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domingo, outubro 06, 2024

O velho, o rapaz e o burro



O FT de ontem traz a habitual crónica de Janan Ganesh intitulada, "Can liberals be trusted with liberalism?"
"There is now some data to support the anecdotal impression that woke-ism at its most censorious peaked a few years ago. I wish those of us in the liberal centre could take a bow. But who led the resistance when it was hardest? Single-issue feminists. Rightwing free speech zealots. Political casuals with a radar for humbug.
Not all liberals deserted. Malcolm Gladwell and others signed a Harper's Magazine letter about creative freedom when that took some fibre. But don't let's pretend this was typical of the wider caste. Newspaper websites have search engines. Our successors will be able to look up what passed for the bien pensant "position" circa 2020."

Isto acontece-me muitas vezes... fazer conexões que não lembram ao diabo. 

Ao longo dos últimos anos tenho lido muita coisa sobre couro artificial, sobre napas, para substituir o couro natural, tudo por causa do ambiente e do metano emitido pelo gado. Quando li os primeiros artigos vi longos elogios ao couro artificial e lembro-me de ficar perplexo. Não sei porquê não escrevi nada aqui no blogue, daí a ligação ao texto de Janan Ganesh.

Depois de reles estagiário na Sonae o meu primeiro trabalho foi o de engenheiro de produto, não confundir com gestor de produto, naquilo que hoje é conhecido por TMG Automotive. Desenvolvíamos e produzíamos napas, couro artificial, para a indústria automóvel. BTW, ainda hoje acho que é talvez o melhor trabalho do mundo, o de engenheiro de produto.

Porque ficava perplexo? Porque eu sei a quantidade de químicos que têm de ser misturados numa pasta (plastisol) para poder produzir uma napa:

  1. Cloreto de polivinilo (PVC) - O polímero base utilizado para criar o couro artificial. Proporciona estrutura e durabilidade. Normalmente utiliza-se mais do que um tipo de PVC, pois juntam-se duas camadas: a camada de superfície e a camada expandida.
  2. Plastificantes - Ftalatos - Estes produtos químicos tornam o PVC flexível e macio, imitando a maleabilidade do couro natural.
  3. Estabilizantes - Os estabilizantes previnem a degradação do PVC causada pelo calor, luz ultravioleta e oxidação durante o processamento e utilização.
  4. Cargas - Carbonato de cálcio, sílica, argilas - As cargas reduzem o custo e melhoram as propriedades mecânicas, como a resistência à tracção e a durabilidade do couro artificial.
  5. Corantes/Pigmentos - Dióxido de titânio (para branco), óxidos de ferro, negro de fumo, pigmentos orgânicos - Estes conferem a cor desejada e o aspeto estético ao couro artificial.
  6. Agentes de Expansão - Azodicarbonamida, bicarbonato de sódio - São utilizados para criar uma estrutura suave e espumosa no couro artificial, imitando a sensação almofadada do couro natural.
  7. Solventes - Ciclohexanona, metil-etil cetona (MEK), tolueno, acetona - São utilizados no processo de aplicação para dissolver o PVC e outros componentes para revestimento de suportes têxteis.
  8. Surfactantes e Emulsionantes - Lauril sulfato de sódio (SLS), polissorbatos - Utilizam-se no processo de emulsão para ajudar a estabilizar a dispersão de PVC, criando um revestimento suave.
  9. Agentes de Controlo de Espuma - Agentes antiespumantes à base de silicone - Estes produtos químicos são usados para controlar a formação de espuma durante o processo de fabrico, assegurando um acabamento suave.
  10. Absorventes de UV - Derivados de benzotriazol, Estabilizadores de Aminas Impedidas (HALS) - Protegem o couro artificial da degradação por UV, prevenindo descolorações e fissuras ao longo do tempo.
  11. Agentes Antimicrobianos - Exemplos: Aditivos à base de prata, piritiona de zinco, isotiazolinonas - São adicionados para prevenir o aparecimento de bolor, míldio e o crescimento de bactérias, que podem danificar o material e causar odores.
  12. Materiais de Suporte - Poliéster, algodão ou tecidos não tecidos - O material de suporte, embora não seja um produto químico, é um componente essencial que proporciona estrutura e resistência ao couro artificial.

E com isto fazem a napa, "amiga do ambiente", usada numa carteira ou numas botas, ... go figure.

Ainda há pouco mais de 18 meses escreviam-se apologias como esta The benefits of using artificial leather in fashion and lifestyle products.

Lembram-se da "mãe" do fast-fashion entrar no comboio da sustentabilidade? Eu lembro, de 2019, Are you prepared to walk the talk?

Agora vejam o que encontrei no Público de 17 de Setembro último, "Fast fashion: marcas globais usam cada vez mais tecidos poluentes, diz relatório". O artigo é basicamente sobre fibras têxteis sintéticas como os poliésteres. No final termina com:

"Como são baratos e versáteis, os têxteis à base de combustíveis fósseis continuam a ser extremamente requisitados pela indústria da moda."

