Recentemente, num semanário li o artigo "Portugal deve captar mais uma linha de montagem automóvel". Nele, o secretário-geral da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), Adão Ferreira, defende que é necessário “atrair um novo construtor automóvel para estabelecimento de uma nova linha de montagem no país”.
"VE - A descida [Moi ici: Nas exportações homólogas de componentes automóveis] poderá ser uma tendência ou há maiores possibilidades de um aumento das exportações?
AF - As empresas enfrentam vários desafios resultantes da transição energética; transição digital; situação geopolítica/guerra comercial; alterações climáticas / desastres naturais; inflação dos custos: matérias-primas, energia, transporte; disrupções nas cadeias de abastecimento. Enfim os empresários têm de gerir a incerteza. A AFIA monitoriza sistematicamente o impacto que estes acontecimentos podem provocar na indústria automóvel, ajustando para cima ou para baixo as previsões.
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Deveríamos promover a imagem do país no exterior com vista à captação de mais investimento estrangeiro, com particular enfoque na necessidade de atrair um novo construtor automóvel para estabelecimento de uma nova linha de montagem. Aquela teria um elevado impacto de alavancagem para toda a indústria de componentes automóveis.
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A indústria portuguesa de componentes para automóveis tem preconizado um percurso virtuoso e de excelência, combinando a afirmação da sua competitividade com o esforço de penetração no mercado, ganhando quota de mercado, crescendo mais que a Indústria Europeia, o que teve como consequência a criação de emprego qualificado, o aumento das exportações e um conjunto de externalidades para a economia nacional, das quais destacamos o trade off com o sistema tecnológico e I&D nacional.
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Contudo, uma das preocupações da AFIA reside na capacidade das empresas nacionais se manterem capazes de competir com as suas congéneres, continuarem a manter a expressão nos clientes e progredirem no processo de ganhar quota de mercado nos clientes.""
- Diversificação e margens: Explorar sectores com melhores margens e maior valor acrescentado, protegendo-se contra flutuações específicas do sector automóvel e o risco de deslocalização para países com custos mais baixos.
- Evolução tecnológica: Desenvolver componentes e sistemas mais complexos para manter a competitividade e aumentar a produtividade.
- Redução de risco e estabilidade: Diminuir a dependência de um único sector, aproveitando ciclos económicos distintos.
- Inovação cruzada: Aplicar conhecimentos de um sector num outro, gerando inovações.
- Novas oportunidades: Explorar sectores como tecnologia limpa, energias renováveis ou aeroespacial, que podem oferecer margens superiores e menos concorrência direta.
"So the critical question for businesses to ask — more now than ever — is not what business you are in today, but what business you should be in tomorrow."
- Redefinir-se como "fornecedores de soluções de mobilidade" ou "especialistas em engenharia de precisão".
- Encontrar aplicações das suas competências noutros sectores, como o aeroespacial, as energias renováveis ou a tecnologia médica.
- Focar na inovação e no desenvolvimento de novas capacidades aplicáveis em diversos sectores.
- Explorar novos sectores.
- Focar em produtos de valor acrescentado.
- Inovar para outros sectores.
- Redefinir a identidade do seu negócio, deixarem de ser meros fabricantes para se tornarem fornecedores de soluções, atendendo a necessidades mais vastas de mobilidade e engenharia.
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