segunda-feira, maio 30, 2011

Acerca do trabalho de consultoria (parte II)

Continuado daqui.
.
Hilary Austen no seu "Artistry Unleashed continua, até ao fim, a ser uma boa fonte de reflexão:

“A person building a Knowledge System that is progressive builds it on a foundation of curiosity and a focus on qualities that this curiosity makes possible, rather than on the certainty of what he or she already knows. (Moi ici: Faz-me lembrar uma conversa que tive há anos com uma pessoa da área da Psicologia. Quando alguém acaba um curso universitário só tem certezas. É claro que tem dúvidas mas são sobretudo acerca do mercado de trabalho, não sobre o que aprendeu. Crescer profissionalmente e crescer como pessoa, o amadurecer que a idade traz, é ser capaz de lidar com a incerteza, é ser capaz de, como escreve Roger Martin em “The Opposable Mind”, ser capaz de manter e viver com pensamentos opostos no mesmo cérebro: “to hold two conflicting ideas in constructive tension”-is an intellectually advantageous evolutionary leap through which decision-makers can synthesize “new and superior ideas.” É ser capaz de esquecer os “ismos” e concentrar a atenção num caso particular, sem receitas pré-concebidas)
There are no clear answers, only fruitful understandings. (Moi ici: Como escrevem alguns amigos: “BRUTAL!!!”)
Thinks of her practice as ‘organic’ because it develops and re-forms as she finds ways to ‘make things work’.
She is not interested primarly in pushing clients toward finding right answers, but rather in ‘moving ahead, making headway, or carrying the ball one step further.’ Instead of setting established destinations, she ‘wants to engage them in a rigorous kind of messing around that generates a good direction and several candidate ends-in-view.’ (Moi ici: Até porque não se trata de resolver um puzzle, algo com uma solução à espera de ser revelada, de ser encontrada. Aqui não há soluções à priori, há soluções que se constróiem tendo em conta a paisagem competitiva e as pessoas que vão agir)
Her destination emerges as ends and means interact; that is, as she, her clients, and the situation interact.

Out of this creative conflict and rigorous messing around, Diana and her clients must generate ends they believe will get them where they want to go; that is, strategies, solutions, and decisions and choices about what to do. (Moi ici: Como a história do mapa que Karl Weick me contou acerca do sensemaking em “Estratégia, mapas errados e self-fulfilling prophecies” ou Liderança = energia + movimento)

“Communication is the economy.”

Recortes retirados de um artigo com mais de 10 anos mas que continua actual "Innovating Our Way to the Next Industrial Revolution de Peter M. Senge e Goran Carstedt":
.
… in the world that is emerging, “Communication is the economy.” (Moi ici: Isto faz-me lembrar isto “Os ignorantes só percebem do preço)
From Things to the Value Provided by Things “Production is increasingly not where value is created,” (Moi ici: Isto custa a entrar na cabeça dos políticos, macro-economistas, académicos e associações empresariais. Marx estava errado! Não é a quantidade de trabalho que dita o valor de um bem na mente de um potencial cliente) says Ting Ho, vice president of strategy for global-logistics Internet startup Zoho. “The traditional company produced something that it then had to sell. Today, we must understand a customer and serve a genuine need.” (Moi ici: Isto é, temos de começar pela procura, não pela produção ou pela cadeia de fornecimento, temos de começar pela restrição: pelos clientes-alvo)
At the heart of the industrial-age growth machine was a kind of mass hypnosis — convincing consumers that happiness meant owning a new thing. A new washing machine. A new computer. A new car. However, people do not want a hunk of steel in the driveway. They want the benefits it provides —whether they are tangible benefits like transport or intangible benefits like freedom or fun.
What does it mean to create new business models on the basis of that understanding?
The shift from “the value is in the stuff” to “the value is in the service the stuff provides” also may lead to a radical shift in the concept of ownership. Swiss industry analyst Walter Stahel and chemist Braungart have proposed that, in the future, producers will own what they produce forever and therefore will have strong incentives to design products to be disassembled and remanufactured or recycled, whichever is more economical. Owning products forever would represent a powerful step toward changing companies' attitudes about product discard.
Such ideas signal a radical shift in business models, one that will not come easily. It starts with how a company thinks of itself in relation to its customers: as a producer of things people buy or a provider of services through products made and remade?
From Producers and Consumers to Cocreators of Value (Moi ici: Confesso que ainda não tinha lido este artigo quando escrevi isto “Valor bruto originado através da co-criação cliente-fornecedor) Focusing on the services provided by products also shifts the very meaning of “customer.” Customers are no longer passive; they are cocreators of value(Moi ici: Os clientes há muito que deixaram de ser passivos, a partir do momento em que existe excesso de oferta eles podem fazer escolhas. Uma escolha é um prémio, e premeiam quem mais os favorece)Thirty years ago, futurist Alvin Toffler coined the term “prosumer,” people who actively participate in generating the value they derive from any product. “Today, prosumers are everywhere,” says Kelly, “from restaurants where you assemble your own dinner to medical self-care arenas, where you serve as doctor and patient.” As Kelly says, the essence of prosumerism today is that “customers have a hand in the creation of the product.”

