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domingo, março 05, 2023

Condenados a repeti-los

"So when we use the word myth we tend to mean a falsehood that is widely believed. And that's unfortunate because we've lost the term for what I want to talk about. See myths aren't false stories about the ancient past. They're symbolic stories about perennial patterns that are always with us. That's a very different thing! So a lot of what's going on in myth is an attempt to take these intuitive, implicitly learned patterns and put them into some form that is sharable with ourselves and with each other." (fonte)

Ontem fui ao Antigo Testamento e li o Livro de Ezequiel e ... continua actual.

Por que é que os israelitas foram derrotados pelos babilónios? Porque deixaram o seu sistema político (e religioso, Israel nunca os separou) se corromper de muitas e variadas formas. E mais, e isto faz-me pensar no 25 de Abril - reformar um sistema doente não gera nenhuma sociedade nova; apenas reanima o velho sistema que, cedo ou tarde, acabará sempre nos mesmos vícios. Tão em linha com a mensagem recorrente de Joaquim Aguiar: quem não reconhece os seus erros está condenado a repeti-los.

quinta-feira, agosto 31, 2017

Sem noção da realidade

Recordo-me muitas vezes de um programa de debate na RTP que aconteceu há muitos anos. Debatia-se Camarate e as hipóteses de acidente ou atentado. A certa altura um dos convidados esgrimiu um argumento que para mim, alguém que estudou química com profundidade e gosto, era absurdo. Quase todos os convidados eram advogados ou juristas e debatiam com base em técnicas de retórica ou oratória, com jogos de palavras e sei lá que mais. O que ficou gravado para mim naquele momento, foi o perceber que um comentador habitual de política nos media portugueses estava a usar um argumento que, se fosse verdade, implicava o sucesso da alquimia. Pensei logo na quantidade de temas que não domino e que aquele e outros comentadores comentam com autoridade.

Como não recordar Sérgio Figueiredo e o fim do calçado, ou André Macedo e o fim do têxtil, ou Pais Mamede e os preços mais baratos para exportação do que para o mercado nacional. Sim, o panorama mediático está cheio de gente sem noção da realidade que ocorre no terreno e, por isso, com ou sem intenção malévola, mistifica a realidade.

Ontem encontrei mais outra dessas mistificações típicas de quem está longe da realidade. Neste texto, "Uma década gloriosa para António Costa", um texto lúcido com o qual concordo em muitos aspectos, Manuel Carvalho estatela-se em grande ao escrever:
"É bom que António Costa sublinhe a importância da educação e da ciência, uma feliz recuperação das políticas de Mariano Gago que, ao contrário do que a direita neoliberal apregoava, foram decisivas para que a agricultura, a têxtil ou o calçado sejam o que são hoje."
Extraordinária mistificação!!!

Como é possível escrever isto?!

Como é possível acreditar que a recuperação dos sectores tradicionais da economia, dizimados pela concorrência externa aconteceu sob a orientação da academia?

A academia passou completamente ao lado desta recuperação porque ela foi feita com base num novo paradigma competitivo. A academia estava, e muita ainda está, tão embrenhada no paradigma anterior, tão prisioneira de modelos tornados obsoletos que nunca teria a liberdade para a tentativa e erro que foi necessário desenvolver até chegar a algo viável.

Basta visitar as fábricas de calçado para perceber que foi gente do terreno, gente sem alternativa de vida que deu a volta, contra os académicos que previam o Armagedão. Basta visitar as fábricas têxteis e perceber que foi uma revolução bottom-up, como aqui relatei inúmeras vezes, enquanto a direcção da associação patronal do sector combatia o Paquistão e apelava ao proteccionismo, as pessoas do terreno deram a volta.

