quinta-feira, dezembro 11, 2014

O exemplo dos frutos e do vestuário

"O volume de produtos frescos exportados pelo País luso aumentou 26% nos últimos três anos, passando de exportar 780 milhões de euros, em 2010, para 983 milhões de euros, em 2013. Números publicados pela Associação para a Promoção de Frutas, Legumes e Flores frescas de Portugal, Portugal Fresh."
Trecho retirado de "Portugal cresce 26% na exportação de produtos frescos"
"As vendas de vestuário de Portugal nos mercados externos foram as que evoluíram a um ritmo mais intenso durante os três primeiros trimestres de 2014, de acordo com os números divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e produtos como calções de uso feminino estão entre os de maior sucesso. Quando medidas pela variação em comparação com o mesmo período de 2013, as exportações de vestuário aumentaram 11,2%,"
Trecho retirado de "Vestuário português lidera as exportações de janeiro a setembro de 2014"

É isto que a UE e o euro minimizam

Volto ao exemplo brasileiro "Manifesto por um Brasil mais rico, não um Brasil mais caro":
"Nesta semana, tivemos mais um. Para lidar com dificuldades da nossa indústria, o governo e o Banco Central vem adotando uma série de medidas, incluindo redução temporária de impostos para alguns subsetores, aceleração da queda da taxa de juros, adoção de restrições à entrada de capitais estrangeiros para enfraquecer nossa moeda e elevação de impostos sobre produtos importados.
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Além de sujeitarem o país a eventuais retaliações comerciais, estas medidas criam um Brasil mais caro, não mais rico. Quem pagará a conta do encarecimento dos produtos importados e da redução da competição com os nacionais é você, o consumidor. Aliás, já paga. No ano passado, impostos sobre importação arrecadaram mais que o Imposto de Renda Pessoa Física. Você pagou ambos. Os primeiros, nos preços elevadíssimos praticados no Brasil e o IRPF, na fonte."
Lá, como cá, o monstro do gasto público é insaciável.

O exemplo da cerâmica

"Em 2013 Portugal foi o maior produtor de louça de mesa e decorativa na Europa e “se o país continuar a produzir com qualidade – apostando na inovação e  recuperando algumas tradições – a cerâmica portuguesa poderá estar a preparar-se para viver dias mais risonhos”.[Moi ici: Interessante, gente do sector a olhar para o futuro com optimismo]
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em 1995 existiam em Portugal cerca de mil empresas – da área da cerâmica de mesa e decorativa – e que empregavam mais de 25 mil trabalhadores. Em 2012 esse número situa-se um pouco acima dos cinco mil. Para se ter uma ideia mais clara, basta ver que em 1975, existiam muito poucas empresas deste sector especifico, no entanto, “estas empregavam muita gente (10 mil pessoas) e em média, cada empresa possuía 135 trabalhadores”. Em 2012 passaram a ter apenas uma média de oito trabalhadores.[Moi ici: Em todos os sectores o mesmo padrão, para reganhar produtividade, as empresas ficaram mais pequenas]
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no final dos anos 90 para esta área especifica da cerâmica portuguesa e como de facto “se veio a confirmar o pior dos cenários com grande parte das unidades industriais a fechar, atingindo centenas e centenas de pessoas, arrastando-as para o desemprego”.
Um pouco por todo o lado nos países desenvolvidos, as grandes unidades industriais deixaram de produzir cerâmica de mesa e decorativa. Até as melhores fábricas europeias que o orador visitou como, por exemplo, a Rosenthal ou a Wedgwood, abandonaram a produção, deslocalizando-a para outros países. A Rosenthal que “era a melhor fábrica de sempre, acabou por manter a fábrica, a marca e o conceito, mandando fazer toda a produção noutros países”, acrescentou.
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Como pode a cerâmica dar a volta? “Produzindo produtos de alta qualidade para nichos de mercado e ligando o sector ao turismo, procurando aliar também a industria às visitas culturais e à criação de parques temáticos”, afirmou o orador.
Na sua opinião, vivem-se dias de alguma recuperação com os produtos portugueses a ser internacionalmente reconhecidos, ou seja, “como não há produção de cerâmica na Europa, esta é uma boa oportunidade para as firmas que conseguiram ultrapassar os anos mais difíceis”. Segundo José Luís Almeida Silva, hoje em dia  as empresas “têm que trabalhar em rede, valorizar os recursos humanos e também trabalhar no valor acrescentado das suas peças, que se devem destinar a nichos de mercado”. [Moi ici: Outra constante deste blogue quando falamos sobre como é que as PME podem dar a volta]
"Cerâmica industrial de mesa e decorativa transformou-se em “neo-artesanal”"

