segunda-feira, setembro 28, 2015
Curiosidade do dia
Em tempo trabalhei com uma matriz deste tipo ainda mais completa, fazia parte dos materiais do Juran Institute que usava nos Workshops sobre "Melhoria da Qualidade segundo a Metodologia Juran". Esta, apesar de ser menos completa, continua a chamar a atenção para a combinação vencedora num projecto de transformação:
Imagem retirada de "A Beautiful Constraint"
Imagem retirada de "A Beautiful Constraint"
Perigosa propaganda neoliberal
"Now, more than ever, the ability to shift is the ability to compete.Para muita gente cá no burgo, ciosa de direitos adquiridos, isto não passa de perigosa propaganda neoliberal.
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In effect, while other countries are training their kids to take tests, we are teaching ours to shift.
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A long term-strategy is only as good as its power to predict far into the future and, in today’s age of disruption, that’s increasingly becoming an untenable proposition. Competitiveness is no longer a matter of mustering resources, but shifting them to where they can be most productive.
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Performance on tests is a good indicator of how someone can solve problems with a clear answer, just as a good strategist can weave a complex web of data points into an insightful plan. The world, however, is a messy place and does not yield to even the most well crafted plans.
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Facts change, now faster than ever. The path to productivity is never a straight line. It is not enough to race as fast as we can down a chosen course, we need to notice when a more prodigious one begins to appear."
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Pois, em Mongo, a paisagem competitiva enrugada move-se a um ritmo...
Trechos retirados de "The Shift Economy"
Vinho do Porto e Evangelho do Valor
Quando apareceu a ISO 9001:2000 uma das empresas com que trabalhei, na implementação de um sistema de gestão da qualidade, era um dos líderes da produção e venda de vinho do Porto.
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Estávamos em plena época de escoar vinho do Porto através das grandes superfícies europeias, o BRC ainda era um papão por domar. Uma das novidades da versão de 2000 da ISO 9001 era a cláusula sobre a satisfação dos clientes.
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Recordo as discussões que tive na altura sobre a melhor forma de aplicar o espírito dessa cláusula a um produtor de vinho do Porto de topo. A tentação por dar a resposta rápida e simples era grande, ou seja, fazer o mesmo que os outros estavam a fazer: enviar um inquérito de avaliação de satisfação aos clientes. O que é que o cliente "distribuição-grande" quer, procura e valoriza? Se formos por esse caminho só iríamos exacerbar a dependência então existente para escoar litros a baixo preço. Estava sempre a ouvir estórias sobre os "impostos revolucionários" que as cadeias grandes impunham, ir por esse caminho era uma forma de alimentar mais o monstro.
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No entanto, com o partir de pedra, conseguimos alargar os indicadores para mais duas ou três acções. Uma delas, recordo, passava por conseguir estar no top 10 em pelo menos x provas de revistas internacionais. Era um maçarico mas já percebia o poder de seduzir o consumidor, o único capaz de "mandar" na prateleira da distribuição-grande.
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Ainda não tinha tido a experiência/desafio de 2004 que me despertaria para o mundo dos ecossistemas da procura mas o bichinho já lá estava.
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Hoje, em "França escolhe hoje o “Master of Port”" é tudo tão claro, para mim e para o sector. Além do buzz, este trabalho junto dos escanções é trabalho junto de influenciadores capazes de, em momentos-chave, aconselharem clientes premium para vinhos do Porto premium. E não pensem que é irrelevante, nunca me vou esquecer desta frase tão em linha com o Evangelho do Valor:
«O lucro de 10 mil garrafas de LBV é o mesmo de 400 mil garrafas de Tawny.»
A farmácia do futuro (parte V)
Parte I, parte II, parte III e parte IV.
Desde 2007 que escrevo aqui no blogue sobre o futuro da farmácia, basta pesquisar o marcador "farmácia".
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Este texto de 26 de Setembro último, "Ordem quer farmacêuticos a acompanhar doentes crónicos", parece baseado neste postal de Abril de 2008 "Um caminho para a farmácia do futuro?".
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Recordar a forma como terminei "A farmácia do futuro (parte IV)" em Outubro de 2011:
Desde 2007 que escrevo aqui no blogue sobre o futuro da farmácia, basta pesquisar o marcador "farmácia".
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Este texto de 26 de Setembro último, "Ordem quer farmacêuticos a acompanhar doentes crónicos", parece baseado neste postal de Abril de 2008 "Um caminho para a farmácia do futuro?".
