sábado, junho 10, 2017

Curiosidade do dia

"Apesar da emergência, como o Estado está cansado de ajudar bancos com os impostos dos pobres, desta vez achou que seria melhor envolver directamente os próprios pobres. A solução que, segundo a imprensa, está a ser cozinhada, é tapar o buraco com dinheiro da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e da União das Misericórdias Portuguesas. Vamos ilibar banqueiros arrombando a caixa das esmolas.
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Se nenhum operador financeiro normal acha boa ideia colocar fundos na Caixa Montepio, por que razão o devem fazer as seculares Santas Casas? Elas existem exclusivamente para praticar as catorze obras de misericórdia, onde não consta esbanjar dinheiro para ilibar falências."
Trecho retirado de "Banca assalta esmolas"

Quando a comoditização bate à porta

A comoditização pode bater à porta.

Não creio que as PME possam ter sucesso no campeonato da comoditização. No entanto, acho este artigo, "What to do when a specialty-chemical business gets commoditized", muito interessante. A linguagem utilizada, a clareza.

"Strategy is definitely about action, and it is certainly about making money"

"Strategy is definitely about action, and it is certainly about making money. In fact, one of the key reasons most companies aren’t performing well is a lack of good strategy.
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Strategy isn’t supposed to be about theories and three-ring binders gathering dust on office shelves.  Strategy is about defining a game plan that directs each action taken by people at your company– all day, every day.
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Companies without strong strategies tend to communicate with their customers through disjointed, confusing messages. The result is that customers are confused, and aren’t sure why they should buy from these companies.
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When a company has a clear brand strategy that defines what they want customers to think about them, it is more likely that they will create communications that are clear, compelling and differentiated. Are you clear about what differentiates you in meaningful ways? Are you clear about what you want your customers to think about your company?"
Trechos retirados de "Strategy Should Make You Money Now"

Coisas versus experiências (parte II)

Parte I.

"Unlike real-estate gentrification, where the arrival of more affluent people displaces lower-income residents in a neighborhood, hipsters generally aren’t displacing workers at more conventional businesses in the same industry, Mr. Ocejo says.
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A trendy whole-animal butcher isn’t pushing out the local butcher shop, he says, since it likely “closed a long time ago when the Italians moved out.” And it isn’t hurting the halal butchers in the neighborhood either, since those shops serve a different clientele.
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They’ve created a niche that didn’t exist before, and they’re operating along parallel but very, very separate paths” with pre-existing businesses, Mr. Ocejo says."

Trechos retirados de "Why Old-Timey Jobs Are Hot Again"

Acerca das exportações YTD

Olhando para os números do acumulado das exportações nos primeiros 4 meses de 2017 e 2016, e usando a minha habitual bitola, é possível perceber que as exportações das PME continuam a crescer a bom ritmo sobretudo à conta do crescimento espectacular das exportações de máquinas, aparelhos e material eléctrico.

Este ano as exportações de commodities estão ao rubro, Por exemplo, as exportações de combustíveis cresceram 70%.

Recordo a expansão da área de conforto. Quando a Federação Russa bloqueou a importação da fruta portuguesa em 2014 foi o choradinho do costume dos coitadinhos do regime. Agora constato que este ano está a crescer cerca de 30%.

Em 2013 exportámos 340 milhões de euros de fruta.
Em 2014 exportámos 433 milhões de euros de fruta.
Em 2015 exportámos 496 milhões de euros de fruta.
Em 2016 exportámos 521 milhões de euros de fruta.
Em 2017 estamos a crescer 30% homólogos... os artesãos da fruta estão a portar-se bem.

Como os media fazem parte da situação não vão referir a boleia das commodities.


sexta-feira, junho 09, 2017

Curiosidade do dia

Noutros tempos este tipo de relato:
"Em menos de três anos, o salário base dos novos contratos permanentes caiu quase 21% e está cada vez mais próximo da remuneração dos trabalhadores com contratos não permanentes. A conclusão é de um estudo da autoria de João Ramos de Almeida, consultor do Observatório sobre Crises e Alternativas, que analisou as remunerações dos trabalhadores contratados de 2013 em diante e os seus vínculos contratuais."
Geraria uma procissão de indignados, fóruns radiofónicos, inquéritos parlamentares, prós e contras do regime et al.

Hoje em dia voltamos à normalidade.

Trecho retirado de "Salário dos novos contratos permanentes caíram 21% em três anos"

Gestão por processos

Seremos responsáveis por uma formação sobre "Gestão por processos", organizada pelo Centro Tecnológico do Calçado em São João da Madeira a partir de 4 de Julho próximo.

Interessados podem inscrever-se.

Para reflexão (parte II)

Parte I.

