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sexta-feira, outubro 14, 2016

Outro exemplo do ataque das fiambreiras

"Jobs [Moi ici: Jobs-to-be-done] can also help predict when an offering is likely to become unbundled. Clay uses the example of the New York Times, which at one point provided solutions to jobs such as looking for employment, selling your car, providing information about the weather, and of course providing news. When focused entrants such as Craigslist or Monster.com do those jobs better, more simply, or less expensively, the bundled offer starts to disintegrate."
Amanhã vou fazer uma apresentação para um grupo de empresas intitulada "Granel, fiambreiras e rouxinóis". A certa altura vou referir o exemplo de Bruce Jenner (aka The New York Times). Medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Montreal em 1976 no decatlo (uma disciplina para generalistas) com as marcas de:
  • 10,94 s nos 100 m
  • 15,35 m no lançamento do peso
  • 68,52 m no lançamento do dardo
Entretanto, nos mesmos Jogos Olímpicos, os especialistas que ganharam a medalha de ouro tiveram as seguintes marcas:
  • H. Crawford com 10,06 nos 100 m
  • U. Bayer com 21,05 m no lançamento do peso
  • M. Némete 94,58 m no lançamento do dardo
Muitas empresas, como relata o trecho com o exemplo do jornal, estão habituadas a serem generalistas. O problema é que cada vez mais aparecem empresas-especialistas, empresas-fiambreiras, as salami slicers que se especializam a servir um tipo específico de oferta para um segmento específico da procura.
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E a sua empresa, é fiambreira ou generalista?


Trecho retirado daqui.

terça-feira, agosto 16, 2016

Balanced Scorecard (parte III)

Parte I e parte II.
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Escrevia no final da última parte: Quando os negócios correm mal a tentação é fazer uns descontos e tentar seduzir clientes por essa via. Normalmente essa é uma via que acelera o caminho para a desgraça.

1.Então, começo a minha intervenção demonstrando o perigo dos descontos introduzindo o Evangelho do Valor. Fazem-se os descontos e os clientes ganhos nunca compensam a perda de receita e a situação ainda se agrava mais.

2.Depois, dedico-me a destruir a Torre de Babel em que as cabeças da gestão estão encerradas: a crença de que só existe um tipo de cliente, o que valoriza o preço acima de tudo. Começo pelos 3 extremos, pelas 3 propostas de valor de Treacy e Wiersema, ou de Porter e mostro a impossibilidade de tentar ser bom para todos ao mesmo tempo, chegando a esta figura do livro:
E referindo o precioso esquema de Terry Hill que usei aqui:
3.Chega o momento de introduzir o tema da polarização dos mercados, para tirar ilusões quanto ao mercado do meio-termo. Ou se é bom num extremo ou no outro, tentar ser carne e peixe ao mesmo tempo não resulta. Aquilo a que chamo tecto de vidro do desempenho das PME.

4.Para finalizar apresento a curva de Stobachoff, a metáfora de Bruce Jenner e os salami slicers. Tudo no sentido de despertar a necessidade de fazer escolhas: quem são os clientes-alvo?

5.Agora depois da destruição dos mitos estão criadas as condições para começar a construir algo. Se a empresa existiu até agora é porque fez alguma coisa bem. Precisamos de encontrar essa coisa boa e verificar se pode ser o alicerce para uma nova vida.

Continua.


terça-feira, agosto 09, 2016

Outro flagrante da vida real

Ontem de manhã, ao passear pela zona dos acessórios informáticos da FNAC no Gaiashoping em Vila Nova de Gaia, o meu filho mais novo chamou-me a atenção para um mundo que eu desconheço, o mundo dos "gamers".
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Interessante, lado a lado, quase literalmente, pude ver:

  • Teclado HP K1500 por 14,99€; e
  • Teclado BlackWidow Chroma da Razer por ... 199€
E, também:
  • Rato Logitech M90 por 11,99€; e
  • Rato Naga Chroma da Razer por ... 99,99€
Isto é o Estranhistão!
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Diferentes tribos procuram e valorizam coisas diferentes. 
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Para que tribo trabalha a sua empresa? 
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A maior parte das empresas ainda não fez uma escolha. Ainda tenta ser um Bruce Jenner num mundo com cada vez mais salami slicers.
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Quando vai a sua empresa deixar essa ilusão legada pelo século XX de que os clientes são basicamente todos iguais e, procuram e valorizam o preço acima de tudo?

