segunda-feira, fevereiro 09, 2009

As consequências do curto-prazismo batem à porta quando menos se espera e com juros

"estes “desenvolvimentos evidenciam a necessidade de os Estados-membros tomarem em linha de conta a sustentabilidade orçamental quanto analisam e implementam medidas de resgate” da banca e da economia real. "
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No Jornal de Negócios de hoje "Ministros europeus "preocupados" com dificuldades dos Governos em financiarem-se".
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Os ministros das Finanças da Zona Euro estão crescentemente preocupados com o facto de alguns Governos estarem a sentir dificuldades acrescidas em financiarem-se nos mercados internacionais."
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De que é que estavam à espera?

You can see where this is going.

Vai ser bonito ... depois do caseiro "Compro o que é nosso" temos a França, a Espanha, os Estados unidos, o Japão (Consommons français ! )
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Evans-Pritchard relata:
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"Spain's unemployment has jumped to 3.3m – or 14.4pc – and will hit 19pc next year, on Brussels data. The labour minister said yesterday that Spain's economy could not "tolerate" immigrants any longer after suffering "hurricane devastation". You can see where this is going. " (Bond market calls Fed's bluff as global economy falls apart )
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Se começarmos a fazer um exercício de identificação de relações de causa-efeito para especular sobre onde é que isto nos pode levar...

O alfaiate industrial

O semanário Expresso deste sábado traz mais um exemplo de quem ou formulou, ou descobriu uma estratégia competitiva.
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Muitas vezes, neste espaço, chamo a atenção para a importância de ter relações amorosas com clientes, produtos e serviços, algo que falta a macro-economistas, burocratas de Bruxelas e consultores. Só o conhecimento que advém dessa intimidade permite ser rápido a circular nos OODA loops.
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Em Agosto de 2007 escrevi neste blogue acerca da Maconde:
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"Quando trabalho como consultor para uma organização, procuro ser provocador, para levar as pessoas a abandonar o terreno conhecido, mas aviso sempre, e tento manter a minha guarda interna: só sou consultor, no final do projecto não fico com a criança. Para que me oiçam, mas não dê-em demasiada ênfase ao que digo... posso estar errado.
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Um consultor, tal como um gestor, sabe (ou julga saber) umas regras básicas de gestão, tem experiência e conhecimentos de casos anteriores, procura formar-se e informar-se, pode até desenvolver carinho, ou clubite, pelas instituições e amizade pelas pessoas com quem trabalha, mas falta-lhe uma especiaria, o conhecimento intrínseco do negócio, o instinto para o negócio da organização consultada. A abordagem do consultor corre o risco de ser asséptica, aplicam-se as fórmulas e "prontos".
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Se isto se pode dizer de mim como consultor, será que posso generalizar e chamar a atenção para os gestores da Maconde? Será que não sofriam do mesmo mal, e estando numa posição de poder executivo, tomaram decisões demasiado assépticas?Repare-se, depois da saída de Pais de Sousa (veio da Vulcano) em Março passado, a empresa viu entrar Cândida Morais (veio da Barbosa & Almeida)...
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Quem sou eu, não tenho qualquer informação sobre este caso em particular mas... depois de ler todos os cortes e cortes que a empresa fez, acho que alguém se esqueceu que é preciso ganhar dinheiro (ver Gertz & Baptista: emagrecer, emagrecer até ser grande!!!)"
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No artigo do Expresso do passado Sábado "O alfaiate industrial de Vila do Conde" encontro:
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"No Verão de 2007, a velha Maconde agonizava sem encomendas e um passivo de €50 milhões (32 milhões à banca). Na altura, restava a unidade de Vila do Conde, autonomizada como Macvila. Face à falência iminente, Luísa Rocha, engenheira com 20 anos de casa, José Amorim, contabilista e o advogado José Pedro Vieira apresentaram um projecto que convenceu o Governo e o consórcio bancário liderado pelo BCP."
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O artigo descreve a adopção de uma proposta de valor próxima da consultoria, liderança pelo serviço: ""A nossa vantagem competitiva está nos produtos mais complexos e na capacidade de respostas rápidas", dis Luísa Rocha. Nesta nova cruzada comercial há uma sigla - MTM - que traduz a sua nova ambição. Made to measure (feito à medida) é mais um desafio da empresa que pretende tornar-se um alfaiate industrial de alemães, britânicos e irlandeses. Em lojas requintadas desses mercados, a Macvila disponibiliza uma gama de tecidos e modelos à escolha do cliente. O retalhista transmite as medidas e em 12 dias recebe o fato encomendado."
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"A verdade, é que a unidade enfrenta 2009 com o entusiasmo redobrado de quem recebeu o dobro dos pedidos de colecções para a estação Outono/Inverno em que trabalha. Não é seguro que todos os pedidos se transformem em encomendas, mas é um sinal de vitalidade..."
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Cá vai a seguir a tradução prática daquilo a que chamo abusar daquilo em que se pode fazer a diferença:
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""As colecções são mais complexas e diversificadas, induzindo séries mais pequenas", nota Luísa Rocha."

