sexta-feira, agosto 02, 2024

Curiosidade do dia

 

Arte, estratégia e epifanias

"Eisner is known most for being a champion of art in education. He argued that the de-prioritization of the teaching of art across the formal educational system is bad for students and for the world in general. 

...

Sadly, their fight (and mine too) has been like attempting to hold back the tide. Art was continuously deprioritized throughout Eisner’s career and has continued to be ever since. The things with greatest sex appeal in business today are data analytics and artificial intelligence (AI). Quants and coders dominate — and the education system has followed suit. It is sad but true.

...

Perhaps what was most outraging was that Eisner argued that it is possible to be rigorous in qualitative research. That is an anathema to most: rigor is associated solely with quantitative research. And I felt that way when I was first exposed to his thinking. But in due course, I came to appreciate that he was right and virtually everything I had been taught about rigorous analysis was substantially wrong.

It took me on a long journey of connoisseurship. For the three decades since, I have been working on my ability to make ever finer qualitative distinctions in my field of strategy. In some sense, I have been working to become a sommelier of strategy. That is, I want to be able to determine that this strategy is superior to that one in these subtle ways — like a sommelier can make distinctions between different wines. My task requires the ability to understand how qualitative dimensions relate to one another — i.e., this aspect of customers interacts with that aspect of competitor dynamics in this particular way.

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We are all taught to converge on the ‘right answer.’ If you get the right answer, you get a red check, a gold star, and/or full marks. The quest is for that singular right answer. It characterizes powerfully our entire educational experience.

In contrast, Eisner argued that in most domains of human endeavor there are multiple solutions to problems. There isn’t one answer that is obviously ‘right’ and the rest therefore ‘wrong.’ There are different solutions each of which with its own set of benefits and drawbacks."


Trechos retirados de "Artistry & Strategy" escrito por Roger Martin.

Recordar os postais neste blogue, ao longo dos anos, sobre a arte:

Por fim recordo as palavras do presidente do so-called Forum para a Competitividade e como se relacionam com a arte.





quinta-feira, agosto 01, 2024

Curiosidade do dia

 "A gestão da Inapa acusou o Governo de ter decidido deixar cair a empresa sem dados para tomar essa decisão. É justa a critica e, por outro lado, quanto é que o Estado arrisca perder numa liquidação da empresa? 

A situação da Inapa decorre da gestão da empresa. A empresa ViU-se com uma situação de ruptura de tesouraria na Alemanha e aquilo que o Governo fez foi defender o dinheiro dos contribuintes. Colocar dinheiro numa empresa, numa operação para proteger 800 empregos na Alemanha, não nos pareceu a melhor utilização dos dinheiros públicos, e não quisemos ter, ao contrário do Governo anterior, uma nova Efacec a sugar dinheiro dos contribuintes, a despejarmos dinheiro dos contribuintes nessa empresa. Veremos o que é que acontece, se há compradores para aqueles activos ou se a empresa segue um processo de insolvência."

Trecho retirado de entrevista com Ministro das Finanças, Miranda Sarmento, no jornal Público de hoje 

O princípio do empregador-pagador (parte II)

Externalidades Negativas são custos não reflectidos directamente no preço de mercado de bens ou serviços e que são geralmente suportados por terceiros não envolvidos directamente na transacção económica. 

No passado dia 30 de Julho no DN li "Febre dos frutos vermelhos gera milhões, mas paga impostos no estrangeiro". O artigo lista toda uma série de custos em que a sociedade incorre por causa de uma entrada elevada de imigrantes num espaço limitado.

"Desde que o Sudoeste Alentejano foi descoberto como o melhor lugar da Europa, tão bom ou melhor que os vales da Califórnia, para produzir frutos vermelhos, o setor não mais parou de crescer e o Concelho de Odemira nunca mais foi o mesmo. Atraídos pelo oásis alentejano de brisa atlântica, vieram as multinacionais que lideram o mercado mundial e chamaram muitos produtores nacionais, expandiu-se a área de cultivo para 12 mil hectares e importou-se mão-de-obra de forma massiva para um território que estava em risco de desertificação. De 2800 imigrantes em 2011, o número quintuplicou para cerca de 15 mil em dez anos e já equivalem a 37%, mais de um terço da população. ... Hoje, após mais de uma década de expansão e de investimento privado intensivo, o setor das frutas e legumes Made in Odemira é reconhecido no mercado internacional como um polo de excelência e representa negócios de mais de 300 milhões de euros anuais, sobretudo para exportação. O outro lado da moeda é uma transfiguração da paisagem e do tecido social do concelho, onde convivem 80 nacionalidades, de culturas e religiões muito diversas que, na sua esmagadora maioria, não falam Português e "exercem uma brutal pressão urbanística e em todos os serviços públicos", disse o presidente da Câmara Municipal de Odemira, Hélder Guerreiro, em entrevista ao DN.