Lapidar e verdadeiro

Segundo o blogue (Im)pertinências, a 5 de Agosto de 2004, o professor João César das Neves no programa «Negócios da Semana» na SIC Notícias terá dito:
.
"A economia depende dos dez milhões de portugueses e não dos duzentos palhaços que vão à televisão falar de economia"
.
E eu acrescentaria, nem dos quinhentos outros que escrevem nos blogues.

domingo, maio 29, 2011

Perguntas fundamentais

A questão colocada em "La trampa de la deuda" vai ao âmago do desafio:

"Para reducir el déficit “realmente” tiene que suceder una de estas dos cosas (o las dos a la vez): incrementar el PIB (sin aumentar la Deuda) o reducir la Deuda (sin decrementar el PIB). El déficit se combate idealmente con superávits, pero una vez metidos en el círculo vicioso de más deuda (nueva) para saldar la vieja deuda, lo peor que puede pasar es olvidar su relación de interdependencia: no basta con no endeudarse (más), hay que crecer (más).

Ahora bien, ¿podemos crecer (más) sin endeudarnos (más)?"

Políticos em campanha eleitoral



Quem é o que mais sabe o que é a pobreza.

Outra forma de aconselhar o by-pass ao país

O by-pass ao país tem a vantagem de diminuir a necessidade de contactos com a gelatina pegajosa habituada a práticas pedo-mafiosas com as empresas.
.
Seth Godin, por outras palavras, chama a atenção para abrirmos a nossa mente e vermos o mundo de uma forma diferente:
.
"The media tries to report on the world economy or the national economy, or even the economy in Detroit or LA. This is easy to talk about, statistically driven and apparently important to everyone.
.
Alas, this has virtually nothing to do with your day, your job and your approach to the market. That's because geography isn't as important as it used to be, but more than that, it has to do with the fact that you don't sell to everyone, and the economy is unevenly distributed.
...
Economics used to be stuck in town. Now, as markets and industries transcend location, useful economic stats describe the state of the people you're working with and selling to.
.
If your segment is stuck, it might make sense to stick it out. It also might be worth thinking about the cost of moving to a different economy."
.
Há sempre, sempre uma alternativa à espera de ser co-criada.
.

Conselhos para o marketing B2B

A lista está aqui "7 Simple Principles of a Successful B2B Marketing Strategy":
.
"1.Targeting. Aim your marketing campaigns toward the people who most want to hear from you: Prospects with the same needs and demographics as your best customers.(Moi ici: Quem são os clientes-alvo? Concentração, foco, pontaria. Quem são os seus clientes-alvo? )
.
2. Relevance. In a noisy marketplace, people tune out messages that aren’t directly relevant to their interests. Know the needs of the business decision-makers you’re targeting and tailor your messages accordingly. (Moi ici: Qual é a proposta de valor? e o slide 4 de Alinhamento das operações e dos recursos com a estratégia)
.
3. Consistency. Marketing across all channels – from paid advertising to sales letters, from websites to face-to-face presentations – should support your brand positioning and consistently repeat the same key statements about who you are, what you do, and how you do it better than anyone else. (Moi ici: O slide 10 de   Alinhamento das operações e dos recursos com a estratégia)

