sexta-feira, outubro 09, 2015

Curiosidade do dia

Acerca do défice de 2015 recordar:

  • Qual o valor do défice de 2014
"O INE apurou um défice orçamental em 2014 de 7.822 milhões de euros, o equivalente a 4,5% do PIB estimado pelo INE no final de Fevereiro."

  • Qual o valor do défice no final do 1º semestre de 2014?
"Nos primeiros seis meses do ano o défice orçamental das Administrações Públicas ficou em 6,5% do PIB. O Executivo quer fechar o ano com desequilíbrio de 4,8%."

  •  Qual o valor do défice no final do 1º semestre de 2015?
"Défice no final do 1º semestre de 2015 atingiu 4,7%"
O objectivo é 2,7% e a economia está mais robusta que há um ano. Não percebo o histerismo.


Acerca das exportações

Depois de tudo o que se ouviu sobre exportações e importações, ao longo do ano eleitoral, convém sublinhar que ao fim de oito meses de 2015:

  • As exportações cresceram 5,4% (previsão do governo era de 4,7% para todo o ano)
  • Taxa de cobertura das importações de bens passou de 81,9% para 83,5% 
Depois de todo o ruído mediático; confessem, estavam mesmo a contar que a taxa de cobertura estivesse a ter esta evolução?

"The greatest opportunities of our time"

Combinar "É meter código nisso" + "estratégia" + "uma alternativa" e tem-se algo como "Why Benny Landa Is Still In The Print Business":
"People are constantly telling Benny Landa that his business — print — is dead. After all, who needs it in the digital age? He remarks that people are amazed when they hear what he does and more or less say: “You’re in steam engines — haven’t you heard of the iPad?”"
Dá para recordar logo:
"When something is commoditized, an adjacent market becomes valuable"
 Voltando ao texto inicial:
"Landa calls his latest printing innovation “Nanography” — and he already has orders for more than US$1b worth of presses, the first of which will ship later this year.
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Traditional presses churn out long runs of identical pages. Digital presses made it possible for every page to be different, but they have proved to be slower and print on smaller sheets than traditional printing — making them more expensive for all but the shortest of jobs. With the Nanography presses and their super-efficient “nanopigment colorants,” Landa aims to give digital print a bigger share of the market."
O que é que pode haver mais parecido com o "É meter código nisso" do que:
"“The greatest opportunities of our time are in bringing high-tech science to low-tech industry, leading smokestack enterprises into the digital era,” he says."

Ainda acerca do impacte do T-TIP

Na sequência de "Como se vai preparar para o T-TIP?" e tendo em conta este provável impacte de -12,04:

É bom ter em atenção este número:
É só o maior sector exportador do país em €€.
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Era bom que não guardassem as transformações para o depois da hora, como no sector leiteiro.




Uma alternativa (parte III)

Parte I e parte II.
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Ontem, num comentário a "Meter código na agricultura" o Armando deu um show sobre a IoT na agricultura. Recomendo a sua leitura.
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Ao ler o comentário, pensei logo no conjunto de fornecedores, no conjunto de empresas que lidam com os agricultores e que não conseguem ver as oportunidades novas que estão a aparecer para transformar o seu negócio, prisioneiros que estão das rotinas mentais do passado.
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Volto ao exemplo do empresário da parte I e à proposta que lhe foi feita. 
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Olhar para a sua categoria com um ar fresco, com um ar novo, fugir dos cânones. Para a seguir:
"Once we have stepped back, broken with our immediate past, and regained a little Intelligent Naivety in exploring the opportunities open to our brand, we will have done a great deal of vibrant and divergent thinking. Now is the time not to close down any of that thinking, but we do need to find the center of it, to serve as the pivotal bridge between clarity on where we are going to redefine the rules of the market in our favor on the one hand, and the foundations of our brand identity on the other."
 Abandonar as palas do passado e jogar com as oportunidades, deixar de pensar na oferta e pensar antes no Job-To-Be-Done dos clientes-alvo... Deus dá nozes a quem não tem dentes?
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Trecho retirado de "Eating the big fish : how challenger brands can compete against brand leaders" de Adam Morgan.


