domingo, julho 16, 2017

Estratégias

Qual a diferença entre estratégia corporativa e estratégia de uma unidade de negócio?


Na figura (fonte), acerca das estratégias corporativas, acrescentaria:

  • Por que é que as unidades de negócio que temos valem mais juntas dentro do grupo do que isoladamente?
  • Como é que cada unidade de negócio contribui para o sucesso do grupo?
Po vezes não é fácil conciliar numa única unidade de negócio a gestão de duas estratégias:
  • uma estratégia para o sucesso autónomo da unidade de negócio; e
  • uma estratégia para contribuir para o sucesso do grupo.
A forma como o tema é resolvido aqui, "Corporate vs Business Strategy", não chega. Se cada uma das unidades de negócio actuar no mercado independentemente das outras é uma coisa. No entanto, se além de actuarem no mercado de forma independente puderem contribuir para o sucesso de outras como fornecedoras, a coisa complica-se. E complica-se ainda mais se houver diferenças nas propostas de valor entre as várias unidades de negócio.

E recuo a Porter e a 1987, "From Competitive Advantage to Corporate Strategy":
"A diversified company has two levels of strategy: business unit (or competitive) strategy and corporate (or companywide) strategy. Competitive strategy concerns how to create competitive advantage in each of the businesses in which a company competes. Corporate strategy concerns two different questions: what businesses the corporation should be in and how the corporate office should manage the array of business units."


sábado, julho 15, 2017

Curiosidade do dia

"Imagine que alguém lhe dizia ter deixado de pagar uma factura só porque a escondeu na gaveta. É isto que os vários governos fazem quando se esforçam para convencer Bruxelas a omitir certas despesas no limite máximo do défice
...
Todo o dinheiro que o Estado gasta é nosso, e vem cá buscá-lo, de uma maneira ou de outra. Compromissos internacionais, classificações administrativas e artifícios contabilísticos pouco ou nada alteram a real situação financeira. Aí funciona a velha e impiedosa lógica do merceeiro. Qualquer despesa, com qualquer estatuto, vai acabar por sair do bolso dos contribuintes, de uma das miríades de formas que as Finanças inventam para os espremer. Quando não pagam, a consequente dívida significa apenas adiamento para altura mais inconveniente.
...
Na verdade, o Pacto Orçamental é o grande aliado dos sacrificados contribuintes portugueses. Apesar de sempre violado e esquecido, constitui o único travão efectivo para uma classe política viciada em despesa pública. Ultimamente, dois outros aliados têm sido preciosos: a Unidade Técnica de Apoio Orçamental do Parlamento e o Conselho das Finanças Públicas, que reduziram muito as habituais aldrabices fiscais.
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Cada vez que ouvir um político a bramar contra Bruxelas ou a criticar as entidades reguladoras, tem de compreender que é ao seu bolso que ele se dirige. Nós, contribuintes, deveríamos estar muito agradecidos pelas imposições de Bruxelas. Sem elas a nossa situação ainda seria muito pior, como vemos na história do triste século XIX."
Trechos retirados "O fim do fantasma fiscal"

Estratégia e contexto

A propósito desta figura*:
Proponho duas alterações:

Missão, Visão e Estratégia são dados de partida, são constrangimentos iniciais, não são variáveis que dependam de uma avaliação do contexto. Aliás, só faz sentido classificar algo como oportunidade ou ameaça à luz de uma estratégia. Um tópico não é intrinsecamente oportunidade ou ameaça. Á luz de uma estratégia, a avaliação do contexto deve levar a colocar a questão:

  • A estratégia continua actual ou tem de ser revista?


* Retirada de "The Influence of Human Factors on ISO 9001:2015 Compliance" de John E. (Jack) West e Charles A. Cianfrani, publicada pelo Journal for Quality and Participation em Outubro de 2016





Estratégia para uma agricultura em Mongo

Não sei se esta opção é viável. Uso-a aqui simplesmente para dar mais um exemplo das alternativas de pensamento estratégico: "Dans le nord de la France, des paysans redonnent vie aux blés anciens".

Não se consegue competir de igual para igual com os outros?

Então, optar pela concorrência imperfeita.