Ainda ontem escrevia sobre o tema da economia das experiências. Entretanto encontrei mais outro motivo de reflexão "Eduardo Zamácola (Acotex): “El consumidor es capaz de gastarse 100 euros en una cena pero no en una camisa”":
"España parece que está saliendo de la crisis, y está mucho mejor, pero tenemos que ver dónde se está gastando el dinero el consumidor. La restauración está teniendo un crecimiento brutal. El consumidor es capaz de gastarse 100 euros en una cena pero no en una camisa, y eso es porque la restauración lo ha hecho muy bien."
Qual o impacte desta tendência na escolha de novas prateleiras, por exemplo?

Prioridades

Há dias li "Stop Thinking “Productivity” — Start Thinking “Problem Solving”".

Ontem, durante a realização de uma auditoria, lembrei-me logo deste artigo.

Estava a aguardar poder conversar com um operário que estava a reparar uma máquina. Conseguiu repará-la e começámos a conversar e, por três ou quatro vezes, a conversa foi interrompida para ele voltar a pôr a máquina em funcionamento.

- Então, o que se passa? - perguntei
- É um componente X que está a funcionar mal, já pedi a compra de um componente X novo mas enquanto não vem a máquina está sempre a parar.
- E regista essas paragens?
- Não. Toda a gente sabe que isto está assim.
- Toda a gente? Diga-me uma coisa: quando o componente X está a funcionar bem quanto produz?
- 4000 unidades por hora
- E agora, quanto consegue produzir?
- Cerca de 3100 unidades por hora
- Quer dizer que por cada dia que se demora a comprar e instalar o componente X perdem-se 900 unidades por hora, ou seja cerca de 7200 unidades por dia.

Quanto custa a perda de 7200 unidades não produzidas por dia?

Quando se pensa na produtividade de uma linha pensa-se que ela está a funcionar a 100%. No entanto, muitas vezes ela está assolada por falhas como estas. Ou seja, antes de pensar em melhorar o padrão, porque não reduzir os problemas mais importantes?

Nunca esquecer esta longa série de cromos



Agora até Caldeira Cabral se rende aos números, "O elogio dos exportadores":
"Desde 2005 as exportações portuguesas tiveram uma performance superior às da Alemanha, que é muitas vezes referida como exemplo pela boa performance nas exportações, referiu Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, no discurso de entrega de prémios Excellens Oeconomia, que se realizou a 25 de Maio no Four Seasons Hotel Ritz. De facto "a Alemanha teve uma performance superior para os principais mercados para onde exporta e passou de um indicador em 2005 de 100 para um indicador de 115, isto é, superior em 15% ao crescimento dos seus próprios mercados. Portugal passou de 100 para 125, superou em 25% o crescimento dos seus próprios mercados e ganhou quota de mercado, depois de ter estado mais de uma década a perder sistematicamente quota de mercado.""
Nunca esquecer esta longa série de cromos que perderam contra este anónimo da província.

quinta-feira, junho 08, 2017

O regresso

Guardei este artigo de Março último, "Preços de fábrica na China sobem pelo sexto mês consecutivo".

A verdade é que estes últimos quinze dias têm sido impressionantes em contactos em primeira mão em que todos me relatam o frenesim que vai pelo mercado de trabalho.

O modelo económico dos últimos 30 anos está a transformar-se rapidamente. O regresso da produção asiática à Europa está a acelerar.

Recordar Maio de 2006 e os nenúfares do lago.

Perspetivas 2030 – Cenários e estratégias

Próxima segunda-feira em São João da Madeira:
Estão convidados.


Para reflexão

Primeiro este título "Indicador del Comercio de Moda: las ventas vuelven a caer y retroceden un 0,7% en mayo"

Pelo segundo mês consecutivo as vendas de moda em Espanha baixam.

Desemprego? Em baixa!
Emprego? Em alta!
PIB? Estima-se que pode crescer 2,8%!

Por que baixam as vendas?

Pode ser o online?

Depois este título "Experience Economy Is Here! Brits Swap 'Stuff' For Dates And Movies":
"Welcome to the experience economy. That seems to be the headline from research conducted by the British Retail Consortium and KPMG, as well as Barclays. Us Brits apparently have enough "stuff" and we're focussing on experiences ahead of buying more "stuff."
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That might sound too simplistic, but ultimately, it could be what the figures are telling us. Retail spending is down nearly half a percent on last month, whereas this time last year it was going up half a percent, according to the BRC and KPMG figures. Food sales have slowed to growth of just over 4% in May -- again, compared to much bigger growth in the corresponding month the year before. So we're still spending on food but retail discretionary spend is down.
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Now, contrast this with eating out and going to the cinema. According to separate figures from Barclaycard, British consumers are enjoying nights out like never before. While retail spend over the last 10 months is up just under 3%, entertainment has rocketed 12%, with eating out and restaurant expenditure rocketing up to just under 12% growth in the past 10 months alone. At the same time, spending on household goods and fashion is down nearly 3%."

