Mostrar mensagens com a etiqueta fast-fashion. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta fast-fashion. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, novembro 12, 2024

"We don't need fashion"

Volto a Junho de 2023 e a "Are you prepared to walk the talk? (parte Il)" após ler "'We don't need fashion: Sewing Bee judge tears a strip off Burberry" publicado no The Guardian.

Patrick Grant (um designer de roupa e apresentador do "The Great British Sewing Bee", um reality show britânico de competição onde participantes, geralmente costureiros amadores, enfrentam desafios semanais de costura) critica duramente a baixa qualidade dos produtos de moda e utensílios domésticos modernos, exemplificando com a marca Burberry e produtos de baixo custo como os da Tesco. 

"“Most people who sell you clothes do not give a stuff about the quality.”

...

“Fifty years ago most people trying to sell you clothes would describe their purpose and quality in their advertising,” he said. 

...

Almost all the [fashion] businesses only exist if we continue to buy more stuff,” he said. “We don’t need fashion – if they all disappeared tomorrow we’d be just fine and we’d save 10% of the world’s carbon emissions.”"

Ele destaca como as empresas de moda priorizam o consumo excessivo em detrimento da qualidade e da longevidade, contrastando com práticas antigas onde o foco era produzir peças duráveis e de alta qualidade. Ainda ao princípio da tarde de Sábado passado a minha mulher me apontou vários exemplos de falta de qualidade nos acabamentos de peças de roupa em três lojas.

Grant também enfatiza a importância de ensinar artesanato nas escolas para que as pessoas entendam a qualidade, a habilidade e a alegria de criar coisas. Ele critica a ironia dos hobbies da classe média que imitam trabalhos antigos de forma amadora, sugerindo que a sociedade deveria valorizar e incorporar essas atividades como parte da vida cotidiana para promover um senso de comunidade e respeito pelas tradições manuais.

domingo, outubro 06, 2024

O velho, o rapaz e o burro



O FT de ontem traz a habitual crónica de Janan Ganesh intitulada, "Can liberals be trusted with liberalism?"
"There is now some data to support the anecdotal impression that woke-ism at its most censorious peaked a few years ago. I wish those of us in the liberal centre could take a bow. But who led the resistance when it was hardest? Single-issue feminists. Rightwing free speech zealots. Political casuals with a radar for humbug.
Not all liberals deserted. Malcolm Gladwell and others signed a Harper's Magazine letter about creative freedom when that took some fibre. But don't let's pretend this was typical of the wider caste. Newspaper websites have search engines. Our successors will be able to look up what passed for the bien pensant "position" circa 2020."

Isto acontece-me muitas vezes... fazer conexões que não lembram ao diabo. 

Ao longo dos últimos anos tenho lido muita coisa sobre couro artificial, sobre napas, para substituir o couro natural, tudo por causa do ambiente e do metano emitido pelo gado. Quando li os primeiros artigos vi longos elogios ao couro artificial e lembro-me de ficar perplexo. Não sei porquê não escrevi nada aqui no blogue, daí a ligação ao texto de Janan Ganesh.

Depois de reles estagiário na Sonae o meu primeiro trabalho foi o de engenheiro de produto, não confundir com gestor de produto, naquilo que hoje é conhecido por TMG Automotive. Desenvolvíamos e produzíamos napas, couro artificial, para a indústria automóvel. BTW, ainda hoje acho que é talvez o melhor trabalho do mundo, o de engenheiro de produto.

Porque ficava perplexo? Porque eu sei a quantidade de químicos que têm de ser misturados numa pasta (plastisol) para poder produzir uma napa:

  1. Cloreto de polivinilo (PVC) - O polímero base utilizado para criar o couro artificial. Proporciona estrutura e durabilidade. Normalmente utiliza-se mais do que um tipo de PVC, pois juntam-se duas camadas: a camada de superfície e a camada expandida.
  2. Plastificantes - Ftalatos - Estes produtos químicos tornam o PVC flexível e macio, imitando a maleabilidade do couro natural.
  3. Estabilizantes - Os estabilizantes previnem a degradação do PVC causada pelo calor, luz ultravioleta e oxidação durante o processamento e utilização.
  4. Cargas - Carbonato de cálcio, sílica, argilas - As cargas reduzem o custo e melhoram as propriedades mecânicas, como a resistência à tracção e a durabilidade do couro artificial.
  5. Corantes/Pigmentos - Dióxido de titânio (para branco), óxidos de ferro, negro de fumo, pigmentos orgânicos - Estes conferem a cor desejada e o aspeto estético ao couro artificial.
  6. Agentes de Expansão - Azodicarbonamida, bicarbonato de sódio - São utilizados para criar uma estrutura suave e espumosa no couro artificial, imitando a sensação almofadada do couro natural.
  7. Solventes - Ciclohexanona, metil-etil cetona (MEK), tolueno, acetona - São utilizados no processo de aplicação para dissolver o PVC e outros componentes para revestimento de suportes têxteis.
  8. Surfactantes e Emulsionantes - Lauril sulfato de sódio (SLS), polissorbatos - Utilizam-se no processo de emulsão para ajudar a estabilizar a dispersão de PVC, criando um revestimento suave.
  9. Agentes de Controlo de Espuma - Agentes antiespumantes à base de silicone - Estes produtos químicos são usados para controlar a formação de espuma durante o processo de fabrico, assegurando um acabamento suave.
  10. Absorventes de UV - Derivados de benzotriazol, Estabilizadores de Aminas Impedidas (HALS) - Protegem o couro artificial da degradação por UV, prevenindo descolorações e fissuras ao longo do tempo.
  11. Agentes Antimicrobianos - Exemplos: Aditivos à base de prata, piritiona de zinco, isotiazolinonas - São adicionados para prevenir o aparecimento de bolor, míldio e o crescimento de bactérias, que podem danificar o material e causar odores.
  12. Materiais de Suporte - Poliéster, algodão ou tecidos não tecidos - O material de suporte, embora não seja um produto químico, é um componente essencial que proporciona estrutura e resistência ao couro artificial.