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Recordar a forma como terminei "A farmácia do futuro (parte IV)" em Outubro de 2011:
"Em vez de defender o passado, a ANF devia estar a lutar para trocar a perda de "privilégios" do passado, por abertura de oportunidades para o futuro."Não esquecer "Acerca de sectores estáveis e demasiado homogéneos na oferta (parte III)"
(Vítimas são presas)
Neste postal fiz uma breve referência ao jogo psicológico
Quem na sua vida profissional vive deste jogo, armando-se em salvador capaz de tomar conta da pobre vítima, tem tudo a ganhar em manter e em alimentar um mundo, um discurso em que a vítima continua vítima. Se a vítima deixar de ser vítima como é que continuarão os salvadores a ganhar a vida e a ter poder?
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Atentem na versão online deste jornal "Correio Alentejo".
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Vejam como as notícias são actuais. Agora carreguem no "botão" Economia...
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Só tem uma notícia: "PIB cai 3,4% no Alentejo durante ano de 2012"
Qual é a data? 21 de Dezembro de 2013.
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Não há nenhuma notícia económica mais recente?
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A minha mente cínica arranja logo uma justificação. Todas as outras notícias económicas sobre o Alentejo, desde então, são positivas. E não é bom dar esperança a vítimas se essa esperança não for dada pelo salvador.
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Os jornalistas também alimentam este coitadinhismo das vítimas.
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BTW, sabiam que segundo o IEFP (Agosto de 2015):
Quem na sua vida profissional vive deste jogo, armando-se em salvador capaz de tomar conta da pobre vítima, tem tudo a ganhar em manter e em alimentar um mundo, um discurso em que a vítima continua vítima. Se a vítima deixar de ser vítima como é que continuarão os salvadores a ganhar a vida e a ter poder?
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Atentem na versão online deste jornal "Correio Alentejo".
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Vejam como as notícias são actuais. Agora carreguem no "botão" Economia...
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Só tem uma notícia: "PIB cai 3,4% no Alentejo durante ano de 2012"
Qual é a data? 21 de Dezembro de 2013.
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Não há nenhuma notícia económica mais recente?
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A minha mente cínica arranja logo uma justificação. Todas as outras notícias económicas sobre o Alentejo, desde então, são positivas. E não é bom dar esperança a vítimas se essa esperança não for dada pelo salvador.
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Os jornalistas também alimentam este coitadinhismo das vítimas.
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BTW, sabiam que segundo o IEFP (Agosto de 2015):
- um aumento de mais de 47% no número de desempregados colocados no Alentejo, face ao ano anterior;
- um aumento de mais de 44% no número de ofertas de emprego no Alentejo, face ao ano anterior;
- quase menos 7% de desempregados inscritos em Agosto no Alentejo face ao ano anterior;
- menos 12,4% de desempregados registados em Agosto de 2014 face a Agosto de 2015, no Alentejo.
domingo, setembro 27, 2015
Curiosidade do dia
A propósito de "Independentista catalão: “Não nos podem expulsar da UE”":
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Defendo a permanência na UE como o melhor para o país. No entanto, se acreditar na independência da minha região e isso implicar ser expulso da UE, adoptaria não este tipo de argumentação mas procuraria o lado positivo.
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Como fazer da expulsão da UE algo positivo?
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De certeza que existe um conjunto de decisões, de mudanças, algumas com sacrifícios no curto-prazo, que permitirão fazer de uma ilha não integrada na UE, em plena UE, uma vantagem competitiva.
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Quem não tem cão caça com gato e a vida continua.
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Defendo a permanência na UE como o melhor para o país. No entanto, se acreditar na independência da minha região e isso implicar ser expulso da UE, adoptaria não este tipo de argumentação mas procuraria o lado positivo.
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Como fazer da expulsão da UE algo positivo?
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De certeza que existe um conjunto de decisões, de mudanças, algumas com sacrifícios no curto-prazo, que permitirão fazer de uma ilha não integrada na UE, em plena UE, uma vantagem competitiva.
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Quem não tem cão caça com gato e a vida continua.
Transformar uma empresa em 3 passos
Gosto de começar um projecto relacionado com a estratégia de uma empresa pelo fim. Ou seja, depois de seleccionada a vantagem competitiva, depois de seleccionados os clientes-alvo, depois de desenhado o ecossistema da procura que vai ser trabalhado, peço à equipa que faça uma viagem ao futuro (1).
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Já no futuro, peço que apreciem, que gozem, que visualizem o sucesso da empresa.
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Depois, acabo com o sonho e desperto os participantes para a dura realidade. Estamos aqui e agora, não no futuro desejado.
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Há um provérbio japonês que diz que diz:
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(continuemos com o exercício) Estiveram no futuro, viram como funcionava. Agora estão no presente e vêem como funciona. Lancem uma corda-ninja entre os dois instantes, presente e futuro desejado, e façam comparações. Detectem as diferenças, listem o que contrasta.
(1)
(2)
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Se chegaram até aqui posso revelar o meu segredo, foi o ter percebido o quão poderosa era esta ferramenta do "mental contrasting" para desenhar iniciativas estratégicas muito mais inteligentes que me levou a escrever o livro sobre o BSC.