domingo, fevereiro 08, 2009

Pós-Graduação Gestão das Organizações e Desenvolvimento Sustentável

Gestão Ambiental e Ecoeficiência.
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Não esquecer a palavra-chave.

Não consigo resistir ...

... já o confessei váias vezes neste local.
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Tenho um fraco por soundbytes e poesia, pronunciar palavras e frases que deslizam bem no sistema fisiológico e em simultâneo adoçam o pensamento, por que o significado é potente e razoável. Por exemplo:
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"There is, however, a missing link. For if too much debt is at the heart of the crisis, what about the over-borrowers? What do they have to say?
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I'm not talking about unfortunate souls who have slipped behind as a result of redundancy or family crisis. I'm more interested in Smart Alecs who signed for a dozen credit cards and then spent over the limits. Or homebuyers who enjoyed a burst of creativity when it came to disclosing incomes on mortgage forms. Or heavily geared buy-to-let merchants who worked out that instead of paying for a house, they could get a house to pay for them.
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These and others have played a role in creating the credit crunch. But we rarely hear from them or about them. The reason, I fear, is that after 12 years of a government which has infantilised the electorate by telling it that the state will always provide, there has been a shocking diminution of personal responsibility. We are a society addicted to victimhood.
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As such, when things go wrong, we seek bogeymen rather than face up to our own shortcomings. We expect instant, painless solutions to self-inflicted problems. Britain's booze culture is blamed on the slick advertisements of drinks companies and the cut-price tactics of supermarkets. Our obesity epidemic is the fault of junk-food outlets and confectionery suppliers. And our personal indebtedness, the highest it has ever been, is the result of a pernicious campaign by greedy banks to enslave their customers. Oh yes, and the crash was caused by beastly Americans.
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It is a mindset that is fostered by cynical politicians who see few votes in telling people that which discomforts them, even if it's the truth. Much better to identify a "dark force" and then roll out an initiative to tackle it. This exculpates the guilty, while creating an impression of activity."
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Já agora especulo com outro motivo para o fenómeno (tendo em conta as teorias de Pedro Arroja sobre as distinções entre a sociedade prot e a sociedade cath) talvez a culpa não seja dos políticos, mas do progressivo aumento de católicos em Inglaterra. Just kidding.
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Trechos retirados de "We're in denial: afraid to face up to the real causes of recession"

Uma teoria interessante...