E com isto fazem a napa, "amiga do ambiente", usada numa carteira ou numas botas, ... go figure.

Ainda há pouco mais de 18 meses escreviam-se apologias como esta The benefits of using artificial leather in fashion and lifestyle products.

Lembram-se da "mãe" do fast-fashion entrar no comboio da sustentabilidade? Eu lembro, de 2019, Are you prepared to walk the talk?

Agora vejam o que encontrei no Público de 17 de Setembro último, "Fast fashion: marcas globais usam cada vez mais tecidos poluentes, diz relatório". O artigo é basicamente sobre fibras têxteis sintéticas como os poliésteres. No final termina com:

"Como são baratos e versáteis, os têxteis à base de combustíveis fósseis continuam a ser extremamente requisitados pela indústria da moda."

O artigo começa com:

"Gigantes da moda como a Shein ou a Zara estão cada vez mais dependentes dos tecidos sintéticos, sugere um relatório da Fundação Changing Markets divulgado ao final do dia de ontem." 

BTW, o PVC é o polímero menos dependente de combustíveis fósseis por causa da massa molecular do cloro, cerca de 35 vezes maior que a do hidrogénio. 

Um texto mais lúcido sobre o tema é o que encontro no remate final de "Synthetic Leather Substitutes and Fast Fashion: Unraveling the Unhealthy Equation (Part 3)":

"This will involve looking at different technologies, practices, and approaches, such as ethical sourcing and circular economy principles, that can help create an ethical and sustainable leather industry."

BTW, os meus primeiros dias de trabalho de 2024 foram numa empresa que produz aguardente. Fiquei fascinado com o que um sector que existe há milhares de anos aprendeu sobre sustentabilidade. As quintas recolhem as uvas na vindíma, "pisam" as uvas. Enviam o cangaço para um destilador. Este separa as graínhas, que são valorizadas na produção de óleo, por exemplo. E produz vários tipos de aguardente com o resto. Produz ainda composto orgânico, o resíduo da destilação pode ser compostado, resultando num fertilizante orgânico valioso. E ainda, alguns destiladores podem extrair compostos úteis como ácido tartárico ou polifenóis antes da destilação. Os resíduos sólidos podem ser utilizados como biomassa para geração de energia.

As marcas de fast-fashion e o couro artificial fazem-me lembrar a estória de:



sábado, março 16, 2024

Are you prepared to walk the talk? (parte IV)

Recordar o que tenho escrito aqui ao longo dos anos sobre a Zara e as tiradas de preocupação com o ambiente:

 Entretanto, no Le Figaro de quinta-feira passada, "Shein, Temu... L'Assemblée nationale adopte des mesures pour pénaliser la fast fashion":

Principais medidas da proposta aprovada:

  • Definição de Fast Fashion: A lei propõe critérios baseados nos volumes produzidos e na velocidade de renovação das colecções, com detalhes a serem definidos em decretos. Práticas como as da empresa chinesa Shein, que lança em média 7200 novos modelos de roupas por dia, são o alvo.
  • Sistema de Bonus-Malus: A proposta principal é reforçar este sistema no setor têxtil, considerando os custos ambientais da produção excessiva. A penalidade estará ligada ao "affichage environnemental" (rótulo ambiental) dos produtos, com uma nova metodologia de avaliação a ser implementada. As penalidades poderão chegar a 10 euros por produto até 2030, com um tecto de 50% do preço de venda.
  • Publicidade Proibida para Fast Fashion: A lei também inclui a proibição de publicidade para produtos e empresas que se enquadrem na definição de fast fashion. 
  • Redistribuição de Contribuições: As contribuições colectadas serão redistribuídas em favor dos produtores de roupas sustentáveis, com o objectivo de reduzir seus preços.

segunda-feira, junho 26, 2023

Are you prepared to walk the talk? (parte III)

Are you prepared to walk the talk? (parte II)

Sintomas da evolução estratégica da Zara em "Zara's wedding crashers mark its rise as couturier to the rich and famous" publicado no passado Sábado no FT:

"The wedding of Ricardo Gómez-Acebo Botin, a nephew of Banco Santander chair Ana Botin, was a high society affair outside Madrid this month, attracting gushing Elle magazine coverage of guests' flower-topped hats, swishy capes - and the fact some people wore Zara.

