quarta-feira, julho 02, 2008
A minha leitura de férias
"História da Guerra do Peloponeso", original de Tucídides, tradução de David Martelo.
Diversidade, diversidade, diversidade
Os partidários de Kepler (pré-Brahe), os crentes no Grande Planeador, os defensores do Grande Geometra, acreditam que um governo tem a capacidade para saber quais são os sectores do futuro, tem a clarividência e o acesso a informação total e completa sobre o futuro.
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Já aqui citei várias vezes Hamel e Valikangas no artigo "The quest for resilience" na Harvard Business Review em Setembro de 2003:
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"Life is the most resilient thing on the planet. I has survived meteor showers, seismic upheavals, and radical climate shifts. And yet it does not plan, it does not forecast, and, except when manifested in human beings, it possesses no foresight. So what is the essential thing that life teaches us about resilience?
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Just this: Variety matters. Genetic variety, within and across species, is nature's insurance policy against the unexpected. A high degree of biological diversity ensures that no matter what particular future unfolds, there will be at least some organisms that are well-suited to the new circumstances."
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Nesta linha encontrei o artigo "Economic Diversification":
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"GDP should be distributed across economic sectors"
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"Poor economic diversity is linked to low productivity and competitiveness.
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High economic concentration leads to volatile growth and fluctuating economic cycles.
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Volatility in concentrated economies may spawn structural unemployment issues and engender systemic risks."
External trade (exports of goods and services) helps reduce economic volatility.
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Já aqui citei várias vezes Hamel e Valikangas no artigo "The quest for resilience" na Harvard Business Review em Setembro de 2003:
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"Life is the most resilient thing on the planet. I has survived meteor showers, seismic upheavals, and radical climate shifts. And yet it does not plan, it does not forecast, and, except when manifested in human beings, it possesses no foresight. So what is the essential thing that life teaches us about resilience?
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Just this: Variety matters. Genetic variety, within and across species, is nature's insurance policy against the unexpected. A high degree of biological diversity ensures that no matter what particular future unfolds, there will be at least some organisms that are well-suited to the new circumstances."
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Nesta linha encontrei o artigo "Economic Diversification":
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"GDP should be distributed across economic sectors"
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"Poor economic diversity is linked to low productivity and competitiveness.
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High economic concentration leads to volatile growth and fluctuating economic cycles.
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Volatility in concentrated economies may spawn structural unemployment issues and engender systemic risks."
External trade (exports of goods and services) helps reduce economic volatility.
Privatizar os lucros, nacionalizar os prejuízos, transferir os riscos para os impostados (parteII)
Um artigo de opinião de Camilo Lourenço no Jornal de Negócios: "João Subsídio Machado"
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"pertence ao grupo dos que acham que o Estado deve estar sempre disponível para ajudar empresários em dificuldades. Ou será antes pseudo empresários? É que é difícil chamar “empresário” a alguém que, quando as coisas saem mal, corre a estender o chapéu à caridade do Estado. "
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"pertence ao grupo dos que acham que o Estado deve estar sempre disponível para ajudar empresários em dificuldades. Ou será antes pseudo empresários? É que é difícil chamar “empresário” a alguém que, quando as coisas saem mal, corre a estender o chapéu à caridade do Estado. "
terça-feira, julho 01, 2008
Está a começar o peditório...
"Estou plenamente convencido que a nossa economia não conseguirá fazer o profundo ajustamento que necessita, e que se traduz em aumentar drasticamente o peso da produção de bens transaccionáveis na produção total de bens, sem suspender a sua participação no euro."
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João Ferreira do Amaral em "Vivam os irlandeses!" no Jornal de Negócios de hoje.
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Agora imaginem... 6h30 da manhã, acordam, ligam o rádio e recebem de chofre a notícia, Portugal saíu do euro, todos euros que têm na mão continuam a ser euros aceites pelo BCE. Todos os depósitos, todas as dívidas em território nacional já foram convertidos em escudo-II... 1 euro já está a 1.35 escudo-II e com tendência para se agravar a diferença.
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Cuidado com os depósitos em Espanha e Itália: "Itália e talvez a própria Espanha, sem falar da Grécia, poderão apresentar problemas semelhantes"
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Há cerca de um mês levantei esta hipótese em casa de familiares e fui considerado um tótó...
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Não sei se haverá alternativa, mas a acontecer será, também, um exemplo de abaixamento das expectativas... depois, com moeda própria, vamos voltar à boleia da desvalorização progressiva, tão querida a quem não quer investir na subida na cadeia de valor. Great...
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João Ferreira do Amaral em "Vivam os irlandeses!" no Jornal de Negócios de hoje.
