segunda-feira, setembro 30, 2013

segundo resgate? "até acho que é bom"

"Portugal vai precisar ou não de um segundo resgate? Ninguém sabe, saberemos no próximo ano.
Mas qual é a sua convicção? Acho que sim e, aliás, até acho que é bom, porque é a única maneira de nós, finalmente, virmos a fazer alguns movimentos no sentido dos tais poderes empedernidos que estão à volta do Estado e que, de facto, até agora conseguiram sempre evitar que as coisas fossem alteradas."
Trecho retirado "César das Neves: "Os bancos e as grandes empresas não ajustaram""

A espiral recessiva em todo o seu esplendor

"A capacidade de financiamento da economia portuguesa passou de 1% do PIB no primeiro trimestre para 1,6% no segundo. Uma evolução que se deve às exportações.
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As famílias, com uma taxa elevada, e as sociedades financeiras, com uma taxa mais baixa e em queda, continuam a ser as únicas com capacidade de financiamento."
Poupanças?! Oh, wait...
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Gente que não percebe as implicações de um haircut...
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Trecho retirado de "Saldo externo atinge 1,6% do PIB no segundo trimestre"

"Optimization has a place in business, but it isn’t strategy"

Recentemente, escrevi que os bancos se estavam a tornar vending machines e, sobretudo escrevi "Sem mudar de modelo de negócio, qual o destino?" de onde sublinho o último parágrafo:
"BTW, fazer isto "BCP obrigado a reduzir mais mil pessoas até 2015" sem mudar de modelo de negócio... dá muito que pensar."
Lembrei-me logo deste exemplo, ao iniciar a leitura de "Playing to win" de Lafley e Roger Martin, ao ler:
"What Is Strategy?
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Really, strategy is about making specific choices to win in the marketplace.
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More specifically, strategy is an integrated set of choices that uniquely positions the firm in its industry so as to create sustainable advantage and superior value relative to the competition. Making choices is hard work, and it doesn’t always fit with all the other work to be done. In our view, far too few companies have a clear, choiceful, and compelling winning strategy in place. Too often, CEOs in particular will allow what is urgent to crowd out what is really important. When an organizational bias for action drives doing, often thinking falls by the wayside. Instead of working to develop a winning strategy, many leaders tend to approach strategy in one of the following ineffective ways:
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4.They define strategy as the optimization of the status quo. (Moi ici: Claro que isto não se aplica só aos bancos... os elementos da tríade também ficam com as orelhas a arder) Many leaders try to optimize what they are already doing in their current business. This can create efficiency and drive some value. But it isn’t strategy. The optimization of current practices does not address the very real possibility that the firm could be exhausting its assets and resources by optimizing the wrong activities, while more-strategic competitors pass it by. Think of legacy airlines optimizing their spoke-and-hub models while Southwest Airlines created a transformative new point-to-point business model. Optimization has a place in business, but it isn’t strategy."
 Impressionante como esta é a receita mais preconizada nos media... e isso é terrível, pois uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade.
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Se uns senhores convidados pelos jornais e têvês dizem que é por ali...

As explicações dos economistas no futuro

Mais uma voz que, de certa forma, fala sobre Mongo e o Estranhistão:
"Marketing, analytically speaking, for a neo-classical economist is a tough problem to solve. Some of it is about persuasion, which we can’t model very well, and some of it is about what grabs a person’s attention, which is also hard to model well. As more of our economy becomes about marketing this will mean economic theory explains less and less of what’s going on. (Moi ici: Actualmente, durante o meu jogging, ando a ouvir "The Invisible Gorilla: And Other Ways Our Intuition Deceives Us"... é impressionante a quantidade de campos em que somos iludidos, olhar não é o mesmo que ver)
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the cheaper it is to produce things, which is clearly on the way, the more what matters is getting attention, getting people’s resources, getting people’s charity, just getting them to work. A lot of the jobs of the future will be a mix of making people feel either really good about themselves or really bad about themselves. Again that gets down to having a good understanding of these elements of human psychology."
Trechos retirados de "Which Job Skills Will Be Most Important In The Coming Years?"

Acerca de David e a concorrência imperfeita



Como é que Tabarrok explica o sucesso do calçado português?