So noteworthy was the presence of two "inspiring looks" from the Spanish brand, costing €129 and €36, that it became headline news.

...

Although it still sells basics such as T-shirts, Zara has tried to differentiate itself from Sweden's H&M and escape the tag of disposable "fast fashion" by becoming a designer of stylish partywear.

Last year American singer Selena Gomer wore a €150 electric blue Zara suit to Britney Spears' wedding. Inditex's sales reflect the shift.

...

"But we are always striving to improve quality, style and design, and we want to make room for nonconformnism in our fashion. That's never changed," he told the Financial Times at Inditex headquarters in Arteixo.

Patricia Cifuentes, analyst at Bestinver, said: "They have repositioned themselves slightly upwards to reach the events arena. In the past in Spain you could never wear Zara to a wedding. But now with all the influencers and celebrities wearing Zara you can. Inditex has reinforced the idea that Zara sells fashion."

quinta-feira, junho 08, 2023

Are you prepared to walk the talk? (parte II)

No Verão de 2019 escrevi aqui no blogue sobre a ironia da Inditex querer apostar na sustentabilidade. Recordo Are you prepared to walk the talk?

Em Março passado "Presidente da Inditex e dona da Zara, Marta Ortega, defende que não produz fast fashion". Parece um político vestido de amarelo a dizer-nos que não está vestido de amarelo. 

No entanto, toda a gente vê o amarelo, "How Zara's strategy made her the queen of fast fashion"

"Europe's policy makers have called to "end fast fashion" as they push to toughen oversight of the industry.
On Thursday, the EU parliament voted strongly in favour of a suite of recommendations designed to force the fashion industry to operate more sustainably and help consumers to make more responsible and ethical choices, pushing to bolster the scope and ambition of a regulatory roadmap laid out by the European Commission last year.
Parliamentarians called for a clear definition of fast fashion focused on low cost, low quality, high volume production and tougher measures to fight excessive production and consumption of textiles."

E já agora, "Chile’s Atacama Desert: Where Fast Fashion Goes to Die" e "The fashion industry's dirtiest secret":

"The fast-fashion brand Zara produces 450 million garments, with 20,000 new styles each year, which remain in fashion for a limited amount of time until they're replaced by new styles the following year."

Recordar: Para macro-economistas, políticos e comentadores de coisas económicas acerca do modelo de negócio da Zara.

sábado, março 23, 2019

Compras em segunda-mão

Tantas coisas ...

Há tempos numa empresa prestadora de serviços à indústria perguntavam-me como se explicaria o abaixamento na actividade das PMEs, as suas clientes.

Falámos da economia das experiências, falámos do efeito Norte de África, Turquia e Leste da Europa, ... nunca me passou pela cabeça este factor:
"The 2019 thredUp Resale Report, in conjunction with GlobalData, analyzed the trends and drivers pushing this revitalized sector. Researchers found that 56 million women bought secondhand products in 2018, an increase of 12 million new secondhand shoppers from the year prior. And they’re not done yet: 51% of resale shoppers plan to spend even more on thrift in the next five years.
...
ThredUp reports that increased growth can be credited to millennials and gen-Z, who adopt secondhand items 2.5 times faster than the average consumer. This is partially because they prefer to wear the latest styles, meaning last season’s fads get quickly deposited through the thrift cycle. According to the report, it’s why secondhand, rental, and subscription are the top three fastest-growing retail categories.
...
  • As consumers partake in the resale market, they now own 28 fewer items, on average, than two years ago.
  • The resale market grew 21 times faster than apparel retail over the past three years.
  • 72% of secondhand shoppers shifted spend away from traditional retailers to buy more used items.
  • The secondhand clothing industry is expected to grow 1.5 times the size of fast fashion within 10 years.
  • One-third of consumers polled by ThredUp said they would spend more with their favorite retailers if those retailers also sold secondhand apparel."

terça-feira, março 07, 2017

"e não gostam de esperar um semestre"