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Agora imaginem... 6h30 da manhã, acordam, ligam o rádio e recebem de chofre a notícia, Portugal saíu do euro, todos euros que têm na mão continuam a ser euros aceites pelo BCE. Todos os depósitos, todas as dívidas em território nacional já foram convertidos em escudo-II... 1 euro já está a 1.35 escudo-II e com tendência para se agravar a diferença.
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Cuidado com os depósitos em Espanha e Itália: "Itália e talvez a própria Espanha, sem falar da Grécia, poderão apresentar problemas semelhantes"
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Há cerca de um mês levantei esta hipótese em casa de familiares e fui considerado um tótó...
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Não sei se haverá alternativa, mas a acontecer será, também, um exemplo de abaixamento das expectativas... depois, com moeda própria, vamos voltar à boleia da desvalorização progressiva, tão querida a quem não quer investir na subida na cadeia de valor. Great...
Trabalhar para as estatísticas da pior maneira possível
Defendo que as organizações devem começar pelo fim, devem começar pelos resultados pretendidos. Onde queremos chegar? Dentro de 18 meses vamos estar aqui a celebrar o sucesso do projecto. O que será um projecto bem sucedido? Que resultados gerará?
Peter Senge propôs esta imagem para ilustrar o truque de começar pelo fim. Quando desenhamos, quando descrevemos o futuro onde queremos chegar e o comparamos com a realidade actual gera-se uma tensão, um desequilibrio criativo. Como um elástico que une a mão da realidade actual à mão da realidade futura desejada ao ser esticado gera uma tensão, uma força que quere eliminar a distância..
Já por mais do que uma vez me chamaram a atenção neste blogue para o perigo da "engenharia de resultados". O que aqui defendemos é a mudança, é a transformação da realidade, para que ela possa vir a produzir os resultados futuros desejados. A tensão é diminuída promovendo a aproximação, a convergência do hoje para o futuro desejado.
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Outra possibilidade é diminuir a bitola, ser pouco exigente, ter sonhos medíocres, aspirar a resultados futuros desejados da treta, é quase o oposto, em vez do hoje convergir para o futuro... é o futuro que se torna igual ao hoje.
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Porquê tudo isto?
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Afinal o que se anda a fazer com o grau de dificuldade dos exames nacionais?
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Trabalhar para as estatísticas da pior maneira possível
Reflexões sobre a imprensa económica
É interessante... não sei se interessante é a melhor classificação, talvez esquisito, talvez sintomático, talvez triste.
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Se consultarmos a secção de economia do Jornal de Notícias de hoje encontramos o interessante artigo "Vinho verde está numa encruzilhada" assinado por Virgínia Alves.
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A leitura do artigo permite encontrar conceitos como: produtividade, preço, escala, posicionamento na cadeia de valor, proposta de valor (marca ou uvas), estratégia,...
Mesmo a discussão relatada, quanto à produtividade por hectare, cheira a micro-economia, cheira a coisas concretas, palpáveis.
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Agora se consultarmos os jornais ditos económicos, quantas vezes conseguimos encontrar artigos deste tipo?
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Infelizmente muito poucas!
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Por exemplo, o que é que a secção de Economia do Diário Económico de hoje traz?
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Inflação, juros, juros, estagflação e hospitais públicos.
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E a secção Empresas do mesmo jornal?
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Zon, PT, certificação do montado, Caixa, Mota, ?, EDP, carros eléctricos.
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E o Jornal de Negócios Online? Na sua secção Empresas encontramos:
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Bolsas asáticas, PT, Benfica, PT, PT, SCUTs, Brisa, PT,...
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E na secção de Economia:
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portagens, abono de família, inflação, saúde, obras públicas,...
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Dá que pensar, quem serão os clientes-alvo destes dois jornais?
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Se consultarmos a secção de economia do Jornal de Notícias de hoje encontramos o interessante artigo "Vinho verde está numa encruzilhada" assinado por Virgínia Alves.
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A leitura do artigo permite encontrar conceitos como: produtividade, preço, escala, posicionamento na cadeia de valor, proposta de valor (marca ou uvas), estratégia,...
Mesmo a discussão relatada, quanto à produtividade por hectare, cheira a micro-economia, cheira a coisas concretas, palpáveis.
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Agora se consultarmos os jornais ditos económicos, quantas vezes conseguimos encontrar artigos deste tipo?
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Infelizmente muito poucas!
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Por exemplo, o que é que a secção de Economia do Diário Económico de hoje traz?
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Inflação, juros, juros, estagflação e hospitais públicos.
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E a secção Empresas do mesmo jornal?
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Zon, PT, certificação do montado, Caixa, Mota, ?, EDP, carros eléctricos.
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E o Jornal de Negócios Online? Na sua secção Empresas encontramos:
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Bolsas asáticas, PT, Benfica, PT, PT, SCUTs, Brisa, PT,...
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E na secção de Economia:
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portagens, abono de família, inflação, saúde, obras públicas,...