BTW, recordar a passerelle.

terça-feira, março 10, 2015

Crenças, mitos e factos

"people get away from facts that contradict their beliefs. Of course, sometimes people just dispute the validity of specific facts. But we find that people sometimes go one step further and, as in the opening example, they reframe an issue in untestable ways. This makes potential important facts and science ultimately irrelevant to the issue.
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when people’s beliefs are threatened, they often take flight to a land where facts do not matter. In scientific terms, their beliefs become less “falsifiable” because they can no longer be tested scientifically for verification or refutation."
Como não recordar:
"Lovaglia’s Law: The more important the outcome of a decision, the more people will resist using evidence to make it." 
Trecho inicial retirado de "Why People "Fly from Facts""

terça-feira, julho 16, 2013

Desmitos... o nome de um blogue

Quando os dirigentes das associações patronais pedem mais crescimento, quando pedem mais despesa do Estado para fomentar procura, estão na verdade a pedir uma boleia paga pelos contribuintes.
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Incapazes de, ou ignorantes sobre como, conquistar o futuro, pedem que seja o Estado que faça esse trabalho.
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Nada de novo e nada exclusivo deste país, basta recordar "Mitos económicos":
"Many executives... Sensing a causal link between the progress of the overall economy and the 'micro' economy of their own firms, they blame the 'macro' economy for their problems and look to periods of economic expansion to fuel economic growth. 'When things go better,' they'll say, 'we'll do better.'"
Subitamente lembrei-me de um blogue... Desmitos.
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Desmitos vs Super Bock Economics.

terça-feira, fevereiro 28, 2012

Acerca dos mitos

Somos presa-fácil dos mitos que circulam. Não se sabe como aparecem, como nascem, mas quando pegam... demoram a morrer.
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Considerem tudo o que ouvem sobre a situação dos trabalhadores chineses... não esqueçam a cena da escravatura.
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Agora, leiam este texto "The Labor Market Bites Chinese Factories" (não se fiquem pelos recortes se não perdem o aparecimento natural das férias não pagas, do subsídio de férias e dos prémios de transferência):
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"The ostensibly endless supply of cheap factory workers is drying up. That has big implications for China and for the rest of the world.
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Employers are complaining about a labor shortage because they can't find workers at the wages they have been paying. (Sound familiar?) Nevertheless, wages are now going up, by quite a lot; in this particular factory, by 50 percent in the last two years.
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After years of holding the line, even Foxconn announced wage increases this month. Wages are still pretty low in absolute terms in these factories, about $500 per month, not counting overtime, but labor costs appear to have gone up now to levels equivalent to those in Mexico."
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Agora, é pensar nos mecanismos de causa-efeito gerados por estes movimentos...

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Apetece perguntar

A propósito de "Queda do euro pode salvar economia nacional?", apetece perguntar a Daniel Amaral como explica a evolução das exportações portuguesas nos últimos dois anos.
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Apetece perguntar a Daniel Amaral como é que ele explica o aumento das exportações portuguesas para fora da UE em cerca de 20% nos primeiros onze meses de 2011.
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Apetece perguntar a Daniel Amaral como é que ele explica o aumento das exportações portuguesas para a UE em cerca de 15% nos primeiros onze meses de 2011.
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Apetece perguntar a Daniel Amaral se ele sabe qual o salário médio nas diferentes províncias chinesas e se quer pôr Portugal a competir nesse campeonato.
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Apetece perguntar a Daniel Amaral se ele sabe qual foi o ano em que mais se exportou calçado, têxteis, mobiliário, cerâmica, vinho, horticultura, floricultura, ... de Portugal.
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Ao menos, se tivéssemos jornalistas deste calibre, os intervenientes na praça pública teriam de suportar as suas propostas em dados concretas e demonstrar o racional das mesmas. Assim, ficamos pelos mitos e pelo seu nível de explicação.