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O Reagrupamento Familiar criou também pressão sobre os Serviços de Saúde, relacionada com a saúde materna", diz o autarca. "Tivemos de abrir cinco salas de aula em Brejão, Cavaleiro e São Teotónio, pois quase todas as semanas chegavam crianças, e também no Pré-escolar". O problema, como aponta o edil, é que "não temos funcionários públicos suficientes". No caso das escolas, por exemplo, "se tivermos uma turma de 20 alunos com 15 nacionalidades diferentes, como aqui acontece em Almograve, é complicado de gerir. Nesses casos precisamos de mais de um professor por turma".

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"Faltam agentes de segurança, mais 10 pessoas nas Finanças, três na Segurança Social, 14 na Saúde e quatro na conservatória, sem esquecer as escolas e a Autoridade para as Condições do Trabalho e ASAE, "porque a atividade económica precisa de Estado no território".

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Segundo o autarca socialista de Odemira, devido à acelerada metamorfose social do concelho, e à "dificuldade de aceder com facilidade aos Serviços Públicos", que agora têm uma procura cinco vezes maior, "a população local tem a sensação de que a sua qualidade de vida baixou, o mesmo acontecendo à coesão social".

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Mesmo que o setor retire mais de 300 milhões de euros anuais do solo abençoado que vai de Sines a Lagos, "os impostos pagos, a título de Derrama, são apenas da ordem dos 70 mil euros anuais", disse o autarca. O maior volume de negócios é gerado por multinacionais e, essas, "têm as sedes fora", o que significa que pagam impostos nos países onde estão sedeadas. Diferente é o contributo a nível de Segurança Social, mas essa coleta é feita a nível nacional e não municipal.

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Outra fonte de preocupação é a carência de habitação para a nova e acrescida procura. O município lançou um aviso no âmbito do Instituto de Reabilitação Urbana (IHRU) - para investir 15 milhões de euros em habitação, ao abrigo do PRR. "Mas não temos sinal de que venha a ser aprovado", disse Hélder Guerreiro. Do Governo, a autarquia reclama também melhores acessibilidades, nomeadamente ao litoral, para, por exemplo, encurtar a distância de um hospital."

Recordar o que escrevemos no passado Sábado, "O princípio do empregador-pagador."

Pensar nas empresas e na poluição que podem gerar. 

quarta-feira, julho 31, 2024

Curiosidade do dia

Li algures que em 2024 a SATA ainda tem várias lojas abertas, apesar de perder dinheiro, apesar dos clientes que a elas recorrem serem residuais. Agora que resolveu fechá-las parece que há uns partidos políticos preocupados com o seu encerramento.

Ninguém olha para os números? Parece que há anos que a medida está prevista mas nunca avança, será desta?

No futuro, em que negócio estar?

Ele há coisas ... há um mês escrevi este postal Cuidado com a miopia que terminei escrevendo:

"As empresas não devem definir-se de forma estreita pelo produto que fabricam, mas sim pela necessidade do cliente que servem. Para as empresas de componentes automóveis, isso implica:
  • Redefinir-se como "fornecedores de soluções de mobilidade" ou "especialistas em engenharia de precisão".
  • Encontrar aplicações das suas competências noutros sectores, como o aeroespacial, as energias renováveis ou a tecnologia médica.
...
Assim, à medida que a indústria automóvel evolui, é crucial que os fabricantes de componentes portugueses se expandam para além dos mercados tradicionais. Abracem o desafio de:
  • Explorar novos sectores.
  • Focar em produtos de valor acrescentado.
  • Inovar para outros sectores.
  • Redefinir a identidade do seu negócio, deixarem de ser meros fabricantes para se tornarem fornecedores de soluções, atendendo a necessidades mais vastas de mobilidade e engenharia.
Ontem, no JN encontrei, "Indústria automóvel aliciada a produzir para aeronáutica"

"O crescimento da indústria da aeronáutica a nível mundial e a vontade de Bruxelas de reduzir a dependência externa da Europa nesta área estão a levar os grandes fabricantes internacionais a desafiarem as empresas portuguesas de produção de componentes para o setor automóvel para passarem a produzir, também, para o setor aeroespacial. A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) confirma o interesse e tem condições para dar resposta.