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Dá que pensar, quem serão os clientes-alvo destes dois jornais?
A difusão da inovação não avança como um pistão
Outra história interessante que fixei, da leitura do livro "The Tipping Point" de Malcolm Gladwell, foi a do modelo de difusão.
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Um dos estudos de difusão mais citado é o de Bruce Ryan e Neal Gross sobre a evolução do cultivo do milho híbrido num condado do Iowa nos anos 30 do século passado.
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O novo milho foi introduzido em 1928, e era superior em todos os atributos em comparação com todas as sementes de milho usadas nas décadas anteriores. Mas não foi adoptado de rajada, à primeira.
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Dos 259 agricultores estudados, só um pequeno número iniciou a plantação da nova semente em 1932 e 1933. Em 1934 eram 16, em 1935 eram 21, depois 36 e ano após ano cresceram até que só restaram 61 fieis ás velhas sementes, depois 46, 36, 14 e 3 até que em 1941 só 2 dos 250 agricultores estudados não estavam a semear milho híbrido.
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Os investigadores dividiram os agricultores em grupos:
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Pensei logo em transpor este estudo sobre o fenómeno da difusão da inovação, para a batalha da conquista das PME's para a necessidade de inovarem a sua gestão, o seu posicionamento estratégico, a sua proposta de valor, o seu relacionamento com clientes exigentes.
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Quem são os Innovators? Como é que este podem infectar os Early Adopters? (os salões de beleza)
Ao olhar para a figura da distribuição, e para as etiquetas que designam cada grupo lembrei-me logo do livro "Dealing with Darwin" de Geoffrey Moore (aqui e aqui).
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Voltei ao livro de Moore para dar uma vista de olhos aos sublinhados que fiz e... dei de caras com um trecho interessante para este desafio da difusão da inovação:
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"the hardest thing to change successfully in any company is its gross-margin model." Ou seja, abandonar o stuck-in-the-middle, abandonar a deriva estratégica, adoptar uma proposta de valor, adoptar um posicionamento estratégico.
"Every such change leads to radical downsizing and reorganization, but this is rarely accompanied by wholesale replacement of the executive team. There is no infusion, in other words, of the new skills required to make the new margin model work. Instead there is an increasingly strained old guard struggling to adapt to patterns and problems it has no experience in handling." Isto é chumbo grosso, isto é artilharia pesada... leva a questionar a utilidade dos subsídios porque não facilitam a mudança da gestão.
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Assim, começo a vislumbrar um corpo de explicações gerais, psicológicas, humanas, que explicam a dificuldade da difusão da inovação também em Portugal. Não porque os seus empresários tenham defeitos diferentes dos outros, sejam piores do que os outros, é tudo uma questão de seguir as leis da difusão da inovação
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Um dos estudos de difusão mais citado é o de Bruce Ryan e Neal Gross sobre a evolução do cultivo do milho híbrido num condado do Iowa nos anos 30 do século passado.
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O novo milho foi introduzido em 1928, e era superior em todos os atributos em comparação com todas as sementes de milho usadas nas décadas anteriores. Mas não foi adoptado de rajada, à primeira.
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Dos 259 agricultores estudados, só um pequeno número iniciou a plantação da nova semente em 1932 e 1933. Em 1934 eram 16, em 1935 eram 21, depois 36 e ano após ano cresceram até que só restaram 61 fieis ás velhas sementes, depois 46, 36, 14 e 3 até que em 1941 só 2 dos 250 agricultores estudados não estavam a semear milho híbrido.
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Os investigadores dividiram os agricultores em grupos:
- Innovators;
- Early Adopters (grupo maior que o anterior e infectados por eles;
- Early Majority;
- Late Majority;
- Laggards.
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Pensei logo em transpor este estudo sobre o fenómeno da difusão da inovação, para a batalha da conquista das PME's para a necessidade de inovarem a sua gestão, o seu posicionamento estratégico, a sua proposta de valor, o seu relacionamento com clientes exigentes.
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Quem são os Innovators? Como é que este podem infectar os Early Adopters? (os salões de beleza)
Ao olhar para a figura da distribuição, e para as etiquetas que designam cada grupo lembrei-me logo do livro "Dealing with Darwin" de Geoffrey Moore (aqui e aqui).
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Voltei ao livro de Moore para dar uma vista de olhos aos sublinhados que fiz e... dei de caras com um trecho interessante para este desafio da difusão da inovação:
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"the hardest thing to change successfully in any company is its gross-margin model." Ou seja, abandonar o stuck-in-the-middle, abandonar a deriva estratégica, adoptar uma proposta de valor, adoptar um posicionamento estratégico.