E mesmo assim não basta produzir. É preciso pensar a nível de modelo de negócio. Se se produz um produto diferente e se tenta vendo-lo aos clientes do costume... o mais certo é que dê errado.
"Les semences de blés modernes ont été conçues pour répondre aux exigences nouvelles des boulangers qui souhaitent, aujourd’hui, travailler une pâte dont la levée est plus rapide. « Ils offrent ainsi à leurs clientèles des pains aux apparences trompeuses, car excessivement gonflés et dont la mie blanche et souple n’apporte plus les éléments nutritifs souhaités, analyse Didier Findinier."
Como encontro aqui "Les paysans-boulangers cultivent les graines de résistance" uma espécie de Mongo e das suas tribos:
"Les pieds dans la terre et les mains dans le pétrin, ils vont à contre-courant de l’industrialisation de la boulangerie et de la culture du blé. Paysans boulangers, ce sont des passionnés qui courent du four au moulin et sillonnent champs et marchés. "Le métier de paysan boulanger, c’est aller du grain au pain", explique Charles Poilly, installé dans le Lot-et-Garonne. "C’est élaborer le goût de ton pain dès le semis, comme les vignerons qui façonnent leur vin par le travail de la vigne."...
"Avec 40 hectares cultivés en bio, impossible de me contenter de produire du blé, je ne pourrais pas en vivre. Par contre, en étant paysan et boulanger, je sors un salaire confortable tous les mois." Et à l’autre bout de la chaîne, les consommateurs plébiscitent. "Les gens aiment savoir que le blé produit à côté de chez eux est celui qui les nourrit", note Charles Poilly.
...
Signe de cet engouement, une nouvelle formation, intitulée "Paysans du grain au pain", vient d’ouvrir dans le Tarn. Un cursus qui met notamment l’accent sur la culture d’anciennes variétés de blé. Variétés de populations, de pays ou semences paysannes… autant de termes pour désigner des plantes délaissées depuis près de cinquante ans par l’agriculture conventionnelle, car pas adaptées au système agricole intensif. Des semences remises au goût du jour par une poignée d’irréductibles rêveurs, paysans et chercheurs.
...
Rue Saint-Front, à Périgueux, une vitrine attire les regards gourmands. Petites miches dorées, gros campagnards ou ficelles parsemées de lin et de sésame. Derrière son comptoir, Laurent Cattoire fabrique tous ses pains à la main, à partir de farines de blés paysans. Une évidence d’après lui. "Avec les variétés commerciales, le pain est standard, sans saveur particulière, on ne peut pas mettre toute notre personnalité", explique-t-il. "Par contre, une farine de blés anciens, ça sent les champs, et ça a du goût."[Moi ici: Como isto me faz lembrar uma formação numa empresa de vinhos esta semana em que o tema Mateus Rosé veio à baila]
Petit rouge du Morvan, touselle, pétanielle noire. Ces blés aux noms, aux formes et aux couleurs variés confèrent au pain des saveurs complexes et subtiles. Autre intérêt, le gluten qu’ils comportent est moins modifié et plus digeste que celui des variétés commerciales. "Beaucoup de personnes intolérantes au gluten peuvent manger des céréales anciennes", constate Laurent Cattoire."

 

Acerca das exportações YTD





Olhando para os números do acumulado das exportações nos primeiros 5 meses de 2017 e 2016, e usando a minha habitual bitola, é possível perceber que as exportações das PME continuam a crescer a bom ritmo. O parcial I em Abril representava 46% do total, em Maio esse valor subiu para 49%, apesar da subida pornográfica das exportações de combustíveis (+ 62% de crescimento homólogo).

Em termos percentuais continua o crescimento notável das exportações de fruta. Metermos de euros e percentagem continua o muito bom desempenho da exportação de máquinas.

No seu conjunto, o sector primário e o agro-industrial está a crescer 23% homólogos. Por exemplo, as exportações de lacticínios estão a crescer 30% e as de peixe 17%.

O calçado está a crescer 6% apesar do sentimento moderado-negativo que tenho pressentido no sector. Espero que estes 6% não estejam a sofrer o efeito do banhista gordo e serem à custa só do crescimento das 4 ou 5 empresas de capital estrangeiro, com mais de mil trabalhadores.

sexta-feira, julho 14, 2017

Curiosidade do dia



Perante um recurso escasso, política no sentido mais nobre da palavra é fazer opções, é fazer escolhas. Preferir certas despesas a outras: "A austeridade na prática: até fraldas faltam nos hospitais"

Isto sem dramas nem indignações. São as escolhas legítimas de quem tem autoridade para as tomar.