O artigo começa com:

"Gigantes da moda como a Shein ou a Zara estão cada vez mais dependentes dos tecidos sintéticos, sugere um relatório da Fundação Changing Markets divulgado ao final do dia de ontem." 

BTW, o PVC é o polímero menos dependente de combustíveis fósseis por causa da massa molecular do cloro, cerca de 35 vezes maior que a do hidrogénio. 

Um texto mais lúcido sobre o tema é o que encontro no remate final de "Synthetic Leather Substitutes and Fast Fashion: Unraveling the Unhealthy Equation (Part 3)":

"This will involve looking at different technologies, practices, and approaches, such as ethical sourcing and circular economy principles, that can help create an ethical and sustainable leather industry."

BTW, os meus primeiros dias de trabalho de 2024 foram numa empresa que produz aguardente. Fiquei fascinado com o que um sector que existe há milhares de anos aprendeu sobre sustentabilidade. As quintas recolhem as uvas na vindíma, "pisam" as uvas. Enviam o cangaço para um destilador. Este separa as graínhas, que são valorizadas na produção de óleo, por exemplo. E produz vários tipos de aguardente com o resto. Produz ainda composto orgânico, o resíduo da destilação pode ser compostado, resultando num fertilizante orgânico valioso. E ainda, alguns destiladores podem extrair compostos úteis como ácido tartárico ou polifenóis antes da destilação. Os resíduos sólidos podem ser utilizados como biomassa para geração de energia.

As marcas de fast-fashion e o couro artificial fazem-me lembrar a estória de:



quarta-feira, junho 12, 2024

Futurizar manifestações de PMEs (parte II)


Nas últimas semanas não há jornal que não inclua um artigo, várias páginas, um suplemento, dedicado à "avalanche regulatória" do ESG.

Portugal é um país de PMEs e estas ou pensam estar ao abrigo dessa pressão, ou que essa pressão ocorrerá mais tarde do que cedo. No entanto, estão a esquecer-se do abraço de urso:

  • de um lado a pressão da banca - a banca vai ser pressionada a não financiar as empresas sem reporte ESG,
  • do outro lado as empresas grandes na cadeia de fornecimento a jusante e que vão exigir informação necessária para o seu próprio reporte.
Por exemplo, ontem no JdN em "Portugal tem "desafios acrescidos" no report ESG":

"No que diz respeito ao papel do sistema financeiro na transição ESG, a vice-governadora do BdP avisa que "os bancos têm de conhecer bem as empresas que estão a financiar". Quanto à forma como é feita essa análise, deixa um alerta: "Tem de ser coerente, não podemos ter um banco que faz uma análise de uma empresa e outro que faz uma análise completamente diferente." Recados que não passaram despercebidos aos responsáveis da banca presentes na conferência de apresentação da plataforma SIBS ESG.
...

"A banca vai ser empurrada para não financiar"
Outra das questões levantadas durante a conferência de apresentação da plataforma SIBS ESG foi o facto de a falta de informação sobre sustentabilidade poder influenciar a concessão de crédito às empresas. Questionado se esta já será uma realidade, José Miguel Pessanha, vogal do conselho de administração do Millenium BCP, é perentório: "Já estamos nesse ponto. Uma informação mal compreendida, mal transmitida, é suscetível de prejudicar o nosso pricing e podemos praticar um preço que não é devido." Por isso, adverte: "É extremamente relevante as empresas prestarem informação já."
Apesar de as PME não estarem, para já, obrigadas a fazer o reporte de sustentabilidade, os vários responsáveis da banca são unânimes em afirmar que as pequenas empresas também vão ter de o fazer devido à pressão do mercado."

Lembram-se daquele poema de Emil Niemöller:

"Quando os nazis levaram os comunistas, eu calei-me; afinal de contas, eu não era comunista. Quando eles prenderam os social-democratas, eu fiquei calado; eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu fiquei em silêncio; eu não era sindicalista. Quando eles vieram por mim, não havia mais ninguém para protestar."

A minha versão é: quando a União Europeia veio impor um jugo burocrático aos agricultores, eu me calei; afinal de contas eu não era agricultor ... Quando ela vier pelas PMEs, não haverá ninguém para protestar. 

Leiam o artigo do JdN, percebam o espírito... depois, recordem a resposta de Nigel Croft à minha pergunta em "Futurizar manifestações de PMEs" e o que ela significa.