"Every such change leads to radical downsizing and reorganization, but this is rarely accompanied by wholesale replacement of the executive team. There is no infusion, in other words, of the new skills required to make the new margin model work. Instead there is an increasingly strained old guard struggling to adapt to patterns and problems it has no experience in handling." Isto é chumbo grosso, isto é artilharia pesada... leva a questionar a utilidade dos subsídios porque não facilitam a mudança da gestão.
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Assim, começo a vislumbrar um corpo de explicações gerais, psicológicas, humanas, que explicam a dificuldade da difusão da inovação também em Portugal. Não porque os seus empresários tenham defeitos diferentes dos outros, sejam piores do que os outros, é tudo uma questão de seguir as leis da difusão da inovação
Negar a realidade
Perante este panorama, custa-me constatar que há gente que não percebe a enormidade da situação, e nega as evidências, esconde/adia a realidade ("Não ter noção da realidade é não perceber como a sociedade em que vivemos se está a modificar, não perceber os outros, imaginar inimigos e perigos inexistentes e ignorar os perigos reais. Significa envolver-se em coisas que não são possíveis e não fazer as que são úteis ou necessárias." Trecho retirado do artigo "Contacto com a realidade" de Francesco Alberoni, publicado pelo Diário Económico de ontem).
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O Diário Económico de ontem apresentou um exemplo claro desta negação da realidade no artigo "Portugueses endividam-se para adiar efeitos da crise" assinado por Luís Reis Ribeiro (!ª Lei dos Buracos - quando descobrires que estás num... pára de cavar!)
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O governo também alinha, com o monumental Programão das Obras Públicas...
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O Diário Económico de ontem apresentou um exemplo claro desta negação da realidade no artigo "Portugueses endividam-se para adiar efeitos da crise" assinado por Luís Reis Ribeiro (!ª Lei dos Buracos - quando descobrires que estás num... pára de cavar!)
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O governo também alinha, com o monumental Programão das Obras Públicas...
segunda-feira, junho 30, 2008
Formação Balanced Scorecard
Formação organizada pela Escola de Novas Tecnologias ds Açores.
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Como combinado, acetatos completos aqui (não esquecer a palavra-chave, aconselhamos a primeiro gravar os ficheiros, antes de os abrir):
Interessados em bibliografia podem obter uma lista aqui.
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Durante a formação houve oportunidade para falar sobre alguns temas, por exemplo:
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Como combinado, acetatos completos aqui (não esquecer a palavra-chave, aconselhamos a primeiro gravar os ficheiros, antes de os abrir):
- O arranque (2,9 MB)
- Não há acasos (4 MB)
- A necessidade de uma estratégia (2,5 MB)
- A evolução do BSC (1,9 MB)
- Quem são os clientes-alvo (4,4 MB)
- Desenhar o mapa da estratégia (3 MB)
- Estabelecer indicadores estratégicos (1,1 MB)
- Desenvolver iniciativas estratégicas (3,8 MB)
- Relacionar estratégia e competências (1,2 MB)
- Monitorizar a viagem (2 MB)
- Comunicar, comunicar, comunicar (51 KB)
- BSC e ISO 9001 (297 KB)
- Olhar para a frente... (1,2 MB)
Interessados em bibliografia podem obter uma lista aqui.
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Durante a formação houve oportunidade para falar sobre alguns temas, por exemplo:
- a importância das pessoas, ver por favor este postal sobre o assunto, com a posição de Collins;
- a proposta de valor associada ao preço-baixo é perfeitamente respeitável, o perigo é querer entrar nessa guerra sem estar preparado para ela, ver por favor o que a DOW desenvolveu para fazer face ao desafio; basta digitar na imagem deste postal .
- relativamente ás organizações sem fins lucrativos, algumas reflexões pessoais, relacionadas com o BSC e com o mapa da estratégia, aqui.
A que salões de beleza temos de recorrer?
Há dias, no final de uma acção de formação sobre o Balanced Scorecard, abordou-se o tema do interesse, da predisposição das empresas portuguesas para a reflexão e transformação estratégica, perante um mundo em mudança acelerada.
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No regresso, terminei a leitura do livro "The Tipping Point" de Malcolm Gladwell, e foi nele que encontrei a seguinte história:
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“Not long ago, a nurse by the name of Georgia Sadler began a campaign to increase knowledge and awareness of diabetes and breast cancer in the black community of San Diego. She wanted to create a grass roots movement toward prevention and so she began setting up seminars in black churches around the city. The results, however, were disappointing. “There’d be maybe 200 people in the church, but we’d only get 20 or so to stay, and the people who were staying were people who already knew a lot about those diseases and just wanted to know more. It was very discouraging.””
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Sadler procurava uma forma de aumentar o impacte da campanha, fazer com que ela chegasse a muito mais mulheres e às mulheres que precisavam dessa informação.
