, terá também, clientes muito insatisfeitos (potenciais terroristas), os clientes-alvo de uma estratégia oposta, os apreciadores de paisagens, ou os apreciadores de paz e sossego, ou os apreciadores de vinho do Douro, ou ...
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Além da quota de mercado, outro factor que pode levar uma empresa a optar por estratégias híbridas é a crença na relação:
Se uma empresa medir a satisfação dos clientes recorrendo a questionários genéricos, bem intencionados mas não construídos com base na sua estratégia, fica condenada à comoditização, como tão bem explica Youngme Moon.
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Recordar:
- "Os clientes errados não têm razão"
- "Now, something completely different... para nos deixar a pensar"
- "Não é armadilhar, é arte";
- "Cuidado com os pré-cozinhados"
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Se essa empresa medir a satisfação dos seus clientes terá um resultado não muito abonatório, pois a alta pontuação dos evangelistas será "aguada" pela baixa pontuação dos terroristas.
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Ora, se uma empresa tem em conta a quota de mercado e a suposta relação entre satisfação e resultados financeiros, vai começar a pensar em "namorar" os clientes que não são o alvo, para as poder aumentar, para poder chegar a mais gente e ganhar mais. Por isso, vai abandonar a sua estratégia pura e vai enveredar por uma estratégia híbrida, para melhorar a opinião dos terroristas. Como consequência, os evangelistas vão deixar de ter a a empresa em tão alta consideração.
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Resultado:
- a quota de mercado vai aumentar;
- a satisfação medida vai aumentar;
- a diferenciação face a outras empresas vai baixar;
- a empresa vai-se comoditizar;
- a margem vai baixar.
Assim, valores elevados de satisfação, associados a elevadas quotas de mercado, acabam por se correlacionarem com margens mais apertadas.
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Um tema muito parecido com este é desenvolvido por Ajit Rao em "Value Promise versus Value Delivery" publicado por Journal of Creating Value 1(1) -91 –100. Alguns excertos:
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Um tema muito parecido com este é desenvolvido por Ajit Rao em "Value Promise versus Value Delivery" publicado por Journal of Creating Value 1(1) -91 –100. Alguns excertos:
"If one reviews customer satisfaction questionnaires, one would find that in any sector, there are minor differences between the questionnaire of one brand of service provider and another.
This indicates that most companies today are offering and measuring ‘commodity’ customer service. The questionnaires are mostly similar, especially in the factors (themes) and attributes that are covered in the survey.
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the customer satisfaction scores of most banks is going up. Yet, the share of the wallet is decreasing, possibly because most customers are unable to differentiate one bank from another, based on quality of service, and hence, customers end up choosing a bank/product based on charges, fees or interest rates.[Moi ici: Como não me lembrar de conversa ao almoço na semana passada em que gerente se queixava que o seu sector, muito regulado, presta um serviço de excelência e não é recompensado devidamente por isso. Falei-lhe logo no marxianismo.]
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Over the past several years, managers have been largely preoccupied with improving operational effectiveness [Moi ici: Cá está a minha preocupação com a cristalização do movimento da Qualidade] resulting in the rise of the quality movement, the six-sigma movement, etc. A natural fallout of these improvement efforts was the overall enhancement in customer satisfaction.
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Organizations are also benchmarking themselves with their competitors, not only within their markets but also with companies in other regions. So when a company makes a change in any of its processes other companies quickly follow those best practices. This tendency is resulting in ‘raising the bar’ when it comes to service delivery at customer ‘moments-of-truth’.
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As a result, customer satisfaction of most organizations is going up. However, in the process, there is hardly any differentiation in the services delivered from a company in one sector to another.
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Those organizations that view service as a competitive edge focus their energies in improving customer satisfaction. However, over time, while these companies do indeed improve customer satisfaction, they do so at the cost of poor differentiation compared to competition.
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Hence despite improving customer satisfaction, these sectors end up competing on price and promotions.
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Organizations cannot view service delivery or customer experience independent of the brand and only as improvements in operational excellence; organizations will need to bring strategy back into service delivery by ensuring that the brand promise is delivered at every interaction point with the organization. Indeed, the management and measurement of customer satisfaction will no longer be about just plain satisfaction but about relevant satisfaction or satisfaction in the context of truly aligning the experience with the brand promise."[Moi ici: Este sublinhado final é tremendo de importância... se bem interiorizado, cada empresa teria um questionário de satisfação em função da sua estratégia e não um genérico que o consultor trouxe]
"uma oportunidade tremenda de se diferenciar"
Vamos recorrer a esta fórmula, "Replacing The User Story With The Job Story":
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"Quando tenho uma receita médica, vou à farmácia comprar os medicamentos, para melhorar ou controlar a minha saúde."
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O que é que o cliente procura?
"When _____ , I want to _____ , so I can _____ ""Quando estou em baixo de forma, quero inscrever-me num ginásio, para melhorar a minha condição física."
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"Quando tenho uma receita médica, vou à farmácia comprar os medicamentos, para melhorar ou controlar a minha saúde."
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O que é que o cliente procura?
- inscrição num ginásio?
- compra dos medicamentos?
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Vamos mais fundo. O que é que ele realmente procura e valoriza?
- melhorar condição física? (Outros podem procurar outro trabalho. Arranjar companhia, impressionar alguém em particular, melhorar saúde, ... Claro que isto implica perguntar e perceber qual o job-to-be-done)
- melhorar ou controlar a minha saúde?
Quando uma empresa se concentra no que transacciona, perde uma oportunidade tremenda de co-criar valor e captar mais algum para si, perde uma oportunidade tremenda de se diferenciar, não pela oferta mas pela transformação na mente do cliente, não por produto/serviço mas pela experiência, pelo resultado.
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Reflexão baseada no slide 44 de "Stop Selling Start Helping"
domingo, maio 10, 2015
Curiosidade do dia
Recentemente, o meu filho mais novo contou, à mesa de jantar, como a professora de Filosofia conseguiu criar uma aula UAU, usando a gamification.
Há quem tenha medo da responsabilidade
A liberdade, a responsabilidade de agir não é para todos.