Como contraste, recuem cerca de um ano a esta entrevista à presidente da Euronext Lisboa:
"A presidente da Euronext Lisbon pede bom senso às autoridades europeias e alerta que um dos perigos do excesso de legislação sobre a sustentabilidade é a excessiva concentração de empresas para ajudar a diluir os custos de contexto: "Há um incentivo claro à consolidação, o que não é necessariamente mau nalguns setores, mas vai ser negativo noutros setores onde vão desaparecer empresas que fazem efetivamente falta".
...
As novas regras europeias sobre Finanças Sustentáveis vão aplicar-se sobretudo às cotadas?
Não, a diretiva de Reporte de Sustentabilidade aplica-se a todas as grandes empresas, todas as que não são PME, mais as PME cotadas, embora com alguma dilatação no tempo. E depois como todas as grandes empresas têm empresas mais pequenas nas suas cadeias de fornecimento, isto potencialmente tem um impacto muito significativo na economia. O tecido económico é constituído por muitas PME e temos de ter muito cuidado com o impacto que estas coisas vão ter. A Europa exporta para muitas regiões do mundo e nessas regiões não existe este tipo de abordagem. A Europa é o espaço mundial onde o enquadramento regulatório da sustentabilidade está mais avançado, é mais abrangente.
...
Podemos chegar a um ponto onde a regulação pode esmagar algumas empresas?
Não sei se esmagar é o termos correto, não sei se será tão radical a esse ponto, mas há uma preocupação clara das entidades com quem nós falamos. E se pensarmos que esta complexidade e este peso regulatório não vem apenas das Finanças Sustentáveis, mas vem de uma série de outras áreas como a fiscalidade, as autorizações, as licenças, as certificações, chegamos à conclusão que isto tem muito peso. E quando estas coisas têm muito peso, o que tende a acontecer? Concentração, concentração e concentração. [Moi ici: BTW, Recordar "A minha primeira lei sobre a concorrência?"] Ou seja, as empresas têm de distribuir os custos fixos da regulação. Há um incentivo claro à consolidação, o que não é necessariamente mau nalguns setores, mas vai ser negativo noutros setores onde vão desaparecer empresas que fazem efetivamente falta."

Em todo lado se o usa o termo "avalanche regulatória": 

sábado, abril 27, 2024

Futurizar manifestações de PMEs

No FT de ontem este título a abrir a primeira página "Stellantis boss says 'terrible' EV targets threaten financial ruin for carmakers."

Na passada quarta-feira o JdN apresentou o artigo, "Promover o financiamento sustentável"

"A aposta da Comissão Europeia na sustentabilidade não é algo novo. Mas a verdade é que as regras definidas pelo órgão europeu são cada vez mais estritas e claras. Uma delas é a Taxonomia Climática. Uma "taxa" que, como explica Sofia Santos, Sustainability Champion in Chief Anticipating and Engaging na Systemic, "traz novos indicadores que pretendem transmitir de que forma a empresa está alinhada com a descarbonização para 2050". Por outras palavras, as empresas vão ter de reportar qual é a percentagem de volume de vendas, de Capex (despesa de capital) e de Opex (despesas operacionais) que estão alinhados com os critérios ambientais definidos a nível europeu. Na prática, explica a executiva, trata-se de um conjunto de novos indicadores para os quais as empresas terão de criar processos internos para conseguirem reportar anualmente."

Destaco:

"Portugal tem um desafio extra. O tecido empresarial português não é, para já, o principal alvo da diretiva, mas as regras também terão impacto no seu negócio. O executivo da Valant usa o caso da Autoeuropa para explicar que um pequeno fornecedor não é, para já, obrigado a recolher e fazer o reporte, pela diretiva, mas, provavelmente, será "obrigada" pela empresa. Isto porque a Autoeuropa ao ter de fazer o reporte vai ter de solicitar a informação aos seus fornecedores. Informação que não pode ser apresentada num Excel. Ou seja, qualquer micro ou pequena empresa que seja fornecedora de uma grande organização acaba por ter de se antecipar na recolha e reporte destes dados." 

Quando estudei a CSRD para escrever isto, "What is CSRD, and is it applicable to smaller companies?" pensei logo no destaque que fiz acima. A CSRD (Corporate Sustainability Reporting Directive) menciona salvaguardas da UE para as micro e pequenas empresas, e mesmo para as PMEs só é aplicável acima de certo valor de facturação se estiverem cotadas, para evitar pressão por parte das empresas grandes. 

Penso que pouca gente nas PMEs está atenta a esta evolução. Agora conjuguem com a recente emenda na ISO 9001 e fica fechado o "cerco". Comecei a pensar: dentro de alguns anos as PMEs, tal como os agricultores europeus no último ano, vão começar a fazer manifestações contra o aumento da carga burocrática ligada ao ambiente

No final de Março passado, se não estou enganado,  a APCER realizou um webinar sobre a emenda às normas de sistemas de gestão apresentado por Nigel Croft. 

Durante o Q&A perguntei a Nigel Croft algo em torno de "Não receia que as empresas grandes façam uma pressão para obter informação que as PMEs vão ter dificuldade em calcular?"

A resposta de Nigel foi "Tenho esperança que façam..."

Portanto, voltando ao título do FT, estou mesmo a futurizar umas manifestações de PMEs daqui a uns anos. As empresas grandes vão querer os números, mas não vão querer pagar por eles, e vão importar da China e arranjar uns trouxas na Europa que à conta de encomendas menores terão de justificar o total. Vai ser lindo de se ver.