.
4. Credibility. Business prospects need to trust and believe you to recommend you or buy from you. Back up your marketing claims with case studies, testimonials, and statistics to establish credibility and position your company as a trusted provider. (Moi ici: No mesmo slide 10 de   Alinhamento das operações e dos recursos com a estratégia o foco nos "Atributos técnicos" e na "Divulgação de informação sobre o desempenho das entregas")
.
5. Clarity. Get to the point with straightforward messages that prospects can easily understand and remember. Keep jargon and tech talk to a minimum.
.
6. Frequency. Prospects need to hear from you regularly and often to keep you top of mind. Be visible to be memorable.
.
7. Quality. Marketing campaigns and materials should reflect your company’s stature in your industry and commitment to quality. Going cheap can be expensive in the long run if it costs you the chance to make the sale."
.
Julgo que muitas empresas de design e comunicação abordam as nossas PMEs que não têm marca própria, que trabalham no B2B, oferecendo-lhes soluções mais adequadas para quem tem de comunicar para os consumidores, para quem está no B2C.
.
Claro, os empresários podem conhecer pouco de marketing mas acham as propostas absurdas e não as aceitam. As empresas de comunicação em vez de reflectirem, continuam na sua. Convenhamos, é muito mais sexy e trendy trabalhar para o mercado de massas, para ganhar nome e subir na escala de valor. Pessoalmente acho muito mais interessante focar um alvo limitado, não ser conhecido pelas massas, mas ser conhecido e reconhecido por esse grupo restrito de clientes e parceiros.

Subirás na escala de valor!

Se eu criasse um conjunto de princípios, à la Deming, para sintetizar o conjunto de vectores que podem ajudar as nossas PMEs a conseguirem passar para o nível seguinte do jogo competitivo, um deles seria este:
.
"Subirás na escala de valor!"
.
Por isso, é sempre com satisfação que encontro nos jornais relatos de experiências em curso, verdadeiras acções de exploração (exploration, para não confundir com exploitation de March ), talvez fique mais claro com: acções de expedição.
.
"Peixe-espada-preto vem também em conserva"
.
O artigo é curto mas permite focar alguns pontos importantes:
.
"As latas vão surgir nas prateleiras das lojas gourmet (Moi ici: Fazer o by-pass à grande distribuição. A grande distribuição é cega só vê preço, esquece que é visitada por gente de todas as bolsas. Introduzir um produto inovador pela via da grande distribuição é ter pressa de ter volume. Só que o negócio desta inovação não é o volume) com a designação "Conservas de Peixe-Espada-Preto, em Azeite", abaixo dos cinco euros (o preço ainda não está definido) (Moi ici: Comparar com as sardinhas em óleo a 0,60 cêntimos, não é o mesmo campeonato! É assim que fica claro que o negócio do volume é trabalho muito trabalho na passadeira do ginásio, é esforço, muito esforço, que nos deixa sempre no mesmo sítio, que muitas vezes nos deixa anorécticos e à beira da morte. Muito trabalho, muito ritmo, muito risco e ... lucro raquítico. Produtos inovadores bem sucedidos significam margens maiores, significam ganhar mais, trabalhar menos, ter menos risco, ser mais senhor do seu destino), numa ideia tripartida entre a ArtesanalPesca (cooperativa que fornece o pescado), Conservas Nero (responsável pela confecção da iguaria) e a SSB( R ), (responsável pela criação da imagem da embalagem e comercialização do produto)." (Moi ici: É a isto que chamo criar relações amorosas que fogem aos esquemas lanchesterianos que só concebem manobras lineares)

sábado, maio 28, 2011

Transformações

Segunda-feira passada, enquanto esperava por companhia para o jantar, dei algumas voltas para cima e para baixo da Avenida Duque de Loulé em Lisboa. A certa altura constacto, com surpresa, que vai abrir uma pequena loja com a marca Office Pack.
.
Conheço lojas Office Pack em retail-parks pouco frequentados em VN Famalicão e em Pedroso (VN Gaia), e uma loja num espaço muito frequentado em Taveiro (Coimbra) aí já fechou.
.
Logo a minha mente começou a dar toques com a ideia para a apreciar... combater de igual para igual com a Staples... não me parece viável.
.
Então, lembro-me da história dos hipermercados. Chegaram, instalaram-se na periferia das cidades, e acabaram com o comércio de proximidade.
.
As cidades desertas tornaram-se atractivas para um novo tipo de comércio: desde o Minipreço ao Pingo Doce e Modelo.
.
Fazendo o paralelismo, talvez faça sentido esta experiência da Office Pack, lojas pequenas muito mais próximas dos clientes, com inventários muito mais ajustados às necessidades desses clientes que podem ser diferentes em função da localização geográfica e tipologia de clientes.
.
Não voltei a pensar nisto até dar de caras com este título na net "Pequenos centros comerciais começam a ganhar terreno aos grandes shoppings" e acrescentar que é uma forma de reduzir o custo de expansão da marca, lojas pequenas, menos renda, menos inventário, menos pessoal, mais candidatos a franchising.