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No final das missas as pessoas estavam com pressa, algumas tinham compromissos, outras tinham fome,… poucas tinham disponibilidade para a campanha. Sadler precisava de outra abordagem, uma abordagem que lhe permitisse chegar a um ambiente onde as mulheres estivessem descontraídas, receptivas a novas ideias, e tivessem tempo e disponibilidade para ouvir algo novo.
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Qual foi a solução? Transferir a campanha das igrejas para ... os salões de beleza. A chave, o truque residia em preparar, em treinar um grupo de cabeleireiras para apresentarem informação, não como numa sala de aula, mas de uma forma relaxada, “conversacional”, com muitos exemplos concretos, para estimular o interesse, a curiosidade das suas clientes.
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Sadler resolveu alimentar os salões de beleza com um ciclo constante de pequenas estórias, quase como “coscuvilhice, fofoca” e de deixas, de iniciadores de conversa, acerca do cancro da mama e diabetes.
Sadler estabeleceu, também, um plano de monitorização dos resultados para avaliar a eficácia do programa. E funcionou!!!
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Para o caso das nossas PME’s que operam no Mercado de bens transaccionáveis, quem poderá desempenhar o papel das cabeleireiras? Qual será o equivalente ao salão de beleza?
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Como é que se pode fazer chegar a mensagem de uma forma que desperte interesse e curiosidade para ver, para espiar, para aprender com os seus pares que estão a dar a volta, que estão a ser bem sucedidos?
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Ainda de referir que não são necessariamente precisos grandes investimentos, grandes campanhas, é preciso é escolher boas mensagens, bons exemplos e seleccionar os mensageiros adequados... quem serão?
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No regresso, terminei a leitura do livro "The Tipping Point" de Malcolm Gladwell, e foi nele que encontrei a seguinte história:
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“Not long ago, a nurse by the name of Georgia Sadler began a campaign to increase knowledge and awareness of diabetes and breast cancer in the black community of San Diego. She wanted to create a grass roots movement toward prevention and so she began setting up seminars in black churches around the city. The results, however, were disappointing. “There’d be maybe 200 people in the church, but we’d only get 20 or so to stay, and the people who were staying were people who already knew a lot about those diseases and just wanted to know more. It was very discouraging.””
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Sadler procurava uma forma de aumentar o impacte da campanha, fazer com que ela chegasse a muito mais mulheres e às mulheres que precisavam dessa informação.
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No final das missas as pessoas estavam com pressa, algumas tinham compromissos, outras tinham fome,… poucas tinham disponibilidade para a campanha. Sadler precisava de outra abordagem, uma abordagem que lhe permitisse chegar a um ambiente onde as mulheres estivessem descontraídas, receptivas a novas ideias, e tivessem tempo e disponibilidade para ouvir algo novo.
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Qual foi a solução? Transferir a campanha das igrejas para ... os salões de beleza. A chave, o truque residia em preparar, em treinar um grupo de cabeleireiras para apresentarem informação, não como numa sala de aula, mas de uma forma relaxada, “conversacional”, com muitos exemplos concretos, para estimular o interesse, a curiosidade das suas clientes.
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Sadler resolveu alimentar os salões de beleza com um ciclo constante de pequenas estórias, quase como “coscuvilhice, fofoca” e de deixas, de iniciadores de conversa, acerca do cancro da mama e diabetes.
Sadler estabeleceu, também, um plano de monitorização dos resultados para avaliar a eficácia do programa. E funcionou!!!
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Para o caso das nossas PME’s que operam no Mercado de bens transaccionáveis, quem poderá desempenhar o papel das cabeleireiras? Qual será o equivalente ao salão de beleza?
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Como é que se pode fazer chegar a mensagem de uma forma que desperte interesse e curiosidade para ver, para espiar, para aprender com os seus pares que estão a dar a volta, que estão a ser bem sucedidos?
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Ainda de referir que não são necessariamente precisos grandes investimentos, grandes campanhas, é preciso é escolher boas mensagens, bons exemplos e seleccionar os mensageiros adequados... quem serão?
Fidelidade à disciplina associada à proposta de valor
O DN de hoje inclui o artigo "Vinho Verde tem de se valorizar no mercado", assinado por Ilídia Pinto.
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Nele pode ler-se:
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"Num sector que conta com cerca de 600 empresas engarrafadoras, mais de 500 são pequenas e médias. As grandes obtêm rentabilidade graças às economias de escala, conclui Daniel Bessa. As micro e pequenas devem apostar essencialmente em nichos de qualidade e nichos geográficos. Já as médias estão estranguladas e precisam que o preço médio do vinho Verde aumente. "
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"O vinho Verde, o segundo mais consumido em Portugal, tem de conseguir valorizar o produto junto do consumidor final, ..."