quinta-feira, outubro 08, 2015

Curiosidade do dia

Recordar o ponto da situação do BdP em Junho de 2015:

e comparar com o ponto da situação do BdP em Outubro de 2015:

Densificar e organizar a criação de valor

Nas empresas, muitas vezes, remeto a perspectiva para o ecossistema da procura e
para o desenvolvimento de relações ganhar-ganhar-ganhar. Por exemplo:


Ganhar-ganhar-ganhar porque passa por orquestrar uma relação que traga vantagens não só à clássica interacção diádica, cliente-fornecedor, mas também a outras combinações:

  • prescritor-fornecedor-cliente;
  • fornecedor-cliente-cliente do cliente;
  • fornecedor-parceiro-cliente-cliente do cliente;
"But since Pandora depends upon its inventory of musicians to keep listeners loyal to the service, the company has been working hard to provide other, non-monetary benefits to artists. One way to do that: become a service that’s as useful to musicians as it is to listeners.
...
Pandora snatched up Next Big Sound, a music analytics service
...
Even before it bought Next Big Sound, Pandora was already focused on building out its own artist-focused tools"

Para suportar a subida na escala de valor

Recomendamos a subida na escala de valor, com o consequente aumento do preço praticado.
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Claro que não basta melhorar a oferta e subir o preço. Os clientes, sobretudo no B2B, têm uma grande relutância em optar por uma oferta com um preço mais alto:
"The conceptual framework we have proposed and tested for understanding customer managers’ purchase of higher-value, higher-price offerings in business markets is comprised of two constructs: ambiguity about superior value and consequences of obtaining superior value.[Moi ici: Bom para continuar esta série sobre o T-TIP]
...
[Moi ici: Acerca do "ambiguity about superior value"] Providing some value evidence supporting the value estimate from the value analysis significantly increases customer managers’ purchase intentions for the higher-value, higher-price offerings, ... Whether this value evidence comes in the form of a reference list containing some respected competitors that the customers are able to contact or confirming pilot program results from one of the customer’s own plants, it appears to allay customer managers’ concerns about whether they will realize the stated value.
...
[Moi ici: Acerca de "consequences of obtaining superior value"] Conversely, customer managers in the lowering-total-cost-of-ownership condition have significantly higher purchase intentions than do those in the stay-within-the-budget condition for higher-value, higher-price offerings"
Para os fabricantes reter ainda:
"The scenarios established that the customer managers themselves had participated in the value analysis to establish the worth in monetary terms of each offering. Few suppliers in practice make the commitment to persuasively demonstrate and document the value of their offerings relative to the next-best alternatives
...
Suppliers should conduct pilot programs with beta-test customers to understand the value delivered by new or enhanced offerings. The results of the pilot programs, when they are carefully designed and monitored, enable the supplier to document the actual value in monetary terms that the beta customers receive. Customers may be willing to cooperate in documenting the costs savings or greater value in exchange for supplier assistance in the data gathering and analysis as well as earlier access to these offerings.
...
Suppliers then can use the documented results to create reference customer lists and value case histories. Our finding that reference lists of respected competitors were as effective as confirming pilot program findings in persuading customer managers to have higher purchase intentions for higher-value, higher-price offerings suggests this two-stage strategy"
Trechos retirados de "'Purchasing Higher-Value, Higher-Price Offerings in Business Markets'", Journal of Business-to-Business Marketing, 17: 1, 29 — 61, 2010

Meter código na agricultura

"Even pest control is transforming; Semios manufactures a device that hangs from a tree in an orchard. It can identify pests, disseminate pheromones with an awareness of wind direction, automatically count the insects that it traps, and can correlate trap counts with weather conditions and microclimates to forecast problems before they occur."
Trecho retirado de "Hardware by the Numbers: Startups Summer 2015"

Recordar série "é meter código nisso":

Quando se tenta ser tudo para todos ...

