A revista The Economist dedica a sua capa ao tema "The Manufacturing Delusion" traduzida num artigo intitulado "The world must escape the manufacturing delusion".
Devo dizer que concordo com praticamente todo o artigo. O texto critica a obsessão actual dos governos pelo regresso à produção industrial nacional, argumentando que essa abordagem é ultrapassada, ineficaz e potencialmente prejudicial. A crença de que o fomento da indústria resolverá problemas como criação de emprego, crescimento económico e resiliência nacional assenta em mitos desactualizados. A automação reduziu drasticamente os empregos industriais e a produtividade do sector não garante salários elevados. A conclusão do artigo é clara: esta "mania" pela industrialização é contraproducente.
Ao longo dos últimos meses tenho coleccionado alguns artigos que vão no mesmo sentido, embora não os tenha referido aqui. Por exemplo, "Want to destroy American business? Protect it, writes Carl Benedikt Frey" publicado na revista The Economist do passado dia 29 de Maio, ou “Semiconductor Subsidies? Tried and Failed”, escrito por T.J. Rodgers no Wall Street Journal de 4 de Junho último.
Recordo ainda a alegria do jornalista por termos roubado uma fábrica de meias à Lituânia.
Voltando ao artigo da revista The Economist:
"Manufacturing no longer pays those without a degree more than other comparable jobs in industries such as construction. As productivity growth is lower in manufacturing than it is in service work, wage growth is likely to be disappointing, too.
...
The manufacturing delusion is drawing countries into protecting domestic industry and competing for jobs that no longer exist. That will only lower wages, worsen productivity and blunt the incentive to innovate."
Por que concordo com o artigo? Julgo que expliquei em Abril passado em "Trump's Protectionist Bunker". Tudo o que contraria a evolução natural da Teoria dos Flying Geese é de evitar. No fim, o que é produzido tem de pagar salários cada vez mais elevados e isso só se consegue como valor acrescentado. Recordar a imagem associada à Herdmar.
Tudo o que se traduza fábricas com maior valor acrescentado, óptimo, é a direcção correcta. Recordo a Coloplast ou a Avincis. BTW, Camilo Lourenço na passado quinta-feira, no seu programa matinal referiu o que Marrocos está a fazer relativamente à indústria automóvel.
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