Recorde mensal de exportações

Nem uma andorinha faz a Primavera, nem eu sou um defensor deste governo. No entanto, na sequência destes textos:
BTW, convinha que a seguir à assinatura "Professor no departamento de Economia da Universidade do Minho" acrescentasse "que foi conselheiro de António José Seguro, subiu ao placo do Congresso do PS".
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Olhando para este gráfico, com a evolução das exportações portuguesas:
Consegue-se dizer que há diferença entre o antes e o depois de Sócrates?
Não será pouco sério entrar com o crescimento verificado em 2010 e atribuí-lo ao governo de então, sem mencionar o descalabro mundial de 2009?
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Entretanto, em Outubro de 2014 tivemos o recorde mensal de exportações:
valores em milhões de euros
Textos aqui:




quarta-feira, dezembro 10, 2014

Curiosidade do dia

Golias e David.

O truque europeu

"el sector europeo del lujo ha elevado su negocio un 23% entre 2010 y 2013. En el mismo periodo, ha creado un total de 200.000 empleos."
Trecho retirado de "La industria europea del lujo crece un 28% en dos años y crea 200.000 empleos"

"levar mais do que um empresário a reflectir sobre o seu caso"

Um texto interessante, que pode levar mais do que um empresário a reflectir sobre o seu caso, o que fazer quando:
"I just got two bits of news: One of our bigger clients wants a 3 percent discount starting in 2015.
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So, yes, that means we are prepared to lose the business. This customer is a good customer, but it is a Tier 2 customer [Moi ici: Recordar a curva de Stobachoff]. While we would like to keep the work, we are not going to pay the company to do its work."
O texto também é interessante por não pretender dar uma lição geral:
"Now, I am not suggesting that the way we handle these situations should be the way every one handles them. Our decisions came from our data and may be unique to us and to our local marketplace."

Trechos retirados de "Walking Away From a Customer Who Demands a Discount"

Leituras e viagens

Lendo "From systems to ecosystems" de Esko Kilpi encontro:
"In the past, the influence of external forces on business was not significant. The industrial factory was a fairly simple, isolated machine. ... Being efficient and productive inside the system was enough to prosper.
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The assumptions of industrial management are not suited to today’s business environment. In contrast to the industrial era, when value was added primarily in the repetitive manufacturing processes,[Moi ici: Mongo versus Magnitogrado]  value is today created elsewhere, outside of the old industrial system. Value is co-created in the context of usage through customizable, reconfigurable and more or less unique solutions aggregated by the customer, not the manufacturer. There are no consumers any more!
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Linear methods of management are not effective in a complex environment."
Que relacionei logo com o que tinha lido em Spender:
"one of the more compelling research findings relating to Chandler’s strategy and structure ideas was Burns and Stalker’s assertion that in stable market conditions strategists should focus on administrative efficiency, but in dynamic market conditions on loosening up the structure and allowing “organic” responses."
O qual me motivou a ir à fonte e ao subcapítulo "Mechanistic and Organic Systems".
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Para, por fim, recordar o zeitgeist leadership do anónimo engenheiro de província e fechar a viagem em "Armando Almeida quer a PT Portugal focada na liderança, inovação e eficiência".

Outro campeonato

Outra consequência de Mongo, da IoT (ou IoE), e do "é só meter código nisso" é esta "Smart Connected Products: Killing Industries, Boosting Innovation":
"companies can evolve from making products, to offering more complex, higher-value offerings within a “system of systems”. For example, you might sell a tractor today. But once that tractor is smart and connected to the cloud, your products and services will become part of a highly interconnected agricultural management solution.
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Once smart, connected products take hold, the idea of an industry as being defined by the product alone ceases to have meaning. What sense does it make to talk about a “tractor industry” if tractors are just one piece of an integrated system of products, services, software, and data designed to help farmers increase crop yields? What Porter has shown is that in a smart, connected future, industries are defined not by products, but by “jobs to be done” (somewhere Clayton Christensen is chuckling). Saying, “I’m in the crop yield management industry,” will make a lot more sense than “I’m in the tractor industry.”"
E Mongo será isto:
"In other words, we are about to enter an incredibly powerful virtuous cycle of innovation. First, smart, connected technologies open up huge possibilities for new products, services and value-added offerings: a huge wave of innovation in and of itself. And then, as they do so, this transformation will change how we define industries so that even more innovation is unlocked through our change of perspective. The combination of these two forces will be truly transformative. It’s going to be a wild ride." 
Pois, isto leva-nos para outro campeonato.
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Entretanto, "Surprise: Agriculture is doing more with IoT Innovation than most other industries":
"For agriculture solution providers, the greatest challenge — and opportunity — is offering service beyond product. Fundamentally, farmers care about results. Agriculture technology needs to deliver new, incremental value throughout the product lifecycle, akin to the subscription-based software industry’s task of continually adding features and functionality after releasing a title.
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The agriculture industry is proof that soon, every company will be an IoT business, no matter their size or industry. The benefits of converging the digital and physical worlds are too valuable to ignore. In the not-so-distant future, constant connection between people, companies and products, in real-time, will be the norm."