BTW, onde andam as associações? 

segunda-feira, abril 15, 2024

Hype versus orgânico

 Primeiro, li "'You can't cheat the fundamentals': Why Prime has been reduced to the bargain bin", por causa de um tweet de Rory Sunderland.

O pico inicial de vendas, impulsionado pelo hype e pela novidade, muitas vezes não é sustentável. À medida que a novidade passa, o mesmo acontece com o interesse do consumidor se o produto não estabelecer uma posição sólida no mercado ou não atender às necessidades contínuas do consumidor. Ao contrário das marcas que crescem gradualmente e investem no estabelecimento de mercado a longo prazo, as marcas impulsionadas pelo hype podem não investir na infraestrutura e no marketing necessários para sustentar o crescimento inicial. Marcas estabelecidas como a Red Bull demonstraram que uma estratégia de expansão de mercado gradual e controlada pode levar ao sucesso sustentado.

O declínio da Prime no seu segundo ano ilustra que, apesar de um início forte, os princípios fundamentais do marketing - como disponibilidade, aposta contínua de marca, preços correctos e propostas de produtos fortes - são essenciais para o sucesso a longo prazo. Os produtos que aumentam rapidamente em popularidade devido a tendências ou promoção de influenciadores também podem cair rapidamente. Cautela com os modismos.

Depois, li "Calçado: Portugal garante à Veja sucesso no 'slow fashion'" e encontrei uma estratégia oposta à da Prime:

"Em 2005, é lançada a marca, com uma "produção pequena, sem investidores e sem publicidade", uma estratégia que se mantém até hoje, apostada em crescer sempre "de forma sustentável, passo a passo, a partir do passa a palavra, sem pressas". E sem pressas, passaram quase 20 anos, período em que vendeu já mais de 12 milhões de pares de sapatilhas,

...

E como se ganha uma dimensão destas sem publicidade, sem stocks e sem investidores? "Com determinação, com tempo e encontrando parceiros bons. Não temos fornecedores, temos parceiros. E vivemos do passa a palavra. Vivemos num tempo em que todos estão sempre com muita pressa e a publicidade existe para quem quer crescer depressa. Nós não temos essa pressa. Produzimos pouco e crescemos passo a passo, de forma saudável. Acabou o modelo que quer? Daqui por seis meses há mais. E, por isso mesmo, não queremos investidores, este é o nosso projeto de vida, queremos ser livres", sublinha o empresário."

domingo, abril 14, 2024

e sinto que algo não bate certo (parte II)

Esta semana no meio de uma corrida ao final da tarde apalpei as mangas da sweatshirt e sorri. É uma velha sweatshirt com mais de trinta anos. a dobra nas mangas está corroída pelo uso, as costuras em vários locais estão coçadas até mais não, e há muito que deram de si. Estão como aquelas peças da Patagonia que alguns proprietários exibem com justificado orgulho. A minha sweatshirt não é luxuosa, comprei-a num catálogo da La Redoute quando me mudei para Estarreja em 1993. A minha sweatshirt tornou-se luxuosa para mim depois de tantos e tantos quilometros juntos. 

Quantas sweatshirts eu deveria ter comprado ao longo destes trinta anos se me comportasse como um consumidor normal?  Quantos postos de trabalho não se criaram por minha causa?

Acabei de relacionar sustentabilidade, temperança no consumo e uma noção subjectiva de luxo.

Agora quero recordar a minha visão cínica sobre o oxímoro de usar na mesma frase sustentabilidade e fast-fashion: Are you prepared to walk the talk? (parte II).

Agora vamos recordar um postal recente sobre outro oxímoro, luxo e quantidade (luxo e grande escala): e sinto que algo não bate certo.

Na semana passada encontrei este artigo, em inglês (Inglês? Estranho!), "Luxury is the counterpoint to a throwaway economy":

"Shoes, especially women's shoes, have always been an object of desire and a symbol of feminine power, but they have never had the status that they have today. In a more casual world, the trend is to wear and "abuse" sneakers, which have been elevated to cult status, but at the other end of the spectrum, it's also about buying exceptional shoes based on purely emotional attributes. Functionality and comfort are left at the door! And this is where we position the shoe as a luxury item, as we define it by its intangible characteristics of beauty, differentiation, and status. There are many footwear luxury brands, especially in the women's universe, that have been established in the market over the last 20 years, giving the footwear sector a status and a place of its own, separate from fashion and leather goods. 

...

For me, true luxury is knowing that an extraordinary object or experience has been created with me in mind and for me. [Moi ici: Luxo em grande escala? Come on!] In such an anonymous and artificially personalised world, I value real human relationships.

Yes, luxury has a personal meaning and therefore a wide range of meanings. Luxury is ultimately something we lack; it can be recognition and social status, or simply the need for a cool glass of water or to appreciate something beautiful. There is no room for judgment in this area, nor there are any right or wrong answers.

