Parte I.
Tweet publicado na sequência da leitura de "Da EFACEC".
Não escrevo estas coisas porque tenho mau feitio, mas porque tenho um blogue desde 2004. Comecei a escrever o blogue com o propósito de funcionar como um auxiliar de memória (depois a criação tomou vida própria, mas isso é outra estória). E ter memória é um castigo dos Deuses (diziam os gregos antigos).
Nas notícias:
Ao mesmo tempo no blogue:
Antes da compra da Efacec por Isabel dos Santos a empresa tinha uma orientação estratégica mais virada para os Estados Unidos. Depois da compra, como refiro nos textos do blogue, mudou de orientação estratégica e virou-se para África. Escrevi que era uma decisão legítima, mas representava uma decisão virada para o preço e para produtos maduros, não novidades tecnológicas. É por aí que começam os cortes. A verdade é que antes de Isabel dos Santos, a Efacec dava prejuízo, e com ela começou a dar lucro. Por causa da empresa? Ou por causa da sua nova dona? Recordar de Maio de 2017, "
Angola torna-se o maior mercado externo da Efacec". O que fazia o pai de Isabel dos Santos até Setembro de 2017? Ouso parafrasear o ainda CEO da Efacec, que em Julho de 2016 afirmava "
Ângelo Ramalho: “Notoriedade de Isabel dos Santos é uma mais-valia”".
Talvez a mais-valia da Efacec, antes de Setembro de 2017, fosse mesmo a sua proprietária. You know what I mean...
E volto à citação e à estupefacção de há um ano:
"Lives of quiet desperation.
What is called resignation is confirmed desperation"
"os comentadores do regime alinhavam com o governo e diziam amém a duas nacionalizações. Nem uma voz contra, nem uma voz a desdizer a narrativa oficial sobre a EFACEC ou sobre a TAP.
Mais dinheiro impostado aos contribuintes torrado em delírios da corte lisboeta. Mais pedras no saco às costas das empresas que têm de fazer corridas com empresas de outros países com governos menos atreitos a orgias socialistas.
Isto nunca vai ter fim, este país nem com 5 troikas vai mudar. Ingenuidade pensar que a UE nos ia proteger...
A 1 de Setembro de 2007 no Expresso, Daniel Bessa escreveu:
"... faltou sempre o dinheiro que o "Portugal profundo" preferiu gastar na "ajuda" a "empresas em situação económica difícil"..."
Estão a ver como se caminha para ser a Sildávia do Ocidente sob o aplauso e beneplácito do comentariado nacional?
Reparem no salto da Roménia, da Polónia, da Lituânia e da Letónia...