I rest my case: competitividade e CUT (parte VII)

 Parte Iparte IIparte IIIparte IV, parte V e parte VI.
"De acordo com a OCDE, o crescimento português continua a ser suportado pelo aumento das exportações, com a venda de bens para os parceiros extracomunitários a recuperar de forma particularmente evidente — a organização destaca Angola, Brasil e a China. A previsão é de um aumento de 5,5% das exportações totais de bens e serviços este ano, uma aceleração face aos 4,4% registados em 2016. Para 2018, está projetado um abrandamento do crescimento, que deverá atingir ainda assim os 4,5%. “O volume das exportações vai registar um forte aumento devido às melhorias continuadas na competitividade dos custos”, adianta o documento."
Uma justificação que me parece completamente errada mas eu só sou um mero anónimo da província.

Trecho retirado de "OCDE revê em alta crescimento de 2017 para 2,1%"

quarta-feira, junho 07, 2017

Curiosidade do dia

Interessante olhar para os gráficos de "The U.K. Election Winner Will Be Saddled With a Lousy Economic Outlook" e começar a imaginar qual o impacte que teria na economia portuguesa uma saída da zona euro.

Um exemplo que ilustra o aumento da incerteza.

Acerca do reshoring

Uma tendência que adivinhámos aqui há muitos anos: reshoring.

Fonte "US and Italy take lead in repatriating manufacturing":
"Above all, firms are reshoring production centres that had been outsourced to China. European companies are also returning from the Far East,
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Reasons for returning
The cost of labour – frequently the only criterion taken into account when offshoring production – is also on the rise in countries far away from the parent company, increasing by up to 15% a year in China, for example. Savings on labour are no longer offsetting higher logistics and customs costs.
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At the same time, consumers are more demanding. Closer proximity to production facilities allows greater quality control, better links between R&D and production divisions, faster delivery times, prompt customer support and an increasingly important factor – flaunting the “Made in...” label." [Moi ici: O poder da interacção, a vantagem competitiva dos humanos]
Fonte "Reshoring Exceeded Offshoring in 2016":
"a variety of issues affecting reshoring. Here are some highlights:
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• Proximity to customers was the leading factor in 2016, followed by government incentives, skilled workforce availability and ecosystem synergies."

14. Abordagem por processos e riscos

Voltando ao fluxograma que descreve o fluxo do processo.

Esta tarde estarei numa empresa sem sistema da qualidade, sem controlo sistemático do processo ou da qualidade. No âmbito do trabalho inicial para implementar um sistema da qualidade ISO 9001, para cada processo, os participantes preencheram uma tabela com as seguintes colunas:
  • Etapa do processo
  • O que pode correr mal (riscos)
  • Medidas preventivas existentes
  • Medidas preventivas que poderão ser implementadas
  • Oportunidades de melhoria
  • O que controlar?
  • Quem controla?
  • Frequência de controlo?
  • Ferramentas de controlo?
  • Onde registar?
A base para implementar um sistema de controlo do processo e da qualidade a partir do fluxograma

Mudar o modelo de negócio para salvar uma empresa (parte II)

Parte I.

Interessante este esquema que ilustra como as empresas do sector têxtil podem subir na escala de valor:

Imagens retiradas de "The Apparel Global Value Chain: Economic Upgrading and Workforce Development"

"humanity is a competitive advantage"

"The tyranny of the urgent wages a daily battle with the existential importance of the strategic
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Here’s the challenge with the long term. It’s fuzzy. Even with my contact lenses on, I can’t make it out well. If a few years ago I told you about the political events of today, I doubt you would have believed me. Heck, I wouldn’t have believed me.
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In stark contrast, the short term is bright. And clear. And screaming. And smacking you in the face.
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And that’s why companies make decisions like hitting customers with an upsell every single time they check out instead of adding value to the customer’s life.
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However, if your brand overlooks the long term, it creates an existential threat.
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Endless brands lack humanity. And in the age of increasing capabilities of artificial intelligence, chatbots, marketing automation and ecommerce, brands can harken back to the earliest days of human-to-human commerce to find a competitive advantage.
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In the age of Amazon, humanity is a competitive advantage.
Every retailer’s biggest competitor is Amazon."
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Trechos retirados de "The Radical Idea: Customer-first marketing prioritizes customer experience over upsells"

terça-feira, junho 06, 2017

Curiosidade do dia

Lembro-me deste tipo de decisão gerar muita polémica "Oito milhões de euros afastam Portugal da Expo Universal de Milão". Tanta gente que rasgava as vestes e queria festa à custa dos saxões.

Agora tudo corre sem problemas "As Expos ainda interessam a Portugal? Este ano, a contenção de despesa voltou a falar mais alto".

Isto é sinal de progresso!!! Custou mas muita gente, sobretudo a que tem acesso aos media para lançar as campanhas de indignação aprendeu o valor do dinheiro. #BEM!!!