Firms with higher costs... don't exit!!!!
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A falha desta abordagem é pensar em commodities.
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BTW, não me custa nada explicar que isto explique o que se passou com o NAFTA, os norte-americanos não têm paciência estratégica para aplicar estratégias baseadas no valor, a massa crítica continua no século XX a aplicar estratégias baseadas no custo.

domingo, setembro 29, 2013

Mais uma vertente dos novos modelos de negócio

O que dirá o presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP-CCI) a este tipo de modelo de negócio, "Homing in on a successful business model"?
"The subscription economy, where goods are delivered to your door, is the business model du jour.
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“You would struggle to find the majority of our products on the high street,” said Sarah Dembitz, founder of snack box delivery company Saviour Snacks. “At best you’d need to trawl through four or five different health food shops, which would be tricky.”
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Saviour Snacks scans the market for artisan suppliers of healthy food, from olives to seeds, popcorn to biltong. Boxes are delivered weekly, fortnightly or monthly, and are increasingly being bought by big corporates for their staff as a company perk.
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JustFab is a high-end fashion delivery business that sends out shoes, bags and denim to three million subscribers across the UK. Fashionistas choose their preferences online: heels or flats; dark colours or light, and the service cherry picks styles each month."

"the biggest mistake that companies make is they fail to make choices"



"the biggest mistake that companies make is they fail to make choices"
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3 escolhas fundamentais:

  • para quem trabalhar e para quem não trabalhar? (recordar a Lei de Gresham)
  • que produtos e serviços oferecer e que produtos e serviços não oferecer?
  • que ecossistema da procura desenvolver, como levar a oferta até aos clientes?
Claro que a primeira opção leva a equacionar:
  • a segmentação dos clientes e a geografia da presença
A segunda opção leva a desenvolver:
  • uma proposta de valor
A terceira opção leva a construir:
  • um mosaico de actividades que se reforçam


Acerca de Mongo e do DIY


Acerca dos consultores de compra

Sim, já o afirmo há muito tempo:
"Vender é mais importante que produzir!"
Não é de ontem, nem do ano passado, nem de há cinco anos.
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Contudo, quando falo em vender, falo de vendas que não são feitas por vendedores, falo de vendas feitas por consultores de compras, gente que ajuda a comprar. Gente que ajuda a comprar não impinge, logo, vai procurar ter para oferecer aquilo que os potenciais clientes precisam mesmo, aquilo que é adequado à sua vida.
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Levado à letra, chega-se a este extremo, qualquer opção obriga a fazer trade-offs, é o espaço de Minkowski.
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Ontem, encontrei este texto de Rags Srinivasan, "Don't be a Product Person, be a Merchant":
"You can obsess over the product, about its velvety finish, beveled edges, etc., but if you fail to understand how and why those features add value to customers that compels them to pay a premium price for it, being a product person is pointless.
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When you are a product person you start with features, think of your product as a bundle of features, speak about features, obsess about features, throw a tantrum when engineering wants to drop a feature because of resource constraints, use words like ‘awesome’, ‘uniquely positioned, ‘award winning, and ‘remarkable’ without explaining what that means and finally price your product as a sum of its parts.
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When you are a merchant you start with customers, those you want as your customers over others, find out what they value and deliver it at a price that matches the value perception and at a cost that makes you a handsome profit.
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A product person keeps iterating on what is at hand, moving along the same curve and failing to jump to another curve.
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A merchant is laser focused on the customer and what job they are hiring the product for. They keep adding many different  curves that are relevant to that customer.
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An ultimate product person is not one who has products in their blood. The ultimate product person is really a ‘merchant‘ who understands that a product is simply a value delivery mechanism."

sábado, setembro 28, 2013

Analogia do dia


Pode ser um conselho da Pixar para os seus argumentistas e restantes criativos, contudo, aplica-se direitinho às empresas que se concentram tanto na produção, que se esquecem dos clientes e, de como eles são activos, dinâmicos, curiosos, volúveis e egoístas.

"Obliquity"

Quando escrevo sobre os objectivos que não podem, não devem, ser atingidos directamente, por exemplo aqui:

Parece que é disto, "obliquity" que estou a falar:
"Obliquity describes the process of achieving complex objectives indirectly.
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In general, oblique approaches recognise that complex objectives tend to be imprecisely defined and contain many elements that are not necessarily or obviously compatible with each other, and that we learn about the nature of the objectives and the means of achieving them during a process of experiment and discovery. Oblique approaches often step backwards to move forwards.
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The most profitable businesses are not the most profit-oriented."
Trechos retirados de "Obliquity - Why Our Goals Are Best Achieved Indirectly" de John Kay.