...

O líder da AFIA explica que os empresários, fornecedores tradicionais do setor automóvel, estão a "enveredar por este caminho por necessidade de diversificação do negócio. Viram uma oportunidade. As margens de lucro são maiores na aeronáutica do que na indústria automóvel" ', concretiza ainda."

I rest my case.

terça-feira, julho 30, 2024

Curiosidade do dia

 

Recordar Ver para lá do que se conhece (parte III) ou manifestações em 3, 2, 1 ...

Picking winners

"Xi Jinping seeks "high quality" rather than "high speed" growth, [Moi ici: Hmmm, turismo] he told the Chinese Communist Party's Third Plenum, held last week to decide the country's economic policy over the next five years.
...
Mr. Xi seeks to apply this approach to technologically important and advanced sectors as part of his high-quality-growth mantra. The problem is that there is no escaping the iron laws of economics. The massive assistance that the government provided to Chinese firms on solar led to a predictable oversupply of panels domestically and in global markets. Even as global demand fell, Chinese companies ramped up production of panels to remain in business, and this was possible only due to even more subsidies worth billions of dollars. China did achieve its objective of dominating the global solar-panel industry. But applying this state-led approach to an ever-expanding list of advanced and green sectors will only worsen the problems of overcapacity, indebtedness and inefficiency  [Moi ici: Hmmm, rings a bell?] that Mr. Xi is seeking to alleviate.
...
If Mr. Xi really wanted to supercharge growth in productivity, wages and household income, he could do it through the systematic transfer of economic access and opportunity away from state-owned firms and nominated national champions toward the much more efficient and innovative private sector. But this would foster a powerful independent business class and undermine Beijing's greater goal of further centralizing power and economic activity under his command.
Finally, there is a broader problem that weighs on Mr. Xi's ambition. He openly criticizes predecessors for ideological laxness and impurity and for leaving China vulnerable to domestic and external threats. He insists that letting individuals and firms choose their paths will lead to national distraction and decay."

Trechos retirados do WSJ de 25.07 passado em "China Can't Evade the Iron Laws of Economics" 

segunda-feira, julho 29, 2024

Curiosidade do dia

No último podcast de Joe Rogan com Jordan Peterson, o #1280, a certa altura ambos concordam que tudo o que é bom, em demasia, transforma-se em mau.

A tragédia dos baldios...


De vez em quando escrevo aqui sobre o bicicletas, com o qual estou sempre em desacordo em termos económicos. Desta vez sinto que o bicicletas tem um ponto a favor dele, "Quando vamos assumir que o turismo se tornou um problema?" no jornal Público de hoje.

Mais do que um jogo de soma nula.

Acerca da baixa do IRC tenho escrito:

Quando oiço os políticos falarem sobre o IRC fico com a ideia que olham para o tema como um jogo de soma nula. Focam-se nas empresas que já estão a operar e nunca equacionam as empresas que podem entrar.


Por que é que as empresas vão para o Texas?
  • Menos burocracia: O Texas oferece um ambiente de negócios com menos regulamentações e burocracia em comparação com estados como a Califórnia.
  • Impostos mais baixos: O estado tem uma abordagem de baixa tributação, que é atraente para empresas que procuram reduzir seus custos operacionais.
  • Incentivos Económicos: O governo estadual criou vários programas de incentivos para atrair empresas, incluindo cortes de impostos e redução de litígios.
  • Custo de vida e operação: Historicamente, o Texas tem oferecido um custo de vida e operação mais baixo do que muitos outros estados.
  • Infraestrutura e recursos: Além de ser um grande produtor de petróleo e gás, o Texas também é líder em energia eólica e solar, além de possuir uma força de trabalho qualificada.