Stress-test

"Companies often maintain a list of the main risks that managers believe they face, which they report as their “risk register” in annual reports. These include discrete operational events, such as major industrial accidents, cyberattacks, or employee malfeasance. If they take the next step to quantify those risks, many simply turn to that list and model them, often for the first time, onto their financial outlook. That’s a good start, as it gives managers some insight into how sensitive the company’s financial health is to changes around individual risks, which many companies don’t do. But measuring individual risks discretely does little to illuminate a more complex landscape of interrelated risks that often move together in the real world. That requires the further step of coherently clustering risks together into scenarios.
...
Scenarios are more appropriate because they help managers consider the effects of a variety of severe but plausible scenarios without being farfetched. They can also accommodate interaction effects among sensitivities.
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We frequently encounter companies willing to model broader, everyday market variables, such as GDP or inflation, or more specific variables, such as the rate of formation of new companies. But we seldom find companies willing to model more extreme variables (see sidebar, “Stress testing for an energy utility company”) or one-off events, such as a cyberattack or a natural disaster. The data to measure the effects of the former are fairly easy to come by, some argue, while reliable data on the latter are not. Others believe that their employees would sufficiently rally together to counter such events."
Trechos retirados de "Stress testing for nonfinancial companies"

Serviços vs experiências

"Look at the primary economic distinctions between services and experiences. First, services are intangible—having little or no materiality (as tangible goods do)—while experiences are memorable. If you do not create a memory, then you have not offered a distinctive experience. And while being “nice” is, well, nice, it’s rarely memorable. Instead of just being nice, design your interactions to be so engaging that customers cannot help but remember them—and tell others about them.
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Second, services are outwardly customized—done for an individual person (or company)—while experiences are inherently personal. If you do not reach inside of people and engage their hearts and/or minds, then you have not offered a distinctive experience. Engineering your processes to be “easy” actually tends to get in the way of making them personal, so instead always take into account the actual, living, breathing person in front of you, even if treating him or her individually gets in the way of greater efficiency.
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Third, services are delivered on demand—when the customer says this is what he wants—while experiences are revealed over a duration. If you do not let your experience unfold dramatically over the course of your interactions in a way that goes beyond the routine, then you have not offered a distinctive experience. Striving to be “convenient” drains the interaction of all drama, so instead stage the sequence of your interactions in a way that embraces dramatic structure, rising to a climax and then bringing your customers back down again in a personal and memorable way. That’s why  services are delivered while experiences are staged."
Trechos retirados daqui.

Para reflexão

"the easier it gets for your company to acquire customers, the harder it gets to retain them.
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you have to provide more than “just” a product to stand out to your target market.
...
the easier it is for potential customers to switch to you from another product, the easier it is for your customers to leave your product for competitors’ products.
...
Even though it’s easier for you to serve more customers, not all of them are customers that you can build a business around."

Um outro olhar para as importações YTD

Normalmente costumo escrever aqui sobre as exportações. Espero este fim de semana ter tempo para estudar os números que o INE publicou esta semana.

Hoje vou escrever sobre um tema que não costumo abordar: as importações.
"Nos primeiros cinco meses de 2017, as exportações e as importações de bens cresceram, em termos nominais, 13,1% e 16,3%"
A primeira reacção, ao olhar para estes números, é de receio de aumento do consumismo que se traduz em importações:
"se a retoma económica continuar em 2018 – e tudo aponta para isso – é provável que o país regresse, nesse ano, aos défices da balança de bens e serviços.
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Com efeito, estando ainda muito do rendimento dos portugueses “congelado” ou a aumentar a taxas nominais muito baixas, basta uma pequena aceleração da economia portuguesa para fazer disparar o défice da balança de bens."
Isto era o que eu pensava intuitivamente antes de olhar para os números. E o que é que eu aprendi quando olhei para os números?

Nos primeiros 5 meses de 2017 Portugal importou mais 3975 milhões de euros do que em 2016. De onde veio esse crescimento? Cerca de 70% do aumento das importações é motivado por 7 itens:
Depois de olhar para estes números fico muito mais optimista. O crescimento das importações decorre sobretudo de importações para produzir e de importações no âmbito de investimento produtivo.

Trechos retirados de "O crescimento das exportações e das importações é uma excelente notícia"

quinta-feira, julho 13, 2017

Curiosidade do dia

Ontem à tarde, saí de uma empresa por volta das 17h15. Cheguei ao carro, meti-me à estrada e liguei o rádio. Estava a dar o Debate do Estado da Nação e o ministro da Saúde ia começar a falar.

E o ministro começou a falar, e começou a listar exaustivamente o que, segundo ele, tinha sido a obra deste ministério no último ano. Assim, começou a listar as actividades realizadas.