Uma explicação perigosa

A propósito de "AIP: Falências de empresas devem-se mais a corte no crédito do que austeridade", onde se pode ler:
"O presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP-CCI) defendeu esta quinta-feira, em Castelo Branco, que as falências dos últimos anos devem-se mais à quebra no crédito às empresas do que às medidas de austeridade.
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Terá sido, na sua opinião, esta situação e não tanto as medidas de austeridade, "a responsável pelo encerramento de 170 mil empresas desde o início da crise mais severa, ou seja, entre Janeiro de 2008 e Junho de 2013"."
Pessoalmente não acredito nesta explicação e considero-a perigosa.
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Perigosa porquê?
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Primeiro, o que aconteceu ao poder de compra dos seus clientes, as famílias?
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Recordar isto e isto.
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Perigosa porquê?
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Porque desculpabiliza as empresas, põe a causa do problema no exterior e, assim, isenta as empresas de um esforço intelectual para se adaptarem a uma nova realidade.
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Perante uma migração de valor massiva por parte das famílias, basta ver os estudos sobre a evolução das compras alimentares nas lojas Pingo Doce, a mensagem é, não precisamos de mudar nada, temos é de conseguir voltar a ter crédito...
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BTW, qual tem sido a evolução do crédito malparado às empresas?
"Considerando apenas as empresas, estavam em cobrança duvidosa 11,4% do total dos créditos concedidos: dos 103 530 milhões de euros que a banca emprestou às empresas, 11 813 milhões eram incobráveis."

"It's more about value"

Este artigo "Did Ronald Coase Get Economics Wrong?" tem uma mensagem que parece retirada deste blogue, com uma linguagem e adjectivos que parecem retirados deste blogue:

  • a paranóía do custo e da eficiência versus o valor;
  • a produção em massa do século XX, a metáfora de Metrópolis ou de Magnitograd, versus a diversidade de Mongo ou do Estranhistão.
"Ronald Coase’s classic theory as to why firms exist is becoming obsolete: we need to move from a rationale of scalable efficiency to one of scalable learning.
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20th Century economics: it’s all about costs...
In the 20th Century, firms could generally succeed by pushing products and services at customers with greater efficiency than smaller firms. When business models and strategies were stable over decades, efficiency was the key driver.
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21st Century economics: it’s more about value
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As the economy steadily shifts from commodities to complex differentiated or personalized products and services, and as power in the marketplace shifts from seller to buyer, the relative importance of adding value to customers as compared to delivering greater internal efficiency has increased.
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the primacy of rapid learning as a principal driver of success. The big, slow-moving slow-learning bureaucracies of the 20th Century will be no match for the agile teams, networks and vast ecosystems that are emerging in 21st Century firms.
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The issue is agility, not size"
Depois, num comentário, o autor acrescenta:
"A few years ago, I thought that we could make progress in management by pointing to a better way. What I have found is that while these intellectual props of the old way are still around, you can’t effectively communicate the better way. So now I am spending some time demolishing these obsolete intellectual props.
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The “raison d’etre of the firm” is one such prop. “Maximizing shareholder value” is another. The “objective financial function of the firm” is another. “Efficiencies of scale” is another. “Bureaucracy is only way to coordinate at scale efficiently” is another. “Efficiency and predictability are the values that make a firm great” is another. Even very smart people still hold these obsolete views as fundamental assumptions."

sexta-feira, setembro 27, 2013

Pergunta do dia

O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal já se demitiu?
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Recordar o discurso mobilizador para o sector, em Janeiro passado, em "Não há nada a fazer?" e, comparar com a realidade:
"Comissão Europeia destaca que a “boa época turística relança a economia europeia e traz postos de trabalho muito necessários”. Portugal esteve em evidência, com um crescimento de 8%.
Portugal foi um dos países da União Europeia onde o turismo, nos primeiros sete meses do ano, apresentou um “crescimento notável”, realça a Comissão Europeia numa nota de imprensa onde analisa o comportamento deste sector."
Onde poderiam ter chegado se tivessem um presidente com outro perfil?
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Trecho retirado de "Portugal entre os países europeus com “crescimento notável” no turismo"
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Talvez seja por perfis como este que temos as promoções mixirucas na hotelaria?