... que leva a um modelo que simula a nossa realidade e ajuda a percebê-la e a encadear os acontecimentos "The Roving Cavaliers of Credit".
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Alguns trechos:
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"Thus rather than credit money being created with a lag after government money, the data shows that credit money is created first, up to a year before there are changes in base money. This contradicts the money multiplier model of how credit and debt are created: rather than fiat money being needed to “seed” the credit creation process, credit is created first and then after that, base money changes.
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It doesn’t take sophisticated statistics to show that the second prediction is wrong—all you have to do is look at the ratio of private debt to money. The theoretical prediction has never been right—rather than the money stock exceeding debt, debt has always exceeded the money supply—and the degree of divergence has grown over time."
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"“In the real world, banks extend credit, creating deposits in the process, and look for reserves later”.[5]
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Thus loans come first—simultaneously creating deposits—and at a later stage the reserves are found. The main mechanism behind this are the “lines of credit” that major corporations have arranged with banks that enable them to expand their loans from whatever they are now up to a specified limit."
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"Thus causation in money creation runs in the opposite direction to that of the money multiplier model: the credit money dog wags the fiat money tail. Both the actual level of money in the system, and the component of it that is created by the government, are controlled by the commercial system itself, and not by the Federal Reserve."
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"The only way that Bernanke’s “printing press example” would work to cause inflation in our current debt-laden would be if simply Zimbabwean levels of money were printed—so that fiat money could substantially repay outstanding debt and effectively supplant credit-based money.
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Measured on this scale, Bernanke’s increase in Base Money goes from being heroic to trivial. Not only does the scale of credit-created money greatly exceed government-created money, but debt in turn greatly exceeds even the broadest measure of the money stock—the M3 series that the Fed some years ago decided to discontinue."
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"We are therefore not in a “fractional reserve banking system”, but in a credit-money one, where the dynamics of money and debt are vastly different to those assumed by Bernanke and neoclassical economics in general.[10]
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Calling our current financial system a “fiat money” or “fractional reserve banking system” is akin to the blind man who classified an elephant as a snake, because he felt its trunk. We live in a credit money system with a fiat money subsystem that has some independence, but certainly doesn’t rule the monetary roost—far from it."
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"Though in some ways the answers are obvious, it lets us see why banks are truly cavalier with credit. The conclusions are that bank income is bigger:
  • If the rate of money creation is higher (this is by far the most important factor);
  • If the rate of circulation of unlent reserves is higher; and
  • If the rate of debt repayment is lower—which is why, in “normal” financial circumstances, banks are quite happy not to have debt repaid.
In some ways these conclusions are unremarkable: banks make money by extending debt, and the more they create, the more they are likely to earn. But this is a revolutionary conclusion when compared to standard thinking about banks and debt, because the money multiplier model implies that, whatever banks might want to do, they are constrained from so doing by a money creation process that they do not control.
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However, in the real world, they do control the creation of credit. Given their proclivity to lend as much as is possible, the only real constraint on bank lending is the public’s willingness to go into debt. In the model economy shown here, that willingness directly relates to the perceived possibilities for profitable investment—and since these are limited, so also is the uptake of debt.
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But in the real world—and in my models of Minsky’s Financial Instability Hypothesis—there is an additional reason why the public will take on debt: the perception of possibilities for private gain from leveraged speculation on asset prices."
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A furna vulcânica no fundo do oceano...

sábado, fevereiro 07, 2009

Quando a esmola é grande o pobre desconfia

O Le Monde bem tenta animar a malta com algum optimismo "Le bout du tunnel ?"
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Mas ao ler Edward Hugh sobre a situação italiana "Italy Needs EU Bonds And It Needs Them Now! " desconfio da esmola francesa.

Vamos fazer um exercício...

