sábado, abril 11, 2009

Estarão a preparar o futuro? (parte II)

A propósito de Estarão a preparar o futuro? o Público de hoje traz um artigo que ilustra o que eu entendo por preparação do futuro.
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Trechos retirados de "Pirelli reorientou o negócio para contornar os efeitos da crise no sector automóvel":
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""início de 2008, o grupo teve a percepção de que a crise ia ser má". "Para suavizar o impacto, tomámos logo medidas para reduzir o orçamento e destinámos cem milhões de euros dos lucros para reestruturações e indemnizações, num processo faseado de acordos de cessação de postos de trabalho na Europa (a região onde temos o maior volume de negócios e uma das mais afectadas)."" (início de 2008... os políticos só em Setembro de 2008 é que o descobriram ... quer dizer, alguns ainda escreveram orçamentos para 2009, em Outubro de 2008, que pertenciam a um mundo que desapareceu em Agosto de 2007)
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""Face ao excesso actual de capacidade produtiva, para conseguir lucros num mercado mais reduzido, decidimos cessar a produção de pneus em finais de 2009. Mas não a vamos fechar e sim reorientar as suas actividades para o sector fotovoltaico, fabrico de filtro de partículas para motores diesel e para a área de serviços. Isso permitirá a manutenção de grande parte dos postos de trabalho." "
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"Questionado sobre se a Pirelli Tyre, face à crise, está a pensar deslocalizar a produção, Francesco Gori explicou: "O problema é o excesso de capacidade. Cada unidade fabril produz gamas específicas de pneus para a região onde está inserida. A solução não é deslocalizar mas reduzir - mesmo as fábricas da China estão a produzir menos que o planeado. "
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"Não se trata de ser um grande ou um pequeno produtor - quem tomou medidas a tempo pode resistir melhor. Temos de conceber produtos melhores e mais baratos. As pessoas estão mais conscientes da relação qualidade/preço", acentuou Francesco Gori." (Acham que os subsídios e apoios vão ajudar os apoiados a sentirem a urgência em mudarem?)

Tikrit (parte II)

Os de Coimbra só costumam estar maduros no final de Agosto, estes, de certeza que o estarão mais cedo... muito mais cedo. As minhas primeiras flores de estêva do ano:
E alfazema, alfazema por todo o lado ...



sexta-feira, abril 10, 2009

Tikrit (parte I)

Fomos recebidos por uma Galerida cristata (cotovia de poupa): E, ao final da tarde vimos algo que já não víamos há mais de dez anos:
Dois gigantes, dois Aegypius monachus (abutres negros) a pairar sobre nós.
Também já vi uns Lanius senator (picanços de barrete vermelho)...
e uns Cyanopica cyana (pega azul) que estão por aqui a fazer ninhoe ...


Fotos roubadas na net.

Back to basics

"To Drucker, one of the most important things that any organization can do is to adopt what he called a "rifle approach," eschewing "product clutter." "Economic results," he wrote, "require that managers concentrate their efforts on the smallest number of products, product lines, services, customers, markets, distribution channels, end users, and so on which will produce the largest amount of revenue." "
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E dolorosamente verdadeiro o que se segue, como tantas vezes encontro nas empresas:
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"And yet as fundamental as this seems, Drucker added, many businesses foolishly "pride themselves on being willing and able to supply any specialty, to satisfy any demand for variety, even to stimulate such demands in the first place. And many businesses boast that they never, of their own free will, abandon a product." Thanks to this attitude, plenty of companies "end up with thousands of products in their product line—and all too frequently fewer than 20 really 'sell.'" "
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"Drucker's basic message—"focus, focus, focus"—extended beyond the organization as a whole, right down to the individual. "
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Trechos retirados de "How Lack of Focus Hurt Detroit"

quinta-feira, abril 09, 2009

A realidade é ainda muito mais complexa do que parece

Sou um leitor compulsivo, acho que dá para perceber.
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Além disso, gosto de sublinhar e comentar as passagens principais de um texto, ou até mesmo de registar pensamentos laterais que um dado parágrafo me proporciona.
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Por isto, sou um grande consumidor, e exigente, de marcadores sublinhadores...
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Experimento muita coisa, os melhores que encontrei são os que pontualmente estão à venda nas lojas Lidl. Como o meu inventário está a acabar... e como os marcadores não têm marca... será que alguém conhece alguém que possa influenciar a rede Lidl a voltar a ter os referidos marcadores nas prateleiras?
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Agradecido!