Uma alternativa pode ser...

No Expresso deste fim de semana pode ler-se em "Revigrés fornece Sagrada Família de Gaudi":
"A Revigrés foi escolhida para fornecer o revestimento cerâmico, que já foi aplicado em áreas-chave da catedral de Gaudí, como os 16 pináculos alusivos às quatro estações do ano, além do medalhão do pavimento da nave central da basílica.
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"A concorrência em Espanha é grande. (Moi ici: No custo, nas grandes séries. E nas produções pouco eficientes?) Foi uma conquista ainda maior para nós, empresa portuguesa, fornecer esta catedral, que é das mais visitadas do mundo, num pais onde há um cluster cerâmico tão forte", faz notar Paula Roque, administradora da Revigrés, referindo que o projeto foi conseguido graças "à ligação com o representante em Barcelona", aliada à "flexibilidade da nossa fábrica em fazer produtos a pedido".
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Para a Sagrada Família, a Revigrés produziu grés porcelânico (considerado o material cerâmico mais nobre) em várias das 38 cores da sua coleção"
Caro Pedro, não há receitas genéricas que sirvam para todos ao mesmo tempo. Contudo, julgo que uma delas passa por aqui.
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As multinacionais concentram-se no marketing, consideram a produção um custo, um peso. Assim, adjudicam a tarefa de produzir a quem se especializa em produzir, em campeões na "excelência operacional"... campeões na "excelência operacional" conhecem muito bem os seus custos e tornam-se máquinas super-eficientes.
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Uma alternativa pode ser apostar no extremo oposto da eficiência: flexibilidade; variedade; novidade.
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BTW, espero que a Revigrés tenha mesmo esta capacidade no seu ADN produtivo.

Acerca das notícias

Ontem no Jornal de Negócios, no editorial de Helena Garrido, "Os "econs", as notícias e os humanos", pode ler-se:
"há neste momento uma enorme variedade de estudos que apontam para efeitos de sobrevalorização da informação com características negativas nos processos de decisão."
Recordei logo:
"Pessimistic prophecies are self-fulfilling." 
No final remata:
"Os cidadãos anónimos que apelam a menos más notícias, tal como o Presidente, dizem-nos o que devíamos de facto fazer, evitar as más notícias. Mas as boas notícias têm de ser alimentadas por todo um ambiente e uma realidade favorável para que os "humanos" acreditem nelas." 
Não sou adepto de se evitarem as más notícias, é preciso receber essa informação, se não a recebermos ficamos com uma imagem torcida da realidade. E nasce-me uma dúvida, o que é uma má notícia?
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Na década em que andamos a assar sardinhas com o lume dos fósforos (empréstimos), isso foi visto como uma má notícia?
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Durante a segunda vinda do FMI quantas "más notícias", na opinião dos média da altura, fazem hoje parte de uma narrativa positiva sobre a capacidade que o país teve de dar a volta?
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Não concordo que se escondam as más notícias, tenho é dúvidas sobre o que é uma má notícia. E, se calhar, por tabela, sobre o que é considerado uma boa notícia. O que é preciso não é esconder as más notícias mas dar tempo de antena igual ou superior às boas notícias.
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Por exemplo, o Jornal de Negócios podia, em vez de remeter para a última página de ontem, no canto inferior direito, esta notícia "Número de insolvências diminui e constituições de empresas aumentam", podia ter-lhe dado mais destaque e colocado numa outra página.
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Apesar do clima de pessimismo, há gente anónima que, por esperança, por desesperança, porque não sabe fazer mais nada, porque quer, arrisca constituir uma empresa neste contexto de sociedade socialista, com um Estado pedo-mafioso que tudo quer sugar. Uns verdadeiros heróis anónimos, uns verdadeiros "lamed waf"
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Boas notícias não são conversas de encantar, são exemplos factuais, são o exemplo dos pares, não PR dos ministérios ou dos bancos.