Acerca do trabalho de consultoria

"The single distinguishing feature that makes artistry artistry, and not something else, is your ability to use qualities to help you solve enigmatic problems. This is qualitative reasoning, the reasoning that practicioners use to take initiating qualities and turn them into products and outcomes with ‘total qualities’ they approve.

This reasoning is rooted in the unity artists achieve with their medium. (Moi ici: Sem esta unidade, sem esta comunhão, quem está de fora acha estranho, está cego, não vê nenhuma hipótese de saída, não vê alternativas) Qualities, rather than symbols or quantities, are the elements artists manipulate through reasoning. However, in the face of enigmatic problems qualitative reasoning is useless if your Knowledge System is too rigidly held. What you need is a Knowledge System thar can reformulate in response to the qualities you experience rather than one that simply imposes itself on the medium. (Moi ici: De nada vale... de pouco vale a experiência, se não está acoplada a uma mente que se interroga, que se questiona, que testa os seus modelos mentais confrontando os resultados reais com os resultados esperados da simulação que o modelo mental permite fazer. Muitas vezes, uma ajuda externa pode permitir simplesmente deitar abaixo uma parede que não permitia ver um mundo de oportunidades, como o frágil fio prende o elefante adulto.)

First, when you use qualities, your sensitivity, your judgment, and your involvement make the work what it is. In essence, you become part of the instrumental means by which problems are strctured and resolved. (Moi ici: Por isso é que um consultor só pode ser um facilitador, falta-lhe a especificidade da vida daquele agente no mercado. Pode tentar percebê-la, pode tentar enquadrá-la na paisagem competitiva em mudança)
Second, because enigmatic problems are what they are – that is, means and ends are interwined and evolving simultaneously – you as part of evolving means will change in unison with the evolving ends you have in view.
Third, different practitioners with different Knowledge Systems will experience and reason with qualities differently. This potential variety means you will be fashioning a personalized way of working and generating unique outcomes." (Moi ici: E a necessidade de Mongo surge em todo o seu esplendor, como resultado da interacção entre diferentes agentes a actuar num mercado)
.
Trechos retirados de "Artistry Unleashed" de Hilary Austen

Fugir do vender, vender, vender

Uma lição que muita gente ainda não aprendeu: Volume is Vanity, Profit is Sanity.
.
"Almost all entrepreneurs have the sales mentality when they first go into business. They want to see sales go up every month, every day, every hour. I myself didn't care about anything except our weekly sales figures. My investors were the same way, and many of them were accountants. They never asked me about profits. All they wanted to know about were sales. That's the sales mentality. It's the idea that you should focus all your attention on making sales, and it's very dangerous, especially when you're operating out of your basement on a shoestring. (Moi ici: Também se traduz em Qimondas que importavam e custavam mais do que exportavam, com valor acrescentado negativo)
.
Why? Because sales do not equal cash, and cash is what you need to survive. You run out of cash, you go out of business. End of story. It all goes back to the fundamental reality that you are working with limited capital. (Moi ici: Isto é muito importante, nos últimos 40 anos o preço do dinheiro veio sempre a cair. E a partir de agora vai ser sempre a subir. Aquilo que se podia fazer e investir com dinheiro a taxa de juro zero não é o mesmo que se pode fazer com dinheiro caro, ponto) If your gross profit is not enough to cover your expenses, you have to dip into your capital to make up the difference. You dip too much, and pretty soon you run out. Out of that reality comes the two most important rules for every new business. Number one, protect your capital. Spend it only on things you are certain will generate positive cash flow in the short term. Number two, maintain the highest monthly gross-profit margin you are capable of achieving. Do not go after any low-margin sales.
.
You probably think these rules sound simple enough, but it takes discipline to follow them. It's very easy to go off on tangents, mainly because of the sales mentality."
...
"The sales mentality gets in the way by substituting a short-term goal, making a sales target, for the long-term one: determining viability. (Moi ici: Então nós, latinos, somos bons nisto da ditadura do curto-prazo. Ás vezes penso que as religiões criaram o conceito de Diabo para combater a ditadura do curto-prazo, para impelirem à poupança, à temperança, ao longo-prazo) So what if you have a series of bad months? Those results could be telling you something-that the business isn't viable, or that you're not keep rising and you can collect before you pay. Trouble is, you also have more payables than you can handle.
...