If they are to big to fail...

... they should not be allowed to grow so much.
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Nassim Taleb diverte-se "Ten principles for a Black Swan-proof world".
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Cada um dos princípios é tão desrespeitado pelos políticos que ...

Um conselho

Mais uma pérola de Steve Yastrow "Rethinking the way you communicate with customers".
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Um trecho:
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"You cannot move customers' minds, feet, and wallets unless your create Brand Harmony through the entire course of your interactions with them. You have to be more careful about your marketing investments, especially in the midst of this economic mayhem, as your customers are more careful with their purchase decisions.
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Here's an easy way to improve the sense of Brand Harmony you create for your customers: Block off a conference room at your office for the next week. Cover the walls in paper. Next, grab your colleagues and a bunch of markers, and map out the touchpoints customers have with your company throughout the course of their relationships with you (ainda há dias estive a almoçar num restaurante italiano onde me disseram que os funcionários da cozinha estiveram seis meses em Itália a estudar e a aprender a cozinhar. No entanto, a moça que vinha às mesas apresentar o menu e recolher as escolhas, fazia-o enquanto mascava uma volumosa massa esverdeada de pastilha elástica... come on). Look for pockets of dissonance. Look for places where the story doesn't flow, or where it contradicts itself. Look for places to improve the way you communicate your story, with a focus on improved Brand Harmony."
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E isto, não é fazer batota? A batota, ainda e sempre a batota

"There will be a light at the end of the tunnel somewhere down the line, later rather than sooner,"

Fiem-se na Virgem e não corram, entre os arautos da retoma e Roubini continuo a preferir a companhia de Roubini "Market bear Roubini sticks to dour forecasts"

Produtividade (parte VII)

Na sequência de: Produtividade (parte I); parte II; parte III, parte IV, parte V e parte VI.
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Não abandono o meu ponto, o futuro de Portugal só se resolverá quando uma massa crítica de empreendedores, empresários e gestores aderir ao combate pelo numerador da equação da produtividade, ao combate pela criação de valor, como a preocupação principal (fora do âmbito deste postal fica o combate ao cuco e aos normandos, essencial também para a criação de um futuro que valha a pena).
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As empresas que apostarem e tiverem sucesso na criação de níveis de valor sucessivamente mais elevados vão ser recompensadas com um bonus relativamente às outras.
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Assim, volto a colocar a questão: "E vão todas as empresas apostar em ter uma marca?"
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Poder podem, mas espero bem que não o façam.
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De manhã, quando faço o meu jogging matinal passo por uns campos como as figuras que se seguem ilustram:
IMHO isto da economia e da competição no mercado tem muito de competição biológica. Olho para a primeira foto e vejo um mercado em competição. Competição por luz solar, água e nutrientes, e sujeita a factores como o clima. Na economia compete-se pela atenção, poder de compra e preferência dos compradores.
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A mensagem das fotografias é ... Diversidade um seguro comunitário para fazer face ao futuro
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Não faz sentido que todas as empresas apostem na marca, a comunidade, o cluster a que pertencem ficaria fragilizado.
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Tal como as fotos ilustram o que a Natureza privilegia é a biodiversidade, basta recordar a citação mais usada por mim neste blogue (de Hamel e Valikangas - ver Diversidade um seguro comunitário para fazer face ao futuro).
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A verdade é que a realidade é dinâmica. Empresas, projectos podem apostar num nível de criação de valor e com o tempo evoluírem para cima, ou para baixo na escala de criação de valor, ou perecerem, ou darem lugar a novos intervenientes ... é a vida. É a forma de premiar quem melhor serve os seus clientes e castigar quem não tem capacidade, adormeceu ou não quis evoluir.
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O importante é que no somatório global aumente a criação de valor.
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A decisão sobre o posicionamento na escala de valor é muito importante. A comunidade, para progredir, precisa que no cômputo geral o todo aumente a criação de valor, no entanto, essa mesma comunidade precisa que existam empresas em todos os escalões de criação de valor, como seguro para fazer face aos imprevistos do futuro. A decisão sobre o posicionamento de cada empresa é um assunto pessoal de cada uma delas, e nunca é definitiva.
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BTW, a primeira fotografia ilustra um pedaço de terreno que ainda há meses tinha sido dedicado pela mão humana à criação de nabiças. Quando acabaram as nabiças o terreno não ficou vazio, a natureza resolveu o problema e inundou-o de variedade, de experiências. Olho para o terreno e lembro-me da visão dos políticos da situação e da oposição, cá e nos outros países, acreditam que com o encerramento das empresas não aparecerão outras para as substituir.
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Os políticos percebem tanto da criação de empresas como a humanidade acerca da criação do mundo. Não se percebe como é que ele apareceu, mas que ele existe, existe.