Quando inicio um projecto de transformação estratégica com uma organização, procuro trabalhar as oportunidades e ameaças que identificam no meio envolvente com um pouco da análise PESTEL, para criar uma representação dinâmica de factores externos que podem influenciar o futuro da organização.
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A partir daí podemos identificar incertezas críticas e equacionar alguns cenários para o futuro. O propósito é o de obrigar a transformação estratégica a ter alguma aderência à realidade e evitar os devaneios da gestão.
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Aqui vai um extracto do último que fiz para alimentar uma discussão durante a semana que passou.
Uso estes esquemas para que os intervenientes percebam, vejam (por que assim salta aos olhos) que as decisões que tomam nunca são isoladas, e podem gerar uma cadeia de reacções de causa-efeito positivas, negativas ou ambas.
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As nossas decisões nunca são neutras, nunca ficam impunes. Mais tarde, ou mais cedo as suas consequências voltam a bater-nos à porta, para nosso deleite ou para nosso tormento.
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Tudo isto a propósito do que ouvi ontem na rádio e li hoje nos jornais:
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No Público de hoje, no artigo "Governo deve intervir para facilitar acesso ao crédito", assinado por Luísa Pinto:
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"Associações reivindicam papel mais activo do Estado para desbloquear os empréstimos que são indispensáveis para as empresas portuguesas."
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"Por isso, defende José António Barros, "apesar das próprias dificuldades dos bancos em refinanciarem, neste momento, as suas carteiras de crédito, face à escassez de liquidez e de confiança que ainda permanece nos mercados financeiros internacionais", é importante existir "uma maior pro-actividade na concessão de crédito às PME e na maior razoabilidade do seu custo". "
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Admitamos que os bancos se esquecem da sua função de proteger os depósitos de quem neles confiou e de desprezarem os interesses dos seus accionistas.
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Conjuguemos esse esquecimento com o que está a acontecer com a derrocada da procura "Dez empresas por dia declaram falência" no JN de ontem, onde se pode ler:
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"No mês de Janeiro, 299 empresas fecharam ou entraram em processo de insolvência, uma média de 10 firmas por dia. No primeiro mês de 2008, entraram em idênticos processos um total de 293 firmas."
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Os bancos ficariam mais seguros ou não?
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Bancos menos seguros conseguem melhores taxas de juro ou não?
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Bancos menos seguros teriam mais acesso a crédito ou não? (Basta atentar no exemplo dos nossos vizinhos: Nas costas dos outros vemos as nossas )
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Além do desempenho dos bancos, qual o desempenho dos nossos políticos (posição e oposição) haverá cada vez mais ou menos facilidade em emprestar dinheiro a Portugal? (Cuidado com o exemplo desta semana em Espanha que não conseguiu colocar toda a dívida de longo prazo que queria.)
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Edward Hugh escreveu, relativamente a Espanha:
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"So - with budget GDP growth estimates which consistently underestimate the size of the contraction, and tax revenue falling as unemployment payments rise (onde é que nós já vimos isto?) - little by little the money is drying up, and this isn't surprising, since Spain can't print its own euros, and so, given the difficulties of borrowing them externally, liquidity becomes very, very tight. Not desperately so yet, but tight. But it is obvious that if things carry on like this we will begin to see a gradual grinding to a halt of the public sector, and all those "functionarios" and pensioners who have so far been very carefully protected from the crisis will find themselves more exposed to the full force of the crunch."
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Daniel Amaral escreveu no Diário Económico de ontem:
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"Os sacrifícios que nos esperam são incomensuráveis e o próximo orçamento vai ser dramático. (Acrescento eu aqui: By the way: Acordar as moscas que estão a dormir. O próximo orçamento vai ser redigido antes ou depois das eleições? You know the answer! So prepare yourself for the day-after) ) Mas não creio que tal seja perceptível para a generalidade das populações. Então, uma de duas: ou começamos a trabalhar num apoio político alargado ou arriscamos um chumbo de consequências imprevisíveis. Talvez o Presidente da República possa dar uma ajuda. Eu não tenho grandes dúvidas: falhar este orçamento é entrar em 2010 com o país feito em cacos."
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Posto isto, um exercício interessante seria o de desenhar a cadeia inexorável de reacções de causa-efeito que resultaria se os bancos fossem "obrigados" a serem mãos-largas.
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Então aquele apelo de Joaquim Cunha da Associação PME para que os bancos emprestem mais dinheiro e com mais facilidades às famílias...
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Cuidado com o curto-prazismo.
Recuperemos o conhecimento das relações de causa-efeito e a responsabilidade que quem vivia ligado à terra tão bem conhecia.
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E já agora, será que algum político vai falar verdade sobre o day-after durante a campanha eleitoral? E será que os media tradicionais ainda têm jornalistas não engajados que tenham a coragem de fazer perguntas sobre o day-after drante a campanha eleitoral?