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Um dos mitos sobre a produtividade

Chamo a atenção para as palavras de Camilo Lourenço sobre a formação escolar dos trabalhadores e a sua relação com a produtividade  aqui.
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Recordar este postal de 2007 sobre os mitos e as frases feitas, ou este de 2008 ainda sobre os mitos sobre a produtividade.

sexta-feira, novembro 04, 2011

Mitologia tipo... TSU

Na última página do Jornal de Negócios de hoje, na "Sexta Coluna" encontra-se este gráfico:
A acompanhar o gráfico encontra-se um comentário intitulado "Trabalhar muito ou trabalhar mal?":
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"Em Portugal trabalhou-se quase uma vez e meia o que se trabalhou na Holanda num ano. Ou seja, por cada 100 horas trabalhadas na Holanda, em Portugal trabalharam-se 142 horas no ano de 2010. Num grupo de 24 países - onde estão os EUA - a Grécia é o que trabalha, em média, mais horas por ano. Segue-se Portugal." (Moi ici: Até aqui só informação factual. Agora, vai começar a opinião e a ignorância da realidade actual da economia a caminho de Mongo)
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"Depois de ter caído a absurda ideia de reduzir a taxa social única (TSU) em plena crise orçamental, o Governo propôs aumentar em meia hora o horário diário laboral.
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Em Portugal não se trabalha pouco, produz-se é muito pouco por cada hora de trabalho. (Moi ici: Eu diria antes, em Portugal ganha-se demasiado para o que se produz, mas adiante. Agora preparem-se para o que aí vem, típico de conversa da tríade com raciocínio de encalhado, raciocínio de quem não conhece o Evangelho do Valor) Se cada empresa se desse ao trabalho de ver como pode produzir mais, em menos tempo (Moi ici: Este "produzir mais, em menos tempo" destapa a careca a quem assim escreve. Quem escreveu segue o mesmo estilo do PSD durante a última campanha eleitoral acerca da TSU - fala, fala, fala, mas fazer continhas e, qual Teseu, mostrar o fio que permite passar de A para B é treta que vai no Batalha! Tudo mitologia, mitomania e afins. O autor da frase acha que se as pessoas nas empresas trabalharem mais depressa vão conseguir colocar-se ao nível dos dinamarqueses, noruegueses ou holandeses?), os ganhos prometiam ser bastante mais significativos do que esta ginástica horária."
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Conselho deste blogue para o autor da coluna:

O autor da coluna talvez dê mais credibilidade a um estrangeiro, pois bem, leia Gronroos para perceber qual é o seu erro de raciocínio... assume a qualidade constante das saídas, do que se produz!!!
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A solução não é trabalhar mais depressa, é aumentar o valor co-criado do que se produz!!!
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Conheço n empresas que vão receber de braços abertos esta meia-hora adicional e que vão ficar mais competitivas pelos custos... ou sejam, vão receber um estímulo negativo para atrasarem a necessária subida na escala de valor.
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O autor da coluna fez-me lembrar o cómico embaixador luxemburguês em Portugal que defendia que a diferença de produtividade entre os portugueses em Portugal e no Luxemburgo se devia à saudade destes últimos... LOL, eheheh, e é gente desta (do lado de cá) que se quer pôr a fazer diplomacia económica!!!

segunda-feira, agosto 29, 2011

Falam, falam, falam e não dizem nada

Quantos, de toda a gente que bota faladura sobre competitividade e produtividade, olham para números?
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Falam, falam, falam...
Impressiona o abismo que nos separa de outros países... e querem aumentar a produtividade mexendo nos custos... (ver significado da nota a))
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O calçado dá uma sugestão:

Em tempos escrevi que os que falam, falam, falam, nunca fizeram contas para uma empresa em concreto... ficam no reino dos mitos.
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Quadro retirado de "Competitive, but too small - Productivity and entry-exit determinants in European business services" de Henk Kox, George van Leeuwen e Henry van der Wiel.
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Gráfico feito com base em dados retirados de "Calçado, Componentes e Artigos de Pele - Monografia Estatística 2011"

segunda-feira, março 14, 2011

Para estilhaçar alguns paradigmas obsoletos sobre a produtividade

Hoje em dia, todo o bicho careta fala sobre produtividade.
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Como é que Mourinho disse?
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"Antes de escrever, investigas, estudas, dp ja podes opinar"
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Encontrei um interessante artigo sobre a produtividade "Labor Market Models of Worker and Firm Heterogeneity" de Rasmus Lentz e Dale T. Mortensen.
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Primeiro, como é que os políticos e as associações empresariais lidam com a produtividade e com os salários? Jogam o jogo do rato! Os salários comem o aumento da produtividade!!!
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Quanto mais estudo sobre a produtividade, quanto mais percebo o truque alemão, quanto mais entro no modelo de Marn e Rosiello e no de Dolan e Simon, mais me convenço que quem fala sobre de  produtividade não faz a mínima ideia das conclusões que se tiram da investigação científica e, por isso, continuam na fase dos mitos.
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Alguns trechos para reflectir muito a sério:
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"Firms come in all shapes and sizes. Some are huge but all but a few are tiny. Cross firm dispersion in size, labor productivity and average wages paid are large and the all three are positively correlated.
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A majority of the most productive firms at any point in time will still be among the best performers five years later. Within industry differences in productivity swamp cross industry differentials. (Moi ici: Nunca esquecer este ponto, sobretudo quando alguém pensar em medidas homogéneas top-down)
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Perhaps the most important fact for a labor economist observed in these data is the extent of the dispersion of productivity measures, a similar dispersion in the average wage bill per employee, and the positive correlation between the two. (Moi ici: É possível fugir ao jogo do gato e do rato)
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Why do firms differ with respect to productivity? Obviously, at the core of this question is whether productivity differences are characteristic of the individual establishment or firm or whether they simply reflect differences in the quality of inputs, particular the labor force.
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Fox and Smeets find that the weights on the "human capital" variables are significant, well determined and of the expected signs. However, including them explains relatively little of the variance in firm productivity in any of the industries. Averaging over the six manufacturing industries, the ratio of the 90th percentile to the 10th percentile of the Danish distribution of the standard TFP measure is large, 3.74. The ratio is reduced but only to 3.36 when the human capital variables are included. They obtain similar results using the wage bill, a wage weighted measure of employment, to correct for labor input quality. They conclude that the observable component of "input quality" explains very little of the dispersion in firm productivity observed in Danish data. (Moi ici: I rest my case)
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Irarazabal et al. include measures of labor force age, education, and tenure as well as the capital stock of each firm. Using either the actual worker characteristics or the wage bill in the analysis, they conclude that labor input quality explains at most 25% of the average productivity differential between exporting an non-exporting firms in Norway. Although they conclude that the potential for "gains from trade" are overstated by the measured TFP differences, it is clear that labor input quality differentials fail to explain the bulk of the differences in productivity." (Moi ici: Isto quebra uma série de paradigmas politicamente correctos e superficiais que passam em programas como o Prós e Contras da RTP)

terça-feira, outubro 05, 2010

Old Miths Die Hard...

Mais uma lição de Steven Blank a reter "Why Pioneers Have Arrows In Their Backs".
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A vantagem do pioneiro, do primeiro a chegar é... de apanhar com as setas todas, e abrir caminho para os que vierem a seguir.
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Em tempos trabalhei com uma empresa inovadora, realmente inovadora, num sector ultra-conservador. Por vezes tinha de os avisar:
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"Cuidado! Não basta confiar nos atributos do produto, se não estiverem atentos aos clientes... estão só a pavimentar o caminho para quem, mais humilde (eles eram todos engenheiros num mundo em que os concorrentes quase não tinham engenheiros nos seus quadros), vier a seguir com um produto parecido e mais disposto a ouvir as particularidades dos clientes"
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Quem chega com um produto inovador, está tão tão orgulhoso de si mesmo e da sua realização que acha que o produto se vende só por si, por ser uma "maravilha" técnica.