quarta-feira, abril 08, 2009

Estarão a preparar o futuro?

A ACAP pedia algo do género no Jornal de Negócios de sexta passada, salvo erro: "Alemanha triplica apoios ao abate de veículos em fim de vida"
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Só que em Portugal uma medida destas faria crescer irresponsavelmente o défice das transacções comerciais com o exterior.
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E o que vai acontecer quando acabar o apoio governamental e os cerca de 2 milhões de novos carros estiverem a circular?
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Será que no entretanto as empresas automóveis estão a preparar-se para um mundo futuro com menor consumo? Ou estão simplesmente debaixo de água, com os dedos no nariz, a suster a respiração, à espera que passe a tormenta?
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E se a tormenta não passar após a venda dos 2 milhões de carros?

O Grande Planeador não tem qualquer chance

É como tentar fazer subir o nível de água de um lago descarregando água sobre ele com baldes e cisternas...
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"Universidade Católica aponta para pior resultado da economia em 30 anos"
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Aqui Verdades inconvenientes??? escrevi:
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"Quando desenhamos um mapa da estratégia, temos o cuidado de chamar a atenção, para o facto de, apesar dos resultados financeiros serem o objectivo último, são uma consequência. Assim, não trabalhamos directamente para os resultados financeiros, trabalhamos e investimos a montante, para conseguir a jusante os resultados financeiros futuros desejados.
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Os políticos, parece que não seguem esta prática, trabalham directamente para obter resultados a nível do emprego… só que o emprego sustentado é uma consequência, não o fruto de trabalho directo. Temos de trabalhar a montante, para que o crescimento económico aconteça, acontecendo o crescimento económico, o emprego crescerá."

Olhar olhos nos olhos, pessoas concretas não a miudagem da abstração estatística

Volto ao livro de Thomassen e Lincoln "How to Succeed at Retail: Winning Case Studies and Strategies for Retailers and Brands".
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"You need to get closer to your shopper and maybe one way of doing this is to start listening to them and start cooperating with them. You need to start ‘listening to shoppers’ more."
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"We should not treat shoppers as laboratory rats and we should avoid processes that provide average statistics. Average statistics give you average results. Throw away glass research mirrors and talk to shoppers about their lives and their shopping experiences – not just products. You might be surprised by what you hear.
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By listening to people more effectively we get closer to the true shopping nature of brands. Brands are living entities. Brands are holistic. Brands are not about stereotypes. Brands are about paradoxes. Brands are about talking to everyone. Brands are about emotions."
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Em linha com Quem são os clientes-alvo da sua organização? , com Clientes de carne e osso, não ilusões ou fantasmas estatísticas e ainda com Qual é o nosso negócio? O que oferecemos aos clientes-alvo?
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Não esquecer o desafio de ultrapassar o conceito d' A miudagem

A economia do betão e do curto-prazismo

"Há cerca de 500 mil casas à venda em Portugal, o que representa 10% das habitações do país"
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Em Espanha existem 1 milhão de casas à venda...
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Um momento (shotomaté kudasai)! A população portuguesa é um terço da espanhola...
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Quer isto dizer que por cá conseguimos ser ainda mais ... não sei classificar, do que os espanhóis?!!!!