Quando se tenta ser tudo para todos, quando se tenta ter o mega-produto que tem todos os atributos, acaba-se a ser um caso de overserved e underserved em simultâneo.
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A propósito do novo Office 2016 em "It’s Time for Microsoft to Reboot Office":
"Office 2016 doesn’t give enough reasons for previous Office owners to upgrade. And people looking for rich collaboration don’t need to wait for Microsoft to catch up."

quarta-feira, outubro 07, 2015

Curiosidade do dia

Recordar o teste do algodão em "Não esquecer os "mas"", em "Acerca das renúncias estratégicas" e em ""and it's not stupid"".
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E se não chega, recordar ainda "Procurem pelos sacrificados" onde escrevi:
"Por exemplo, da próxima vez que um político, da oposição ou da situação, apresentar uma estratégia, procurem pelos sacrificados, ainda que estejam escondidos."
Hoje li isto no blogue de um político, não interessa a cor:
"Virar de página na política de austeridade e na estratégia de empobrecimento, consagrando um novo modelo de desenvolvimento e uma nova estratégia de consolidação das contas públicas, assente no crescimento e no emprego, no aumento do rendimento das famílias e na criação de condições de investimento pelas empresas." [Moi ici: E a isto claro, acrescentar em simultâneo a redução da dívida]

Propaganda versus Agenda

Não interessa o que a empresa diz, o que interessa é o que a empresa faz.
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"Air France passengers stranded in Manchester 'so pilot can rest'"

A gentrificação de Lisboa vai acelerar

A propósito de "Paddy Cosgrave: Why I moved the Web Summit to Lisbon" e de:
"It is no secret that we have been looking at various locations around Europe to support future growth and provide attendees with the best possible experience. We chose Lisbon because of the strong infrastructure in the city, the world-class venue and the thriving startup community.
In 2015, Lisbon became the first city to receive the European Entrepreneurial Region award. Investors from across Europe have started looking to Lisbon to capitalise on the low rents and affordable IT talent. Dozens of Portuguese startups have exhibited at Web Summit and Codacy won Web Summit’s PITCH competition last year.
But don’t take my word for it: here is Mike Butcher of technology blog TechCrunch who knows what he is talking about when it comes to startup communities: “Lisbon is emerging as a genuinely new tech ecosystem in Europe, with Berlin-levels of cheapness but with Southern European weather.”"
Dois pensamentos:
  • Os que culpam o sucesso do turismo lisboeta pelo fenómeno de gentrificação da cidade, será que vão estar contra mais esta iniciativa? É que isto pode dar para realmente accionar uma reacção em cadeia que conjugue ecossistema + custos baixos + clima...
  • O que poderia um Adolfo Mesquita Nunes provocar com uma agenda liberalizadora na Economia?
Será que poderá ter efeitos de spill-over para outras zonas do país? O Algarve, por exemplo.

BTW, "Start-ups criam 47 mil novos empregos por ano, diz estudo"

Estamos a viver tempos muito interessantes

Um artigo que toca tantas temas aqui tratados desde 2006, "What 3-D Printing Can't Do":
  • a protecção da propriedade intelectual;
  • impressão 3D;
  • reshoring;
  • encarecimento dos custos do made in China;
  • reforço da carta da flexibilidade e proximidade produção-consumo;
"Proponents of the local manufacturing movement say that production trends are firmly pointed away from China’s mass production economy. Startups want to produce their products close to their designers, cut down on the amount of inventory they store, and reduce delivery times.
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"It’s going to be on demand, it’s going to be local, distribution is going to be free, basically," says Brian Garret, cofounder of 3D Hubs, a Dutch startup that connects people who want to 3-D print with local 3-D printers within its online network."
Estamos a viver tempos muito interessantes para quem assume construir o seu futuro com um locus de controlo interno.