segunda-feira, setembro 27, 2010

Desmascarar mitos (parte IV)

Em 1992 comecei a receber a revista Harvard Business Review. No primeiro número que chegou às minhas mãos havia dois artigos que captaram a minha atenção, um sobre algo a que os autores chamavam balanced scorecard e outro com o título "Successful Change Programs Begin with Results".
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Um dos primeiros livros que encomendei do estrangeiro foi do autor do artigo, Robert H Schaffer, "The Breakthrough Strategy" com o seu zest factor. 
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Pois bem, a revista Harvard Business Review de Setembro de 2009 incluiu mais um artigo de Schaffer "Four Mistakes Leaders Keep Making":
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"Everyone has seen senior managers announce major directional changes or new goals without spelling out credible plans for achieving them or specifying who’s accountable: for instance, “We are going to reduce the use of cash by 40% next year”" (Moi ici: Onde é que já ouvimos isto?)
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"A large iron mining and processing company was receiving many angry complaints about quality from its largest customer.
The CEO met those complaints with apologies and vague promises, and strongly reprimanded the general manager of the guilty operation. The GM in turn held management meetings and communicated with employees about quality—month after month—but there was no discernible improvement.
He would have been affronted by the suggestion that his expectation setting was faulty, even though he’d never established specific goals or explicit plans for achieving them."

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-Planos são para os "maricas" dizem-me algumas vezes. A gente já sabe o que fazer!
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Pois... sem planos: sem especificar o que fazer de concreto, por quem até quando, estamos no reino dos mitos

sexta-feira, junho 18, 2010

Desmascarar mitos (parte III)

"great bosses do set very challenging goals and communicate them to their followers. But you're a bad boss if, once those goals are known and accepted, you keep mindlessly invoking them. Rather than continually drawing people's attention to that distant horizon, help them see what they can and must accomplish right now. Let them proceed calmly, with confidence, and with the motivation that comes from taking clear little steps — and they may just accomplish those big hairy goals."
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Em vez de mitos...
... ou seja, lançar um grande, distante, espampanante, audacioso objectivo sem especificar o que fazer para lá chegar.
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Visualizar o caminho todo entre o hoje e o futuro desejado...
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... quais as etapas que vamos ter de atingir?
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O que fazer, por quem e até quando, para passar da etapa n para a etapa n+1?
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Robert Sutton chama a atenção para este truque em "Hey Boss — Enough with the Big, Hairy Goals". Sutton chama a atenção para um artigo já aqui referido "Small Wins" de Karl Weick.
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domingo, setembro 20, 2009

Reduzir salários não é de esquerda nem de direita, é ignorância pura e dura... mitologia