A propósito de "H&M aposta no ver agora/comprar agora" e de:
"«Trazer a moda imediatamente da passerelle para a loja assinala uma nova era para a indústria da moda e estamos muito ansiosos para testar este novo formato emocionante»,
...
«Acho que é apenas uma questão de estar um pouco mais perto dos nossos clientes, porque alguns deles são realmente impacientes e não gostam de esperar um semestre para comprar depois de ver a coleção»"
Perante isto penso logo numa consequência, a aceleração temporal e a concretização desta tendência:
"Preparando-se para pequenas quantidades, muita flexibilidade e em vez de duas épocas por ano… 52 épocas por ano. Com 52 épocas por ano, como é que uma empresa poderia encomendar produções na Ásia?" (Maio de 2006)
Ou:
"In the future, the lifecycle of products will be significantly shorter, making product innovation an even more critical differentiator of high performance. [Moi ici: Não só a inovação no produto, como a flexibilidade, como a proximidade. Não a China não vai ser a fábrica do mundo] “Fast fashion”, in fact, will be the dominant business model — not just in apparel and consumer electronics, where it is already evident, but also in all other retail categories. Fast fashion will also necessitate more supple supply chains—a challenge for many."(Agosto de 2011
Ou:
"Everything in fashion is now, now, now."(Setembro de 2011
E nas consequências das consequências, a criticidade:

  • da proximidade entre o consumo e a produção; 
  • da interacção entre criativos e a produção; e
  • da robustez do cluster do lado da produção.  

quarta-feira, novembro 16, 2016

Market-driven ou market-driving (parte IV)

Parte I e parte II e parte III.
.
Este texto, "51 anos depois da primeira máquina de tricô, a Benetton já imprime camisolas":
"“Queríamos produzir algo especial, criar um novo clássico com total liberdade de movimentos,...“Este lançamento é muito importante porque significa voltar o foco para as nossas raízes e o nosso know-how”,"
Esta semana, ao conversar com o D. Pedro IV, que tinha comentado este postal, "Cuidado com o benchmarking" (e de certa forma o que a Benetton fez, como relatado nas partes I a III desta série, foi benchmarking e cópia de outros modelos que estavam e estão a resultar em outras empresas com outro ADN) falámos em Reeves e no, muitas vezes necessário, encolhimento para renovar e recomeçar tendo por base o ADN e não para copiar o que funciona com outros (cargo cult).

Recordo esta série com um título irónico: ""despedir é sempre resultado de uma maldade ou de preguiça da gestão" (parte V)" e recordo Steve Jobs:
"He shrunk Apple to a scale and scope suitable to the reality of its being a niche producer in the highly competitive personal computer business. He cut Apple back to a core that could survive."
Para depois criar o nível seguinte do jogo.
.
Muitas vezes os custos afundados e, sobretudo a vaidade (palavra usada pelo D. Pedro IV), impedem as empresas de fazerem este encolhimento estratégico.

terça-feira, novembro 08, 2016

Market-driven ou market-driving (parte III)

Parte I e parte II.
.
O exemplo da aceleração que a Benetton introduziu na sua forma de trabalhar para tentar fazer face à Zara, H&M et al:
"These transformations in the company’s logistics and operations have enabled to increase the number and structure of collections. Before 2003, retailers had to order the most of the items (80 per cent) before the beginning of the commercial season and only two collections were available, the Spring/Summer and the Autumn/Winter. The rest of the items (reassortments or flash) were mainly reorders and, only in small amounts, orders of new products designed during the selling season (20-30 per cent)
.
Because of this rigidity, customers searching for the last fashion trends did not return to the shops. To face this problem, the Benetton Group has increased the number of collections and decreased the amount of orders received before the selling season. The traditional seasonal collection was substituted by two main collections (Contemporary 1 and Contemporary 2) articulated in four launches: Spring, Summer, Autumn, and Winter with a time-to-market between four and eight months. In addition, in order to favour customers’ footfall to shops, Benetton has introduced new collections during the selling season:
trends, a collection more sensitive to the fashion tendencies with time-to-market between one and four months;
just in time, a collection that aims to satisfying sensitive customers fashion;
continuative items, these items represent the core of the Benetton collection and are manufactured in stocks and brought to the market in a very short time (seven days in Italy and 15 days throughout the rest of the world); and
nice price articles, which are basic yet original and are inspired by the practical needs of day-to-day living."
 Talvez o melhor que a Benetton podia fazer seria não tentar competir no campeonato do fast-fashion. Encolher, fugir dele e procurar manter-se como uma empresa market-driving.

segunda-feira, novembro 07, 2016

Market-driven ou market-driving (parte II)