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Para muitos, porque a escola e/ou a família educou-os assim, é mais fácil obedecer.
Trechos retirados de "210 Zappos Employees Respond to Holacracy Ultimatum: we're out"
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Para muitos, porque a escola e/ou a família educou-os assim, é mais fácil obedecer.
"As previously stated, self-management and self-organization is not for everyone, and not everyone will necessarily want to move forward in the direction of the Best Customers Strategy and the strategy statements that were recently rolled out. Therefore, there will be a special version of "the offer" on a company-wide scale, in which each employee will be offered at least 3 months severance (and up to 3 months of COBRA reimbursement for benefits) if he/she feels that self-management, self-organization, and our Best Customers Strategy and strategy statements as published in Glass Frog are not the right fit."Resultado:
"Zappos, perhaps the most well-known adherent to Holocracy, just confirmed that nearly 14% of its staff (210 people, out of Zappo's total workforce of 1,503) have accepted an offer to take a buyout rather than ride out the transition to full-blown Holocracy, the Las Vegas Sun reports."Recordo uma conversa com um vizinho, já há alguns anos, estava indignado porque a multinacional onde trabalhava, queria que os operários deixassem de ser paus mandados e agissem com alguma autonomia. Por ele estava tudo bem como estava, como pau mandado.
Trechos retirados de "210 Zappos Employees Respond to Holacracy Ultimatum: we're out"
"The right place to focus is feelings"
Há aquela citação que uso muitas vezes:
Trechos retirados de "Delivering Experience"
- O Valor é um sentimento, não o resultado de um cálculo.Bem em linha com:
"Experience isn’t about efficiency. Experience is about how you make people feel.E em linha com um tópico que saltou ontem da versão portuguesa do Shark Tank:
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If what you sell is experience, then efficiency isn’t the right area to focus. The right place to focus is feelings."
@lmarado disse o mesmo em casa à família. difícil, para quem gere conglomerados, perceber o q são isso de sentimentos de amor por um produto
— Carlos P da Cruz (@ccz1) May 10, 2015
Trechos retirados de "Delivering Experience"
Acerca de sectores estáveis e demasiado homogéneos na oferta (parte VI)
Parte I, parte II, parte III, parte IV e parte V.
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Outro sector, outro exemplo: livrarias no tempo dos "chineses" da Amazon et al.
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A resposta rápida, fácil e... errada:
Trechos retirados de "Do We Need Libraries?"
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Outro sector, outro exemplo: livrarias no tempo dos "chineses" da Amazon et al.
"My thoughts on the future of libraries are equally applicable to many other sectors that are facing the threat of extinction from massive disruption to their businesses."Segue-se no artigo uma longa lista de produtos tornados obsoletos pelo smartphone. Depois:
"But the disruption isn’t limited to products. Whole sectors of commerce are under threat.[Moi ici: São as dores de parto de uma nova economia. Já não estamos no século XX mas ainda não estamos em pleno Mongo]Cá vai o desafio para as livrarias:
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Physical banks with branches, tellers and checks are being replaced by online banking with mobile payments and digital wallets.
Taxis are being replaced by Uber and Lyft.
Video rental stores like Blockbuster have given way to online streaming by Netflix and Amazon.
Television networks are facing similar inroads.
Venerable retail clothing chains are being undermined by fast fashion firms like Zara and H&M, with product cycles that are completed in weeks, rather than a year.
And who needs to buy a car when there is Zipcar or Car2Go?
Do we really need huge hotels when a firm like Airbnb has 800,000 listings in 33,000 cities?
Most physical book stories like Borders have already succumbed to Amazon, and paper books are being replaced by the Kindle and other devices."
"we need to recognize that the computer age is not fundamentally about computerization. The computer age is about the change in management mindset enabled by computerization.Qual a resposta típica dos incumbentes perante a disrupção provocada por quem chega para servir os lientes overserved?
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The choices for the incumbents of the Traditional Economy are simple: change or die. Some organizations might decide, like Borders or Blockbuster, to die. Staying on the same course is not an option."
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A resposta rápida, fácil e... errada:
"A second wrong path involves applying the 20th century preoccupation with efficiency to the organization and merely using computers to reduce costs."Algumas sugestões para as livrarias e não só:
"The first and most important question for libraries is to ask: How can we delight our users and customers? [Moi ici: Quem terão de ser os nossos clientes? Para quem podemos fazer a diferença? O que queremos ser?]E, para terminar uma citação que é uma grande verdade:
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How can we manage the library to enable continuous innovation?
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The third question is: What will make things better, faster, cheaper, more mobile, more convenient or more personalized for our users?
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The fourth question to ask is: What needs could libraries meet that users haven’t yet even thought of? We can’t solve the mystery of the future of libraries by asking users what they want: they simply don’t know! They can’t imagine the possibilities,"
"We can also draw on the wisdom of French novelist Marcel Proust: “The real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes but in having new eyes.” We have to recognize the future that is already unfolding right in front of us. What we need are eyes to see it."Uma citação que se encaixa bem com esta imagem que encontrei ontem no Twitter:
Trechos retirados de "Do We Need Libraries?"
A evolução do azeite
Na revista Exame, deste mês de Maio, um bom artigo sobre o azeite em Portugal, "Aposta no 'ouro verde' colhe bons frutos".
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Primeiro, a evolução dos números:
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Gente a trabalhar para os underserved, a fugir do granel comoditizado, a fugir de uma eventual bolha azeiteira, a trabalhar para o valor percepcionado, o único que ajuda a atingir melhores preços de venda. Muito trabalhinho para gente do marketing senão... muito potencial desperdiçado.
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Gente longe da conversa da treta da malta do excel, sem saber o que é valor, só custos:
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Primeiro, a evolução dos números:
"Na década de 50 chegámos a ser excedentários, produzindo 125 mil toneladas de azeite.Segundo, os sintomas da evolução na qualidade:
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na década de 90 ... a produção não fosse além de 20 mil toneladas","
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neste momento as vendas deste bem agroalimentar representam mais do dobro do que valiam em 2008. As exportações totais cresceram 24% em 2014."