However, I aim to understand luxury from an economic perspective and to add these psychological and sociological levels to determine business and communication strategies. I am also interested in understanding luxury in a more concrete sense, in terms of its impact on society and culture. In this sense, luxury has a more precise understanding.

Can luxury and sustainability go hand in hand?

Of course! They have to be! Let's not forget that the economic model of luxury is precisely the one that encourages the careful protection of timeless products that can be used, repaired and inherited. [Moi ici: Isto não encaixa com "grande escala"] A luxury that respects the craftsmanship, preserves the material and immaterial heritage, and that today plays an important role in cultural patronage. A luxury that also follows a business model and a long-term vision that necessarily requires a more sustainable economic and financial model. Luxury is the counterpoint to a throwaway economy."

Se lerem este artigo na íntegra, a seguir voltem a ler e sinto que algo não bate certo e reflictam... qual o sentido da "grande escala"? Quem querem enganar? Picking winners?

Agoram pensem nas implicações para uma indústria que procura servir o mercado do luxo? Faço aqui um parêntesis para recordar uma empresa que no seu hall de entrada tinha um recorte de jornal afixado na parede. Um recorte que classificava os produtos da empresa como os "Ferrari da indústria". Um dos sócios da empresa uma vez disse-me que não gostava desse título. Perguntava-me:

- Quantos Ferrari se vendem por ano?

Quais as implicações para uma indústria que procura servir o mercado do luxo, em vez de continuar no ritmo do fast-fasion?

A transição de uma indústria do fast fashion para o mercado de luxo pode trazer implicações significativas, tanto positivas quanto desafiadoras. 

Implicações Positivas:

- Margem de Lucro Superiores: Produtos de luxo geralmente tem margens de lucro mais altas devido ao seu valor percebido e à qualidade superior.

- Sustentabilidade: Produtos de luxo tendem a enfatizar a durabilidade e o uso de materiais de alta qualidade, o que pode ser mais sustentável a longo prazo em comparação com o fast fashion, que frequentemente resulta em desperdício e práticas não sustentáveis.

Desafios e Implicações Negativas:

- Custos Iniciais Elevados: A transição para o mercado de luxo pode requerer investimentos significativos em materiais de melhor qualidade, tecnologia de produção avançada e marketing para reposicionar a marca do fabricante.

- Mudança na Cadeia de Fornecimento: Pode ser necessário reavaliar e potencialmente alterar fornecedores para garantir a obtenção de materiais que atendam aos padrões de qualidade do luxo.

- Volume de Vendas Reduzido: Ao contrário do fast fashion, que visa volume e rotatividade rápida, o mercado de luxo foca em exclusividade e vendas menos frequentes de produtos de maior valor.

- Redução do número de empresas fabricantes e com menos trabalhadores.

E mais uma vez recomendo a leitura de e sinto que algo não bate certo

sábado, março 02, 2024

Prepare to be dazzled

Há tanta coisa a aparecer nos jornais por estes dias e relevante para o mundo empresarial.

A sensação é de que à boleia de algum wokismo institucional está-se a condenar as PMEs a terem de responder como os agricultores, talvez daqui a 2 anos quando começarem a perceber as multas e as inspecções a sucederem-se.

Já ouviram falar da CSRD?

Não? Façam como eu, perguntem ao ChatGPT:

"The Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) is a significant legislative development in the European Union that came into force on January 5, 2023. It modernizes and strengthens the rules regarding the social and environmental information companies must report. The CSRD expands the scope of companies that must comply with these reporting requirements to include a broader set of large companies and listed SMEs (small and medium-sized enterprises).

The directive mandates that companies disclose various information related to environmental, social, and governance (ESG) aspects. These include environmental disclosures like climate change mitigation and adaptation, pollution, and biodiversity; social and human rights disclosures such as gender equality and working conditions; and governance disclosures that cover the management of sustainability matters and risk management.

One notable aspect of the CSRD is its emphasis on aligning business models and strategies to limit global warming to 1.5 °C, in line with the Paris Agreement. Companies must also disclose their due diligence processes in sustainability matters, including actions to prevent or mitigate adverse impacts on their operations or value chain.

The CSRD also introduces assurance obligations, requiring companies to obtain third-party assurance over their disclosures. Initially, this will be "limited" assurance, but by 2028, it is planned to adopt standards for more comprehensive assurance.

The CSRD will be implemented in phases, starting with companies already subject to the EU’s Non-Financial Reporting Directive (NFRD) for fiscal years beginning January 1, 2024. Other large companies, listed SMEs, and non-EU companies falling within the CSRD’s scope will follow in subsequent years.

The detailed disclosure requirements are being developed as European Sustainability Reporting Standards (ESRS) by the European Financial Reporting Advisory Group (EFRAG) and will be adopted by the European Commission."

Esta semana perguntei a uma pessoa do mundo da Contabilidade se já tinha olhado para Sustainability regulation outlook 2024

Já agora, no FT de ontem li "Green audits are coming for a firm near you":

"Green activists never used to attack accountants. No wonder: bean counters' work seems dull compared with oil drillers or flamboyant bankers.