Parte I.
"In the 1990s international incumbents such as Zara, started to erode Benetton’s market position. The rigidity of Benetton’s approach to distribution did not enable the company to rapidly match changing customer’s needs, a capability that was perfectly managed by competitors such as Zara and H&M, due to a total control of the retail-chain.
...
Benetton’s sales come from franchise operations. Zara and H&M, in contrast, own their shops, which make it easier to install unified systems that track global sales electronically’
...
Fast-fashionThe market-driven orientation is implemented also through the fast fashion concept in the fashion industry. The fast fashion concept indicates how some European fashion retailers are adopting effective strategies for answering in real time to consumer fashion trends, revolutionizing the fashion industry. Fast fashion necessitates that companies own an increasing number of shops worldwide, so that through the information infrastructure they can connect the consumer demand with the upstream of design, procurement, production, and distribution. To be successful fast fashion companies require a fast and highly responsive supply-chain. Finally, fast fashion companies achieve short development cycles, rapid prototyping, small batches and variety so customers are offered the late trends in small amounts.
.
Fast fashion is a strategy that has been developed to deal with constant changes in fashion trends. Fast fashion brands have created a system that is able to monitor and match consumer requirements and trends in real time. Many experts in the industry see Zara as the classic illustration of the fast fashion concept in operation
...
Zara’s “fast fashion” is the emphasis of putting fashionable and affordable design concepts matching consumer demand onto the high street as quickly as possible.
.
The company can get a new garment from design, through production and ultimately on the shelf in a mere ten to 15 days whereas the average lead-time for the fashion industry typically ran into several months. Zara’s business model tries to fulfil real time fashion retailing and not second-guessing what consumers’ needs are for next season, which may be six months away. As a result of Zara utilizing this ultraresponsive supply chain, 85 per cent of their entire product range obtains full ticket price, whereas the industry norm is between 60 and 70 per cent.
.
Zara’s garments are produced in small amounts, so as not to be over exposed, if a particular item is a very poor seller. If a product is a poor seller, then it is removed after as little as two weeks. Roughly 10 per cent of stocks fall into this unsold category, in direct contrast to industry norms of between 17 and 20 per cent. Stock are seen as assets which are extremely perishable and that if they are sitting on shelves or racks in a warehouse, they are simply not making money for the organization.
.
Another important strategy of Zara’s “fast fashion” philosophy is to frequently supply new items to retailers’ shops. These “fresher” product ranges stimulate shoppers into frequenting these stores on a more regular basis, on an average of 17 times a year. Through increased stock replenishment of new fashionable items, these stores are developing brand images for being cutting edge, trendy, and fashionable.
...
The resulting increased consumer footfall in shops eliminates the need for large expenditure on advertising and promotion."
Fast-fashion o segredo por trás do retorno de tanta produção da ITV a Portugal. Não é só a Zara, é toda uma série de empresas que embora não sejam tão competitivas e grandes como a Zara seguem, à sua maneira, esta abordagem.

segunda-feira, dezembro 07, 2015

Estratégias obsoletas e inércia, uma combinação medonha

A propósito de "Fast fashion de passagem?", há dias li "Marks & Spencer's clothes sales have fallen yet again" e sublinhei:
"The grocery sector is in choppy waters thanks to falling food prices, but M&S’s food sales were up 3.3% in the 26 weeks to September 26, or 0.2% on a like-for-like basis. Things are going so swimmingly that it opened a net 26 new Simply Food stores in the period.
.
But sales of general merchandise, which includes homeware as well as clothes, were down 0.4%, and 1.2% like-for-like.
...
But it still has the fundamental problem of a lack of interest in its clothes."
Pensei, o problema foi o offshoring. Não houve offshoring com as mercearias mas foi o forte no vestuário.
.
Não admira que agora:
"Os compradores experientes distinguem as peças de vestuário da Gap, Ralph Lauren e Abercrombie & Fitch imediatamente. Porém, de acordo com o mercado de ações, estas retalhistas são todas iguais e simultaneamente pouco atrativas. Os preços das ações caíram 30% ou mais este ano, num momento em que estas insígnias, outrora ditadoras de tendências, se debatem para encontrar o seu lugar num novo ambiente de retalho."  
Podem ser empresas grandes, podem ter consultores que lhes dizem tudo sobre eficiência e optimização operacional. No entanto, o problema é estratégico, é de modelo de negócio:
"Por insistentemente se apegarem a estratégias e estilos passados, diversas cadeias de retalho tradicionais alimentaram o crescimento da fast fashion com o seu próprio declínio." 
Devia ser obrigatório ler "The Origin of Wealth" de  Beinhocker, para aprender as lições de Lindgren. Todas as estratégias acabam por ficar obsoletas e a inércia cobra um preço monumental.

quarta-feira, novembro 25, 2015

Turn, Turn, Turn

A leitura de "Adolescentes em transformação" desperta várias linhas de reflexão.
.
O avanço da economia das experiências...
.
O avanço do fast-fashion e, consequentemente, da produção de proximidade...
.
A constante mudança da paisagem competitiva em que as empresas operam. Não há queijo garantido para ninguém, o que funciona hoje deixa de funcionar amanhã.
.
Em sintonia com:

quinta-feira, novembro 12, 2015

Uma dúvida

Acerca da evolução das exportações do têxtil e vestuário houve um facto que me ficou na retina:
"Em termos de mercados, «Espanha e Estados Unidos continuam a ser os mercados que assinalam maior crescimento absoluto, respetivamente com um acréscimo de 99 e 49 milhões de euros, seguidos pela Alemanha com um aumento de 10 milhões de euros», aponta o diretor-geral da ATP."(1)
E:
"Em termos geográficos, Espanha continua a destacar-se entre os principais mercados das exportações portuguesas de vestuário, com uma quota de 42,1%, tendo registado uma subida de 9,2%, para 907,6 milhões de euros, entre janeiro e setembro de 2015.
.
Nos principais mercados, sobressaem ainda pela positiva a Alemanha (+1,5%, para 194,28 milhões de euros) e os Países Baixos (+3,3%, para 79,5 milhões de euros), assim como os EUA, que registaram um aumento de 38,5% das exportações nos primeiros nove meses do ano, para 57,1 milhões de euros."(2)
Como não estou a trabalhar com o sector não tenho informação em primeira mão. Por isso, gostava de perceber o que se está a passar no sector em termos macro. Por um lado temos o crescimento das exportações para Espanha, certamente muito influenciadas pelo fenómeno Inditex e pelo universo do fast-fashion. Por outro lado, temos o forte crescimento da procura norte-americana que tem de vir de outro tipo de procura, que assenta necessariamente num outro modelo de negócio.
.
Se é fácil perceber as vantagens competitivas da produção nacional para fazer parte do modelo fast-fashion, não tenho certezas sobre quais as vantagens competitivas responsáveis pelo crescimento das exportações para os Estados Unidos. Há um único modelo, ou são vários modelos que contribuem para os quase 39%?



Trecho 1 retirado de "Sem perder o ritmo"
Trecho 2 retirado de "Exportações em ascensão"
 

segunda-feira, maio 18, 2015

Um outro têxtil, bem diferente do passado

"Value creation is the central idea in any retail activity. The key to sustainable business success is the generation of significant value for the customer, as retailers can only justify their mark-ups and thus operate sustainably successful if sufficient value is generated for the customer."
.
Em sintonia com a melhoria do desempenho do têxtil em Portugal e, com o comentário do Bruno em "Qual é o twist?", estes trechos:
Quadrante superior direito: mais crescimento e mais margens.
"Turning to the fashion retailing industry - this is an example of a market particularly characterized by an increasingly fast pace. Retailers are required to swiftly adapt the product offering to contemporary and increasingly even fleeting trends in order to satisfy customers. Therefore, it is not surprising to find that, first, backward integrated firms, that is, retailers who produce (a certain share of) their own products, also tend to be more successful in fashion retailing (see Figure 2). The reason for the latter phenomenon is that backward integrated retailers are better able to react flexibly to customer demands and to manage and control product quality better. Thus, if retailers can manage to have up-to-date knowledge about the latest fashion trends and customer expectations, then a backward-integration strategy has the potential to generate significant customer value.
Second, another related success factor is the usage of a fast-fashion strategy. ‘H&M’ and ‘Zara’ (Inditex) are, amongst others, famous for frequent and short term changes in their product lines to respond and to even foster the fast pace of today’s markets. While ‘H&M’ is able to generate value as it designs its own products, ‘Zara’ (Inditex) successfully responds to the challenging cycle time and can thus ideally adapt to market conditions and customer demands. Thus, if fashion-retailers are willing and able to continuously examine changing market conditions and customer demands, then a fast-fashion strategy has the potential to generate significant customer value."
Trechos retirados de "Value Creation in International Physical Retailing" de Werner Reinartz e Monika Käuferle, publicado por Journal of Creating Value 1(1) 72–78

quarta-feira, dezembro 11, 2013

Fast-fashion e subida de preços

Aqui vai um pouco do meu lado cínico.
.
Este ano tivemos o acidente numa fábrica que trabalhava para a Primark no Bangladesh, morreram mais de mil e cem pessoas:
Entretanto, no mesmo ano em que isto acontece, a Primark obtém este resultado:
O cliente do fast fashion não é necessariamente um(a) vegan activista preocupado(a) com aquilo que está longe.
.
"La compañía sueca, número dos mundial de la distribución de moda, ha planteado la posibilidad de subir los precios de venta de sus artículos para poder hacer frente a un aumento de los salarios de sus trabajadores, que se encuentran en algunos de los países más pobres del mundo, como Bangladesh."
Pensei logo em qual será a margem que a H&M aplica entre o preço à saída da fábrica e o preço na prateleira...
.
Depois, recordei este postal de Rags Srinivasan "We Raised Prices to Preserve our Business Model" de onde sublinho:
"You never raise prices to preserve your business model. Because your business model is nothing more than – how do you get your fair share of value you created for the customer.
...
If you are increasing prices without increasing value you are simply getting more than fair share of what you created. Such a business model is unstable and will be disrupted.
...
No one can preserve their model, let alone preserve it by raising prices. Someone else will always find a way to deliver customers more value, do it cheaper than you could and share a greater portion of that value with customers that you do. Your option is to do that before others do it to you."
A H&M está a tentar subir preços para manter a sua margem e ao mesmo tempo subir os salários no Bangladesh. Será que os clientes da H&M serão sensíveis a esse argumento?
.
A H&M serve o mesmo segmento de consumidores que a Primark?
.
OK...