quarta-feira, julho 27, 2016

"Granel, Fiambreiras e Rouxinóis"


Eis o título de uma apresentação que vou fazer depois de Agosto, no âmbito de um encontro de empresários abordando os seguintes tópicos:

  • A necessidade de fugir do "granel instituído" e evoluir para práticas de gestão mais modernas: segmentação do mercado; diferenciação e especialização; actividade comercial proactiva;
  • A necessidade de apostar no marketing para relacionar preço com valor e não com custos; para diferenciar as empresas e ensinar os clientes a comprar;
  • A possibilidade de usar as redes sociais como veículo de promoção moderno e económico. Exemplos e objectivos.
Nunca pensei que o título passasse.
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Uma outra alternativa, que não tive coragem de enviar era: "Transsexual, Fiambreiras e Rouxinóis"



sexta-feira, julho 01, 2016

Especialistas versus generalistas

"As we’ve previously discussed in analyses of startups unbundling Procter & Gamble, unbundling the bank, or even unbundling PetSmart, emerging companies often focus on tackling specific categories or verticals, rather than attacking incumbents broadly (hence the term “unbundling”)."
Lindo! Belo!
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Os "Salami slicers" e "A sua empresa tem cada vez menos espaço para ser um Bruce Jenner" a funcionar. A propósito da Procter & Gamble recordar a série "Porque não somos plankton (parte V)"

Trecho retirado de "Disrupting The Auto Industry: The Startups That Are Unbundling The Car"

segunda-feira, junho 13, 2016

Acerca da banca do futuro (parte II)

Parte I.
"Os bancos têm uma estrutura de custos muito grande. Estão metidos num tsunami e não é por culpa deles. Têm muitas agências bancárias para as necessidades, por exemplo. As fintech são uma ameaça, mas se a Google, a Amazon, o Facebook e a Apple (GAFA) começarem a fazer crédito ao consumo é uma chatice. As gerações mais novas mais depressa pedem um empréstimo ao Google do que a um banco.
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O que podemos esperar da banca portuguesa nos próximos dez anos?A decisão mais rápida é colaborar com as fintech. Não há condições para comprar estas startups. Não fazer nada também não é solução, a tecnologia já demonstrou isso. A banca vai ter de perceber que as fintech têm um ritmo muito acelerado, em que o foco é o cliente."
Claro que o artigo cheira a publicidade encapotada mas é a vida, e não deixa de ser verdade. Os salami slicers esmagam os Bruce Jenner de cada sector.



Trecho retirado de "Jovens "mais depressa pedem um empréstimo ao Google do que a um banco”"

sexta-feira, janeiro 01, 2016

Um exemplo da polarização do mercado


A isto que se segue aprendi a chamar de polarização do mercado no artigo de 2005 que refiro em ""Listen very carefully, I shall say this only once."" e continua válido e cada vez com mais força à medida que Mongo se entranha:
"For several years, I have been paying close attention to the emergence of the global low-cost gym segment. I understand the business model and how they compete to win customers and the pressure they apply to many ‘legacy’ or established operators. However, it was only after taking a step back that a broader perspective emerged and I realised that mature health and fitness markets seem to be bifurcating or forking along two distinct pathways, which I describe as ‘self-service’ and ‘supported’.
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Many consumers have steadily been taking control of activities once outsourced to others – selfscanning groceries, using apps to book hotels and flight tickets – and enjoy the empowering feeling of serving themselves. Low-cost gyms have very effectively tapped this phenomenon, attracting members seeking a ‘narrow’ fitness experience who are competent exercisers and content to serve themselves. However, perhaps less evident is the second ‘supported’ pathway, where  customers seek and pay for a more guided experience. This is where the very best micro gyms and studios are to found, purposely engaged in helping customers reach a desired health and wellbeing aspiration. So one pathway serves up outputs (facilities, equipment, programmes etc) and the other outcomes (creating a meaningful difference in a member or customer’s life).
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If a club is stuck between these two pathways it is a vulnerable position [Moi ici: Stuck in the middle] because it creates a sense of confusion, not just among existing and new members, but also staff and other stakeholders. Also the experience the member receives may not be aligned with the price – members may feel they receive little or no valued support and yet are paying two or three times more than a low-cost, self-serve
experience. Journalists, if at all interested in the business, would also struggle to understand what the club believes in and what it excels at.
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An interesting trend which is presently better evidenced in the United States is the growing number of consumers choosing to hold membership of multiple clubs or instead opting for a ‘pay-as-you-train’ relationship taking advantage of class and gym pass booking platforms
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It suggests that some consumers are seeking a more open relationship with fitness providers, one based on a ‘best-in-class’ approach to their health and fitness regime. This means they ask themselves ‘where is the best indoor boot camp experience in Boston on a Thursday evening?’ – not the closest, but the best. This phenomenon begins to erode the idea that a single fitness operator can ‘monopolise’ a consumer’s health and fitness experiences."
E a sua empresa, também está atolada no pântano da indefinição?
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Também precisa de um choque ao estilo de Mateus 10, 34-36?
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Talvez possamos ajudar.