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Acordar as moscas que estão a dormir.

Nas vésperas dos dois últimos actos eleitorais alguém prometeu subir impostos?
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O que aconteceu a seguir?
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Já sabem a resposta.
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Na véspera da próxima eleição: será que alguém vai prometer a redução dos salários dos funcionários públicos e das pensões para os reformados?
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O que acontecerá no day-after?
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Será que já sabem a resposta?
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Singapura, Irlanda e Espanha... does it ring a bell?
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"Of course, there is another way to go here, we could decide to reduce prices and salaries in the public sector (ie internal deflation as an alternative to devaluation), and bring the budget more back into line with Spain's ability to pay. This is what they seem to be doing in Ireland, although, even there, the prime minister allegedly threatened to call in the IMF if the public sector unions failed to agree on the spot to a five percent salary reduction." (Nas costas dos outros vemos as nossas )
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Os canários vão à frente ...

Por favor, alguém que conte a verdade aos agricultores. Não os tratem como criancinhas.

Por vezes a realidade brinda-nos com estórias que ilustram perfeitamente as teorias de Pedro Arroja sobre as sociedades católicas e protestantes.
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Quando morre um familiar próximo, os pais tentam esconder o facto às suas criancinhas. Normalmente optam por não revelar a verdade de chofre, e desviam a conversa e falam de viagens e blábláblá.
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O semanário Vida Económica publicado esta semana traz um desses casos. Um caso em que ninguém... ninguém com poder e autoridade, tem a coragem de contar a verdade aos adultos, aos agricultores. No artigo "Jaime Silva contestado pelos produtores de milho" pode ler-se o protesto dos adultos (de idade fisiológica) contra a realidade:
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"Em causa está o facto de o preço dos adubos ter aumentado 100%, o gasóleo 40% e os pesticidas mais de 50%. E face a estes aumentos o preço a que o milho é vendido mantém-se exactamente igual ao que é praticado desde 1989."
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Por que é que não explicam aos agricultores a realidade? Por que é que não explicam aos agricultores o que significa produzir uma commodity? Por que é que os agricultores devem ser apoiados e os operários da antiga Quimigal em Estarreja que produziam ácido sulfúrico não?
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" «É um cenário extremamente difícil para os produtores», afiança Luís Vasconcellos e Souza. O mesmo responsável acrescenta que «há muito tempo que o Estado não investe no sector» e destaca não se conformar com a resposta de que «não há dinheiro». «Há fundos comunitários específicos para o sector», sublinha para acrescentar de imediato: «não sei o que é feito ao dinheiro». Jaime Silva é alvo de críticas directas: «é uma pessoa muito inteligente mas que não percebe nada do sector». O responsável da Associação Nacional de Produtores de Milho abrange a sua crítica ao afirmar que «não é só no sector da agricultura que o ministro está deslocalizado»."
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O que será, o que significará este «há muito tempo que o Estado não investe no sector»?
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Se os agricultores produzem um produto básico, standard, indiferenciado, vendido a granel, como é que os agricultores querem fazer face à realidade?
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Se não fosse a crise financeira que atravessamos e que secou o capital, dentro de dois anos teríamos umas empresas na Rússia a produzir autênticos oceanos de cereal em terrenos aráveis que estão em pousio e que se preparavam para ser trabalhados (Estratégia na agricultura ).
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Como é que os agricultores portugueses iriam fazer face a essas produções concorrentes?
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Enquanto não lhes contarem a verdade eles nunca vão procurar alternativas, ou seja, fazer o mesmo que fez o sector do calçado para voltar a ter sucesso.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Nas costas dos outros vemos as nossas