O primeiro capítulo do livro "The Price Advantage" de Michael Marn, Eric Roegner e Craig Zawada, devia ser copiado e entregue a todos os gestores de uma empresa. TODOS!!!
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E já agora, pode-se despachar uma cópia para Daniel Amaral que nos quer convencer que reduzir salários é de esquerda.
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Os autores com base nos dados de 1200 grandes empresas dispersas pelo mundo chegaram aos seguintes valores médios:"Starting with price indexed to 100, we see that fixed costs (items like overhead, property, and depreciation that do not vary when volume changes) amount to an indexed average of 24.5 percent of price. Variable costs (expenses like labor and materials that shift in tandem with volume) account for another 66.4 percent. This leaves an average return on sales (ROS) of 9.1 percent.
Now, against these average Global 1200 economics, how much is it worth to improve your price by 1 percent? Assuming volume remains steady, price will rise to 101, fixed costs by definition are unchanged, and, since there is no change in volume, variable costs are also constant.
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Operating profit, however, rises to 10.1 percent from 9.1, a relative increase of 11 percent.
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The clear message is that very small improvements in price translate into huge increases in operating profit. When you talk about creating a pricing advantage, you may have to recalibrate your thinking about the significance of very small change. Pricing initiatives that increase average prices by only a quarter or a half percent are important because they bring
disproportional increases in operating profit. A 1 or 2 percent price improvement is a major victory with significant profit implications. Find 3 percent—and many companies can, once they start looking—and operating profit can jump by more than 30 percent, using average Global 1200 economics.
Pricing is far and away the most powerful profit lever that a company can influence. Continuing with average Global 1200 economics, Exhibit 1-2illustrates what happens to operating profit when each of the other levers is improved by 1 percent, while the other factors stay constant. (Moi ici: os números são quase semelhantes aos de Rosiello)
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Unfortunately, the pricing lever is a double-edged sword. No lever can increase profits more quickly than raising price a percentage point or two, but at the same time nothing will drop profits through the floor faster than letting price slip down a percentage point or two. If your average price drops just a single percentage point, then assuming your economics are similar to the Global 1200 average, your operating profits decrease by that same 11 percent.
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Quando nos acenam com a ideia de reduzir os salários... não! Ideia não! Quando nos acenam com o mito de reduzir os salários, mito por que é como o TGV, algo que se acena sem fazer contas, sem questionar... quando nos acenam com o mito de reduzir os salários acreditam que escaparemos com um tradeoff, reduzindo os salários reduziremos os custos fixos e por isso reduziremos o preço tornando-nos mais competitivos. Só que basta olhar para aquela figura acima... 1% de redução dos custos fixos só aumenta os lucros operacionais em 2.7%!!!
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Mas Marn et al também abordam este mito do "price/volume tradeoff":
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"If I lower my price, can I increase volume enough to generate more operating profit? Exhibit 1-3 explores how that tradeoff works—or, more accurately, does not work. If a business takes steps that effectively reduce average prices by 5 percent, how much of a volume increase would be necessary to break even on an operating profit basis?
With economics similar to the Global 1200 average, a 5 percent price decrease would require a 17.5 percent volume increase, not to increase operating profits but just to break even. Such an increase is highly unlikely. For a 5 percent drop in price to generate a 17.5 percent volumerise would require a price elasticity of –3.5:1. That is, every percentage point drop in price would have to drive unit volume up by 3.5 percent.
Our experience in real markets shows price elasticities commonly reach a maximum of only –1.7:1 or –1.8:1. On rare occasions, usually for consumer items purchased on impulse, it might be as high as –2.5:1. In the real world, –3.5:1 price elasticity is extremely rare. Thus, the basic arithmetic of decreasing price to increase volume to increase profits just does not add up. Note that you should do this calculation using the economics of your own business to confirm how the price/volume/profit tradeoff works for you."

terça-feira, junho 09, 2009

Os mitos são derrubados quando mentes curiosas...

... não aceitam o que outros dizem, sem o submeter a um teste de ... Popper saberia qualificar esse teste.
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Durante anos li, acreditei, transmiti o "Hawthorne effect".
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A revista The Economist, no artigo "Light work" vem ajudar a desfazer o mito e alertar-nos para estarmos atentos a eles.
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segunda-feira, junho 01, 2009

Para reflectir

Lembram-se da citação sobre os mitos?
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"The great enemy of the truth is very often not the lie – deliberate, contrived and dishonest – but the myth, persistent, persuasive, and unrealistic. Belief in myths allows the comfort of opinion without the discomfort of thought."
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John F Kennedy, 35th president of United States, 1961–63
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Neste postal And now something completely different... fui surpreendido por algo que ainda me incomoda, ainda não assentei ideias definitivas sobre o assunto (fidelização e rentabilidade de clientes)
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A revista Harvard Business Review de Maio trouxe um artigo que também levanta as ondas e causa turbulência mental:
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"Why Teams Don't Work" uma entrevista a Richard Hackman professor de Harvard:
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"People tend to think that teams are the democratic—and the efficient—way to get things done. I have no question that when you have a team, the possibility exists that it will generate magic, producing something extraordinary, a collective creation of previously unimagined quality or beauty. But don’t count on it. Research consistently shows that teams underperform, despite all the extra resources they have. That’s because problems with coordination and motivation typically chip away at the benefits of collaboration. ... So you have two strikes against you right from the start, which is one reason why having a team is often worse than having no team at all.
...
People generally think that teams that work together harmoniously are better and more productive than teams that don’t. But in a study we conducted on symphonies, we actually found that grumpy orchestras played together slightly better than orchestras in which all the musicians were really quite happy.
...