Trechos retirados de "Health club industry mid-market report – investigating how brands are repositioning in an era of rising competition" (Researched and written by Ray Algar, Managing Director, Oxygen Consulting, UK. December 2015).

Começar 2016 olhando em frente!


Qual a melhor maneira de começar 2016?
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Olhando para a frente!
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E o que é que encontramos pela frente?
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MONGO!
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Sim, essa metáfora que uso sobre o mundo económico para onde nos estamos a entranhar, o Estranhistão.
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Em "2016 Food Trends: Being Brand Agnostic, New Proteins, Delivery Shifts and 5 more" julgo que encontramos muitas das características desse mundo:
"Trend #1. Agnosticism" [Moi ici: Aqui estou um bocado dividido e tentado a discordar do autor. Em Mongo teremos dois caminhos, ou entregar o produto ou serviço básico (estilo "Grab & Go") ou co-construir a experiência. As marcas grandes optaram há muito pelo básico e, por isso, serão vítimas daquilo a que chamo radioclubização ou hollowing e os clientes nada sentirão por elas. As marcas que optam por co-construir a experiência, por servir uma tribo, terão cada vez mais força, talvez não a força dos números grandes, mas a força dos Davids]
A tendência que se segue é tão Mongo:
"Trend #2. Have it your way...
personalization will become pervasive...
Food retailers will need to curate their offerings, and understand what all of their customers’ wants and desires truly are [Moi ici: Isto fez-me lembrar o falhanço da Papelaria Fernandes... algures no tempo quiseram fazer uma mini loja Staples, sem máquinas, num espaço caro e visitado por outro tipo de público... BTW, foi outra prova do tempo que foi superada] if they will remain in business and grow and compete with online sellers who continue to hone their algorithms and offerings based on purchase history." [Moi ici: Confesso que não tenho grande receio dos algoritmos, nos próximos anos, se houver humanos do outro lado. Em Outubro recorri ao Booking para reservar um quarto de hotel em Almeirim, por causa de uma visita de trabalho. Desde então, não voltei a precisar de dormir em Almeirim. No entanto, já recebi 17 e-mails parvos a oferecer-me "ofertas de última hora para Almeirim"]
Em Mongo além da tribo e da personalização: a localização, a proximidade, a autenticidade e o DIY:
"Trend #3. Bioregions:
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“Local” has been one of the biggest trends in the supermarket aisles for almost ten years.
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A recent study by A.T. Kearney found that women and (with?) children – are willing to pay more for locally produced food. The ultimate in local? Growing lettuces, herbs and yes even kale in your own kitchen year-round without herbicides."
Salami slicers?
"Trend #4. Micro-stores:
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Far from the everything-and-the-kitchen-sink hypermarkets, look for smaller, neighborhood grocers to spring up. These stores, such as ALDI (with over 1,400 locations in the U.S. and counting), Bfresh in Boston, Green Zebra in Portland are more relaxed, attentive and curated, with a heavy emphasis on products that Millennials yearn for, and buy. Excellent private and exclusive brands with prices that this generation can afford."[Moi ici: Recordar o que escrevi acima sobre o agnosticismo da tendência 1. Recordar o TOO BIG TO CARE]
O que é que a loja disponibiliza, produto ou experiência? Produto ou saúde? Ainda me recordo, numa longínqua vida passada de engenheiro, achar que uma PME nunca precisaria de um marketeer. Hoje, sentir que não precisa é o que me faz espécie. E as mercearias do futuro precisarem dos serviços de nutricionistas?
"Trend #5. A new way of eating:
...
unless your store can disrupt the pattern by offering retail dietitians, health fairs and a 24/7 source of unbiased food and health information. In 2016 we will see new kinds of proteins that are more sustainable and affordable than animal sources. Algae, nuts, vegetable, yeast and even insects will be used as ingredients to up the protein punch and we will see development of new healthier profiles
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Look for an emphasis on “less is more” – fewer ingredients, and many more products touting their “free from” claims – free-from growth hormones, free-from GMOs ..."
Algo que julgo está muito mais atrasado em Portugal, o à vontade da compra online:
"Trend #6. Evolution of the millennial generation:
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There are now more Millennials than Baby Boomers and although they got a late start in their careers they are now earning dollars, getting married and moving out of their parents homes. Millennials garner a lot of attention, and they buy very differently. There is no difference to buying online or in a store."
Também neste sector a explosão do "home delivery":
"Trend #7. A delivery shift:
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It already feels as though you can order any food at any time and have it delivered in a flash, and that trend will only increase. One major change is that people of all age groups are willing to pay extra for that service."
Por fim, é a experiência da compra ao contexto da sua confecção e usufruto:
"Trend #8. Technology to the rescue:
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In every way, from supply chain to point-of-sale systems to loyalty and more, technology continues to affect the food retail industry, and there’s no chance of that stopping. But as so many technologies flood the market, some of them aren’t that reliable. Retailers should be certain they have accurate and relevant information on their websites and apps, so shoppers don’t have to go to other sources – that may mislead. We cherish our mobile devices, and believe everything that is on the screen. The opportunity to retain a shopper relationship will come through information, service and empowerment. Now more than ever we need to equip store level personnel with information and technologies that can answer the questions that shoppers have. To create a food experience like no other with tastings and classes. To truly be the center of a community.
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What will 2016 be like? More mobile. More delivery. More artisan. More curated. More delivered. More nutrition. More expensive."