Como se vai preparar para o T-TIP?

Há dias chamamos aqui a atenção para o impacte da aprovação do T-TIP. Acabamos o postal com:
"Ou seja, a paisagem competitiva enrugada vai movimentar-se, com alguns picos a passarem a vales e vice-versa. Uma direcção associativa sectorial devia estar a estudar a "exploration" necessária para enfrentar o novo cenário:
  • como podemos aproveitar as oportunidades que se vão abrir?
  • como podemos minimizar as ameaças que vão aparecer? Será que podemos usar a técnica do judo virar o jogo em nosso favor?"
Uma linha de acção, agora já ao nível de cada empresa, para desenvolver a resposta a este desafio pode passar por estas ofertas híbridas referidas em “Hybrid Offerings: How Manufacturing Firms Combine Goods and Services Successfully”, publicado por Journal of Marketing Vol. 75 (November 2011), 5–23
“Traditional manufacturers have moved into service and customer solution fields to solidify their positions in increasingly competitive markets and grow their revenues and margins, leading to the well-documented shift from a goods-dominant to a service-dominant logic in business markets
The authors find that “the effects [of service transition strategies] on firm value become pronounced only after the level of service sales reaches a critical mass, which averages approximately 20%–30% of total firm sales” [Moi ici: O que poderá funcionar como uma barreira à activação desta transformação]

customers and suppliers approach solution offerings from very different angles. Whereas vendors typically view solution offerings as customized and integrated combinations of goods and services for meeting a customer’s business needs, customers perceive solutions as relational processes.

According to a Bain & Co. study, only 21% of companies succeed with their service strategies (Baveja, Gilbert, and Ledingham 2004), and few firms that enter service markets outperform their pure goods-centric counterparts in terms of revenue growth, margins, or returns on equity. Stanley and Wojcik (2005) find that approximately half of all solution providers realize only modest benefits, and 25% actually lose money.

Which particular strengths in operations, product development, and marketing can a goods manufacturer leverage particularly well for hybrid offerings? What unique opportunities exist that pure service players cannot access? Rather than just a general agreement about why manufacturers move toward services, we need a better understanding of how they can ensure that their service activities succeed.

  1. What distinctive capabilities must goods-focused manufacturers (compared with pure-service players) develop to generate successful hybrid offerings?
  1. Which unique resources must manufacturers leverage to build these distinctive capabilities? 
  1. How can goods manufacturers translate unique resources and distinctive service capabilities into positional advantages, and how do these effects vary across different types of services?
E na sua empresa, como é?
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Como se vai preparar para este desafio?
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Viu o que aconteceu ao sector leiteiro? Sabiam que as quotas iam acabar desde 2006 (?), quantos só acordar para o problema depois do fim efectivo das quotas?
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Recorde o método alemão para lidar com estas situações e compare com o nosso aqui.

terça-feira, outubro 06, 2015

Curiosidade do dia

A propósito desta postura "Presidente da Volkswagen avisa trabalhadores que mudanças vão "doer"", recordar:
"Acham que a função de um Governo é estar a antecipar uma evolução negativa para a qual não tem ainda nenhum dado que o confirme? Se o estivesse a fazer, seria um profundo erro." (daqui)
E:
“Nós não estudámos até ao fim todas as consequências das medidas que sugerimos” (daqui)

Banca a juntar-se à ANTRAL?