A capa do Jornal de Negócios de hoje tem uma caixa, com a foto do ministro das finanças, onde se lê: "Emissão de dívida pública de curto prazo imune ao corte do "rating" da República".
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O pormaior que me escapou numa primeira leitura foi aquele "curto prazo".
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Escreve o jornal na página 23:
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"A justificar o bom resultado estará o facto de, dada a elevada aversão ao risco no mercado, os investidores estarem a procurar mais títulos de dívida pública e, em especial, títulos de curto prazo (maturidade até um ano).
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O teste de fogo para a dívida pública portuguesa terá, contudo, lugar no primeiro leilão de títulos com maturidade de cinco ou dez anos (Obrigações do Tesouro), sobre os quais os investidores têm maiores reservas."
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O que me preocupa, sabendo que somos governados por gente que gasta mais do que pode (quer da situação, quer da oposição) é saber que a Espanha tem um risco inferior a Portugal e, no entanto:
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"And the centre is having problems, as we saw in the case of yesterday's €7bn 10 year treasury bond auction (Tuesday) which produced a Spanish yield differential jump at its highest level since the euro came into existence - 137 basis points above the equivalent German Bunds. More ominously, foreign investors were notably absent, leaving Spanish banks to soak up the debt. Which makes all that nonsense Spanish people have been seeing on their TV screens this week about how the banks are not lending enough to households and businesses seem even more ridiculous, since it is the needs of the government itself which is increasingly "crowding out" all the rest."
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Ainda: durante anos ouvi estórias da minha irmã, estórias carregadas de 'inveja', onde me contava como o dinheiro para o Ambiente em Espanha nunca faltava, nunca era rateado, enquanto que do lado de cá ...
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Pois bem:
"Another minor but revealing anecdote about all this came my way yesterday afternoon, when a friend of mine who works for the municapal authority in one of Barcelona's "sattelite towns" told me she had just had a frustrating day trying to buy a ticket for a trip to Brussels (you know, to sign something, and appear in the photo) for one of their civic dignitaries. Now the travel agents were quite happy to make the reservation, and prepare the ticket. What they were not willing to do was hand it over. As they said to her "I'm afraid you can only have it after you pay". She was bemused by all this - it isn't really her job to do this kind of thing - so she went to see the responsible parties in the accounts department (the flight is the day after tomorrow) and to her amazement they told her "right now this is impossible, tell them we can let them have the money within two weeks"
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Mês após mês... as afirmações peremptórias de Manuela Ferreira Leite, há mais de seis meses vão-se confirmando uma após outra. Por exemplo, o escândalo que foi quando disse "Não há dinheiro!"
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Vejamos Espanha:
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"So - with budget GDP growth estimates which consistently underestimate the size of the contraction, and tax revenue falling as unemployment payments rise (onde é que nós já vimos isto?) - little by little the money is drying up, and this isn't surprising, since Spain can't print its own euros, and so, given the difficulties of borrowing them externally, liquidity becomes very, very tight. Not desperately so yet, but tight. But it is obvious that if things carry on like this we will begin to see a gradual grinding to a halt of the public sector, and all those "functionarios" and pensioners who have so far been very carefully protected from the crisis will find themselves more exposed to the full force of the crunch."(Oopss!!! Isto não pode transpirar cá em Portugal, há três eleições à porta durante este ano)
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E que tal:
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"Of course, there is another way to go here, we could decide to reduce prices and salaries in the public sector (ie internal deflation as an alternative to devaluation), and bring the budget more back into line with Spain's ability to pay. This is what they seem to be doing in Ireland, although, even there, the prime minister allegedly threatened to call in the IMF if the public sector unions failed to agree on the spot to a five percent salary reduction."
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Este postal de Edward Hugh é preocupante e quiçá premonitório:
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"But the debate which is going on in Spain (Portugal acrescento eu) about the current crisis is still light years away from the country's rapidly evolving reality, so the question which keeps going round and round in my head is: just how long will it be before some crazy politician out there in one of Spain's minor autonomous communities starts proposing to issue regional IOUs/quasi money of the Argentinian type. If and when this does happen, then we will know that the end is well and truly begining (ie that the point of no return has been passed), and if you like we could treat such a hypothetical event as an early potential indicator of impending disaster."
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Ah, e BTW:
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"No serious politician can threaten the banks in this way and hope to maintain investor confidence. Maybe even more worrying is the fact that Zapatero has not already "corrected" him. This kind of statement is a declaration of weakness and not one of strength."
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Trechos retirados de The (Credit) Drought In Spain Falls Mainly On The Plane