If teams need to stay together to achieve the best performance, how do you prevent them from becoming complacent?
This is where what I call a deviant comes in. Every team needs a deviant, someone who can help the team by challenging the tendency to want too much homogeneity, which can stifle creativity and learning. Deviants are the ones who stand back and say, “Well, wait a minute, why are we even doing this at all? What if we looked at the thing backwards or turned it inside out?” That’s when people say, “Oh, no, no, no, that’s ridiculous,” and so the discussion about what’s ridiculous comes up." (Por isso a citação: Skeptics are my best friends)
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Estas mensagens ajudam-nos a reduzir a quantidade de mitos e preconceitos que aceitamos e carregamos... muitas vezes sem consciência dessa opção.

domingo, abril 19, 2009

Mitos

Ontem ao final da manhã, enquanto fazia o meu jogging, ouvi na Antena 1 a já habitual lengalenga sobre a necessidade de aumentar a produtividade.
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Não podia estar mais de acordo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
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Qual era a receita de Bagão Félix, que era quem falava, para aumentar a produtividade?




Já adivinharam?






Esta é tão fácil!









Exacto!



Exactamente, aumentando a formação profissional!




Por que é que ninguém pergunta a quem propõe essa receita, que ilustre com um caso real concreto como é que a formação profissional pode ajudar a reduzir o nosso gap de produtividade?
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"rain dance" (looks good, sounds good, smells good, tastes good, makes you feel good, is politically correct, but has no impact!)
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Ainda ontem, ao final do dia, ao folher mais um livro de Keith Lincoln & Lars Thomassen "PRIVATE LABEL - Turning the retail brand threat into your biggest opportunity", encontrei uma citação que vai direitinha para a coluna da direita neste blogue e que serve para responder a todos os que, como Bagão Félix, acreditam que mais formação profissional aumenta a produtividade:
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"The great enemy of the truth is very often not the lie – deliberate, contrived and dishonest – but the myth, persistent, persuasive, and unrealistic. Belief in myths allows the comfort of opinion without the discomfort of thought."

John F Kennedy, 35th president of United States, 1961–63

terça-feira, janeiro 13, 2009

Mitos económicos

Há um pensamento económico que detesto, pois revela desistência e colocação do futuro de cada um e de uma comunidade nas mãos de outros:
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"Quando a maré sobe, ou seja, quando o PIB cresce, todos os barcos sobem, ou seja, todas as empresas crescem, todas as empresas aproveitam."
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Julgo que é sobre este pensamento, os outros é que têm de agir nós só precisamos de esperar, que se escrevem títulos como este do Jornal de Negócios de ontem "Retoma portuguesa nas mãos de Barack Obama" ... que melhor desculpa para não termos de mudar, de queimar pestanas, de arriscar.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Mitos, mitos e frases feitas. Alguém já fez um roteiro para uma empresa em particular?

Na senda deste tipo de raciocínio.
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Abandonando as frases feitas e a conversa da treta, o mito e a propagando, e olhando para uma empresa em particular e fazendo contas... conclui-se que o magalhães fiscal permitirá que em 2010 as empresas poupem um máximo de cerca de 1500 euros.
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É nestes pormaiores que vêmos, que pressentimos a treta que nos é despejada em cima todos os dias.