Subitamente recordei estas reflexões de há alguns anos:

O ministro da Saúde limitou-se a fazer o que a Administração Pública faz todos os anos. Elabora um Plano de Actividades e, depois elabora um Relatório de Balanço de Actividades.

Pessoalmente, preferia que os ministros em vez de elencarem o que foi feito, elencassem os resultados, as consequências do que foi feito.

Nesse futuro distante...

Um dia, talvez daqui a muitos anos, os agricultores ver-se-ão como empresários.

Empresários como os empresários industriais.

Ninguém tem a obrigação de sustentar os agricultores. Os agricultores como empresários terão de estar atentos ao contexto em que se movem e produzem e terão de alterar o que produzem e quando produzem em função desse contexto.

Nesse futuro, talvez distante, o exemplo deste canadiano será a referência de actuação: recordar "Agricultura com futuro".

A agricultura nesse futuro distante não será uma espécie de funcionalismo privado suportado por todos.

Isto a propósito de "Excesso de produção de batata é um problema da conjuntura do mercado".

Nesse futuro distante os agricultores terão abandonado a prática alimentada e promovida pelo activismo político da situação e da oposição, sempre em busca de garantir apoios para as lutas eleitorais. Nesse futuro distante os agricultores não vão produzir sem perceber se há mercado e a que preços. Nesse futuro distante os agricultores não se vão limitar a vomitar produtos e a mendigar apoios.


Outro ranger das placas tectónicas

Reshoring, comércio electrónico e ... energia.

Acerca do petróleo: "Remember Peak Oil? Demand May Top Out Before Supply Does"
"Patrick Pouyanne, CEO of Total SA, says demand will peak at some point in the 2040s, which is why the French energy giant he runs has been investing in solar power. Ben van Beurden, CEO of Royal Dutch Shell Plc, has said the zenith could arrive a lot sooner, in the next 15 years or so, if electric cars became really popular. “The energy transition is unstoppable,” Van Beurden told the St. Petersburg forum in early June. “In the most aggressive scenario, you can see oil already peaking in late 2020s or early 2030s.” In the time scale of the oil industry, where multibillion-dollar projects often take a decade or longer to come to fruition, that’s as close as it gets to saying “the day after tomorrow.”
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If such forecasts prove right, oil prices are likely to remain low for a lot longer."
Como é que isto vai influenciar o contexto em que se movimenta a sua empresa?

Que oportunidades e ameaças consegue determinar?

O que é que vai mudar?

Fugir da amazonização

"To compete and be successful, smaller retailers need to focus on the in-store experience, says Reynolds. That could include anything from personal shopping, to free gift wrap, to classes, demonstrations, or other experiences customers would appreciate.
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Since Amazon competes solely on commoditized products, another potential differentiator smaller retailers can mine is stocking more unusual or hard-to-find products, says Reynolds, such as handmade or one-of-a-kind goods."
Trecho retirado de "What Small Retailers Can Learn From Amazon Prime Day"

"Why Reshore?" (parte II)

Parte I.

A parte I lista uma série de razões porque o reshoring pode fazer sentido. São razões que têm a ver com os clientes ou consumidores. Por exemplo:

  • tempo de resposta;
  • custos mais altos;
  • made in ...;
  • menos inventário;
  • rotação mais rápida do inventário;
  • flexibilidade;
  • customização;
  • inovação mais rápida;
  • diferenciação;
  • ...

Depois, o artigo descamba completamente e revela a mentalidade anglo-saxónica que ainda não percebeu como se dá a volta e actua no século XXI. Imaginei o sorriso dos alemães, e de alguns empresários portugueses, ao ler as preocupações básicas com o valor do dólar.
"According to Moser, a strong U.S. dollar, beyond slowing down reshoring, has become a “major problem” for the national economy."

Outro ponto onde o artigo descarrila é este:
"Why Reshoring Makes Sense for America:
.
Reshoring is the fastest and most efficient way to strengthen
the U.S. economy because it:
.
Helps balance the trade and budget deficits
.
Reduces unemployment by creating productive jobs
.
Reduces income inequality
.
Motivates skilled workforce recruitment by demonstrating that
manufacturing is a growth career
.
Helps maintain the broad industrial capability required
for national defense"
O reshoring não cresce ou diminui por causa dos interesses de um país. O reshoring cresce ou diminui porque é bom para os intervenientes numa interacção económica.




quarta-feira, julho 12, 2017

Curiosidade do dia

Esta manhã trabalhei numa zona industrial do centro-norte do país.

