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sábado, julho 27, 2024

Sou mesmo um anónimo provinciano.

Em "The Strategy and Tactics of Pricing" de Thomas T. Nagle, Georg Müller e Evert Gruyaert os autores voltam ao tema da relação entre quota de mercado e lucro. Recordo a máxima que sigo desde 2006:
"Volume is Vanity, Profit is Sanity"
"A 1975 study conducted at the Harvard Business School using the PIMS (which originally stood for Profit Impact of Market Share) database of historical market performance of leading global companies had reported a strong, consistently positive, correlation between a company's market share and its relative profitability within an industry. In the Harvard Business Review, the authors proposed multiple plausible reasons why a larger market share could enable a company to operate more profitably. That led to an explosion of literature by marketing theorists and leading consultancies advocating aggressively low pricing as an "investment" in growth that would eventually create "cash cows" - exceptionally profitable revenue streams requiring little investment to maintain them.
Unfortunately, companies that adopted this approach to pricing more often than not found the theory, and the eventual profitability it promised, lacking. As the PIMS database grew, more nuanced relationships were revealed. Although a cross-sectional correlation between market share and profitability proved durable, the better predictor of financial success is determined by how a company invested to grow. Most importantly, it was shown that profitable companies are better able to invest in growth opportunities and subsequently enjoy long-term success. Reflecting this more accurate analysis, the PIMS organization cleverly redefined their acronym to stand for Profit Impact of Marketing Strategy.
Research by Deloitte Consulting LLP has brought further clarity to the relationship between growth and profitability. Deloitte compiled a time-series dataset of 394 companies, covering the period from 1970 to 2013 with exceptional, mediocre and poor performers matched by industry. The researchers defined "exceptional performance" as a company achieving superior profitability (return on assets), stock value, and revenue growth for more than a decade and sought to understand how a small minority of firms manage to achieve it. Their conclusion:
...a [near term] focus on profitability, rather than revenue growth or [stock] value creation, offers a surer path to enduring exceptional performance...-
So how do marketing and financial managers at exceptional companies achieve sustainable exceptional profitability? It is not the result of slashing overhead more ruthlessly than their competitors. In fact, Deloitte's data indicates that exceptional performers tend to spend a bit more than competitors (as a percent of sales) on R&D and SG&A. Their exceptional profitability and, eventually, exceptional stock valuations are built on higher margins per sale that fund initiatives to grow future revenues.
Unfortunately, many companies fail to understand that making sales profitably should be the first priority not an afterthought to a growth strategy."
Escrevo isto por causa de um texto que me foi enviado por mão amiga. Assim, no Linkedin encontrei estes números:

Global sportswear market share:

2013
  • Challenger Brands: 20%
  • Legacy Brands: 80%
2023
  • Challenger Brands: 36% 
  • Legacy Brands: 64%
E agora este pormenor:
Nike said in late June it would roll out sub $100 sneakers around the world.

A Nike reportou lucro líquido de 1,5 mil milhões de dólares no quarto trimestre fiscal de 2024, o que representa um crescimento de 45,6% face ao mesmo período do ano anterior.

Na mesma base de comparação, as vendas caíram 1,6%, para 12,61 mil milhões de dólares

Quando Wall Street soube destes resultados a cotação da Nike caiu 20%. Portanto, a Nike vai lançar sneakers baratos para crescer nas vendas enquanto baixa o lucro por acção e todos ficam contentes.

Sou mesmo um anónimo provinciano. Recordar a Vista Alegre.

BTW, este trecho de um postal recente de Roger Martin:
"The first growth priority should be to gain share in your market — regardless of how fast it is growing. And the share I care most about is $ share, not unit share. Apple has only 20% share of smartphone units but over 50% of revenue share. The latter is its real share!"

sexta-feira, fevereiro 15, 2013

A magia começa mesmo

A propósito deste artigo "Death To Core Competency: Lessons From Nike, Apple, Netflix", com coisas com que não concordo como, por exemplo:
"In a world of rapid disruption, the idea of having a core competency--an intrinsic set of skills required to thrive in certain markets--is an outmoded principle."
O que me interessa é pegar no exemplo da Nike:
"Known for decades as a shoe company, Nike is undergoing a digital revolution. In recent years, it's launched everything from apps that are standard issue on the iPhone to wearable devices to web services.
...
Last year, it launched FuelBand, a high-end electronic wristband that tracks your energy output and signaled Nike's growing strength in the digital realm. "Think about it: Nike is now included in conversations around technology--it's shifted into an adjacent industry, breaking out of apparel and into tech, data, and services," says Forrester Research analyst Sarah Rotman Epps."
Imaginem que a Nike deixa de pensar-se, de ver-se como uma empresa de calçado ou de vestuário desportivo e começa a pensar no job to be done (jtbd) do seu cliente.
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Por que é que alguém pratica desporto?
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Por exemplo, para manter a forma física.
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E o que é que esse alguém precisa para manter a forma física?
  • sapatos;
  • palmilhas;
  • meias;
  • calções;
  • camisola; 
  • gorro;
  • corta-vento;
  • impermeável;
Isto é o tradicional. Contudo, durante a realização do exercício, esse alguém precisa também de sentir-se em segurança, de ser visto. Pode precisar de reflectores e/ou de iluminação.
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E o que é que alguém que corre para manter a forma física gostaria de sentir?
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Que está a obter resultados, por isso, por exemplo, vai à balança com regularidade.
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E o que é que alguém que corre para manter a forma física gostaria de saber?
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Como é que está a evoluir? Quantas calorias queimou? Como está o seu ritmo cardíaco? Qual o percurso que fez? Quantos quilómetros fez? Quanto tempo demorou? Foi mais ou menos rápido que na semana passada?
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E esse alguém que corre pode fazer parte de uma comunidade, de uma tribo. O que gostaria de fazer?
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Partilhar os seus resultados com os outros membros da tribo.
Desafiar os outros membros da tribo para competir.
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Quando é que a Nike começa a dar aulas sobre técnicas de corrida aos seus clientes? (Se calhar já dá... no You Tube, através de DVDs, nas lojas - como os cursos de crochet nas lojas)
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E a Nike já dá aulas de nutrição?
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Quando uma empresa se afasta do que produz e começa a focar-se na actividade do cliente, a magia começa...