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Já no futuro, peço que apreciem, que gozem, que visualizem o sucesso da empresa.
- O que estão a ver?Acrescento, não se preocupem com mais nada, não perguntem como foi, não perguntem quanto custou, simplesmente visualizem e saboreiem esse futuro desejado.
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Depois, acabo com o sonho e desperto os participantes para a dura realidade. Estamos aqui e agora, não no futuro desejado.
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Há um provérbio japonês que diz que diz:
"Visão sem acção não é mais que fantasia,Fomos ao futuro desejado, estivemos lá, vimos como era e experimentámos como era/será bom. E, agora, voltamos ao presente... muito menos brilhante, muito menos atraente, com mais problemas e tomamos consciência que não fizemos nada, que não agimos.
acção sem visão é apenas um pesadelo"
"three approaches when considering how to reach a desired outcome. The first is indulging: a mental state achieved by creating a vivid picture of what the future looks like when you have achieved your goal. Most of us tend to go to this place of fantasy quite readily; it is a quite seductive place to be. But it’s easy to get stuck in fantasy, partly because our brains find it hard to distinguish the fiction from the reality. The fantasy gives us some of the psychological rewards of having done the thing itself, and so our motivation to act is reduced."Nesta altura, peço à equipa que faça um novo exercício mental. Estão no hoje, estão na realidade actual, conseguem ver o que corre mal, conseguem ver o que não está bem ... (continuo já a seguir com o exercício)
"The second approach is called dwelling, which consists of creating an equally powerful and fully realized picture of all that could go wrong along the journey. If you’re naturally inclined to pessimism, this can be a seductive place, too, because it tells you that there is really no point in the whole exercise. It can be very difficult to get out of the dwelling ditch and on to the road to change. This is where the victim resides."Onde existe uma vítima, onde existe alguém com o sentimento de que é uma vítima, há um manancial tremendo para a explorar no pior sentido da palavra (durante as campanhas eleitorais é tão fácil perceber a competição entre políticos e jornalistas para ver quem é mais reconhecido como o salvador da vítima contra os vilões de turno)
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(continuemos com o exercício) Estiveram no futuro, viram como funcionava. Agora estão no presente e vêem como funciona. Lancem uma corda-ninja entre os dois instantes, presente e futuro desejado, e façam comparações. Detectem as diferenças, listem o que contrasta.
"The third, more effective approach is the active contrasting of indulging and dwelling: going back and forth between the two, tying together the promise of future rewards with the constraints and threats of today. The cognitive dissonance this sets up for people turns out to be the most effective driver of change. Because we can’t easily live with that tension, it stimulates us to do what’s necessary to move us toward resolution. It was striking how most of the people we interviewed were living in this place of mental contrasting, between the possibilities of success and the constant negotiation of difficulties that could spell setback or even disaster.Este contraste entre o presente e o futuro permite identificar as acções elementares, as actividades concretas que transformarão a realidade actual no futuro desejado (2).
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A visceral understanding of what it will mean to fulfill our ambition without shrinking from the challenges in the constraints is the best form of preparation for what’s to come."
(1)
- "future-back" approach to strategy" (Maio de 2013)
- Começar pelo fim!!! (Julho de 2010)
- Mais uma vez e sempre: Começar pelo fim!!! (Setembro de 2009)
- Fazer uma excursão até ao Futuro Imaginado (Julho de 2008)
(2)
- 3 momentos para construir a mudança (Março de 2015)
- "mental contrasting" (Outubro de 2014)
- Prerequisite tree (Dezembro de 2013)
- Problemas versus soluções: uma espécie de judo (Agosto de 2012)
- Pensamento sistémico aplicado a um SGA (II) (Setembro de 2006)
- Pensamento sistémico aplicado a um SGA (Setembro de 2006)
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Se chegaram até aqui posso revelar o meu segredo, foi o ter percebido o quão poderosa era esta ferramenta do "mental contrasting" para desenhar iniciativas estratégicas muito mais inteligentes que me levou a escrever o livro sobre o BSC.
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E voltando a poesia de 2009:
""Simplemente te has de plantar (literalmente) en el futuro deseado y dar una serie de pasos, no para llegar a él un día, sino como si ya estuvieses allí (o casi allí ahora mismo). La clave está en la visualización, la anticipación del futuro con todos los sentidos posibles y con toda la intensidad de la que seas capaz: “La visión es el qué, la imagen del futuro que queremos crear”. La tarea, por tanto, consiste en eliminar todos los obstáculos que quedan en el camino con el fin de llegar allí plenamente. Quiero recordarte que la mayoría de obstáculos serán auto-impuestos, consecuencia de tus propias limitaciones mentales. He de decirte que la Proalimentación es desequilibrante, porque te saca de tu zona de comodidad, te acerca al borde del caos, pero eso mismo es desafiante, retadora y porque saca lo mejor de ti mismo es muy gratificante, pues como dijo un sabio: “el equilibrio no es la finalidad ni la meta de los sistemas abiertos. Para mantenerse viable, un sistema abierto necesita hallarse en constante estado de desequilibrio”."