But last week the IFRS, a doughty global accounting standards body, experienced a "first": protesters stormed its New York meeting as Brian Moynihan, chief executive of Bank of America, was opining on green audit rules. Yes, really.

And while that particular drama was shortlived, it highlights a wider fight now hanging over corporate boards. For even as right-wing politicians, such as former US president Donald Trump, decry "woke" activists, some regulators are tightening green reporting rules."

And the EU is now introducing a new Corporate Sustainability Reporting Directive that is arguably even tougher. This demands disclosure about emissions from companies' core operations and energy suppliers (so-called scope 1 and scope 2 emissions) and wider supply chain (so-called scope 3 reports).

Since few companies provide such details now, the new directive "will significantly expand the scope of ESG disclosure required of us", as Goldman Sachs noted this month, echoing a widely held sentiment." 

Entretanto no passado dia 23 de Fevereiro foi introduzida uma emenda nas ISO 9001 e ISO 14001 que torna difícil às PMEs fugirem disto, mesmo não estando na bolsa. 

Num discurso, "Opening remarks by Commissioner McGuinness at the European Parliament plenary debate on the Corporate Sustainability Reporting Directive" li:

"The final text of the Directive provides a good basis for alignment with the proposed Corporate Sustainability Due Diligence Directive, which is currently in trilogues.

The text also addresses the particular situation of SMES.

And there are provisions to prevent SMEs in supply chains from being unduly burdened by "trickledown" information requests from larger companies."

Pois, basta pesquisar no semanário Expresso as vezes que li que os bancos serão pressionados a só emprestarem às empresas que reportam segundo a CSRD. 

quinta-feira, dezembro 28, 2023

Análise de contexto?


Na revista MIT Sloan Management Review do Inverno de 2024 encontrei o artigo "The Looming Challenge of Chemical Disclosures" de Lori Bestervelt, Colleen McLoughlin, e Jillian Stacy.

O artigo discute a crescente pressão regulatória sobre as marcas para compreender e divulgar a composição química dos seus produtos ao longo dos seus ciclos de vida. Isso inclui impactes desde a produção até ao destino final. O desafio reside na falta de conhecimento detalhado sobre os produtos químicos nas cadeias de abastecimento, uma vez que as actuais fichas de dados de segurança estão frequentemente incompletas. As marcas enfrentam dificuldades na obtenção de formulações químicas detalhadas dos fornecedores e precisam de investir em avaliações abrangentes dos perigos químicos. O artigo enfatiza a importância da transparência, da colaboração com fornecedores e da integração de avaliações de riscos químicos nos processos empresariais para uma abordagem mais sustentável.

Recordo experiência no sector do calçado em que vários fabricantes de produtos usados no processo de fabrico do calçado, como tintas e palmilhas, se recusavam a cumprir a lei no âmbito dos regulamentos comunitários abrangidos pelo REACH ((Registration, Evaluation, Authorisation and Restriction of Chemicals). Portanto, enquanto uns vêem riscos, outros podem ver oportunidades para o negócio: A transparência e a colaboração entre marcas e fornecedores são essenciais para mitigar riscos e aproveitar essas oportunidades. 

Agora são os Estados Unidos. 

"New sustainability rules make consumer brands accountable for the composition of their products, but most companies are in the dark.

New and emerging rules in the U.S. responsible for the environmental impacts of products through their entire life cycles are forcing brands to confront a striking knowledge gap: their often inadequate understanding of the chemicals found in their supply chains.

The European Green Deal's Circular Economy Action Plan, which was adopted in March 2020; newly proposed eco-design rules affecting fashion and textiles; and the proposed Corporate Sustainability Due Diligence Directive will require companies to disclose any risks to human rights and the environment. They apply throughout the product life cycle, from the formulation of ingredients and materials to product manufacturing, packaging and distribution, and recycling and disposal. In the U.S., four states — California, Colorado, Maine, and Oregon — have adopted extended producer responsibility laws aimed at packaging materials, and the issue will be a focal point of the U.S. Securities and Exchange Commission's eventual Scope 3 supply chain requirements. On top of such legislation, a host of new regulatory actions focused on materials sourcing and disposal, safety in global supply chains, and the protection of employee safety and human rights are rolling out in jurisdictions around the world. These rules pose a challenge for many of the brands that manufacture, market, and sell the clothes we wear, the cosmetics we apply, and the toys our kids play with, because their companies have very little visibility into the detailed chemical composition of their products.

In the face of regulatory developments, fashion brands have had to reconsider their use of materials, dyes, and a host of chemicals that have been linked to deforestation and pollution. They also need to be able to trace these compounds through every link in the supply chain.

...

Most brands have relied on safety data sheets (SDSs) provided by their suppliers for information on product chemical composition. However, these documents are designed primarily to disclose information on chemicals and chemical compounds that could harm workers or others in the supply chain. They don't provide detailed information on the chemical composition of every material used in a product or offer any meaningful insight into its impact on recycling and disposal.