quinta-feira, março 28, 2013

Que cenários para o futuro do fast-fashion

Interessante descobrir, depois disto "A revolução mental", poucos dias depois, este artigo "In Trendy World Of Fast Fashion, Styles Aren't Made To Last" de certa forma na mesma onda. Algumas ideias sobre a caracterização do modelo:
"the world of "fast fashion"
...
"The products are very, very cheap," ... "The design is pretty attractive. And if you walk into the store, I think, for a lot of consumers, it's virtually impossible to walk out empty-handed."
...
constantly turning over their merchandise, introducing ever-trendier clothing and feeding their customers' desire for novelty.
.
"We want to surprise the customers,"
...
Much of H&M's clothing is so inexpensive... that consumers can afford to buy it in quantities that wouldn't have begun to fit in our grandparents' armoires. It's so cheap that it isn't even worth returning if we get home and decide we don't like it,
...
But despite the low prices, fast fashion chains can be enormously profitable.
...
How can these stores make so much money selling $10 shirts? Mostly because of volume. ... "They put a small markup on the clothes and earn their profit out of selling an ocean of clothing.""
O fim das 2 épocas por ano (52 épocas por ano aqui e aqui):
"Meanwhile, computer technology transformed the entire process, enabling retailers to design, manufacture and ship products much faster and more efficiently. At one time, the fashion industry worked around a two-season calendar that unfolded at a predictable pace.
...
A relentless drive for speed now characterizes the industry. Chains like Zara are so fast, they can design, manufacture and get clothing onto store shelves in a month. Customers can now easily see the latest fashions online and have become conditioned to expect a constant stream of trendy new styles from retailers."
Um ponto fraco do modelo que pode crescer e obrigar a repensar muita coisa:
"'Landfill Fashion'.
Poor quality has turned the fast fashion label into something of a pejorative, so much so that chains like Uniqlo and H&M now reject the term altogether.
.
there's a growing public consensus that the mass production of so much cheap clothing is an enormous waste of resources such as fuel and water. While many people donate their clothing to charities and consignment shops, fast fashion tends to be so cheaply made that no one wants to buy it, she notes. Instead, it gets recycled into industrial rags and insulation, or even thrown out altogether — generating the term "landfill fashion."
.
The fast fashion model may be cracking in other ways, too. Factory workers in China, where a lot of clothing is manufactured, are increasingly pressing for higher wages.
.
Companies have responded by moving production into places where wages are even lower, like Bangladesh. (Moi ici: Recordar o efeito do "banhista gordo"But such countries lack the sophisticated manufacturing infrastructure of China, and in the rush to fill the void, tragedy has sometimes ensued.
...
The industry will no doubt adapt over time, but the days when fashion gets faster and cheaper every year are probably at an end."
Recordar o que escreveram no texto referido na primeira hiperligação:
"El low cost necesita una reinvención, sin dejar de ser estrategia a bajo coste. Creo que la solución no va por bajar más los precios, sino competir haciendo mejores productos y mejores tiendas a precios razonables pero no ridículos, para poder ofrecer una experiencia al consumidor." 
O que recomendo às empresas neste sector: invistam em pensar que cenários podem vir a encontrar no futuro e preparem-se com antecedência para eles.

segunda-feira, dezembro 03, 2012

Who cares

Primeiro, ler este artigo "Making The Case Against Fast Fashion Collaborations", onde se pode encontrar:
"‘Fashion,’ in the sense now being co-opted by the high street, used to mean designer fashion; that is, something made by a creator who puts care and thought into what he or she is creating. It means carefully crafted designs made with attention to detail and aesthetic sensibility.
...
the first polo shirt was carefully designed. But these days, the only major difference between polo shirts made by various competitors (often in the same factories) is the logo: alligator or polo player. Indeed, today, the word ‘design’ merely means ‘cool.’ To say that something is designed is to say ‘Isn’t it cool?’ And by extension, ‘Aren’t I cool?’ The same goes for fashion.
.
I invite anyone to argue that fast fashion brands produce ‘fashion’ in the original sense of the word. They may sell decent clothing at affordable prices — but not fashion.
.
This is perfectly fine, of course. Providing access to affordable clothing is a noble goal. But, alas, this goal was perverted a long time ago by the rise of irresponsible consumer behaviour that has transformed the act of shopping into a leisure activity.
...
But make no mistake, what is called ‘the democratisation of fashion’ is really the bastardisation of fashion; that is, taking a designer’s ideas and watering them down for mass consumption.
.
Real style is a matter of taste. And taste is a matter of experience. Just like one’s tastes in music, art or books, taste in clothes forms over time. It takes effort and knowledge. Buying into a style, quickly and cheaply, inevitably leads to the disposability of style."
Depois, ler este texto de Seth Godin "The cycle of customers who care":
"The first step is people who care making a product for people who care.
.
The second step is people who care making a product for people who don't care.
.
And the third step, so difficult to avoid, is that the growing organization starts hiring people, not necessarily people who care, to grow their ever-industrializing company. And since they are servicing customers who don't care, those employees who don't care can get away with it (for a while).
...
You're not going to have hordes of disappointed mass market customers cursing you out about quality or design. They don't care enough to do that.
...
It's totally okay for an organization to have the mission of making a carefree, ubiquitous product or service for people too busy or focused elsewhere. Totally fine to make something that's popular largely because it's popular. The danger creeps in when your team listens to their (mass) market and stops caring as well. When that happens, a new company comes along to care again."