Outros atributos além do preço
Um artigo muito interessante, "Megaships are worsening overcapacity in the container market", por vários motivos:
- pensem nos que nos venderam a ideia da necessidade de um TGV para transportar mercadorias e comparem com a velocidade dos cargueiros;
- pensem nos limites do aumento da escala em termos de posicionamento competitivo;
- pensem nas consequências indesejadas do aumento de escala (aumento dos picos, redução do número de portos e aumento das operações de transhipment, aumento do risco).
É tão interessante ver que o baixo custo não é tudo. Quantas alternativas podem ser equacionadas conjugando outros atributos além do preço.
Diferença de ritmo
"Adore Me has plans to disrupt the multibillion-dollar U.S. lingerie market, with its e-commerce only, "fast-fashion" approach to undergarments. To that end, Mears is personally responsible for launching a new collection of 30 to 40 designs each month, or 500 designs per year. What differentiates the company, she adds, is the direct-to-consumer approach. Adore Me churns out quality designs at relatively low price points. (Their biggest customers are twentysomethings with modest funds.)"
sábado, setembro 26, 2015
Um mundo de possibilidades
Há dias escrevi este postal "Curiosidade do dia (Acha mesmo)" por causa desta abordagem eficientista:
A minha proposta é radicalmente diferente. Em vez de competir de igual para igual com os Golias europeus da agricultura, segundo as regras e os constrangimentos que lhes dão vantagens:
Competir por onde se pode fazer a diferença.
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Como é que a agricultura portuguesa se pode diferenciar?
A minha proposta é radicalmente diferente. Em vez de competir de igual para igual com os Golias europeus da agricultura, segundo as regras e os constrangimentos que lhes dão vantagens:
Competir por onde se pode fazer a diferença.
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Como é que a agricultura portuguesa se pode diferenciar?
- Portugal faz bem;
- Um mercado potencial para a agricultura portuguesa
- "analisamos os meios que temos e imaginamos futuros possíveis"
Hoje, sem esforço, duas contribuições vieram ter comigo:
"Industrial farming represented a radical simplification of vegetation to meet the goals of productivity. In farming, standardization was economically very efficient, allowing specialization in equipment and crop production, but it often damaged the ecology, increasing vulnerability to insects and microorganisms. The result was a fragile ecosystem with a greater dependency on pesticides and fertilizers.
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Because of that, farming is now changing. The new voices within agriculture say that all farming takes place in a unique space and time. These researchers claim that mechanical application of generic rules and principles that ignore these particularities is an invitation to catastrophic failure."
- What's wrong with what we eat (não aconselhável a produtores agrícolas influenciáveis)
Ainda acerca da Quirky
Ainda não tinha dez anos já esta imagem fazia parte do meu mundo:
Quando olhamos para trás e pensamos no Homo Erectus ou na mais antiga Lucy, podemos perceber que continuam connosco, algures cá dentro dos nossos genes, e que tiveram o seu papel para chegarmos até aqui. Algures na linha do tempo foram essenciais e foram as respostas mais adequadas a um dado contexto do ambiente em redor. Porque mudaram e o mundo mudou, o nível do jogo subiu e foram precisos jogadores com outras capacidades.
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Ao ver as notícias sobre o falhanço da Quirky não consigo deixar de pensar que foi uma primeira tentativa, uma primeira abordagem a este promissor futuro da democratização da inovação e produção. Outras experiências virão e sobre os ombros do que a Quirky conseguiu desenvolverão ainda mais o conceito. Acho que já é a segunda vez esta semana que recordo Popper em sintonia com este tema.
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Em "The Real Reason Quirky Failed" encontro uma reflexão interessante sobre elementos que possam ter contribuído para este desfecho:
Quando olhamos para trás e pensamos no Homo Erectus ou na mais antiga Lucy, podemos perceber que continuam connosco, algures cá dentro dos nossos genes, e que tiveram o seu papel para chegarmos até aqui. Algures na linha do tempo foram essenciais e foram as respostas mais adequadas a um dado contexto do ambiente em redor. Porque mudaram e o mundo mudou, o nível do jogo subiu e foram precisos jogadores com outras capacidades.
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Ao ver as notícias sobre o falhanço da Quirky não consigo deixar de pensar que foi uma primeira tentativa, uma primeira abordagem a este promissor futuro da democratização da inovação e produção. Outras experiências virão e sobre os ombros do que a Quirky conseguiu desenvolverão ainda mais o conceito. Acho que já é a segunda vez esta semana que recordo Popper em sintonia com este tema.