In our work conducting chemical hazard assessments and product toxicology analyses for some of the world's largest brands, approximately one-third of the SDSs we reviewed contained incomplete or inaccurate information on the chemical makeup of the products and materials they covered. Whether that is a result of suppliers intentionally omitting information or a reflection of the limitations of the SDS as a disclosure tool, the end result is that the brands responsible for these products are often in the dark about what's inside them.

Filling in the gap between the basic information provided in SDSs and the detailed disclosures that will soon be required by global authorities has become a source of conflict and confusion for many brands. Some suppliers are reluctant to share detailed chemical formulations to protect trade secrets, and many brands have been unwilling (or unable) to invest in costly chemistry assessments.

We expect that this problem will be addressed in two ways. First, the market will likely shift to suppliers that can attest to the safety of their products and processes. 

...

Second, companies will have to invest in detailed chemical screening to provide more comprehensive hazard assessments and full formulation disclosures. This approach has also been gaining in popularity as brands seek certainty and an objective means of evaluating their suppliers.

...

The critical first step in the process of removing toxic substances from a supply chain is systematically identifying them. For example, we recently worked on a project with a global footwear brand that had a companywide mission to make its rubber supply chain more environmentally sustainable. It began by building a comprehensive database of its current chemical inventory and checking all entries against a list of known toxins and regulated chemicals in each jurisdiction in which it operates. Only then could it start the process of transitioning to safer chemicals.

As they make progress, brands need to build this institutional knowledge into their sourcing and product development processes to mitigate or eliminate the harmful chemical impacts of future products throughout their life cycles.

In the long run, these initiatives will result in safer, more sustainable consumer products. In the near term, however, expect to see a great deal of disruption and reshuffling of supply chains as more brands start to recognize that the tried-and-true methods of manufacturing and distribution are no longer sufficient in today's sustainability-oriented economy."

A verdade é que cada vez mais nas minhas relações encontro pessoas que fazem escolhas com base nestes pressupostos. Por exemplo, na comida:

  • uma embalagem de canela da marca Continente;
  • amêndoas da Califórnia;
  • sementes de girassol da China.
Há anos comprei um mini-rato de computador numa loja chinesa em Estarreja, ao fim de 15 dias tinha "escamas" na mão direita.

Quantas empresas vão colocar este tema na sua próxima análise de contexto?

Recordar os rinocerontes cinzentos!!!


domingo, agosto 21, 2022

Fast fashion e sustentabilidade ambiental

Comparar o conteúdo deste artigo, "Two years in the making, these jeans are the antidote to fast fashion", por exemplo:

"Fashion brands grow by selling you clothes that will go out of style. Asket sells you pieces that will last at least five years, so you don’t need to come back for more.

...

“Fashion design is about planned obsolescence,” says Bringéus. “You’re creating something with a due date. When it’s on the shelf, your designers are already working on what’s coming out in two years. And you’re telling your customers what you bought yesterday is no longer socially acceptable to wear next year.”"

Com estes postais Are you prepared to walk the talk? ou Curiosidade do dia chamei a atenção para a incongruência do fast fashion querer tocar a tecla da sustentabilidade. 

Como querem conciliar as duas coisas?

domingo, julho 28, 2019

Are you prepared to walk the talk?

Ler sobre as preocupações ambientalistas da Zara e do grupo Inditex sem uma palavra acerca do seu modelo baseado no consumo atrás de consumo levou-me a escrever isto "Curiosidade do dia":
"Isto é muito interessante, mas se a Inditex está assim tão preocupada com o ambiente, quando é que muda o seu modelo de negócio baseado na fast-fashion: usar e deitar fora?"
Depois, citei em "Começar a revolução em casa":
"Each year approximately 350,000 tonnes of used clothing is sent to UK landfills but research suggests that this figure could be significantly reduced if wearers were actively and routinely to repair damaged clothes."
Agora descubro "Zara built a $20B empire on fast fashion. Now it needs to slow down":
"But as the fashion industry moves toward more eco-friendly practices, it’s worth asking: Can fast fashion ever really be sustainable?
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But here’s the thing: Trendy clothes have a short shelf life. Case in point: Zara’s tie-dye pieces I referenced above are currently 30% to 50% off, in an effort to clear the inventory to make room for the next trend. One reason fashion is such a blight on the planet is that we’re simply consuming too much of it. The apparel industry produces more than 150 billion clothes every year for only 7 billion humans. Over the last 15 years, clothing production has doubled, and yet the average number of times a garment is worn before it is discarded has decreased by 36%. Many clothes are worn just seven to 10 times before they’re thrown out.
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So if Zara wants to become more sustainable, it may need to rethink the design of its clothes, not just how they are manufactured.
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Yet nowhere in its announcement did Inditex address the sheer volume of clothes it produces, nor its model of selling fashion-forward clothes at a fraction of the price of designer brands. In fact, it is working toward more and more growth. Over the last five years, its sales have grown between 4% and 10% every single year. While that’s good news for shareholders, it’s bad news for the planet. No matter how eco-friendly its supply chain becomes, producing more and more clothes comes at an environmental cost.
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This kind of agility is one of Zara’s, and Inditex’s, biggest strengths. But right now, it is being deployed to create hot new looks that may not be in style in a few weeks or months. This is directly contributing to our overconsumption of clothes.
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The most eco-friendly approach would be to create durable, classic clothes that the customer would wear for years before recycling."
Are you prepared to walk the talk?

sábado, julho 20, 2019

Começar a revolução em casa

Nem de propósito!