"Ainda há menos de um mês o Colheita ao Luar, da Gallo, conquistou uma espécie de 'Óscar' dos azeites ao ser considerado o melhor do mundo, na categoria Fruta do Maduro, no mais importante concurso internacional, o Prémio Mário Solinas, que é também o mais reconhecido em termos de qualidade dos azeites virgem extra, organizado pelo Conselho Oleícola Internacional, e no qual participaram 111 azeites de diferentes origens.O mesmo tema também em "Azeites Portugueses Entre Os Melhores Do Globo" e "Azeites portugueses brilham lá fora"
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No mesmo concurso, o azeite da Casa de Santo Amaro (Mirandela) também conquistou a medalha de ouro, na categoria de Frutado Verde Médio, enquanto o da Lameira de Cima (Ferreira do Alentejo) mereceu a prata na mesma categoria, prémio que também foi atribuído à Quinta da Lagoalva de Cima (Alpiarça), na categoria de Frutado Maduro. O júri do Mário Solinas distinguiu ainda outros quatro azeites portugueses, num total de nove finalistas: a Sovena, detentora da marca Oliveira da Serra, a Cooperativa de Olivicultores de Valpaços, a Casa Agrícola Roboredo Madeira e a Fio da Beira. Isto tudo em apenas um concurso."
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Gente a trabalhar para os underserved, a fugir do granel comoditizado, a fugir de uma eventual bolha azeiteira, a trabalhar para o valor percepcionado, o único que ajuda a atingir melhores preços de venda. Muito trabalhinho para gente do marketing senão... muito potencial desperdiçado.
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Gente longe da conversa da treta da malta do excel, sem saber o que é valor, só custos:
"O azeite foi escolhido em detrimento de outros produtos agrícolas como o vinho, por exemplo, por ser “muito fácil de negociar” disse o administrador da herdade. “É uma ‘commodity’ internacional que se compra e vende a pronto [pagamento]”.
sábado, maio 09, 2015
Curiosidade do dia
"A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) defende um salário mínimo mais baixo para os jovensTrecho retirado de "OCDE defende salário mínimo mais baixo para jovens"
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"Um nível mais baixo mas obrigatório do salário mínimo para os jovens pode ajudar a manter os níveis mínimos salariais ao mesmo tempo que serve de compensação a barreiras específicas que os mais novos enfrentam quando tentam entrar no mercado de trabalho", defende a OCDE num relatório divulgado hoje."
ADENDA: Recordar este gráficos.
Para reflexão
"Our ongoing research into the drivers of superior performance has led us to conclude that exceptional profitability is a function of a corporation’s commitment to following three rules:Sim, faz sentido. Empresas à beira de um precipício, têm de reconhecer que a receita actual não funciona e que, se calhar, o mais correcto é encolher até uma dimensão sustentável, para a partir daí fazer nova tentativa de crescimento. Como, por exemplo, aconteceu com a Apple, após o regresso de Steve Jobs.These rules are rules because their validity does not seem to depend on circumstances. Regardless of industry, time period, or competitive context, the companies that follow these rules seem systematically more likely to realize superior long-term profitability.
- Better before cheaper: Don’t compete on price, compete on value.
- Revenue before cost: Drive profitability with higher revenue, not lower cost.
- There are no other rules: Change anything and everything to stay aligned with the first two rules.
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But wait … there’s a catch. However confident we are that the rules define what makes exceptional companies truly exceptional, we cannot assume that following the rules is what allows a company to become exceptional in the first place. Those companies that are not exceptional (by construction that is most companies), yet aspire to exceptional performance, must embark on a journey to this difficult-to-find destination.
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Our research suggests that ultimately, most companies that become and remain exceptional owe their results in material measure to following the rules.
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The rules apply as guidance for sustaining exceptional performance. When to begin applying them along the way to exceptional performance depends on where you start your journey. The worse your performance is in relative terms, the more significantly one should, all else equal, focus on cost reduction. As this is done effectively, and performance begins to improve, additional performance improvements turn increasingly on improving gross margin or asset turnover.
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These findings have an intuitive appeal. Companies that find themselves in money-losing positions, unless suffering the consequences of fundamental strategic errors, are rarely at the cutting edge of operational efficiency. Consequently, when seeking simply to get back to profitability, cost reductions yield the most significant financial improvements.
This result is not what Rule No. 2—revenue before cost—prescribes. But then, a company that seeks merely to get out of the red is not aspiring to exceptional performance, at least not yet, so it is perhaps not too surprising that the rules driving exceptional performance do not apply.
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As companies move into the middle of the distribution, however, they will typically have captured the benefits of the more readily implemented improvements. Further increasing profitability will thenceforth rely more heavily on gross margin improvements. Our case study research shows that achieving these improvements, in turn, relies on achieving price premiums through competitive differentiation."
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Contudo, muitas empresas, optam por aumentar a capacidade de produção, para produzir mais, baixar os custos unitários e assim baixar preços para ser mais competitivas... quase sempre o resultado é, à beira de um precipício, deram o salto em frente.
Trechos retirados de "The journey to exceptional performance" de Rob Del Vicario, Michael E. Raynor, e Mumtaz Ahmed.
Poça! Até pareço defensor de um governo socialista!
Ontem, no programa Contraditório da Antena 1, a jornalista Ana Sá Lopes comentou a vitória eleitoral de Cameron no Reino Unido, justificando-a com a capacidade que o governo de Londres teve de minorar a austeridade e fazer diminuir o desemprego
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O que Ana Sá Lopes não disse, acredito que porque não sabe, porque não estudou, porque comenta como se comenta num café entre amigos, sem preparação e sem receio do contraditório, porque está entre pares que praticam o mesmo ofício.
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O Reino Unido criou mais emprego nos últimos 5 anos que toda a zona euro junta. Por que baixou o desemprego no Reino Unido?
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Segundo Ana Sá Lopes, o sucesso britânico deveu-se ao facto de terem moeda própria.
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O que é que Ana Sá Lopes não sabe?