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Em "The Real Reason Quirky Failed" encontro uma reflexão interessante sobre elementos que possam ter contribuído para este desfecho:
"building 50+ hardware products a year as a startup is the modern-day version of gluing feathers to your arms and flying.
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Quirky didn’t want to build one or two products a year (like most normal product companies), it set its sights on 20, 30, then 50+ products a year. The entire Quirky organism was designed for speed: ingesting thousands of ideas, selecting the best ones with a high-speed voting system, crafting beautiful marketing, and customizing end-caps at major retailers. But that’s where it stopped.
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A good company builds one product, learns from its customers, and iterates to make that product exceptional. Each step in the process is designed to refine a product and find the often elusive “product/market fit” that is the basis for all successful startups.
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Quirky never iterated on its products.
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Quirky systematically broke the cardinal rule of startups: iterate rapidly to build a product people love.
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Lack of product focus had a nasty side-effect. When you look across the Quirky product line, you’re left with one fundamental feeling: confusion.
Customers are left asking “what does Quirky stand for as a company?”E este trecho que se segue... devia ser motivo de reflexão para tantos que não ousam por falta de financiamento:
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The Quirky brand can’t be everything to all people but it was trying to.
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Quirky was competing on all levels with all brands in every product category. This is a losing strategy for any startup."
"Hindsight is always 20/20. I’m sure a lot of decisions within the company would be made differently today than in 2009 when the company was founded. If Quirky raised a little less money, hired a few less people, and focused on building just a few products that people loved, I bet the path of Quirky would look very different today. Part of the culprit is the venture capital model, which optimizes for growth over all else. But companies shouldn’t forget that building a product that people love is the oxygen that enables everything else to exist."
Aproveitar a restrição (parte IV)
Parte I, parte II e parte III.
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Continuando com a leitura de "A Beautiful Constraint" encontro mais uma ponte para as técnicas que costumo usar:
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Como conseguir, sem subornar, sem poder hierárquico, sem truques, sem ilegalidades, sem enlamear a ética, que alguém independente, suporte a nossa causa como forma de também ele ganhar?
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Continuando com a leitura de "A Beautiful Constraint" encontro mais uma ponte para as técnicas que costumo usar:
"The way we tend to think about resources, in other words, is a form of path dependence. We see the resource available to us as only what is given to us, or is directly within our control. When that is taken away from us, we see our resource as depleted; when it is increased, we think we have more.Isto é, nem mais nem menos que o racional para se pensar ao nível do ecossistema da procura. Como chegar à atenção de um cliente que não valoriza o que tenho? Quem o inflencia? Quem "manda" nele?
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But those who are genuinely resourceful see available resources in a very different way. They see resources as not simply what they control, but what they can access: what the rest of the company has, what those in their network have, what their neighborhood (literally or metaphorically) has, and indeed what the big resource owners they have yet to meet may have that they can use. A key part of being resourceful is seeing those sources of abundance for what they are, recognizing that they are available, and finding innovative ways to enable them to flow in the desired direction. Resourceful people see, in other words, that if they lack something (money, time, people, ideas), and that scarcity is one of their apparent constraints, it is an opportunity to access abundance from elsewhere. And for people who want to make constraints beautiful, this will quickly become an essential capability.
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In time, this will become an entirely natural way of thinking, seeing, and behaving.
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creating abundance because it is in itself an act of creativity: creatively looking for sources of resources, creatively reframing what we have to maximize our own sources of value to others, and creatively trading that value to allow us to access the abundance we need."
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Como conseguir, sem subornar, sem poder hierárquico, sem truques, sem ilegalidades, sem enlamear a ética, que alguém independente, suporte a nossa causa como forma de também ele ganhar?
"In Quadrant A we’ll find those that represent the Immediate Opportunity. These are potentially willing partners who both share an agenda with us and have something it would be mutually beneficial to trade.Relações ganhar-ganhar-ganhar, relações sem controlo, o mundo da co-criação.
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Quadrant B reveals the Unmotivated Traders who would recognize that we have something of value that they would benefit from in exchange, but do not yet see us both as sharing the same agenda. Because they will have a number of potential partners also offering the kind of value that we represent, it may be necessary to persuade them that we also share an agenda in order for the value exchange to take place.
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Quadrant C is where a Coalition of The Willing resides. The parties may share an agenda but don’t need to trade anything concrete in order to have a mutually beneficial relationship. By their collective contributions, they can create abundance for many, including themselves.
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Quadrant D are the Distant and Oblivious. Here our sources of resource neither see any apparently shared agenda or anything of mutual value to trade. This doesn’t matter if we don’t need their permission to use their resources (if we are stealing with pride from their publicly available insights and ideas, for example—the technique that method refer to as appropriation). But if we do need their permission, this will clearly be the group whose potential resources it will take the most creativity and tenacity to unlock here."