O que ganha o Texas com a chegada destas empresas?
  • Crescimento económico: A chegada de empresas grandes contribui para o crescimento do PIB do estado, que tem superado a média nacional.
  • Criação de empregos: A relocação de empresas para o Texas resulta na criação de empregos, tanto directamente pelas empresas que se mudam quanto indirectamente pelos negócios que surgem para apoiá-las.
  • Diversificação da economia: A presença de empresas de diferentes sectores, incluindo tecnologia, energia e serviços financeiros, ajuda a diversificar a economia do estado e a torná-la mais resiliente.
  • Aumento de receitas fiscais: Embora o estado tenha uma política de baixa tributação, o aumento no número de empresas e na actividade económica resulta em maiores receitas fiscais gerais.
  • Atracção de talentos: Com a chegada de empresas grandes, o estado torna-se um ímã para profissionais qualificados, fortalecendo ainda mais a força de trabalho local.
  • Desenvolvimento urbano: A migração de empresas e pessoas impulsiona o desenvolvimento urbano, levando à melhoria de infraestrutura e serviços em várias regiões do estado.
Nem a oposição nem o governo, sobretudo o governo, são capazes de olhar para a economia como mais do que um jogo de soma nula. Nem uma linha do lado do governo a defender o que pode mudar com a descida do IRC no sentido de criação de riqueza.

domingo, julho 28, 2024

Curiosidade do dia

O governo do País de Gales decidiu armar-se em Robin dos Bosques e começar a taxar os proprietários de segundas casas, com o objetivo de redistribuir a riqueza e resolver a escassez de habitação. Mas, como sempre, a realidade é mais complicada.

Em vez de ajudar os locais, os novos valores de imposto municipal criaram o caos. Os proprietários de segundas casas, nada interessados em pagar até 300% a mais, estão a inundar o mercado com propriedades, levando a um excesso de casas caras e inadequadas que os compradores de primeiras casas vez não querem ou não podem pagar. Portanto, em vez de casas de férias movimentadas que contribuem para a economia, agora há muitas casas vazias que ninguém compra.

Os locais estão frustrados, sentindo que o verdadeiro problema reside na incapacidade de se construir mais habitação social suficiente nas últimas três décadas. Ironicamente, os proprietários das segundas casas, que muitas vezes gastam mais na economia local, estão agora a ser afastados, deixando uma lacuna nos gastos locais. Os locais acham o vida demasiado cara para beber cerveja ou jantar fora de casa.

Amadores a jogar bilhar.

Ver "Town where taxing second homes has failed to turn the tide" no The Times de hoje.

Como se definem objectivos? (parte I)

Há tempos numa empresa perguntei como definiam as metas para os seus objectivos e fiquei chocado com a resposta.

Vou dar um exemplo com um indicador criado por mim para medir o desempenho dos atrasos nas entregas em 2023 numa empresa-exemplo:

Ou seja, uma taxa média de atrasos nas entregas de 27,5%. Um desempenho nada invejável. Reparar no pico superior a 45% e no mínimo inferior a 15%.

Olhando para este desempenho, se perguntássemos na tal empresa que objectivo propõem para 2024 a resposta provavelmente seria ... 

"- 15%."

Porquê?

"- Se já há meses em que conseguimos chegar a esse valor em 2023, se tivermos mais cuidado conseguiremos atingir os 15% em 2024"

Esta é a metodologia para definir a meta, o critério de sucesso, e a forma como se propõem atingir esse meta... tendo mais cuidado.

E as causas-raiz? E não há nada a mudar, só ter mais cuidado?

Continua.




sábado, julho 27, 2024

Curiosidade do dia

 

Et honte ?

 Ainda bem que preferi ver Hill Street Blues e o A-Team no canal RTP Memória

Sou mesmo um anónimo provinciano.