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Sem título, que título deveria dar a uma estória destas?
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Estão é a precisar de patins
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This is not happening, tirem-me deste filme.
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Usarás indicadores e metas com critério e inteligência

Parte da minha profissional é dedicada a apoiar empresas a transformarem-se na empresa do futuro, a empresa capaz de produzir os resultados futuros desejados de uma forma perfeitamente normal.
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Faço-o recorrendo à seguinte metodologia. No ponto 5 desenvolvemos um balanced scorecard que se traduz num conjunto de indicadores. Depois, associamos a cada indicador um desafio de desempenho, uma meta.
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Faço-o, faço-o de consciência tranquila, e tenho bons resultados. Não gosto é de perder tempo com tretas.
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Contudo reconheço que nisto de usar indicadores e metas há algo de arte. Como pessoa que 'nasceu' no mundo da Qualidade, tenho sempre na mente a contradição entre o que faço e o aviso que Deming nos lançou "Eliminar as metas numéricas". Por que existe sempre o risco das metas serem o resultado de delírios da gestão, raios lançados por Zeus lá de cima do Olimpo e sem qualquer aderência à realidade.
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Com Wheeler, sobretudo com o seu Understanding Variation, lido num comboio-bala entre Kioto e Tóquio, aprendi a respeitar a definição de metas para evitar estes episódios.
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Assim, não abandonando a definição de objectivos (indicadores e metas) e sabendo o que pode acontecer a quem aborda o assunto de forma leviana, recomendo a leitura deste artigo "Goals Gone Wild: The Systematic Side Effects of Over-Prescribing Goal Setting" de Lisa D. Ordóñez, Maurice E. Schweitzer, Adam D. Galinsky e Max H. Bazerman.
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quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Aprendizes de feiticeiros querendo esturricar dinheiro impostado aos saxões

À atenção de Pedro Adão e Silva:
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"Consider the manufacture of memory chips. The process involves some of the most sophisticated technology in the world, with incredible quality controls, clean room environments, and highly complex manufacturing techniques (bom para o ego dos políticos e comentadores encartados. Ah ganda choque tecnológico). The investment requirements are prodigious. The industry consumes enormous quantities of capital, with new factories costing one to two billion dollars.
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Yet, the industry is profitless. Once every five or six years, when supply is tigth, a ray of profitability appears from behind the clouds. The the clouds close in, and the industry loses money for years, with no prospect of structural profitability in sight.
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Sometimes, there is no way to reverse the situation. Sometimes, the best course of action is to walk away. That's the decision Intel made in 1985.
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Intel recognized and was willing to acknowledge the bitter reality of life in a no profit zone. It had excellent engineering talent, worked exceptionally hard, competed successfully with the Japanese, invested enormous amount of capital - and made no money. In fact, it lost $200 million in 1985. Worst of all, there was no action that Intel could take to reverse the situation (pois, não tinham Pedro Adão e Silva para os alumiar), nor was there any prospect that circumstances would improve. Intel confronted the reality of the no profit zone pattern and made the toughest decision in its history - it walked away."
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Trecho de Adrian Slywotzky e David Morrison in "Profit Patterns".