McDonald's - As minhas cartas em cima da mesa (parte II)
Parte I.
Nem de propósito, o ter encontrado este trecho
Trechos retirados de "Grow from Your Strengths"
Nem de propósito, o ter encontrado este trecho
"The best recipe for sustained, profitable growth is simple in its basic concept. It requires a capabilities-driven approach — making the most of what you already do well — that goes well beyond traditional market-back approaches, which try to deliver whatever the outside world seems to need.
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Thus, before you pursue growth directly, you should have in place the three elements of a clearly defined, coherent strategy: (1) a value proposition that resonates with customers, supported by (2) a system of distinctive capabilities, combined in a way that competitors can’t match, with (3) a portfolio of products and services that are all aligned to the first two elements. You must also be able to deliver on that value proposition, translating concept into competitive position with a viable, sustainable business model that generates profits and cash flow.
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You can grow profitably and sustainably only from a position of strength. If your enterprise is struggling to maintain its economic lifelines, then foundational work on strategy, organization, cost optimization, or other factors is needed before any new growth strategy can succeed. Companies that enter new businesses to escape a weak position generally become weaker still, because they move into markets where they lack the capabilities needed to succeed.
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Let’s say you have that position of strength to start from: a capabilities-driven strategy and the wherewithal to exploit it. From there, you can chart a course toward sustainable and profitable expansion by combining four approaches to growth:
1. In-market leverage: seeking out new growth opportunities among your existing customers in your core market as currently defined.
2. Near-market expansion: pursuing opportunities in unfamiliar sectors or with new products. This approach is also known as expansion through adjacencies.
3. Disruptive growth: responding to dramatic change with entirely new business models and capabilities if and as appropriate. Though important at times, this is rarer than many businesspeople think and should be undertaken only if you have a clear idea of how to link your existing capabilities system to the new one you will need.
4. Capability development: building distinctive organizational proficiency in a way that supports the other three forms of growth. This can be accomplished through a variety of means, including M&A, innovation, and operations improvements.
Trechos retirados de "Grow from Your Strengths"
sexta-feira, setembro 25, 2015
Porque persistimos no obsoleto
Quando penso no Estranhistão visualizo logo esta evolução:
Na evolução de um mundo com um único pico, um mundo onde todas as empresas num mesmo sector competiam da mesma forma pelo BIG HIT, para um mundo com n picos, com n hipóteses de competição.
E penso nas empresas que, conscientemente ou não, têm estratégias baseadas na competição pelo BIG HIT, estratégias que há muito tempo passaram o seu prazo de validade mas que continuam a ser seguidas porque no passado resultaram.
Recomendo a escuta desta comunicação de Freek Vermeulen sobre as tradições e a sua persistência para além do prazo de validade:
Na evolução de um mundo com um único pico, um mundo onde todas as empresas num mesmo sector competiam da mesma forma pelo BIG HIT, para um mundo com n picos, com n hipóteses de competição.
E penso nas empresas que, conscientemente ou não, têm estratégias baseadas na competição pelo BIG HIT, estratégias que há muito tempo passaram o seu prazo de validade mas que continuam a ser seguidas porque no passado resultaram.
Recomendo a escuta desta comunicação de Freek Vermeulen sobre as tradições e a sua persistência para além do prazo de validade:
Workshop Balanced Scorecard Porto - (Parte I)
Vamos realizar um Workshop sobre o Balanced Scorecard no Porto a 15 de Dezembro.
Um Workshop de 7 horas com o seguinte programa:
Programa
1. Qual é o desafio da empresa?
- Aproveitar uma oportunidade, ou
- Responder à mudança no mundo.
- Escolher e renunciar (Aceite o desafio e venha tentar vender água engarrafada num mercado saturado)
4. Traduzir a estratégia num mapa
5. Construir um balanced scorecard
6. Transformar a empresa
7. Monitorizar a viagem para o futuro desejado
Administradores/ Directores Gerais, Directores Financeiros, Responsáveis de Planeamento e Estratégia, Controllers, Directores de Recursos Humanos/ Pessoal, Directores de Marketing, Directores da Qualidade.
Investimento:
- 80€ (inscrições até 25.11.2015)
- 90€ (inscrições após 25.11.2015)
Bons sinais
A propósito de "Procura externa vale 85% do crescimento económico português" onde se pode ler:
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O nível de vida em Portugal não é alto. Por isso, os portugueses optam por comprar bens transaccionáveis baratos. Esses bens entram em Portugal, importados da Ásia a preços muito baixos, e levam a melhor sobre o "Made in Portugal". Por exemplo, Portugal exporta sapatos caros e importa sapatos asiáticos para consumo interno. Portugal exporta mobiliário caro e importa mobiliário asiático para consumo interno.