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Este é o grande desafio, acrescentar valor "... de modo a que este esteja disponível para pagar um preço mais alto. Uma estratégia que pressupõe uma aposta muito forte em marcas, mas que colide com a pequena dimensão da maioria das empresas do sector. Para estas, a solução passa, necessariamente, por se associarem, de modo a ganharem dimensão crítica, ou estarão condenadas a desaparecer."
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Um risco é o de, ao se associarem, por ausência de persistência estratégica, por incapacidade de esperar pelos resultados da aposta na proposta de valor da inovação, da liderança do produto (algo que pode vir a dar frutos num prazo de, por exemplo, 5 anos), resvalarem para o mercado do preço, uma opção perfeitamente respeitável. No entanto, os clientes-alvo são diferentes, as castas são diferentes, os circuitos de distribuição são diferentes, a promoção e as mensagens são diferentes, as linhas de fabrico e armazenagem são diferentes... há que pensar bem no que se quer, montar a estrutura e manter-se fiel à disciplina associada à proposta de valor.
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Nele pode ler-se:
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"Num sector que conta com cerca de 600 empresas engarrafadoras, mais de 500 são pequenas e médias. As grandes obtêm rentabilidade graças às economias de escala, conclui Daniel Bessa. As micro e pequenas devem apostar essencialmente em nichos de qualidade e nichos geográficos. Já as médias estão estranguladas e precisam que o preço médio do vinho Verde aumente. "
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"O vinho Verde, o segundo mais consumido em Portugal, tem de conseguir valorizar o produto junto do consumidor final, ..."
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Este é o grande desafio, acrescentar valor "... de modo a que este esteja disponível para pagar um preço mais alto. Uma estratégia que pressupõe uma aposta muito forte em marcas, mas que colide com a pequena dimensão da maioria das empresas do sector. Para estas, a solução passa, necessariamente, por se associarem, de modo a ganharem dimensão crítica, ou estarão condenadas a desaparecer."
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Um risco é o de, ao se associarem, por ausência de persistência estratégica, por incapacidade de esperar pelos resultados da aposta na proposta de valor da inovação, da liderança do produto (algo que pode vir a dar frutos num prazo de, por exemplo, 5 anos), resvalarem para o mercado do preço, uma opção perfeitamente respeitável. No entanto, os clientes-alvo são diferentes, as castas são diferentes, os circuitos de distribuição são diferentes, a promoção e as mensagens são diferentes, as linhas de fabrico e armazenagem são diferentes... há que pensar bem no que se quer, montar a estrutura e manter-se fiel à disciplina associada à proposta de valor.
domingo, junho 29, 2008
O que é que pode acontecer?
Recentemente, a meio de uma acção de formação sobre o Balanced Scorecard, chamaram-me a atenção para Michel Godet e para a análise prospectiva.
Pois bem, foi da análise prospectiva, foi da cenarização de futuros potenciais que me lembrei há pouco, quando espreitei os títulos do Público na internet.
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"Ex-líder da Mossad dá um ano a Israel para destruir instalações nucleares iranianas"
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O que é que vem à cabeça?
Como vão reagir os clientes da minha organização?
Como vão reagir os fornecedores e os concorrentes da minha organização?
Como vai reagir a sociedade e o governo?
Qual o impacte real na actividade e na economia? Muito ou pouco?
Qual a probabilidade de um conflito com uso de armas nucleares?
Qual a probabilidade de um conflito prolongado transbordar para fora da região?
Qual a probabilidade de corte dos fluxos de matérias-primas?
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O que é que uma PME portuguesa pode fazer? Fará sentido preocupar-se com estes temas? Fará sentido identificar cenários potenciais? Fará sentido identificar hipóteses de actuação?
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Que critérios eleger para escolher a melhor resposta, a melhor actuação?
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Como humanos gostamos muito de respostas, de coisas concretas, para podermos passar à acção. No entanto, há alturas em que abandonamos rapidamente a incerteza do modo interrogativo e buscamos as certezas, o conforto que as respostas nos dão.
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O que pode acontecer?
Quais são as principais incertezas?
Quais são as incertezas principais com maior potencial de impacte na nossa actividade?
Pois bem, foi da análise prospectiva, foi da cenarização de futuros potenciais que me lembrei há pouco, quando espreitei os títulos do Público na internet.
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"Ex-líder da Mossad dá um ano a Israel para destruir instalações nucleares iranianas"
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O que é que vem à cabeça?
- israelitas; árabes; iranianos; shiitas; fundamentalistas; terroristas; Al-Qaeda; talibãs; guerra; petróleo; conflito israelo-árabe; conflito global; armas nucleares; catástrofe; morte; colapso; economia; recessão; cenário Mad Max; ...
Como vão reagir os clientes da minha organização?
Como vão reagir os fornecedores e os concorrentes da minha organização?
Como vai reagir a sociedade e o governo?
