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terça-feira, dezembro 09, 2014

Algo que escapa aos Muggles (parte II)

Parte I.
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Enquanto os anónimos fizeram e fazem a mudança e criam um amanhã mais sustentável, desligaram-se do futuro da oligarquia: "Decoupling!!! YES!!!"
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É como todas as transformações a sério, não são top-down, são bottom-up. Começam pela economia real, pelos anónimos e acabam por fazer da oligarquia uma carcaça velha já sem poder e sem função que se lança fora.
A "elite" e os seus representantes, directos ou dissimulados, são os grandes defensores do regresso ao escudo. Uma moeda fraca é um instrumento poderoso para defender a "elite".
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Entretanto, continua o impacte do fim do BES, o tal banco das empresas:

sábado, janeiro 19, 2013

O cavalo das "elites"

Está-lhes na massa do sangue, está-lhes no ADN!
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A tradição defende que "Lesboa", a antiga Ulissipolis, foi fundada por Ulisses durante a sua tribulação no regresso a Ítaca.
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E Ulisses ficou famoso, entre outras coisas, por ter avançado com o estratagema do cavalo oco para conseguir entrar em Tróia.
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E o que dizer das "elites" que vão para locais de poder para desenharem este sistema?
"O sistema de pensões é um sistema profundamente regressivo, em que os 20% mais ricos recebem 41,6% das pensões e os 20% mais pobres recebem 9,3%."

sábado, novembro 28, 2009

E eu sou o Tarzan

A propósito de gente básica e ignorante, como referimos ontem, António Barreto no i põe as coisas em pratos limpos, com números:
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"importamos 4/5 do que comemos. Hoje, no produto nacional, 3% ou 4% são agricultura e alimentação, 20% ou 25% são indústria. Ou seja, produtos novos, feitos em Portugal, são 30%, menos de um terço. Que vamos exportar daqui a dez anos? E daqui a 20? Serviços? Quais? Financeiros, bancários, serviços de informações, serviços de quê? Estamos a quilómetros e quilómetros de distância da capacidade de exportação de serviços da Espanha, de Inglaterra, da França, dos Estados Unidos... Novas coisas, novas indústrias, novos projectos, novos planos, novas ideias, fizemos muito pouco. "
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Pois... Portugal não é um país de serviços... e eu sou o Tarzan
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Avilez Figueiredo no mesmo i volta à carga:
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"Portugal, como se sabe, tem uma dívida próxima dos 90%. A economia, conhece-se também, vive dos serviços: valem 70% do PIB. Tudo o que produz é, em geral, para consumo interno - de quem vive ou de quem vem de fora. Não há - já se disse - os chamados bens transaccionáveis (esses produtos apetecíveis noutros mercados). A indústria, por isso mesmo, é residual."
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Pois... Portugal não é um país de serviços... e eu sou o Tarzan
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Muitas vezes me interroguei, sem olhar para este número de só 30% do PIB vir da indústria e agricultura, por que é que apesar de exportamos 90% da produção de calçado; 80% da de mobiliário; 70% da de..... termos uma balança comercial tão deficitária. É que por muita boa que seja a nossa indústria ela é pequena para alimentar o nosso ecossistema.

sexta-feira, novembro 27, 2009

Gente básica e ignorante

Enquanto os políticos se entretêm a discutir o sexo dos anjos, o segredo de justiça, a gripe A, o aquecimento global, a catequese jacobina, o bug do ano 2000, a gente não entra em batalhas de retórica e oratória em que o objectivo não é chegar a uma conclusão mas ocupar tempo de antena.
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Faz-me lembrar as empresas em que na reunião mensal para análise do desempenho e tomada de decisões, há sempre uns directores de departamento que não estão na reunião para resolver um problema, ou melhorar uma situação, estão lá só para tentar iludir o escrutínio naqueles 15 minutos onde têm de justificar o desempenho, e quando saem da ribalta sentem um alívio... todas as vezes que oiço os debates quinzenais na Assembleia da República recordo esta cena.
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Por vezes, os políticos baixam a guarda e falam de coisas onde a retórica e a oratória (o que é a guerra da designação do orçamento agora revisto?) não os podem salvar, e aí munidos de factos percebemos como esta gente é básica e ignorante.
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No Jornal de Negócios "José Sócrates: "Estou preocupado com subida do euro face ao dólar""
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Onde se pode ler esta pérola:
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"“Nós não somos um país de serviços”, sublinhou o primeiro-ministro português à Bloomberg. “Estamos a ter um bom desempenho no sector industrial e queremos competir nesse campo em todas as áreas e exportar com valor acrescentado, ou seja, com produtos de qualidade nos mercados mais sofisticados”, acrescentou."
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Há dias ouvi na SIC Medina Carreira, o homem dos números, dizer que a contribuição da agricultura e indústria para o PIB rondava os 28%... pois, não somos um país de serviços.
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Ah! Mas isso não é argumento, você sabe o Medina Carreira... o tipo não regula bem.
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E o INE regula bem?
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"Na estrutura empresarial predomina a área dos serviços, quer se tenha em consideração o número de empresas, o número de pessoas ao serviço ou o volume de negócios. Segundo dados referentes a 2005, 78,0% das empresas pertenciam a este sector, representando 61,9% do número de pessoas ao serviço e 62,7% do volume de negócios."

segunda-feira, novembro 23, 2009

É isto?!!!

É isto?!!!
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Um homem está à frente da AEP durante "milhares" de anos e depois só se lembra disto "Lugdero propõe projecto para criar 250 mil empregos".
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Precisamos de apostar na produção competitiva de bens transaccionáveis, temos meio milhão de fogos por vender, temos um sector de construção civil sobredimensionado, e ... isto?!!!
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Talvez fizesse bem a Ludgero Marques ler e reflectir sobre este artigo publicado no i "Kurzarbeit à espanhola":
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"Em Espanha, em contrapartida, pelo menos metade dos trabalhadores do sector imobiliário (cerca de 4% do total dos assalariados) e de outros de sectores subsidiários terão de reciclar-se e mudar de actividade. Este fenómeno retira sentido ao acto de subsidiar empresas para que mantenham os ditos postos de trabalho."