A época dos mortos-vivos

"Soros told Reuters Financial Television that rescuing U.S. banks could turn them into "zombies" that suck the lifeblood of the economy, prolonging the economic slowdown."
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"What we have created now is a situation where the banks who will be able to earn their way out of a hole, but by doing that, they are going to weigh on the economy.
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"Instead of stimulating the economy, they will draw the lifeblood, so to speak, of profits away from the real economy in order to keep themselves alive."
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Trechos extraídos de "Soros says U.S. faces "lasting slowdown""

Para os sonhadores iludidos

"In a number of systemically important countries, notably the US and the UK, there is a material risk of a ’sudden stop’ - an emerging-market style interruption of capital inflows to both the public and private sectors - prompted by financial market concerns about the sustainability of the fiscal-financial-monetary programmes proposed and implemented by the fiscal and monetary authorities in these countries. For both countries there is a material risk that the mind-boggling general government deficits (14% of GDP or over for the US and 12 % of GDP or over for the UK for the coming year) will either have to be monetised permanently, implying high inflation as soon as the real economy recovers, the output gap closes and the extraordinary fear-induced liquidity preference of the past year subsides, or lead to sovereign default.
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Pointing to a non-negligible risk of sovereign default in the US and the UK does not, I fear, qualify me as a madman. The last time things got serious, during the Great Depression of the 1930s, both the US and the UK defaulted de facto, and possibly even de jure, on their sovereign debt."
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E este pormenor que se segue devia pôr os cabelos em pé de quem empresta dinheiro aos estados:
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"I believe both defaults were eminently justified. There is no case for letting the interests of the holders of sovereign debt override the interests of the rest of the community, regardless of the financial, economic, social and political costs involved. But to say that these were justifiable sovereign defaults does not mean that they were not sovereign defaults. Similar circumstances could arise again."
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Quando eu escrevo sobre as moscas que estão a dormir e que depois das eleições vão acordar, inevitavelmente ... penso também nisto (basta alargar o nosso pensamento sobre o futuro para além da distância temporal típica dos políticos, da situação e da oposição, que só equacionam o tempo ente aquilo que almoçaram e aquilo que vão jantar):
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"Furthermore, a likely consequence of the fiscal stimuli we have already seen or are about to experience is a negative impact on the medium- and long-term growth potential of the global economy. The reason is that, if fiscal solvency is to be maintained, there will have to be some combination of an increase in the tax burden and a reduction in non-interest public spending in most countries when this contraction is over. The inevitable effect of the crisis and the contraction is a higher public debt burden and therefore a larger future required primary government surplus (as a share of GDP). Almost any increase in the tax burden will hurt potential output - just the level of the path of potential output if you are a classical growth groupie, both the level and the growth rate of the path of potential output if you are an adept of the endogenous growth school...."

Trechos retirados de Willem Buiter: "Non-Negligible" Risk of Default by US and UK
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Este postal começa com "Willem Buiter takes no prisoners, In his latest post," o que me deixa a pensar em quantos prisioneiros Vitor Constância faz ou mantém quando fala.

É tão absurdo

É tão absurdo, mas tão absurdo pensar numa ligação TGV-aeroporto...
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Acreditam que vamos ter um metro TGV a ligar o aeroporto à cidade de 15 em 15 minutos?
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É tão absurdo que tremo só de pensar na racionalidade económica e na sanidade mental de quem assim pensa.
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"'Shuttle' dispensa ligação directa do TGV a Alcochete"
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Estão a ver qual a posição que o senador do postal que se segue ocupa? Pergunta o ignorante
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Estamos rodeados de pessoas, somos governados por pessoas, incapazes de de construir um simples diagrama de relações de causa-efeito que ilustre a rede de consequências das decisões que se tomam, ficam-se pelos rótulos ... depois, quando as consequências nos caem em cima, já eles estão longe numa qualquer prateleira dourada.