Medonho, medonho

Mais uma praga bíblica...
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"Spain lost almost 200,000 jobs in January in the worst one-month rise since records began, lifting the unemployment rate to 14.4pc and inflicting further damage on the credibility of the Spanish government. "
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Evans-Pritchard "Spain's downward spiral spooks bond investors"

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Macro-economistas



Pedro Arroja propõe o corporativismo, ou seja o enfoque nas relações harmoniosas entre os concorrentes, remetendo o cliente para segundo plano (organização corporativa - como se ainda vivêssemos num mundo de escassez).


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Pedro Arroja propõe ainda o proteccionismo "Na realidade, a melhor maneira para segurar o nível de vida da população num período de crise económica é o proteccionismo - e tanto mais quanto menos mobilidade existir na sua força de trabalho", remetendo-nos para uma vida de Trabants e afins.


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Saldanha Sanches, Daniel Amaral e Olivier Blanchard propõem a redução dos salários como forma de aumentar a produtividade (Disputando migalhas).


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Contudo, olhamos para os alemães e vêmos:

2007 Unit Labour Cost Index (2000=100)
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Será que o seu salário baixou para aumentar a sua produtividade?
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Além de errada, baixar os salários teria de ser uma medida a usar necessariamente a cada x anos. Quem tem uma moeda forte não pode assentar a sua competitividade nisso, tem de aprender com os alemães.
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BTW, interessante esta tabela:
Em 2050, se for vivo, terei quase 90 anos ... grande clube: gregos, franceses e portugueses. Grande exemplo... depois vêm falar de sustentabilidade ambiental, mas não têm pejo em fazer da geração seguinte uns escravos da dívida.
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Daqui: Do BRICs (and Germans) Eat PIGS?

Imposto revolucionário

"Estradas de Portugal pedem meio milhão (de euros) por cada inauguração" na capa do Jornal de Negócios de hoje.
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Concessionárias pagam sem poder escolher fornecedores.
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De onde virá o dinheiro?

De arrepiar...

... o comentário de Pedro Adão e Silva no Rádio Clube Português esta manhã.
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Isto de comentadores sem experiência de vida dos negócios mandarem bitaites sobre o que é que o estado deve fazer com o dinheiro impostado aos saxões.
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Abençados alemães da Saxónia que não vão em cantigas.
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Enfim, mais um normando.

Mudança do modelo de negócio...

Tempos de mudança acentuada (recalibração ou mudança de nível) podem requerer mudança do modelo de negócio. Por que aquilo que funcionava pode deixar de funcionar:
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O que se segue é válido para as empresas e para os governos dos países:
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"... the hardest thing to change successfully in any company is its gross-margin model. Every such change leads to radical downsizing and reorganization, but this is rarely accompanied by wholesale replacement of the executive team. There is no infusion, in other words, of the new skills required to make the new margin model work. Instead there is an increasingly strained old guard struggling to adapt to patterns and problems it has no experience in handling.
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In our view, therefore, the best practice for dealing with a failure to gain marketplace acceptance with a current generation of offers should be to undertake an immediate restructuring designed to maintain the margin model over a smaller base of revenue and to focus on getting the following generation of offers back into the mainstream. This keeps the enterprise within the experience base of the current management team maintains a financial model that can support its current organizational model, albeit at a smaller scale."
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Trecho retirado de "Dealing With Darwin" de Geoffrey Moore

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Produção industrial japonesa

Uma catástrofe de proporções bíblicas... equiparável a uma das pragas que ceifou o Egipto.
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"If it is, Japan industrial production will have fallen 28% (non annualized) in four months. It will have fallen by a third in about a year. Nothing in the history of major nations compares. A 28% decline in four months would be more than half of the entire decline in U.S. industrial production over the 3 years and nine months of the U.S. Great Depression."
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"Veneroso: Japan on the Edge of the Abyss"
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Um pouco de veneno certeiro:
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"To my mind the real reason why the yen soars is because it soars. ... Since everyone now ignores fundamentals and only looks at the witchcraft of charts and technical tools they now all have the next technical objective of 79 yen to the dollar on the brain."