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Com base em "TSU 2.0 (parte II)"
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Em vez de subir o SMN, o governo baixou a tributação sobre os baixos salários, tornou-os mais atractivos:
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Para baixar o défice e para compensar a quebra na receita fiscal, o governo britânico fez aquilo que, segundo o racional de Ana Sá lopes, só se pode fazer fora do euro, ou se o Quim deixar:
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Depois, tornou mais difícil estar no desemprego e rejeitar oferta de trabalho.
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Depois:
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O que diria Ana Sá Lopes desta receita da troika?
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Não é ciência de foguetões, até o Gaspar a quis aplicar e, contudo, não pôde... não é constitucional.
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Todos os dias temos esta treta nos media, treta tão vergonhosa que me conseguem pôr a defender o governo socialista de Passos e Portas.
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O que Ana Sá Lopes não disse, acredito que porque não sabe, porque não estudou, porque comenta como se comenta num café entre amigos, sem preparação e sem receio do contraditório, porque está entre pares que praticam o mesmo ofício.
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O Reino Unido criou mais emprego nos últimos 5 anos que toda a zona euro junta. Por que baixou o desemprego no Reino Unido?
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Segundo Ana Sá Lopes, o sucesso britânico deveu-se ao facto de terem moeda própria.
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O que é que Ana Sá Lopes não sabe?
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Com base em "TSU 2.0 (parte II)"
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Em vez de subir o SMN, o governo baixou a tributação sobre os baixos salários, tornou-os mais atractivos:
"The take-home pay of a minimum-wage worker has risen by about 20 per cent over the past five years, twice as fast as the average salary."E onde é que o governo britânico foi buscar a compensação?
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Para baixar o défice e para compensar a quebra na receita fiscal, o governo britânico fez aquilo que, segundo o racional de Ana Sá lopes, só se pode fazer fora do euro, ou se o Quim deixar:
"At the start of this government, Ed Miliband predicted a jobs armageddon — austerity would inevitably mean mass unemployment. Osborne would cut 500,000 public sector jobs, he said, with ‘no credible plan to replace them’. And surely government spending is synonymous with prosperity? Boldly, he forecast a ratio: one private job would be lost for every public sector job lost — leading to the loss of ‘a million jobs in all’."Sim, leram bem, o governo britânico começou por fazer o que faz sentido, para minimizar o impacte sobre a comunidade, despediu meio milhão de funcionários públicos.
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Depois, tornou mais difícil estar no desemprego e rejeitar oferta de trabalho.
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Depois:
"Osborne’s corporation tax cuts have helped: he inherited a rate of 28 per cent and has lowered it each year — it will fall to 20 per cent next month. This has given a massive stimulus to the economy: companies that pay less tax have more money to spend on hiring workers.""Sim, baixou o IRC...
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O que diria Ana Sá Lopes desta receita da troika?
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Não é ciência de foguetões, até o Gaspar a quis aplicar e, contudo, não pôde... não é constitucional.
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Todos os dias temos esta treta nos media, treta tão vergonhosa que me conseguem pôr a defender o governo socialista de Passos e Portas.
Acerca de sectores estáveis e demasiado homogéneos na oferta (parte V)
Parte I, parte II, parte III e parte IV.
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Há mais de 13 anos que conheço o J. foi no âmbito de um projecto em que eu era o consultor e, o J. era o responsável do sistema de gestão da qualidade de uma empresa. Desde então, com alguma frequência, e na companhia de outro amigo que tinha conhecido no ano anterior, o Aranha, realizamos um jantar de francesinha, para pôr a conversa em dia.
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No entanto, só recentemente no Facebook é que percebi que o J. tem um hobby, pega em aquários de vidro e cria obras de arte:
Julgo que não estou a cometer nenhum erro ao chamar a este tipo de aquário um aquário "plantado", porque o J. planta verdadeiras florestas mergulhadas, verdadeiros ecossistemas vivos. Um aquário como o da foto não resulta de comprar peças e juntá-las. É preciso jogar com a sensibilidade das plantas, com a dose certa de nutrientes, com a dose certa de luz, com a dose certa de CO2, com a dose certa de cálcio, se o aquário tiver camarões como os do J. costumam ter. É preciso ciência e arte para jogar com todos estes parâmetros e muitos mais, para criar um ecossistema vivo e saudável.
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Tive de marcar uma francesinha a dois para conhecer melhor esta faceta do J.
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O J. contou-me que os pais tinham uma loja de animais de estimação. Depois, com a chegada dos centros comerciais, primeiro, e das vendas online depois, acabaram por ter de fechar a loja. O J. é o primeiro a contar que muitas vezes tentou convencer o pai a deixar a prática antiga de ser uma loja generalista, uma loja que tem tudo para todos e, passar a ser uma loja especializada em algo que os "chineses" do sector não pudessem oferecer. Infelizmente não teve sucesso nessa missionação.
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O J. começou a interessar-se pelos aquários plantados e a fazer algumas experiências. Bateu contra a parede algumas vezes e nunca desistiu. Depois, começou a pesquisar, a estudar e a ler (o que surpreendentemente poucos fazem) o que conseguia encontrar na internet sobre o tema. É interessante perceber que estamos a falar com um habitante de Mongo, um típico membro de uma tribo, alguém capaz de:
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Há mais de 13 anos que conheço o J. foi no âmbito de um projecto em que eu era o consultor e, o J. era o responsável do sistema de gestão da qualidade de uma empresa. Desde então, com alguma frequência, e na companhia de outro amigo que tinha conhecido no ano anterior, o Aranha, realizamos um jantar de francesinha, para pôr a conversa em dia.
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No entanto, só recentemente no Facebook é que percebi que o J. tem um hobby, pega em aquários de vidro e cria obras de arte:
Julgo que não estou a cometer nenhum erro ao chamar a este tipo de aquário um aquário "plantado", porque o J. planta verdadeiras florestas mergulhadas, verdadeiros ecossistemas vivos. Um aquário como o da foto não resulta de comprar peças e juntá-las. É preciso jogar com a sensibilidade das plantas, com a dose certa de nutrientes, com a dose certa de luz, com a dose certa de CO2, com a dose certa de cálcio, se o aquário tiver camarões como os do J. costumam ter. É preciso ciência e arte para jogar com todos estes parâmetros e muitos mais, para criar um ecossistema vivo e saudável.