É triste ...

... quando o spin nos cai em cima.
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"Economia portuguesa pode cair mais este ano do que em 1993, diz Vítor Constâncio"
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Como é que Charan escreveu?
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"If you tell half-truths, sugarcoat bad news, or fail to understand the realities of the toxic environment, people won't trust you. Worse, they will miss the urgency."
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Pois...
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"A visão sobre o andamento da economia portuguesa este ano é "bastante mais pessimista do que a última vez que fiz declarações em público", afirmou o governador, Vítor Constâncio, à margem da conferência de imprensa de apresentação da Central de Responsabilidades de Crédito."
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terça-feira, abril 07, 2009

Gestão do Ambiente - Aula III


Acetatos aqui.
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Uns textos da minha autoria:


  • Aqui, sobre a modelação de sistemas de gestão ambiental;

  • Aqui, sobre a realização de levantamentos ambientais;

  • Aqui, sobre a definição de objectivos e metas.

“The brand is never the solution. The product is.”

Em 2007 descobri nas prateleiras de uma livraria um livro que me encheu as medidas “Retailization: Brand Survival in the Age of Retailer Power” de Lars Thomassen, Keith Lincoln e Anthony Aconis.
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A guerra das pateleiras fascina-me , os hipermercados são autênticos ratinhos de laboratório que sentem, pressentem, testam e criam o futuro da competição que só muitas mais tarde chegará a outros sectores actividade.
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Pois bem, Thomassem e Lincoln voltaram à carga e publicaram um segundo livro "How to Succeed at Retail: Winning Case Studies and Strategies for Retailers and Brands". Ando a lê-lo às prestações e está a ser, como aquando do primeiro, um prazer. O ambiente da grande distribuição não se compadece com mariquices exige "zest", exige respostas rápidas, exige reflexão e acção ... coisas que em outros sectores de actividade me exasperam (parece que ninguém sente a necessidade de actuar com urgência).
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O trecho que se segue é delicioso, pleno de sumo, dedico-o ao Aranha, comentador residente deste blogue:
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“Retailers are fantastic at selling things, but very few retailers are very good at developing things. That used to be the raison d’être of the brands. But with their obsession for volume they have often mixed up genuine innovations with the next flavour-extension or volume-variant package. Many FMCG companies have forgotten what originally made them big. When it comes to the retail arena, shoppers reach out for products, but they are often disappointed. Lots of companies have a brand these days, but few have a product.

“The brand is never the solution. The product is.”
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Por favor, não saquem da pistola ao primeiro impulso. É claro que a marca é importante, é claro que a marca é muito importante... mas não pode ser... não deve ser algo de ôco, deve estar associada a um produto concreto que é a imagem, o reflexo da marca.

Honestidade e credibilidade

Acerca do comportamento dos gestores de topo durante este período de crise que atravessamos, Ram Charan escreve no seu livro "Leadership in the Era of Economic Uncertainty":
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You have to instill courage and optimism in others by putting reality on the table and addressing it decisively. You need to show a path forward that is credible and concrete and enroll other change agents who have the courage to make tough calls without sacrificing values. If you tell half-truths, sugarcoat bad news, or fail to understand the realities of the toxic environment, people won't trust you. Worse, they will miss the urgency."
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Pois ...
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"Nobody can be certain about the business environment and its direction. How can you tell people what you believe when you can't be confident that it is right? You can't fake it or bluff - anybody can test your ideas by googling. The only answer is intellectual honesty and humility. Your authority derives not from omniscience but from your ability to facilitate understanding and solutions. Level with people: tell them how you see the world, acknowledge the limits of your understanding, and ask them for their own views. Doing this may take courage, but together you can piece together better probabilities than any one person can."
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Pois ... o que é que os políticos da oposição e da situação nos vêm dizendo?
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O que se disse no ano passado quando se decidiu baixar o IVA? Quais as justificações que foram avançadas?