Há dias li "The life-changing magic of making do" e já referi o tema aqui e aqui.

Ontem na caixa de e-mail recebi um link para o artigo "Fashion and Sustainability: Repairing the Clothes We Wear" de Alison Gwilt, Sheffield Hallam University:
"Each year approximately 350,000 tonnes of used clothing is sent to UK landfills but research suggests that this figure could be significantly reduced if wearers were actively and routinely to repair damaged clothes.
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Before the Second World War, in Europe and America, clothing was routinely repaired and altered, either in the home or through a service provider. Garments were considered valuable items and, mainly for economic reasons, they were regularly repaired. Labour costs associated with repairing were at the time affordable in comparison to the price of new materials and garments. As the ready-to-wear market flourished in the 1960s, fashion became increasingly affordable and accessible, which facilitated a decline in the traditional culture of mending and altering clothes. Repairing clothes began to be considered as time consuming and expensive in comparison to the availability and price of new clothes. This view quickly became the social norm in developed western cultures and still remains largely accepted amongst contemporary society, which on the whole no longer engages with clothing repair as a matter of routine
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 if the active use of a garment increased to approximately three years (in the UK it is currently 2.2 years), there would be a saving of 20 and 30% each for carbon, water and waste footprints."
Gente que se manifesta a defender o ambiente e a seguir segue em romaria para a Primark.

segunda-feira, maio 15, 2017

Picking winners

"PS quer medidas que promovam turismo científico e de saúde"

E por que não o turismo religioso, ou satânico, ou monumental, ou futebolístico?

O que sabe um partido político, este ou outro, sobre o que o mercado procura?

Depois, lá teremos o Capitão a queixar-se de que os privados não fizeram a sua parte:

quinta-feira, outubro 15, 2015

Para reflexão


Excelente regra:
"A rule-of-thumb I give managers is that if your sustainability performance indicators only improve when customers use your product less often, it means you’re in trouble. Cigarette and alcohol companies, for example, now report the number of kids that don’t smoke or drink thanks to their public campaigns. Junk food purveyors improve their sustainability performance by shrinking the serving size. Sustainable paper products perform better the less virgin pulp they contain. And so on. A business model that meets ever-higher standards of sustainability only when customers reduce consumption of the product is by definition unsustainable."
Trecho retirado de "The Changing Business Climate Is Causing Product Die-Offs"

segunda-feira, outubro 27, 2008

O grande sifão

Hoje em dia por tudo e por nada fala-se da sustentabilidade das sociedades.
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Por causa do aquecimento global, por causa da poluição, por causa do buraco de ozono, todo o mundo fala da necessiadade de adoptar políticas sustentáveis.
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Só acho estranho é que ninguém penso o mesmo sobre o país... como é possível sustentar uma sociedade que vive permanentemente acima das suas capacidades?
E agora que o dinheiro emprestado pelos japoneses a taxas de juro islâmicas acabou... estão a ouvir o barulho dos iénes a serem sifonados de volta para Tóquio a toda a velocidade?
Há um risco muito grande do país acabar assim:
Mas não é só Portugal, são todos os países que destruíram a poupança.
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Tabela roubada aqui via aqui

quinta-feira, junho 19, 2008

A minha receita é outra (parte 4 de 8?)

Quem são os clientes-alvo?
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Que grupos de clientes estão em sintonia com a oferta da organização?
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Que grupos de clientes estarão mais sintonizados e dispostos a adquir a oferta da organização?
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Será que a organização o pode fazer de forma competitiva? De forma diferenciada e sustentável?
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Será que a organização está dotada, ou pode dotar-se de capacidades internas para servir os grupos de clientes-alvo?

sexta-feira, março 30, 2007

O valor sustentável

Um artigo de Constança Peneda no Jornal de Negócios de hoje.

"O Valor Sustentável passa, pois, a conceito central da Gestão Socialmente Responsável, cabendo à organização adoptar normas ambientais e sociais para complementar os seus objectivos financeiros. "

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Era um esquema assim...

Era um esquema assim, que os governos deviam apresentar, para demonstrar a sustentabilidade das suas políticas. Basta acrescentar o factor tempo.



Entram porcos e, saiem chouriços e salsichas, não há zonas cinzentas, não há buracos negros, é possível fazer a rastreabilidade de uma ponta a outra.

Fonte: 2º Relatório Sustentabilidade CIMPOR, aqui