Qual o impacte real na actividade e na economia? Muito ou pouco?
Qual a probabilidade de um conflito com uso de armas nucleares?
Qual a probabilidade de um conflito prolongado transbordar para fora da região?
Qual a probabilidade de corte dos fluxos de matérias-primas?
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O que é que uma PME portuguesa pode fazer? Fará sentido preocupar-se com estes temas? Fará sentido identificar cenários potenciais? Fará sentido identificar hipóteses de actuação?
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Que critérios eleger para escolher a melhor resposta, a melhor actuação?
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Como humanos gostamos muito de respostas, de coisas concretas, para podermos passar à acção. No entanto, há alturas em que abandonamos rapidamente a incerteza do modo interrogativo e buscamos as certezas, o conforto que as respostas nos dão.
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O que pode acontecer?
Quais são as principais incertezas?
Quais são as incertezas principais com maior potencial de impacte na nossa actividade?
sábado, junho 28, 2008
Privatizar os lucros, nacionalizar os prejuízos, transferir os riscos para os impostados
Dedicado a todos aqueles que acreditam no papá estado, como motor criador de riqueza sustentada.
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"Pereira Coutinho acusa Governo de falta de vontade para apoiar biocombustíveis", artigo assinado por Silvia de Oliveira no Diário Económico de ontem.
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"Pereira Coutinho acusa Governo de falta de vontade para apoiar biocombustíveis", artigo assinado por Silvia de Oliveira no Diário Económico de ontem.
Prisioneiros das rotinas...
A processionária é um insecto que faz um ninho nos pinheiros e que em determinado momento no seu estado de desenvolvimento larvar desce e em procissão aí vão elas... Um francês, julgo que se chamava Fabre, entre os séculos XIX e XX, estudou o comportamento destes bichinhos.
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A certa altura fez a seguinte experiência, conseguiu que a processão de larvas constituísse um círculo, e esperou para ver o que ía acontecer.
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Fabre observou que as larvas seguiam umas atrás das outras formando o círculo, nunca o desfazendo. Hora após hora, dia após dia, até que... até que a morte por cansaço e falta de alimento começou a matar as larvas e só aí é que o círculo se partiu.
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Na Ásia os elefantes eram/são usados como animais de trabalho. Quando um jovem elefante é desmamado e afastado da mãe, é agrilhoado com umas fortes e pesadas correntes a um ponto fixo, bem preso, bem chumbado ao terreno.
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O jovem elefante tenta fugir, força e volta a forçar, magoa-se, fere-se, mas não consegue soltar-se.
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Quando adulto, ao dono do elefante basta prender o poderoso animal com uma corda a um ponto fixo porque o elefante nunca tenta fugir... a sua mente foi formatada e ele não consegue ultrapassar essa barreira imaginária.
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E nós humanos... quantos hábitos formatam as nossas práticas e pensamentos e continuam lá/cá a influenciar as nossas decisões e formas de ver o mundo, muito para lá do tempo de vida útil?
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Ainda hoje, 2 anos depois de ter alterado o local de arrumação, quando procuro determinados dossiês no escritório, a minha primeira reacção é voltar ao local inicial... e só depois a mensagem chega ao meu cortex "Oh tótó agora o local é outro".
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Também por causa destas rotinas que estão embutidas no nosso cérebro, que fazem parte de nós, que são nós... torna-se difícil parar para pensar (não estou a dizer que as pessoas não pensem, estou antes a falar de experiências fora do corpo, de saírmos de nós mesmos e olharmos para o filme, para o ambiente em que a nosa organização está inserida) e eventualmente concluir que os nossos métodos de trabalho, que as nossa estratégias, que foram úteis no passado, com outro ambiente, com outro ecossistema, estão obsoletas.
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A certa altura fez a seguinte experiência, conseguiu que a processão de larvas constituísse um círculo, e esperou para ver o que ía acontecer.
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Fabre observou que as larvas seguiam umas atrás das outras formando o círculo, nunca o desfazendo. Hora após hora, dia após dia, até que... até que a morte por cansaço e falta de alimento começou a matar as larvas e só aí é que o círculo se partiu.
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Na Ásia os elefantes eram/são usados como animais de trabalho. Quando um jovem elefante é desmamado e afastado da mãe, é agrilhoado com umas fortes e pesadas correntes a um ponto fixo, bem preso, bem chumbado ao terreno.
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O jovem elefante tenta fugir, força e volta a forçar, magoa-se, fere-se, mas não consegue soltar-se.
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Quando adulto, ao dono do elefante basta prender o poderoso animal com uma corda a um ponto fixo porque o elefante nunca tenta fugir... a sua mente foi formatada e ele não consegue ultrapassar essa barreira imaginária.