The sales mentality gets in the way by substituting a short-term goal, making a sales target, for the long-term one: determining viability. So what if you have a series of bad months? Those results could be telling you something-that the business isn't viable, or that you're not capable of selling at a high enough gross margin to achieve your goal. If so, you should pay attention.
.
The usual alternative is to delude yourself with a series of high volume, low-margin months. It's easy. You just drop your price below your competitors', and you can make all the sales you want. You'll think you're doing fine. (Moi ici: Faz-me lembrar a academia que só conhece a alavanca do preço) You won't run out of cash as long as your sales keep rising and you can collect before you pay. Trouble is, you also have more payables than you can handle. You're bankrupt, and you don't know it. All of a sudden, you hit a couple of bad months, your cash disappears, and you lose everything. It happens all the time. The way to avoid that fate is to follow the rules and watch the numbers. If you watch closely enough, a picture begins to emerge. You can actually see what's going on. You can feel it. The picture gets clearer, and the feeling gets stronger, until you realize that you're going to make it-or that it's time to try something else."
.
Trechos retirados de "The Knack - How Street-Smart Entrepreneurs Learn to Handle Whatever Comes Up" de Norm Brodsky e Bo Burlingham.

Gente louca que quer mais uma oportunidade

Quando um particular age assim "Portugal é como uma empresa que não teve dinheiro para comprar máquinas", quando um particular gasta tudo o que tinha na construção do pavilhão, das instalações e, depois, já não tem dinheiro para comprar as máquinas que podem criar riqueza que pague tudo o que gastou, o que lhe resta?
.
Procurar comprador e vender!
.
Suicidar-se!
.
Alugar!
.
Emigrar para pagar as dívidas!
.
Ser despejado!
.
Convencer alguém com dinheiro de que agora é que "vai for" para lhe emprestar mais dinheiro!
.
Será que este particular tem emenda?
.
Não esquecer que personagens, como este senhor Nabo, na Islândia não teriam um futuro nada risonho, se calhar até aos quadrados:
.

sexta-feira, maio 27, 2011

A jangada de pedra

Dum lado a balda do euro, do outro a Liga Hanseática.
.
"Marshall Auerback: To Save the Euro, Germany Has to Quit the Eurozone"

F - A_L - I - D - O - S! Qual é a parte que não percebem?!

"Souto Moura e Siza Vieira disponíveis para remodelar Estádio nacional".
.
F - A_L - I - D - O - S! Qual é a parte que não percebem?!
.
Onde é que estas pessoas vivem? Para eles o dinheiro cresce nas árvores, só pode!!!
.
Gastar uns milhões num campo da bola que é usado 2 a 3 vezes por ano... brincamos!!!

Faço a pergunta: E se aumentasse o preço dos seus produtos?

Scott Mckain pergunta "WHAT IF YOU RAISED YOUR PRICE?"
.
Uma resposta positiva passa por seguir uma religião minoritária, passa por seguir o caminho menos percorrido, passa por:

E assim chegamos ao texto de March sobre D. Quixote ser um visionário. 
.
"Don Quixote defies ordinary conceptions of reality. He asks whether it is better to accept reality or to invent it, why should we not believe in Dulcinea and in a more beautiful world. (Moi ici: Criar um mundo onde se dependa mais da capacidade de criar valor, do que dos humores da concorrência) Don Quixote’s “madness” therefore consists of living in a world that he has created rather than in the one others experience and of not caring about the consequences of his action. (Moi ici: Privilégio de quem tem o locus de controlo no interior, de quem não precisa de fazer parte da maioria para se sentir integrado e protegido)
The logic of reality entails two aspects of relevance to a leader. On one hand, reality is complex and our knowledge of it is limited, so we are not sure whether a particular action will achieve our desired goal. This awareness can lead to paralysis (what is the point of doing anything if the results depend on chance?) or cynicism (what is the point of fighting for a better world if we are not certain of the effect of our actions?). On the other hand, reality can be created by action. (Moi ici: Se os media, todos os dias são povoados e servem de megafones para todos os desgraçados deste país, para todos os problemas deste país, então, criam uma realidade em que só existem desgraçados e problemas. Ninguém conhece os oásis escondidos, autênticos "Tzadikim Nistarim", ou como chama Hermann Simon "campeões Escondidos" que suportam este país, que dão emprego a milhares e milhares de pessoas e que não precisam do Estado para continuarem a prosperar. Sem referências de sucesso... não há exemplo. Por isso é que cada vez mais gosto desta revista)  It need not necessarily be taken as given. This extends to the discourse of a leader: Dulcinea is created by Don Quixote’s imagination. Reality is in part a social construction, and interpretation plays an important role in this construction."  (Moi ici: Não apelo ao cor-de-rosismo bacoco, não apelo à catequese de slogans. Convido ao exemplo de quem faz o by-pass ao país e de quem aposta, mesmo no mercado interno, na criação de valor e não na guerra do preço.)