Em "The Strategy and Tactics of Pricing" de Thomas T. Nagle, Georg Müller e Evert Gruyaert os autores voltam ao tema da relação entre quota de mercado e lucro. Recordo a máxima que sigo desde 2006:
"Volume is Vanity, Profit is Sanity"
"A 1975 study conducted at the Harvard Business School using the PIMS (which originally stood for Profit Impact of Market Share) database of historical market performance of leading global companies had reported a strong, consistently positive, correlation between a company's market share and its relative profitability within an industry. In the Harvard Business Review, the authors proposed multiple plausible reasons why a larger market share could enable a company to operate more profitably. That led to an explosion of literature by marketing theorists and leading consultancies advocating aggressively low pricing as an "investment" in growth that would eventually create "cash cows" - exceptionally profitable revenue streams requiring little investment to maintain them.
Unfortunately, companies that adopted this approach to pricing more often than not found the theory, and the eventual profitability it promised, lacking. As the PIMS database grew, more nuanced relationships were revealed. Although a cross-sectional correlation between market share and profitability proved durable, the better predictor of financial success is determined by how a company invested to grow. Most importantly, it was shown that profitable companies are better able to invest in growth opportunities and subsequently enjoy long-term success. Reflecting this more accurate analysis, the PIMS organization cleverly redefined their acronym to stand for Profit Impact of Marketing Strategy.
Research by Deloitte Consulting LLP has brought further clarity to the relationship between growth and profitability. Deloitte compiled a time-series dataset of 394 companies, covering the period from 1970 to 2013 with exceptional, mediocre and poor performers matched by industry. The researchers defined "exceptional performance" as a company achieving superior profitability (return on assets), stock value, and revenue growth for more than a decade and sought to understand how a small minority of firms manage to achieve it. Their conclusion:
...a [near term] focus on profitability, rather than revenue growth or [stock] value creation, offers a surer path to enduring exceptional performance...-
So how do marketing and financial managers at exceptional companies achieve sustainable exceptional profitability? It is not the result of slashing overhead more ruthlessly than their competitors. In fact, Deloitte's data indicates that exceptional performers tend to spend a bit more than competitors (as a percent of sales) on R&D and SG&A. Their exceptional profitability and, eventually, exceptional stock valuations are built on higher margins per sale that fund initiatives to grow future revenues.
Unfortunately, many companies fail to understand that making sales profitably should be the first priority not an afterthought to a growth strategy."
Escrevo isto por causa de um texto que me foi enviado por mão amiga. Assim, no Linkedin encontrei estes números:

Global sportswear market share:

2013
  • Challenger Brands: 20%
  • Legacy Brands: 80%
2023
  • Challenger Brands: 36% 
  • Legacy Brands: 64%
E agora este pormenor:
Nike said in late June it would roll out sub $100 sneakers around the world.

A Nike reportou lucro líquido de 1,5 mil milhões de dólares no quarto trimestre fiscal de 2024, o que representa um crescimento de 45,6% face ao mesmo período do ano anterior.

Na mesma base de comparação, as vendas caíram 1,6%, para 12,61 mil milhões de dólares

Quando Wall Street soube destes resultados a cotação da Nike caiu 20%. Portanto, a Nike vai lançar sneakers baratos para crescer nas vendas enquanto baixa o lucro por acção e todos ficam contentes.

Sou mesmo um anónimo provinciano. Recordar a Vista Alegre.

BTW, este trecho de um postal recente de Roger Martin:
"The first growth priority should be to gain share in your market — regardless of how fast it is growing. And the share I care most about is $ share, not unit share. Apple has only 20% share of smartphone units but over 50% of revenue share. The latter is its real share!"

sexta-feira, julho 26, 2024

Curiosidade do dia

Hoje, ao almoço com o parceiro das conversas oxigenadoras, contaram-me uma estória real.

Na empresa A, ao utilizarem um determinado produto incorporado no seu próprio produto descobriram que conseguiam um desempenho excepcional. Resolveram contactar o fabricante para tentar perceber o porquê do referido desempenho excepcional.

Descobriram que o dono da empresa, recentemente falecido, é que sabia como se concebiam os produtos. A empresa A dizia-lhes que tinham um diamante em mãos, mas eles não o conseguiam reproduzir ou explicar o porquê desse desempenho.

A nossa conversa derivou para o artesanato, na pior acepção da palavra, recordámos Taylor e o seu desafio de profissionalizar o controlo dos processos.

Durante a condução, após o almoço, recordei Roger Martin e a sucessão: mistério - heurística - algoritmo

Agora, encontro este rolo de tweets:

Os NPCs

Olho para o mundo através dos meus olhos, da minha mente, das minhas experiências. Acredito que só vêmos o que a nossa mente nos deixa ver.