terça-feira, junho 26, 2012

Proximidade e fast-fashion

Sintomas de uma mudança em curso:
Uma conjugação a aproveitar.
.
BTW, fast-fashion casa melhor com gorila de 800 libras ou com 800 gazelas?

terça-feira, junho 19, 2012

À atenção de MFL

Recordando a visão que MFL e a maioria dos políticos mantém sobre a dimensão das empresas e a taxa de sobrevivência (segundo eles, quanto maiores mais resistentes são as empresas), sublinho esta passagem de João Costa, presidente da Associação Portuguesa de Têxteis e de Vestuário:
"A ATP sempre defendeu que a dimensão é crítica para as empresas poderem sobreviver aos tempos difíceis, e mesmo para além deles. Ser grande pode não ter muito significado para uma empresa industrial, pois a reduzida dimensão pode até conferir vantagens do ponto de vista da flexibilidade e reactividade, hoje indispensáveis para o modelo de negócio em que ainda somos competitivos, mas já tem muita importância ter maior dimensão numa perspectiva comercial, pois aí confere capacidade negocial, ao comprar melhor e ao vender com mais margem."
BTW I, sim, é verdade, Espanha representa uma fatia perigosamente grande das nossas exportações de vestuário:
"A situação económica da União Europeia é um forte motivo de preocupação para a indústria têxtil e de vestuário, uma vez que se trata do espaço comercial para o qual tradicionalmente se dirigem as nossas exportações. Cerca de 85% de tudo que vendemos ao exterior vai para a Europa, com destaque para a Espanha. As perspectivas económicas menos positivas, e até negativas, que estão a desenhar-se na União Europeia e, em especial, em Espanha constituem motivo de apreensão e razão suficiente para olharmos o futuro com alguma inquietação, e, sobretudo, muita prudência."
But, always look on the bright side of life, ...
.
Não estamos numa recessão habitual, estamos numa reconfiguração do mercado, estamos numa re-calibração, a falta de dinheiro não é só nos consumidores, é também nos compradores, naqueles que importavam da Ásia. Assim, um modelo que está em ascensão, que está em generalização, é um modelo que  se conjuga bem com o cluster português da ITV, o modelo do "fast-fashion". Não é por acaso que isto acontece:
"O grupo Inditex, dono da Zara, obteve lucros líquidos de 432 milhões de euros no primeiro trimestre fiscal (Fevereiro a Abril), o que representa mais 30 por cento relativamente ao período homólogo de 2011."
Sim, OK, não é clara qual a parcela destes lucros que se referem ao mercado europeu. Contudo:
"Inditex is becoming less-reliant on sales in Spain, its home market, where it has 1,932 stores. But even though the Spanish economy is sinking into recession and consumption is down sharply, Inditex managed to eke out 1% sales growth from its Spanish stores."
BTW II,
"Analysts say Inditex has performed better in the economic downturn than rivals such as Gap Inc and Hennes & Mauritz AB, because of the tight control it has over production and the speed with which it can get the latest trends from the design table to stores."
Ou seja, produção próxima... lembram-se da minha opinião sobre a flexibilidade laboral?
"At the heart of its business model is a complex logistics system and heavy use of information technology to track data on consumer tastes gathered at each of its stores around the world. It also makes half of what it sells close to its headquarters and delivers new garments in small batches to all of its stores in 82 countries on five continents by plane or truck twice a week."
Agora para a tríade:
"The system makes production costlier, but the model has also proven successful during the economic downturn of recent years, because Inditex can adapt more quickly to the ebb and flow of demand."
Eat my shorts!!!

segunda-feira, junho 11, 2012

"A procura por um sourcing de proximidade"

Em linha com vectores de construção de um futuro mais interessante para as empresas portuguesas:
"A feira de tecidos Tissu Premier estreia nesta edição de primavera a sua nova área dedicada à fast fashion, uma forma de responder às necessidades do mercado, sem descurar a sua especialidade, os tecidos.
...
Esta última área, designada Collections, surgiu como uma resposta da Eurovet, a entidade responsável pela organização da feira, ao mercado, após a realização de um inquérito ter demonstrado a procura por um sourcing de proximidade."
Tal como a uma equipa que está a ganhar um desafio de basquetebol, ou de andebol, interessa aumentar o ritmo do jogo, para tirar mais partido do momentum vencedor, também a nossa indústria precisa de apoiar forte e feio, e tirar partido deste acelerar associado às pequenas séries, reposições rápidas, muita variedade, muita interacção com os clientes.