Quando saí da empresa todos os carros estacionados que vi na rua tinham este panfleto:
  E é isto no brote-centro, o tal caos de que falava ha dias.

"Why Reshore?"

"Why Reshore?.
The top reasons that companies reshore include:
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Lead time
.
Higher product quality and consistency
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Rising offshore wages
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Skilled workforce
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Freight costs
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Image of being Made in the USA
.
Lower inventory levels, better turns
.
Better responsiveness to changing customer demands
.
Minimal intellectual property and regulatory compliance risks
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Improved innovation and product differentiation
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Local tax incentives"
Trecho retirado de "The Case for Reshoring"

e-comércio: O retrato espanhol

"El ecommerce gana importancia en el sector textil. En 2016, las ventas de moda en el canal online representaron un 4% de la facturación del sector en España, es decir, cuatro de cada cien euros gastados en moda durante ese año correspondieron a Internet.
...
El peso de este canal prácticamente se ha triplicado en los últimos cuatro años, desde el 1,4% que representaba en 2012.
...
Así, un 18,8% de la población española compró alguna prenda (de vestir, calzado, accesorios u hogar) por comercio electrónico en 2016, frente al 7% en 2012. En promedio realizaron 2,8 compras online, adquiriendo 5,3 artículos y desembolsando 107,4 euros anuales por individuo."
Trechos retirados de "Informe de la moda online en España"

Têxtil e placas tectónicas

Um exemplo português de utilização da Indústria 4.0 em "Adaptarse o morir: la industria 4.0 vuelve a poner en jaque al textil":
"Tras adaptarse a la deslocalización industrial y sobrevivir a la última crisis financiera y de consumo, el textil encara ahora un cambio de paradigma productivo, que vuelve a poner en jaque su continuidad. Si la tercera revolución consistió en la automatización de los procesos para la producción en masa y en serie, la cuarta consiste en digitalizarlos y gestionar los datos para ganar eficiencia y rapidez, y mejorar la rentabilidad, con series cortas y personalizadas.
...
Esta transformación implica replantear de nuevo el modelo productivo de la industria textil y vuelve a redefinir las redes de aprovisionamiento, acercándolas de nuevo. [Moi ici: Outra vez o ranger das placas tectónicas e as oportunidades e ameaças] Esta nueva industria pone en riesgo modelos productivos tradicionales así como los cientos de miles de puestos de trabajo no cualificado, aunque abre el abanico a nuevos perfiles profesionales más técnicos y más creativos. El cambio ha empezado y no hay marcha atrás. Los expertos coinciden: no se puede dar la espalda a la tecnología.
...
El futuro
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Ahora, la industria de la moda es capaz de colocar en el mercado un diseño en veinte días con normalidad; con proveedores en proximidad, puede forzar las entregas a diez días. Con la digitalización, ¿por qué no en 24 horas? Y con impresoras 3D, desde la misma tienda, ¿por qué no en quince minutos? Los expertos consultados coinciden en que llegará, sólo falta ver cuándo."[Moi ici: Esta aceleração não se compadece com distância nem com complexidade... aquele "poner en jaque al textil" faz pensar em: será que os gigantes vão sobreviver?]

Reduzir a percepção de risco associada ao uso de novidades tecnológicas

Quando penso num modelo de negócio baseado na inovação penso num conjunto de relações como estas:

Sublinhei com molduras vermelhas 3 pontos importantes quando estamos perante inovações tecnológicas:

  • educar clientes - ensinar a usar, não só para evitar que se cometam erros mas também para que os clientes aprendam a tirar o máximo partido das ofertas;
  • assegurar fiabilidade - ao ensinar a usar as ofertas reduzem-se os problemas de fiabilidade que podem ser gerados por um mau uso ou uma má instalação
  • responder rapidamente a reclamações - uma resposta rápida impede muitas vezes que se formem terroristas dedicados a dizer mal do fabricante. Além disso, a oferta é uma novidade, é natural que ainda sofra de falhas ligadas não à produção mas à concepção, falhas que têm de rapidamente ser identificadas para poder alimentar iterações no projecto.
Ao ler "Amazon is quietly rolling out its own Geek Squad to set up gadgets in your home" vejo uma equipa destinada a assegurar aqueles 3 pontos do esquema. Uma equipa destinada a reduzir a percepção de risco, a incerteza associada ao uso de novidades tecnológicas.

Interessante é pensar sobre por que é que tem de ser a Amazon a tomar a iniciativa nestes temas?