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Tive de marcar uma francesinha a dois para conhecer melhor esta faceta do J.
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O J. contou-me que os pais tinham uma loja de animais de estimação. Depois, com a chegada dos centros comerciais, primeiro, e das vendas online depois, acabaram por ter de fechar a loja. O J. é o primeiro a contar que muitas vezes tentou convencer o pai a deixar a prática antiga de ser uma loja generalista, uma loja que tem tudo para todos e, passar a ser uma loja especializada em algo que os "chineses" do sector não pudessem oferecer. Infelizmente não teve sucesso nessa missionação.
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O J. começou a interessar-se pelos aquários plantados e a fazer algumas experiências. Bateu contra a parede algumas vezes e nunca desistiu. Depois, começou a pesquisar, a estudar e a ler (o que surpreendentemente poucos fazem) o que conseguia encontrar na internet sobre o tema. É interessante perceber que estamos a falar com um habitante de Mongo, um típico membro de uma tribo, alguém capaz de:
- referir a importância do caudal de CO2 que bomba para o aquário em função do volume do mesmo;
- alterar o padrão de agitação da água consoante se se está de dia ou de noite, porque de noite as plantas não consomem CO2 e o excesso de CO2 pode matar os peixes;
- dissertar sobre o padrão de iluminação, os comprimentos de onda mais adequados para o melhor crescimento das plantas num aquário;
- discutir sobre a potência de iluminação em função da altura do aquário;
- apresentar o resultado dos seus estudos sobre os macronutrientes e micronutrientes e, como começou a preparar as suas próprias receitas de fertilizantes;
- entusiasmar-se com as diferentes técnicas de crescimento inicial das plantas e, porque prefere o "dry start" a outras;
E, quando tentamos não fazer figura de ignorantes e referimos algo que ouvimos há anos sobre a introdução de peixes em aquários, o J., em duas penadas, leva facilmente um engenheiro químico a perceber que esse conselho está completamente errado... pois, nitritos.
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Ontem à noite, com base no que apanhei da interessante conversa, desenhei um canvas para um modelo de negócio baseado na arte dos aquários plantados:
O J. tem uma vida estabilizada e não tem ideia de transformar o seu hobby num negócio. No entanto, um dia que queira, desde que não pense pequeno e se limite ao mercado nacional...
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Neste caso, comecei o canvas pela proposta de valor, o que é que o J. pode oferecer? Aquários "plantados", hitec (acho que é isto que chamam quando há introdução de CO2 num aquário), verdadeiras obras de arte. Para quem, quem serão os clientes, particulares entusiastas deste tipo de aquário e lojas que podem servir de intermediários para a venda de aquários, para a venda das combinações de fertilizantes feitas pelo J., que podem organizar workshops onde o J. pode lançar mais gente na arte, que podem servir de ligação com clientes que precisam de manutenção planeada (negócio de subscrição) ou manutenção de emergência (por exemplo, salvar um aquário da invasão de algas). Como se vê, tem claramente potencial para ser mais do que um hobby, tais as fontes de rendimento que se descobrem sem grande reflexão.
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Por que coloquei o "postit" "zoos" no bloco dos parceiros? Foi um desafio que lancei ao J. Quando vamos a um zoo como o da Maia, ou o de Avintes, não seria bom ter por lá uns aquários plantados "made by J." com espécies animais num ecossistema muito mais bonito do que aqueles que vemos? Os milhares de visitantes ficariam a conhecer a referência do J. Por cada 10000 visitantes, quantos visitariam o site do J. e seriam tentados a fazer um workshop ou a encomendar um aquário?
Neste caso, comecei o canvas pela proposta de valor, o que é que o J. pode oferecer? Aquários "plantados", hitec (acho que é isto que chamam quando há introdução de CO2 num aquário), verdadeiras obras de arte. Para quem, quem serão os clientes, particulares entusiastas deste tipo de aquário e lojas que podem servir de intermediários para a venda de aquários, para a venda das combinações de fertilizantes feitas pelo J., que podem organizar workshops onde o J. pode lançar mais gente na arte, que podem servir de ligação com clientes que precisam de manutenção planeada (negócio de subscrição) ou manutenção de emergência (por exemplo, salvar um aquário da invasão de algas). Como se vê, tem claramente potencial para ser mais do que um hobby, tais as fontes de rendimento que se descobrem sem grande reflexão.
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Por que coloquei o "postit" "zoos" no bloco dos parceiros? Foi um desafio que lancei ao J. Quando vamos a um zoo como o da Maia, ou o de Avintes, não seria bom ter por lá uns aquários plantados "made by J." com espécies animais num ecossistema muito mais bonito do que aqueles que vemos? Os milhares de visitantes ficariam a conhecer a referência do J. Por cada 10000 visitantes, quantos visitariam o site do J. e seriam tentados a fazer um workshop ou a encomendar um aquário?
Enquadrei esta história sobre a arte do J. nesta série, pois é mais um exemplo do que se passa em tantos e tantos sectores em que a oferta, comoditizada, é demasiado homogénea. Em qualquer sector, existe uma parte do mercado que está underserved:
O grosso do mercado, clientes overserved, é servido pelas lojas dos centros comerciais com funcionários ignorantes. O J. defende-os, são ignorantes porque ganham pouco e o patrão não lhes arranja formação. Não nego nada disso! No entanto, rematei logo:
- Mas também são míopes! Se vissem um bocadinho mais à frente, estudavam, apaixonavam-se por algo e deixavam de ser vendedores e passavam a ser consultores de compra. Passavam a ser empregados mais valiosos e cobiçados pelos patrões actuais ou futuros.
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Durante o jantar até lhe recordei a história do Pedro Lomba e a do El Corte Ingles.