terça-feira, dezembro 09, 2014

Curiosidade do dia


Não vim preparado para isto!
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Mas a verdadeira curiosidade do dia é a geração de pedreiros mais bem preparada de sempre "Empresas de construção britânicas estão a recrutar portugueses e pagam mais de 1.200 euros por semana"*

* como li, escrito por alguém, no Twitter

Trabalhar para os overserved

Parte I.
Se um banco não traz grande valor acrescentado, se os serviços que prestam estão comoditizados e cobra bem por eles, então, alguém está a sentir-se overserved e pronto para abraçar a disrupção, por exemplo, nos pagamentos das transacções comercias dos negócios B2C.
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Hoje na África do Sul "Cape Town goes cashless as mobile payment apps take off" e amanhã por cá, assim que os incumbentes perderem a capacidade de barrar a evolução.

Estratégia e o particular

Estratégia e o particular, o ser diferente, o ser único, mais do que ser o melhor:
"Against the idea that firms operate in competitively efficient environments there are strong intuitions that every firm has to be a “quasi-monopoly” and exploit the particularities of its products, processes, people, and engagements. No two firms can occupy exactly the same economic opportunity space.[Moi ici: O velho Gause e os seus protozoários]
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Strategic work is ultimately about specifics and so more about practice than the analysis of generalizations captured with language.
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Real strategic work is about finding a way through the thicket of principles and particulars, hoping for the wisdom of Solomon and resisting the cop-out of raising one principle over all other aspects—for human situations always mingle both.
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Academics tend to dismiss matrices, preferring rigorous deductions, proofs, and carefully defined generalities that suggest theories. [Moi ici: Este trecho faz-me lembrar muitas conversas no Twitter onde tenho de debater com crentes em leis económicas como se fossem leis newtonianas, gerais e automáticas, com econs em vez de humanos, com maximizers em vez de satisficers] They are less interested in synthetic statements because they apply to particulars. But strategists are always working with particulars and so have limited interest in theoretical statements."
Trechos retirados de "Business Strategy - Managing Uncertainty, Opportunity, and Enterprise" de  J.-C. Spender.

Algo que escapa aos Muggles (parte II)

Parte I.
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Enquanto os anónimos fizeram e fazem a mudança e criam um amanhã mais sustentável, desligaram-se do futuro da oligarquia: "Decoupling!!! YES!!!"
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É como todas as transformações a sério, não são top-down, são bottom-up. Começam pela economia real, pelos anónimos e acabam por fazer da oligarquia uma carcaça velha já sem poder e sem função que se lança fora.
A "elite" e os seus representantes, directos ou dissimulados, são os grandes defensores do regresso ao escudo. Uma moeda fraca é um instrumento poderoso para defender a "elite".
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Entretanto, continua o impacte do fim do BES, o tal banco das empresas:

"é impossível em democracia. Outra coisa boa que a UE nos trouxe"

Interessante como a realidade do têxtil é tão diferente dos dois lados do Atlântico.
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No Brasil:
Imaginem Portugal fora do euro e da UE, estaríamos, como o Brasil, numa corrida para o fundo com a China. Apostando no proteccionismo, na desvalorização cambial, na retórica de guerra... sem resultados. O Brasil ainda tem o seu mercado interno, Portugal nem isso teria. O choque da primeira década deste século não teve origem no euro mas na China, essa é a minha explicação. Nunca esqueço este quadro:

Entretanto, em Portugal:
"Numa altura em que muitos países europeus perdem as valências industriais, a fiação em Portugal está a registar um ligeiro renascimento, com o investimento de algumas empresas na criação e renovação de unidades para a produção de fios “made in Portugal”."
O proteccionismo brasileiro tenta proteger a sua indústria têxtil, como resultado, empurra-a para uma corrida para o fundo, empurra-a para uma competição com a Ásia.
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Em Portugal, o facto de estarmos na UE não permitiu esse proteccionismo. O sector sofreu, transformou-se e recriou-se. Recordar "O desassossego é bom".
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Permitir esta destruição criativa no Brasil, que aconteceu em Portugal, é impossível em democracia. Outra coisa boa que a UE nos trouxe.

segunda-feira, dezembro 08, 2014

Curiosidade do dia


Podiam ter usado o tipo de letra Playbill, ficava mais genuíno.

Trabalhar para os underserved

A primeira vez que fui ao Douro Internacional de mochila às costas foi na Páscoa de 1983. Apanhei tanto frio que em Setembro aproveitei um salário de trabalho de Verão para, na Rua de Cedofeita, no Porto, comprar um saco-cama a sério e nunca mais ter frio, nem no campismo de Inverno.
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Por isso, sei dar valor a isto "What It Feels Like To Crawl Into A -30F Sleeping Bag In The Himalaya"
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Isto é trabalhar para os underserved. Algo que é muito importante para um nicho que actualmente não está adequadamente satisfeito, ou aspira a mais.

"Effectuation" e a economia real

Ler "Jovem engenheiro cria rebanho para produzir leite de cabra":
""Era o mais lógico a seguir, porque não havendo emprego, não havendo oportunidades, acho que apostar naquilo que já tinha, nos terrenos que eram dos meus avós e não deixar as coisas ao abandono é uma boa perspectiva de vida", disse José Gonçalves à agência Lusa.[Moi ici: The Bird in Hand Principle. Entrepreneurs start with what they have.]
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conseguiu obter o apoio da família, que vinca ser um alicerce vital do projeto [Moi ici: The Crazy Quilt Principle. Entrepreneurs cooperate with parties they can trust. These parties can limit the affordable loss by giving pre-commitment..]"
É recordar e ver aplicados alguns dos princípios da "effectuation".
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Claro que é também interessante a manifestação do padrão, do regresso à terra, da criação de valor num nicho...

Um exemplo de segmentação

O texto mais antigo que conheço sobre a curva de Stobachoff é um artigo de Kaj Storbacka sobre um banco na Finlândia.
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Um banco que ganhava dinheiro com metade dos clientes para perder muito com a outra metade. Trata-se de um fenómeno muito comum como aprendi com Skinner, Terry Hill, Kotler e Byrnes entre outros, um fenómeno que decorre das empresas não escolherem os seus clientes-alvo e terem a veleidade de ser tudo para todos e, terem a veleidade de serem uma espécie de Arca de Noé, e terem horror a rejeitarem clientes, a rejeitarem encomendas.
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Por isso, saliento este exemplo "Barclays recusa clientes menos abastados"

Outra alternativa de modelo de negócio portanto.

Na semana passada, num debate em que fui moderador, tinha comigo na mesa um representante de uma empresa de Amarante, a Peixoto & Peixoto. Uma empresa que se dedica a comercializar, alugar e dar assistência técnica a máquinas para a construção.
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Em conversa prévia com o seu representante apreciei bastante a história da empresa, em como o estar atento às solicitações dos clientes teve uma forte influência na evolução da oferta da empresa. Ao saber que, durante estes anos de crise na construção, a empresa cresceu e até aumentou o número de postos de trabalho, perguntei o que estava por trás disso:
  • exportação (chega a representar 46% da facturação)- um olho no global;
  • adaptação das máquinas preparadas para o sector da construção, para o sector pujante do vinho do Douro - um olho no local; e
  • o recondicionamento de máquinas;
Recondicionamento de máquinas? Que é isso? Compra de máquinas usadas cá e no estrangeiro e reparação, reconstrução, adaptação... 
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Hoje, a serendipidade pura na internet levou-me a isto "Japanese construction equipment maker launching remanufacturing business":
"Myanmar will be Komatsu's 13th location for remanufacturing operations, after South America, Australia and other countries.
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     Komatsu's remanufactured products are priced lower than its new equipment despite having the same quality and performance guarantees. This makes such goods attractive to customers looking to keep costs down. Another selling point is the environmental benefits, as using remanufactured products means fewer scrapped components."
Outra alternativa de modelo de negócio portanto... a inovação que costuma ser mais rentável.

domingo, dezembro 07, 2014