Ontem escrevi no Twitter:
Hoje, este artigo "The two Estonians taking on the banks at currency exchange" veio ter comigo:
"Banks once had a near monopoly on this lucrative sector, where people send more than $500bn (£334bn) abroad each year.
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But not anymore, according to Mr Hinrikus who says the banks "have fallen asleep".
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"They have been quick to adopt modern technology to optimise the way things work internally, but when it comes to services for customers their processes haven't really changed for many decades." [Moi ici: Um excelente exemplo de um sector enterrado no goods-dominant logic, apesar de serem um sector de serviços]
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The two Estonians started TransferWise in 2011 when they were both living in London. Mr Kaarman was being paid in pounds but had bills to pay in Estonia, and Mr Hinrikus was being paid in euros but need pounds for his living costs.
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They came up with a way of sending money into each other's account which meant they did not have to pay banks extra fees for the transfer.
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"Banks are very slow to move.
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The way TransferWise works is that instead of sending money across borders, the company matches people transferring money in one direction with people transferring it in the other - so called peer-to-peer transfers.
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Effectively, you are buying your currency from other individuals.
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The "mid-market" rate the site gives is taken from the rate published by Reuters and it is often significantly less than the rates offered by traditional currency exchange businesses.
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The firm charges a fee of £1 on all transactions up to £200, and 0.25% thereafter."
Simples.
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Não precisam de ser uma empresa com a veleidade de oferecer toda a gama de serviços bancários, basta focarem-se num JTBD e serem bons nisso.

Uma alternativa (parte II)

Parte I.
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Recordar também a "Intelligent Naivety" relatada em "Ingenuidade Inteligente".
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O empresário da parte I talvez estivesse demasiado preso aos sucessos do passado para conseguir olhar para o que fazia e quem servia com outros olhos, com outra frescura.
"Experience is what gets you through the door, but experience also closes the door. You tend to rely on memory and stick with what has worked before. You don’t try anything new."
Um pouco como o exemplo do suíço alentejano a produzir azeite premiado que referimos em "Mentes livres de mapas cognitivos castradores":
"THE VITALITY OF INEXPERIENCE
Looking at the list of the great Challengers that have really impacted their individual markets, the first thing that strikes one is how many of them are launches: that is to say, how many of them (and more specifically, the people behind them) lack any previous experience in their chosen category.
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Even in the days when companies were still being started in garages rather than dorm rooms, it is striking how many of these founders knew relatively little about the categories they were launching into, and how beneficial that freshness proved to be.
...
what we will call ‘‘Intelligent Naivety,’’ a questioning  and insight creation born of dynamically applied inexperience, rather than rich familiarity with the category, that has changed the face of the categories around us in the most profound way. That has opened up new business models, introduced new dimensions of appeal for potential consumers, found new ways to build premiums and drive loyalty.
...
The first, and most obvious benefit of Intelligent Naivety is that it allows us to step back and ask those upstream questions that brands and brand owners more immersed in the category have lost the ability to pose. Why does the category have to be all about this? Why could it not be about that instead?"

Ainda acerca da liderança e do futuro

A propósito de "José Mourinho is a cultural terrorist who is too immature to create a dynasty" (comentada aqui), recordar o que escrevemos aqui:

Monitorizar o desempenho

Há dias um empresário dizia-me que não fazia muito sentido um cliente perder muito tempo a tentar negociar a redução dos custos de um componente, que representava uma pequena fatia do custo global.
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Logo lhe respondi que teoricamente é verdade. Contudo, não é o que muitas vezes se vê na prática. E com o tempo que gastam nas pequenas coisas, é difícil ficarem com tempo para as grandes coisas. A verdade é que a maioria das vezes não têm dados relevantes para saber distinguir o que é importante ou não. E quando tudo é importante, nada é importante.
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Assim, foi com um sorriso que encontrei esta imagem a corroborar a minha opinião:
Podem pensar:
-Ah! É uma empresa de vão-de-escada, não admira esse desalinhamento do esforço na redução de custos.

Nope! Acontece em empresas muito respeitáveis.
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Será que também acontece na sua empresa?
Que indicadores de desempenho utiliza na sua empresa?
Por que escolheu esses, por que não outros?
Tem a certeza de que estão alinhados com a estratégia para o sucesso?

Imagem retirada de "No-Nonsense Guide to Measuring Productivity"