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No entanto, haverá sempre uma parte do mercado que fica underserved e não pode ser servida pelas lojas dos centros comerciais. E com a internet, o truque alemão pode ser seguido por muito mais gente (definir um alvo-premium e viajar pelo mundo a servir esse tipo de cliente).
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O que o exemplo de J. me recorda são as sábias palavras de Suzzane Berger:
- Mas também são míopes! Se vissem um bocadinho mais à frente, estudavam, apaixonavam-se por algo e deixavam de ser vendedores e passavam a ser consultores de compra. Passavam a ser empregados mais valiosos e cobiçados pelos patrões actuais ou futuros.
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Durante o jantar até lhe recordei a história do Pedro Lomba e a do El Corte Ingles.
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No entanto, haverá sempre uma parte do mercado que fica underserved e não pode ser servida pelas lojas dos centros comerciais. E com a internet, o truque alemão pode ser seguido por muito mais gente (definir um alvo-premium e viajar pelo mundo a servir esse tipo de cliente).
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O que o exemplo de J. me recorda são as sábias palavras de Suzzane Berger:
"… there are no “sunset” industries condemned to disappear in high wage economies, although there are certainly sunset and condemned strategies, among them building a business on the advantages to be gained by cheap labor"
Costumo escrever aqui no blogue que há sempre uma alternativa, para uma situação em que um negócio parece não ter futuro. Ontem, via Twitter, descobri esta citação:
"There's always a choice, say the Sisters, but there's always a twist..."
As Sisters são o equivalente na mitologia nórdica às 3 irmãs que na mitologia grega criavam, teciam e cortavam a linha da vida dos humanos, as Parcas da minha infância.
Evolução do desemprego, o que mais ninguém lhe diz
O gráfico que se segue regista a evolução mensal do número de desempregados em Portugal, registados pelo IEFP, entre Janeiro de 2002 e Março de 2015.
Cada coluna representa o número total de desempregados em cada mês.
Cada coluna está dividida em 5 cores. Na base temos o peso do número de desempregados na Construção. Depois, a vermelho, temos a contribuição do número de desempregados no Alojamento e restauração. Depois, a contribuição do sector do Comércio por grosso e a retalho. Depois, a cor laranja a contribuição do sector do imobiliário. Por fim, a castanho a contribuição de todos os outros sectores (restantes Serviços, Indústria e Agricultura).
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Algumas observações:
Cada coluna representa o número total de desempregados em cada mês.
Cada coluna está dividida em 5 cores. Na base temos o peso do número de desempregados na Construção. Depois, a vermelho, temos a contribuição do número de desempregados no Alojamento e restauração. Depois, a contribuição do sector do Comércio por grosso e a retalho. Depois, a cor laranja a contribuição do sector do imobiliário. Por fim, a castanho a contribuição de todos os outros sectores (restantes Serviços, Indústria e Agricultura).
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Algumas observações:
- O número de desempregados nos quatro sectores descriminados, em Março de 2015, é igual ao total de desempregados que se registava em Janeiro de 2002.
- O número de desempregados nos outros sectores, em Março de 2015 está quase a chegar ao número de desempregados nos mesmos sectores, em Janeiro de 2002.(figura acima)
Como é que que se criam 200 mil empregos nos sectores (Construção, Imobiliário, Comércio e Restauração) sem introduzir insustentabilidade na economia?
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Como é que se criam incentivos para que as pessoas aceitem emprego em novos sectores de actividade?
sexta-feira, maio 08, 2015
Curiosidade do dia
Este artigo, "The four global forces breaking all the trends", é tremendo. Mais um exemplo das mudanças brutais que estão a mudar o mundo, sem o percebermos.
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Alicia Juarrero lembra-nos esta verdade:
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Alicia Juarrero lembra-nos esta verdade:
"It's very difficult to change the background assumptions"O artigo alerta-nos para essas "background assumptions" a sofrerem reset prático, sem que nos apercebamos disso. Salientando só os números:
"By 2025, when China will be home to more large companies than either the United States or Europe, we expect nearly half of the world’s large companies—defined as those with revenue of $1 billion or more—to be headquartered in emerging markets.
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Perhaps equally important, the locus of economic activity is shifting within these markets. The global urban population has been rising by an average of 65 million people annually during the past three decades, the equivalent of adding seven Chicagos a year, every year. Nearly half of global GDP growth between 2010 and 2025 will come from 440 cities in emerging markets—95 percent of them small- and medium-size cities that many Western executives may not even have heard of and couldn’t point to on a map.
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Or Tianjin, a city that lies around 120 kilometers southeast of Beijing? In 2010, we estimated that the GDP of Tianjin was around $130 billion, making it around he same size as Stockholm, the capital of Sweden. By 2025, we estimate that the GDP of Tianjin will be around $625 billion—approximately that of all of Sweden.
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But by 2013, about 60 percent of the world’s population lived in countries with fertility rates below the replacement rate. [Moi ici: A culpa deve ser do Gaspar e da troika] This is a sea change. The European Commission expects that by 2060, Germany’s population will shrink by one-fifth, and the number of people of working age will fall from 54 million in 2010 to 36 million in 2060, a level that is forecast to be less than France’s. China’s labor force peaked in 2012, due to income-driven demographic trends. In Thailand, the fertility rate has fallen from 5 in the 1970s to 1.4 today.
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Asia is becoming the world’s largest trading region. “South–south” flows between emerging markets have doubled their share of global trade over the past decade. The volume of trade between China and Africa rose from $9 billion in 2000 to $211 billion in 2012. Global capital flows expanded 25 times between 1980 and 2007. More than one billion people crossed borders in 2009, over five times the number in 1980."
Acerca dos têxteis técnicos
Um artigo, "Fitas de Arouca "atam" milhões aos correios de França", três apontamentos:
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Artefita - uma empresa que vende no mercado do preço mais baixo (ganhou concurso público para fornecer a La Poste, fornece a Wal-Mart). Portanto, potencial pouco explorado em produtos de maior valor percepcionado (sectores automóvel, agrícola, náutico e protecção e segurança).