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E nós humanos... quantos hábitos formatam as nossas práticas e pensamentos e continuam lá/cá a influenciar as nossas decisões e formas de ver o mundo, muito para lá do tempo de vida útil?
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Ainda hoje, 2 anos depois de ter alterado o local de arrumação, quando procuro determinados dossiês no escritório, a minha primeira reacção é voltar ao local inicial... e só depois a mensagem chega ao meu cortex "Oh tótó agora o local é outro".
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Também por causa destas rotinas que estão embutidas no nosso cérebro, que fazem parte de nós, que são nós... torna-se difícil parar para pensar (não estou a dizer que as pessoas não pensem, estou antes a falar de experiências fora do corpo, de saírmos de nós mesmos e olharmos para o filme, para o ambiente em que a nosa organização está inserida) e eventualmente concluir que os nossos métodos de trabalho, que as nossa estratégias, que foram úteis no passado, com outro ambiente, com outro ecossistema, estão obsoletas.
sexta-feira, junho 27, 2008
A propósito da cerâmica
A propósito deste artigo do DN de hoje "Crise agrava-se na cerâmica" há um tipo de informação que gostava de consultar. A crise no sector é geral? Não há empresas que escapam e se recomendam? Sim ou não?
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Se sim, o que é que fazem de diferente?
Para quem?
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Se sim, o que é que fazem de diferente?
Para quem?
quinta-feira, junho 26, 2008
Choradinho atrás de choradinho...
"Enquanto que os produtores texteis ou de calçado podem decidir o que e quanto produzir, e qual o preço a que querem vender o resultado da sua produção, os pescadores não podem" escrevia alguém num comentário a um postal abaixo. Pois, até parece que a pesca como indústria, com barcos-fábrica que pescam fora das zonas tradicionais não existe. Basta perguntar a um norueguês porque é que o seu país não adere à UE.
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Hoje, no DN apanho mais um choradinho que eu como impostado vou ter de pagar... qualquer dia torno-me num Bernie Goetz (é que vem do meu bolso... e do seu)!
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"Ministro acusado de pôr agricultores "na forca"" artigo assinado por Júlio Almeida.
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Não me venham dizer que os agricultores não podem decidir o que produzir.
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Numa economia saudável, se uma actividade não dá fecham-se as portas:
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Hoje, no DN apanho mais um choradinho que eu como impostado vou ter de pagar... qualquer dia torno-me num Bernie Goetz (é que vem do meu bolso... e do seu)!
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"Ministro acusado de pôr agricultores "na forca"" artigo assinado por Júlio Almeida.
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Não me venham dizer que os agricultores não podem decidir o que produzir.
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Numa economia saudável, se uma actividade não dá fecham-se as portas:
- ele são os combustíveis - intervenção do governo;
- ele são os preços das rações - intervenção do governo;
- ele são os preços da carne - intervenção do governo;
- ele são os preços do leite - intervenção do governo;
Quanto mais os governos apoiarem os agricultores mais se adiará a mudança necessária no paradigma de produção.
""O ministro que nos diga como é possível produzir mais nestas condições", desafiava Paulo Sérgio,". Este é o paradigma actual... só que no mercado da abundância, quanto mais se produz, mais fundo cavam o buraco onde estão, porque aumentam a oferta, logo, aumenta o poder dos compradores. Não é possível competir com os chineses da Europa no seu campo de batalha... há que mudar de culturas agricolas, apostar noutras espécies.
Uma curiosidade
Todos os bébés adoram ver a publicidade na televisão, ainda este fim-de-semana tive essa experiência.
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Sempre interpretei essa preferência como algo relacionado com as cores e sons da publicidade.
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Nunca aconteceu admirarem-se com os miúdos por serem capazes de ver o mesmo programa na TV vezes e mais vezes?
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"If you think about the world of a preschooler, they are surrounded by stuff they don't understand - things are novel. So the driving force for a preschooler is not a serach for novelty, like it is with older kids, it's a serach for understanding and predictability, "... "For younger kids, repetition is really valuable. They demand it. When they see a show over and over again, they not only are understanding it better, which is a form of power, but just by predicting what is going to happen, I think they feel a sense of affirmation and seld-worth."
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Parece uma ideia interessante.
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Sempre interpretei essa preferência como algo relacionado com as cores e sons da publicidade.
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Nunca aconteceu admirarem-se com os miúdos por serem capazes de ver o mesmo programa na TV vezes e mais vezes?
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"If you think about the world of a preschooler, they are surrounded by stuff they don't understand - things are novel. So the driving force for a preschooler is not a serach for novelty, like it is with older kids, it's a serach for understanding and predictability, "... "For younger kids, repetition is really valuable. They demand it. When they see a show over and over again, they not only are understanding it better, which is a form of power, but just by predicting what is going to happen, I think they feel a sense of affirmation and seld-worth."
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Parece uma ideia interessante.
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