Tanto a aprender com a biologia...

A economia é uma continuação da biologia!
.
Sem Estado, com os seus estímulos e apoio pedo-mafioso, um calhau abandonado a um frio inóspito consegue isto "The Antarctic island that's richer in biodiversity than the Galapagos".
.
Por isso advogo o by-pass ao país, o by-pass a uma economia socialista:
.
"Internacionalização das PME's: Se o Estado não atrapalhar...":

"Tem sido dada especial relevância nos últimos tempos ao incremento acentuado nos níveis da exportação de produtos portugueses nomeadamente os que são produzidos pela Indústria Transformadora Portuguesa (Moi ici: Apesar do nosso Estado).
...
No entanto, não é raro ouvir da parte dos empresários que esta opção surge também pelos enormes entraves que caracterizam o mercado português não só quanto à sua frágil dinamização actual, mas também no que respeita às enormes dificuldades burocráticas, fiscais e de ordem negocial que nunca se deveriam esperar da parte do Estado como parceiro no incremento da produtividade e competitividade das nossas empresas.

.
Por isso e não obstante o trabalho meritório desenvolvido pela AICEP, ficamos surpreendidos e algo chocados quando os nossos responsáveis políticos se arrogam como mentores do incremento das exportações, quando esta opção estratégica é o exemplo cabal do que a iniciativa privada é capaz de fazer se o Estado não atrapalhar..."

But it won't be soon enough for me

Há um filme da saga "O caminho das estrelas" em que a tripulação volta à Terra, no passado, e presencia o voo inaugural de uma tecnologia-protótipo.
.
Essa tecnologia deixa um rasto que leva ao primeiro contacto entre humanos e vulcanos.
.
Foi disto que me lembrei por causa deste vídeo.

.
Via @ZW3I
.
Ouvir este poema (sobretudo ao minuto 2:16)

Subir na escala de valor

Uma imagem e um texto que condensa um conjunto de conceitos relevantes para quem se preocupa com a criação de valor.
"The customer value accumulates as the satisfied needs advance from utility to psychic, as the customer benefits offered transcend tangibles to intangibles, as the nature of the relationship between the customer and the supplier develops from transaction to interaction, and as the customer treatment shifts from being a consumer to being a person. This accumulation of value may take one of four distinct forms that can be arranged from low to high as follows functionality; solution; experience; and meaning.
.
Functionality means an outcome that the customer obtains from basic (and facilitating) product features. Solution obtained by extending the offering to include support features that cover some of the activities the customer usually performs to, for example, acquire, install, use, and maintainthe product. Experience involves adding intangibles to the tangible offering of the firm. The customer becomes part of the transformation process rather than mere recipient of its end result. Experience takes into account not only the rational expectations of the customer concerning functional attributes of the product or service but more importantantly the emotional elements derived by the total experience.
...
Meaning magnifies the worth to the experience. It thinks the immediateness of the experience to the durability of strongly held personal philosophy. It takes the experience to new heights of self-actualization. The difference between experience and meaning is that the former can be understood as "living through" something; while the latter can be of as "living for" some purpose."
.
Trechos retirados de "Customer value: a review of recent literatura and an integrative configuration" de Azaddin Khalifa publicado na revista "Management Decision" Vol 42, No. 5, 2001.

quinta-feira, maio 26, 2011

Sem superavit não há palhaços forever

"Portugal não crescerá o suficiente para cumprir acordo, diz Medina Carreira"
.
Não é preciso ser bruxo!
.
Está escrito nas estrelas!!!

Inveja boa!

Sei que cá em casa seria ostracizado mas... que inveja!!!
.
"Viver no campo"
.
Acompanhar, sintonizar esses ritmos das estações é poético e reconfortante.
.
O final de Maio, por aqui, é anunciado pelas rosas-bravas na borda da estrada:
Se Abril foi o mês do perfume das flores dos citrinos.
.
Maio é o mês do perfume da bosta a ser espalhada nos campos, das nêsperas e alperces nas árvores, e dos primeiros mirtilhos.
.
Junho será o mês das ameixas e dos primeiros figos e pêssegos.
.
Julho será o mês das primeiras amoras que, por aqui, duram até ao 5 de Outubro.