Começo a parte II com a pergunta:
O que acontece numa sociedade em que a produtividade baixa ou estagna mas é preciso aumentar salários para seduzir trabalhadores?
Primeiro, recordo o impacte da instalação de uma fábrica de chips da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company numa região longe das grandes metrópoles, na ilha de Kikuyo nos arrabaldes da prefeitura de Kumamoto no Japão em "A dolorosa transição ao vivo e a cores".
No nosso país de baixos salários, preferia perder com os checos no futebol e ganhar neste campeonato, "US chipmaker onsemi will invest $2 billion in a chip production facility in the Czech Republic". Contudo, reconheço que a tribo do pão e circo é bem mais numerosa.
Há um ano:
- "Intel set to build a new €17 billion chip manufacturing hub in Germany as it pours money into Europe". (Esta iniciativa faz parte de um investimento maior de 80 mil milhões de euros na Europa ao longo da próxima década, que inclui também a expansão de uma fábrica existente na Irlanda, e a criação de uma instalação de design e pesquisa na França, bem como um centro de embalagem e montagem em Itália)
- "Taiwan's TSMC to build semiconductor factory in Germany"
Acrescentar STMicroelectronics, Infineon, Wolfspeed Inc e Silicon Box.
Imaginam a contribuição destes investimentos e dos spillovers que geram na produtividade agregada destas sociedades?
Outra vez, lembram-se da alegria do jornal porque uma fábrica de meias trocou a Lituânia por Portugal ... minha Nossa Senhora. Percebem porque é um sinal triste?
Agora, por que é que estas empresas viriam para Portugal?
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