"A procura externa justificou cerca de 85% do crescimento económico no ano passado, tendência que se repetiu no primeiro semestre deste ano, "agora já acompanhada por algum incremento na procura interna", avança um estudo da empresa de gestão de risco Ignios.As empresas nacionais têm de continuar a apostar nas exportações mas não por causa da baixa procura interna.
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as exportações "tiveram um efeito muito superior ao contributo da procura interna, justificando sensivelmente 85% do crescimento económico observado nesse ano",
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Já em 2015, frisou, reportando-se a dados do primeiro trimestre, "foram novamente as exportações" que justificaram "quase integralmente" o crescimento de 1,5% do PIB.
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[Moi ici: Onde torço o nariz e faço uma leitura diferente é no trecho que se segue] Entretanto, a manutenção da baixa procura interna justifica a necessidade de as empresas nacionais continuarem a apostar nos mercados externos."
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O nível de vida em Portugal não é alto. Por isso, os portugueses optam por comprar bens transaccionáveis baratos. Esses bens entram em Portugal, importados da Ásia a preços muito baixos, e levam a melhor sobre o "Made in Portugal". Por exemplo, Portugal exporta sapatos caros e importa sapatos asiáticos para consumo interno. Portugal exporta mobiliário caro e importa mobiliário asiático para consumo interno.
Autenticidade e empreendedorismo
Mais um exemplo português de aplicação do conselho que dei à artesã de Bragança em 2011.
- Não mexa no produto! Respeite a autenticidade. E vá expor o produto em outras prateleiras, noutros mercados, em que os potenciais clientes valorizem mais a oferta.O exemplo a que me refiro é retratado em "Chinelos dos pastores da Serra dão a volta ao mundo":
"Os Chinelos d'Avó são feitos de burel ou com os retalhos das sobras das fábricas têxteis da região. O trabalho é 100% artesanal e o resultado é exportado do interior profundo para os quatro cantos do mundo.Como não pensar nesta cascata de aproveitamento de recursos: pasto > ovelhas > leite > queijo > lã > burel > chinelos e relacionar com a floresta tropical de Holland.
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Os chinelos dos pobres, dos pastores da serra, são agora calçados em todo o mundo. “Alemanha Holanda, Luxemburgo, Venezuela, vieram buscar o que temos de muito bom que é o artesanato”, diz a orgulhosa artesã.
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Rita pegou nos chinelos de pano, fez deles negócio e estão agora espalhados por vários pontos do mundo, a milhares de quilómetros de um atelier instalado no interior de Portugal."
quinta-feira, setembro 24, 2015
Curiosidade do dia (Acha mesmo)
Imaginem a Industria do Têxtil e Vestuário em Portugal na primeira metade do século XXI.
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Recordem que foi um sector que usava muita mão-de-obra.
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Recordem que foi um sector onde, muitas vezes, se pagava o salário mínimo.
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Recordem que foi um sector dizimado pela concorrência asiática.
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Recordem que existiam estas diferenças de custos de mão-de-obra:
Então, a sua empresa, enquanto as outras empresas fechavam, enquanto os empresários do sector exigiam medidas e os sindicatos se manifestavam, recebe um e-mail com uma proposta de trabalho de uma empresa de consultoria:
Ao ver as outras empresas a fechar, a sua empresa vai olhar para uma proposta destas e vai aceitar. Afinal:
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Agora, regressem a 2015 e pensem, será que a solução para o sector alguma vez passaria por competir nos custos?
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O sector deu a volta e voltou a bater recordes de exportações, não por causa do pensamento analítico e racional, não por causa de folhas de cálculo, mas por causa de pensamento estratégico assente nas vantagens competitivas da localização, da proximidade, da rapidez, da flexibilidade, da moda.
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Voltando à proposta de trabalho do e-mail lá de cima que alguém recebeu nos últimos dias...
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Acham mesmo que o futuro da pecuária, dos lacticínios, da agricultura em Portugal passa pela redução dos custos e pelo aumento da eficiência? Como é que se diz? Been there, done that...
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Obrigado Armando.
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Recordem que foi um sector que usava muita mão-de-obra.
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Recordem que foi um sector onde, muitas vezes, se pagava o salário mínimo.
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Recordem que foi um sector dizimado pela concorrência asiática.