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ERT - apreciei este trecho "[A ERT] Começou em 1992 com forros para sapatos e está a entrar nos protectores respiráveis e impermeáveis para colchões, tendo cinco pessoas na equipa de inovação, dedicado à integração de electrónica em substratos têxteis.[Moi ici: Um exemplo concreto de "É meter código nisso"] Apresentou à BMW um couro que descarrega música para o "smartphone" e registou na semana passada a patente de um sistema incorporado no tecido da ca-deira de bebé, que detecta e alerta caso ele fique esquecido no carro."
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ASM - Apesar de todo o respeito e consideração pela ASM (Associação Selectiva Moda), será que é o melhor enquadramento para uma feira técnica?
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Artefita - uma empresa que vende no mercado do preço mais baixo (ganhou concurso público para fornecer a La Poste, fornece a Wal-Mart). Portanto, potencial pouco explorado em produtos de maior valor percepcionado (sectores automóvel, agrícola, náutico e protecção e segurança).
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ERT - apreciei este trecho "[A ERT] Começou em 1992 com forros para sapatos e está a entrar nos protectores respiráveis e impermeáveis para colchões, tendo cinco pessoas na equipa de inovação, dedicado à integração de electrónica em substratos têxteis.[Moi ici: Um exemplo concreto de "É meter código nisso"] Apresentou à BMW um couro que descarrega música para o "smartphone" e registou na semana passada a patente de um sistema incorporado no tecido da ca-deira de bebé, que detecta e alerta caso ele fique esquecido no carro."
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ASM - Apesar de todo o respeito e consideração pela ASM (Associação Selectiva Moda), será que é o melhor enquadramento para uma feira técnica?
Baptistas da Silva ao ataque?
O título "Restauração perdeu quase 53 mil postos de trabalho em seis meses" deixou-me com duas interrogações:
- E nos outros anos, qual foi a evolução?
- 53 mil... não é muita fruta?
Por causa desta série estranhei logo o valor dos 53 mil postos de trabalho perdidos.
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A AHRESP recorre a números do INE. Eu, recorro a números do IEFP. OK, é justificável que existam algumas diferenças. Contudo, estas diferenças são enormes e mereciam ser justificadas por alguém.
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Vamos à evolução do desemprego no sector do Alojamento e Restauração, segundo os números do IEFP, ao longo dos anos.
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A evolução da diferença entre o número de desempregados em Março de um ano e o número de desempregados em Setembro do ano anterior, desde Setembro de 2002 até Março de 2015 está representada na figura.
A última evolução, a referida pela AHRESP no artigo, é a terceira mais baixa dos últimos 13 anos!
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Qual é a dimensão em números?
Como é que 50 mil desempregados do INE comparam com 4557 desempregados do IEFP?
Um novo modelo de negócio, para subir preços
Eis um excelente exemplo que pode ser replicado facilmente, "Plataforma Online para Eliminar Intermediários na Exportação de Produtos Agrícolas". Qual a motivação?
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Um exemplo prático do que significa investir numa alteração do modelo de negócio. Neste caso, uma nova prateleira, um novo canal de apresentação dos produtos..
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BTW, em Portugal, no dia em que alguém testar esta abordagem, corre o risco de ter um instalado intermediário a interpor uma providência cautelar a um tribunal, e um juiz a aceitá-la.
"Plataforma online espanhola tem feito sucesso naquele país, conseguindo aumentos de preço entre 20 a 50% para os produtores.Escrevi que pode ser replicado facilmente... no entanto, talvez precise de uma abordagem diferente. Os produtores portugueses têm áreas produtivas mais pequenas, a produção não é tão comoditizada, não temos "Mar del Plastico", por isso, talvez a ideia deva ser trabalhada para a realidade portuguesa.
O Comércio internacional procura a compra direta, sem intermediários, de produtos agrícolas aos produtores, para ganhar em frescura, qualidade e preço. Este é o princípio da plataforma espanhola naranjasyfrutas.com, que pretende com isso eliminar os intermediários no processo de venda, dando aos agricultores a oportunidade de poder vender com maior rentabilidade e aos importadores de comprar a um custo mais baixo um produto mais fresco."
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Um exemplo prático do que significa investir numa alteração do modelo de negócio. Neste caso, uma nova prateleira, um novo canal de apresentação dos produtos..
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BTW, em Portugal, no dia em que alguém testar esta abordagem, corre o risco de ter um instalado intermediário a interpor uma providência cautelar a um tribunal, e um juiz a aceitá-la.
Acerca de sectores estáveis e demasiado homogéneos na oferta (parte IV)
Parte I e parte II e parte III.
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Em Junho de 2012 critiquei e classifiquei como errada a opinião do futuro presidente da república em "Agora é que vão começar as decisões políticas".
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Quando há dinheiro, quando há recursos, verdadeiramente não é preciso estratégia. Contudo, quando faltam os recursos, é preciso fazer escolhas, é preciso renunciar... é preciso ter uma estratégia, ter uma política.
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A nossa política passa por:
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Pois!
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Agora, voltemos ao mercado interno e ao sector da saúde. Consideremos este texto "Why Strategy Matters Now" de Michael Porter e Thomas Lee, publicado pelo "The New England Journal of Medicine.
Para onde quer que olhemos, sempre o mesmo padrão. Ainda darei maus um exemplo na parte V.
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Em Junho de 2012 critiquei e classifiquei como errada a opinião do futuro presidente da república em "Agora é que vão começar as decisões políticas".
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Quando há dinheiro, quando há recursos, verdadeiramente não é preciso estratégia. Contudo, quando faltam os recursos, é preciso fazer escolhas, é preciso renunciar... é preciso ter uma estratégia, ter uma política.
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A nossa política passa por:
"baixar impostos, aumentar salários, reduzir importações, aumentar emprego, fazer obras, redistribuir pelos mais fragilizados, acabar com a austeridade, aumentar o défice e reduzir a dívida"Estão a ver o resultado do teste de Roger Martin?
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Pois!
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Agora, voltemos ao mercado interno e ao sector da saúde. Consideremos este texto "Why Strategy Matters Now" de Michael Porter e Thomas Lee, publicado pelo "The New England Journal of Medicine.