Por isso, posso fazer, faço, julgamentos injustos ou incompletos.

Há momentos encontrei esta citação no Twitter adaptada de uma frase de Carl Jung:

“Until you make your unconscious choices conscious, they will direct your life, and you will call it fate.”

Jung sugere que muitas das nossas decisões são feitas inconscientemente, influenciadas por experiências passadas, crenças e padrões de pensamento dos quais não estamos cientes. Essas escolhas inconscientes moldam a nossa vida de maneiras significativa, afectando as nossas relações, profissão e bem-estar geral. Quando não reconhecemos a origem dessas escolhas, tendemos a atribuir os resultados ao "destino" ou a forças externas, em vez de à nossa própria agência. 

Jung enfatiza a importância de tornar essas escolhas conscientes, o que envolve um auto-exame e uma reflexão profunda.

Há dias apanhei este tweet:

E fiquei a pensar na quantidade de pessoas que eu sinto, se calhar erradamente, que atravessam a vida como autênticos NPCs.

Depois, relacionei tudo isto com um texto publicado por Seth Godin há dias, The paradox of lessons . As lições, por sua vez, levaram-me a Ortega Y Gasset. Se vivo como se não tivesse agência, não penso no futuro. Por isso, não ajo para mudar o meu presente:

“O meu presente não existe senão graças ao meu futuro, sob a pressão do meu futuro. Pois bem, isto significa que neste agora do tempo que um relógio mede eu sou de cada vez o meu futuro e o meu presente”

“Digo, pois, que eu agora sou conjuntamente futuro e presente. Esse meu futuro exerce pressão sobre o agora e dessa pressão sobre a circunstância brota a minha vida presente”

quinta-feira, julho 25, 2024

Curiosidade do dia

Na primeira página do Jornal do Fundão pode ler-se: "Empresários alertam Governo para quebra no setor do turismo":

""Temos empresários do ramo da restauração, da hotelaria e da distribuição a falarem em quebras que podem chegar aos 40%". ", relata o vice-presidente da AEBB, apreensivo com o que se está a passar e que será reflexo das dificuldades que as famílias estão a viver.

"O que está a aumentar é a procura pelos parques de campismo", anota Jorge Pessoa, explicando que o decréscimo da procura é transversal ao país, mas que é o Interior que mais se está a ressentir. A preocupação é partilhada por muitos empresarios e a Associação Empresarial da Beira Baixa promove nesta quinta-feira, um encontro no Parque Empresarial do Tortosendo para os empresários e instituições ligadas ao turismo avaliarem a situação e definirem medidas para apresentar ao secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, num encontro que vão solicitar para o efeito."

This is Portugal!

Empresas têm um problema, em vez de uma reflexão sobre o que precisam de mudar, sobre o que podem fazer, porque têm o locus de controlo no exterior, recorrem ao papá-estado. 

E dizer a verdade?

 

Relacionar este discurso do ministro da agricultura com:

Relacionar este discurso do ministro da agricultura com Algumas verdades de onde cito:
  • "Tradition is not a business model. The past is no longer a reliable guide to future success."
  • Should" is not a business model. You can say that people "should" pay for your product but they will only if they find value in it."
  • "I want to" is not a business model. My entrepreneurial students often start with what they want to do. I tell them, no one - except possibly their mothers - gives a damn what they *want* to do."
  • "Virtue is not a business model. Just because you do good does not mean you deserve to be paid for it."
  • "Begging is not a business model." [Moi ici:Muito comum nas empresas portuguesas, pedintes]
  • "There is no free lunch. Government money comes with strings." [Moi ici: Uma relação pedo-mafiosa que cobra juros muito altos]
  • "No one cares what you spent."
  • "The only thing that matters to the market is value. What is your service worth to the public?"
  • "Value is determined by need. What problem do you solve?"
Numa nota irónica podia brincar e dizer que o ministro está a roçar a islamofobia ao dizer que a Europa consome vinho. As mudanças trazem consequências. 

quarta-feira, julho 24, 2024

Curiosidade do dia

Faz-me lembrar a Ana Sá Lopes a lançar uma diatribe contra os empresários com empresas que apresentam prejuízo ano após ano, e incapaz de ver o que se passa nos jornais ano após ano.