Acerca do "Big Data"

Nestes tempos em que se fala cada vez mais de "Big Data"
"Uncertainty is caused by not having the information we need. Therefore, adding more information will reduce uncertainty. That certainly seems simple enough.
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Claim 4: We can reduce uncertainty by gathering more information.
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The people in our sample agreed with this statement. Their average rating was 5.57. Of the 164 people who responded to this statement, eight indicated some degree of disagreement.
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Disclaimer
There are different types of uncertainty. Sometimes we are uncertain because we don’t have the information we need. That’s the type of uncertainty that claim 4 covers. Sometimes we have the information but we don’t know if we can trust it. Sometimes we trust it but it conflicts with other information we also believe. And sometimes we believe it but we can’t figure out what it means.1 Claim 4 covers only the first type of uncertainty, which stems from missing information.
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When we are faced with the other types of uncertainty, adding more information may not help at all. If I’m going to doubt the accuracy of any information I receive, adding more information just gives me more to doubt. If I believe in a data point but it conflicts with others, then adding more data may add to the conflicts instead of resolving them. And if the situation is too complex to sort out, adding more data may increase the complexity, not decrease it.
A useful way to think about uncertainty is to distinguish between puzzles and mysteries.3 A puzzle is easily solved with the addition of a critical data point. For example, as I write this (in 2008) we don’t know exactly where Osama bin Laden is hiding. That is knowable. He is somewhere. We just don’t know where he is, or even if he is alive. But if an informer were to provide bin Laden’s current location, the puzzle would be solved.
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A mystery isn’t solved by critical data. It requires more analysis, not more data. If we want to know what the future will bring to Iraq, no data point will give us the answer. No amount of data will eliminate our uncertainties about whether China is a potential business partner of the United States or an inevitable military, political, and commercial threat.
Claim 4 aims to solve puzzles, not mysteries. Mysteries emerge from ambiguous and complex situations. Even if we have the data we need, and know what data points to trust, and they aren’t inconsistent with each other, we still aren’t sure how to explain past events or anticipate future ones. Mysteries require sensemaking. Adding more data doesn’t necessarily improve success in resolving mysteries.
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Too much information can make things worse. As we add more and more information, the value of each successive data point gets smaller and smaller while the strain of sorting out all the information keeps increasing. Eventually, we may reach a point where the additional information gets in our way. We would do better to stop gathering more information before this point, but most of us keep seeking more data. We can’t stop ourselves. We have become data junkies.
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If we adopt claim 4 as our creed, we will know just what to do when we feel uncertain.
We will gather more data. The more the uncertainty, the more strenuous the data gathering. We won’t stop until our uncertainty disappears or we become exhausted, whichever comes first."
Trechos retirados de "Streetlights and Shadows: Searching for the Keys to Adaptive Decision Making" de Gary Klein.

quinta-feira, setembro 26, 2013

Curiosidade do dia

"Peachy Printer - The world's first $100 3D Printer"

Qualquer dia vêm dentro das embalagens como brinde

Miúdos a aprenderem a mexer com estas coisas logo em casa aos primeiros anos ... Mongo garantido

Como poderemos fazer "batota"?

A propósito de "Multinacionais deixam cair as fábricas e passam a concentrar-se no marketing", eu, PME ou não-multinacional, começaria a pensar, como posso usar a propriedade da minha unidade produtiva para fazer coisas que eles, multinacionais, terão mais dificuldade em nos acompanhar?
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Como poderei fazer "batota"?
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Eu sei que mais importante que a posse dos recursos é o acesso aos recursos mas... e se fizer batota? E se descobrir forma de mudar as regras do jogo?

O truque

Via Twitter, já não sei como, ontem cheguei a este artigo "From milkshakes to wine: the jobs that wine is hired for".
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Parece-me um bom exemplo, para concretizar a ideia de clientes-alvo.
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O truque não é concentrarmos-nos no produto (por isso é que não gostei das cinco primeiras regras aqui, demasiado enfoque no produto), não é concentramos-nos na demografia, ou no sector, ou ...
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O truque é tentar entrar na mente dos clientes e, recordando esta máxima, "Serving Experience As The Product", procurar identificar o job-to-be-done onde podemos fazer a diferença na mente dos clientes.
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Recordando "Tudo é Serviço" (aqui e aqui):
"A fundamental characteristic of services is that they create value only when we use them.
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Product-oriented organizations often fail to see the potential of using their customers to make a service more effective.
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The biggest missed opportunity in development is that organizations don’t think about their customers as valuable, productive assets in the delivery of a service, but as anonymous consumers of products."
Trecho retirado de "Service Design" de Andrew Polaine, Lavrans Løvlie, and Ben Reason