quinta-feira, dezembro 31, 2015

Salami slicers

Salami slicers!
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Não, não os da figura, antes uma metáfora.
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Ontem, aprendi mais uma metáfora, a dos salami slicers.
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Lembram-se da série sobre o tecto de vidro? Recordar "Tecto de vidro? Uma hipótese de explicação (parte XVIII)" acerca das empresa que param de crescer, que estagnam, que têm rentabilidades de caca porque não se focam, porque querem servir tudo a todos. No mesmo sentido também esta outra série "Assim, talvez ter inimigos entre os clientes ou ex-clientes seja bom sinal (parte II)".
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Já perdi a conta às dicussões com empresários que acham que a sua empresa tem de ser uma espécie de one-stop-shop.
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- Ó Carlos Cruz, temos de ter tudo, não podemos deixar que os clientes tenham de ir à concorrência buscar algo que não temos no portefolio!
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Quem são os salami slicers?
"The idea of a multipurpose or ‘generalist’ club that provides a broad range of services under one roof being slowly ‘salami-sliced’ by nimble and highly focused substitutes should be front of mind for those responsible for navigating a club’s future.
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What is a salami-slicer?
A highly specialised fitness offering which excels in one thing that attracts away a significant minority of members from a ‘generalist’ club that provides a broad range of services under one roof.
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The new reality is that consumers do not just ‘like’ these salami-slicers, they ‘love’ them, which means the bar for all other providers is rising."
Um conselho importante:
"What advice do you have for independent club operators who feel their business being salami-sliced and threatened by an increasing number of competitors?- CR Get brutally self-aware of your business. [Moi ici: Esta capacidade de olhar friamente para o que se está a passar no negócio, de não estar com paninhos quentes e águas mornas. Esqueça a treta socialista do feel-good, como consultor, não lhe trago pancadinhas nas costas, vou mais por Mateus 10, 34-36] To do that, seek feedback from current, previous and potential members and analyse usage, financial, competitive and business data to understand the strengths, weaknesses and opportunities for your business. Once you have that information, put together a candid, smart, creative and savvy team to devise strategy and tactics for your business to thrive. Moderate that room with a whiteboard, no hierarchy and little regard for the status quo."

Trechos retirados de "Health club industry mid-market report – investigating how brands are repositioning in an era of rising competition" (Researched and written by Ray Algar, Managing Director, Oxygen Consulting, UK. December 2015)