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Recordem que existiam estas diferenças de custos de mão-de-obra:
Então, a sua empresa, enquanto as outras empresas fechavam, enquanto os empresários do sector exigiam medidas e os sindicatos se manifestavam, recebe um e-mail com uma proposta de trabalho de uma empresa de consultoria:
Ao ver as outras empresas a fechar, a sua empresa vai olhar para uma proposta destas e vai aceitar. Afinal:
"Estamos a perder clientes para a Ásia. Os clientes gostam de nós, gostam da nossa qualidade, gostam do país, mas estão a mudar para fornecedores asiáticos porque têm preços mais baixos. Assim, se baixarmos os nossos custos, conseguiremos recuperá-los."Agora, olhem bem para a tabela de custos de mão-de-obra, olhem para a vantagem asiática no preço da energia, no preço das matérias-primas e no jugo dos impostos e taxas.
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Agora, regressem a 2015 e pensem, será que a solução para o sector alguma vez passaria por competir nos custos?
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O sector deu a volta e voltou a bater recordes de exportações, não por causa do pensamento analítico e racional, não por causa de folhas de cálculo, mas por causa de pensamento estratégico assente nas vantagens competitivas da localização, da proximidade, da rapidez, da flexibilidade, da moda.
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Voltando à proposta de trabalho do e-mail lá de cima que alguém recebeu nos últimos dias...
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Acham mesmo que o futuro da pecuária, dos lacticínios, da agricultura em Portugal passa pela redução dos custos e pelo aumento da eficiência? Como é que se diz? Been there, done that...
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Obrigado Armando.
McDonald's - As minhas cartas em cima da mesa
O @lmarado chamou-me a atenção para esta estória:
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Primeiro, qual o JTBD do cliente-tipo que vai ao McDonald's? Por exemplo:
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Agora, eu, uso o meu lado analítico para à priori pôr as minhas cartas na mesa e arriscar dizer que não acredito no sucesso desta experiência:
— Luís Marado (@lmarado) September 22, 2015
Ou seja, este artigo "McDonald’s vai aceitar reservas e ter serviço à mesa na Suécia".
Primeiro, qual o JTBD do cliente-tipo que vai ao McDonald's? Por exemplo:
- famílias com crianças (sabem que a comida é fácil de comer, não haverá birra e o brinquedo será um infalível atractor de atenção);
- jovens com pouco dinheiro que procuram um ambiente informal;
- clientes com pouco tempo para uma refeição rápida;
- clientes que valorizam o escritório-móvel (electricidade e wifi gratuita) enquanto comem qualquer coisa.
Estamos a falar do McDonald's, estamos a falar do paradigma do "fast food".
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Quando uma empresa formula uma estratégia, faz umas escolhas e faz umas renúncias. É inevitável. Estratégias sem renúncias não são estratégias.
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Por causa da demografia, e/ou por causa da evolução da mentalidade dos clientes-alvo do fast food MCDonald's, e/ou por causa da oferta da concorrência se ter tornado mais atraente, a facturação está a baixar.
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Como resposta a essa baixa na procura, a McDonald's na Suécia vai fazer um teste de uma semana:
"Em vez dos tabuleiros, das filas nas caixas, do tempo contabilizado ao minuto, entre 25 de Setembro e 2 de Outubro a McDonald’s irá aceitar reservas através de um site (bookatable.se) onde há dezenas de outros restaurantes. De acordo com a AFP, a Suécia é um mercado difícil para a cadeia norte-americana, onde enfrenta a concorrência da Burger King e da Max, uma rede local de restaurantes. Este teste insere-se numa estratégia de lançamento de um novo hambúrguer (New Maestro Classic) e de modernização para tentar contrariar a baixa de vendas."Steven Blank tem aquela frase "assassina" para os teóricos:
"Get out of the building!"Ou seja, um lado positivo desta estória é a McDonald's ter ousado fazer a experiência.
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Agora, eu, uso o meu lado analítico para à priori pôr as minhas cartas na mesa e arriscar dizer que não acredito no sucesso desta experiência:
- reservas e ter serviço à mesa faz parte de um mosaico que reforce o modelo de negócio do fast food? (Nope!)
- imaginem que o teste era coroado de sucesso. Quais as consequências para o modelo de negócio, para a proposta de valor?
- esta experiência não assenta os seus alicerces sobre os pontos fortes da McDonald's.
- que mensagem vai passar para aqueles clientes que valorizam a rapidez? Que impacte terá a experiência no ambiente da loja e no tempo de resposta, para quem o valoriza?
As empresas podem até mudar de modelo de negócio, no entanto, não faz sentido tentar evoluir para um nível diferente onde não se aproveitam as suas vantagens competitivas, o seu ADN, os seus pontos fortes. Correndo-se o risco de não agradar nem a gregos (insatisfazendo os clientes actuais) nem a troianos (não seduzindo os não-clientes).
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Tentar ultrapassar a evolução negativa da facturação removendo algumas das renúncias, corresponde a um aguar da estratégia que não augura nada de bom.
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Tentar ultrapassar a evolução negativa da facturação removendo algumas das renúncias, corresponde a um aguar da estratégia que não augura nada de bom.
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