"Until recently, most health care organizations could get by without a real strategy, as most businesses understand that term. They didn’t need to worry about how to be different or make painful decisions about what not to do. [Moi ici: Are you there Mr Rio?] As long as patients came in the door, they did fine, since fee-for-service contracts covered their costs and a little more. Success came from operational effectiveness: working hard, embracing best practices, and burnishing reputations that attracted both patients and talent. Virtually every provider was included in most payers’ networks, and patients could generally seek care wherever they pleased at modest or no extra cost. Most organizations maximized revenue by offering every possible service in volumes as large as possible and expanding the same well-reimbursed services to cross-subsidize less profitable ones. Typically, “strategy” defaulted to having the scale and market presence to secure good rates and be included in networks.
But that era is ending.[Moi ici: Nas estruturas de saúde do Estado ainda estamos na fase dos hospitais-cidade, organizações demasiado complexas para funcionarem, e dos hospitais separados entre si por 30 km e que competem entre si pelas especialidades todas]
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Many health care organizations today are running near full capacity but have flat or declining revenues. Bargaining power has shifted away from providers.
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The time has come for health care organizations to rethink the meaning of strategy. Strategy is about making the choices necessary to distinguish an organization in meeting customers’ needs.
...
In the new era, strategy must reflect a health care organization’s fundamental purpose: what it is trying to achieve and for whom. Financial margins and growth targets will be the results rather than the drivers of strategy. Historically, organizations could pursue multiple goals, such as meeting all their communities’ health care needs, preserving physicians’ autonomy, educating clinicians, and conducting research. Today, one goal must become paramount: improving value for patients.
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IPUs need to differentiate themselves from competitors by emphasizing care for certain types of patients — those for whom they can achieve better outcomes and have particular expertise, or those for whom they have similar outcomes as competitors but can deliver care at a lower cost, more quickly, or more conveniently."
Para onde quer que olhemos, sempre o mesmo padrão. Ainda darei maus um exemplo na parte V.
Assim, talvez ter inimigos entre os clientes ou ex-clientes seja bom sinal
Já por várias vezes escrevi aqui no blogue sobre esta regra, simples e poderosa, usada por Roger Martin:
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Se olharmos para uma estratégia e escrevermos o seu contrário, teremos uma espécie de estratégia oposta. Essa estratégia oposta é estúpida?
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Se for estúpida, então é porque não estamos perante uma verdadeira estratégia.
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Por exemplo:
Estratégia: A nossa estratégia passa por aumentar a satisfação dos nossos clientes.
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Estratégia oposta: A nossa estratégia passa por diminuir a satisfação dos nossos clientes.
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eheheh esta nova versão é perfeitamente estúpida (ainda que seja seguida por muitas empresas). Logo, aquela estratégia não é uma verdadeira estratégia!
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Então, uma boa estratégia, só com base no teste, pode ser: Vou abrir um restaurante especializado em comida vegetariana.
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Por que é que é uma boa estratégia?
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Porque o contrário não é estúpido!
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O restaurante não proíbe a entrada a ninguém. Agora imaginem que um apreciador de carne entra no restaurante, distraído ou apertado com o tempo e com os compromissos. Será que ele vai ficar entusiasmado com este restaurante?
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Vai à procura dum bom bife de vaca e sai-lhe um "vol-au-vent" de tofu!
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WTF!!!
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Sigam o meu racional agora, por favor, uma empresa com uma boa estratégia vai sempre ter admiradores incondicionais, sobretudo se executar bem a estratégia, e... vai ter detractores, clientes muito insatisfeitos, inimigos mesmo!
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Já uma empresa com uma não-estratégia, terá gente que não apreciou, mas daí a fazer deles inimigos... julgo que não.
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Assim, talvez ter inimigos entre os clientes ou ex-clientes, talvez seja bom sinal
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Como o Justin Bieber... recordar "Justin Bieber e o preço da diferença"
Trecho retirado de "The First Question to Ask of Any Strategy"
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Se olharmos para uma estratégia e escrevermos o seu contrário, teremos uma espécie de estratégia oposta. Essa estratégia oposta é estúpida?
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Se for estúpida, então é porque não estamos perante uma verdadeira estratégia.
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Por exemplo:
Estratégia: A nossa estratégia passa por aumentar a satisfação dos nossos clientes.
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Estratégia oposta: A nossa estratégia passa por diminuir a satisfação dos nossos clientes.
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eheheh esta nova versão é perfeitamente estúpida (ainda que seja seguida por muitas empresas). Logo, aquela estratégia não é uma verdadeira estratégia!
"The point is this: If the opposite of your core strategy choices looks stupid, then every competitor is going to have more or less the exact same strategy as you. That means that you are likely to be indistinguishable from your competitors and the only way you will make a decent return is if the industry currently happens to be highly attractive structurally."Vamos desenvolver um pouco mais as consequências deste racional.
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Então, uma boa estratégia, só com base no teste, pode ser: Vou abrir um restaurante especializado em comida vegetariana.
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Por que é que é uma boa estratégia?
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Porque o contrário não é estúpido!
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O restaurante não proíbe a entrada a ninguém. Agora imaginem que um apreciador de carne entra no restaurante, distraído ou apertado com o tempo e com os compromissos. Será que ele vai ficar entusiasmado com este restaurante?
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Vai à procura dum bom bife de vaca e sai-lhe um "vol-au-vent" de tofu!
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WTF!!!
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Sigam o meu racional agora, por favor, uma empresa com uma boa estratégia vai sempre ter admiradores incondicionais, sobretudo se executar bem a estratégia, e... vai ter detractores, clientes muito insatisfeitos, inimigos mesmo!
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Já uma empresa com uma não-estratégia, terá gente que não apreciou, mas daí a fazer deles inimigos... julgo que não.
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Assim, talvez ter inimigos entre os clientes ou ex-clientes, talvez seja bom sinal
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Como o Justin Bieber... recordar "Justin Bieber e o preço da diferença"
Trecho retirado de "The First Question to Ask of Any Strategy"
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