Mostrar mensagens com a etiqueta pine e gilmore. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta pine e gilmore. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, dezembro 22, 2011

A aposta na batota!

Há anos que escrevo aqui no blogue sobre a importância da batota (ver marcador).
.
Esta semana na TV vi que também Gordon Ramsay acredita na batota. Neste vídeo:

Do minuto 6 ao minuto 9:30 Gordon aposta na batota!

E na sua empresa? Também se aposta na batota?
.
Delicioso aquele pormenor ao minuto 8:30 em que Gordon diz:
.
"This all thing is theatre. This restaurant has to become a showcase"
.
.
A recordar Pine & Gilmore "The Experience Economy: Work Is Theater & Every Business a Stage"

quinta-feira, dezembro 08, 2011

Vai uma experiência?

Gilmore e Pine em "The Experience Economy - Work is Theatre and Every Business a Stage" ilustram a sua ideia com esta figura:
(a figura do livro ainda inclui mais um estágio, o da transformação que a experiência pode provocar)
.
Cada vez mais se fala da experiência. Quando trabalho com empresas, e pensamos na satisfação dos clientes-alvo, concentramos-nos nas experiências que os clientes-alvo procuram e valorizam. Quando lemos Irene Ng vemos a preocupação com a experiência durante o uso, quando estudamos a Service-Dominant Logic percebemos essa preocupação crescente com a experiência.
.
Agora leiam este texto "American horror theatre: 'A hand slams into my neck and wrenches me through the darkness'"
.
Lembrem-se de "We Are All Weird" de Seth Godin... e leiam também os comentários...

domingo, novembro 06, 2011

Autenticidade (Parte IV)

Parte I, parte II e parte III.
.
"Italianos pagam mais por um vinho vedado com cortiça"
.
"mais de metade dos italianos inquiridos (57%) estão dispostos a pagar mais por uma garrafa de vinho vedada com rolha de cortiça.
.
Os resultados demonstram que um vinho com rolha de cortiça possui uma melhor imagem (77%) e optar por este vedante é dar um elemento de valor acrescentado ao vinho (79%) se comparado com os vedantes alternativos. Também há indicadores de que a rolha de cortiça está intimamente ligada a uma percepção de qualidade do próprio vinho (74%) e à sua capacidade de conservar essa qualidade (71%).
.
O gesto de abrir uma garrafa de vinho, que os italianos associam a um ritual cheio de charme e elegância, também é muito apreciado. Quase 90% dos inquiridos constatam que o ritual de abrir a garrafa e cheirar uma rolha de cortiça faz com que o consumo do vinho se torne mais agradável."
.
Quando um fabricante de rolhas de cortiça compete nos custos com um fabricante de vedantes sintéticos... não tem hipóteses.
.
Alguns ainda vão tentar manter-se no negócio, pagando cada vez menos ao pessoal sobrecarregado e usando cortiça de terceira e quarta qualidade. Outros, vão pelo caminho menos percorrido, vão desafiar a ortodoxia, vão pôr o custo para segundo plano e vão concentrar-se na co-criação de valor, vão trabalhar para enriquecer a experiência de integração da rolha na vida do cliente e do cliente do cliente.
.
Nunca esquecer: Valor não é um cálculo, é um sentimento.
.
Ando há dias a tentar escapar à tentação de apresentar estes números... OK aqui vão (nunca trabalhei para esta empresa, mas tenho visto demasiadas vítimas colaterais, ...  pedofilia-empresarial)

sexta-feira, outubro 07, 2011

Que história conta uma etiqueta?

Ontem, neste postal "Não é preciso ser doutor para criar empresas com futuro (parte II)" transcrevi esta frase "Aliás, tenho clientes que me pedem mesmo para colocar na etiqueta 'Made in Portugal' e não 'Made in União Europeia'"
.
E essa frase não tem parado de me dar voltas à cabeça...
.
Por que é que um cliente há-de pedir a um fornecedor que em vez de uma etiqueta com os dizeres "Made in União Europeia" ponha uma que evidencie "Made in Portugal"?
.
Quando trabalho com uma empresa na co-criação da sua estratégia o primeiro desafio passa por responder à pergunta:
.
Quem são os clientes-alvo?
.
Depois de respondida, a etapa seguinte passa pela formulação da proposta de valor a oferecer a esses clientes-alvo. A construção da proposta de valor passa por responder a outra pergunta:
.
Quais são as experiências de vida que os clientes-alvo procuram e valorizam?
.
E a palavra-chave aqui é...
.
"EXPERIÊNCIA"
.
Quem me abriu os olhos para a realidade das experiências na vida dos clientes?
.
"The Experience Economy: Work Is Theater & Every Business a Stage " de Joe Pine e Jim Gilmore (ver aqui e aqui)
.
Depois, em 2007 Joe Pine e Jim Gilmore publicaram "Authenticity: What Consumers Really Want" onde encontro uma pista para a minha resposta à pergunta:
.
Por que é que um cliente há-de pedir a um fornecedor que em vez de uma etiqueta com os dizeres "Made in União Europeia" ponha uma que evidencie "Made in Portugal"?
.
Já entraram numa loja com artigos de gama alta em que pegaram num artigo, apreciaram-no, olharam para o preço e... depois, lá dentro, numa etiqueta escondida encontram Made in China ou in Vietnam ou ... e ficam com uma sensação estranha... um artigo de luxo e fabricado nessas paragens?
.
Pine e Gilmore em "Authenticity" escrevem:
.
"Goods and services are no longer enough; what consumers want today are experiences - memorable events that engage them in inherently personal way.
...
But in a world increasingly filled with deliberately and sensationally staged experiences - an increasingly unreal world - consumers choose to buy or not buy based on how real they perceive an offering to be.
Business today, therefore, is all about being real. Original. Genuine. Sincere. Authentic.
...
Therefore, to availability of commodities, cost of goods, and quality of service, businesses now must add authenticity of experience as something to be managed. Let us now explicitly define these four successively dominant consumer sensibilities:

  1. Availability: Purchasing on the basis of accessing a reliable supply
  2. Cost: Purchasing on the basis of obtaining an affordable price
  3. Quality: Purchasing on the basis of  excelling in product performance
  4. Authenticity: Purchasing on the basis of conforming to self-image.
...
What they buy must reflect who they are and who they aspire to be in relation to how they perceive the world - with lightning-quick judgments of "real" or "fake" hanging in the balance.
...
This authenticity imperative intensifies as fakes saturate contemporary markets and product counterfeiting becomes more sophisticated and more global."
.
A etiqueta "Made in União Europeia" soa a algo de falso e a etiqueta "Made in Portugal" soa algo de genuíno e reforça a imagem de quem quer vender a experiência de usar um artigo da gama alta...
.
Não me canso de dizer aos empresários que subestimam o preço dos seus artigos... vendem muito mais do que trabalho + matérias-primas...

domingo, setembro 18, 2011

A indústria das experiências

"Esta agência não é para turistas, "é para viajantes""
.
Trata-se de um bom exemplo sobre a caracterização dos clientes-alvo e das experiências que procuram e valorizam.
.
De realçar que a empresa não tem só uma ideia do que faz e para quem, também sabe o que não faz e para quem não faz... recordar Hill que dizia que as encomendas mais importantes são as que rejeitamos porque não se encaixam na nossa estratégia, no nosso perfil... só quando se rejeita é que se pode falar de pensamento estratégico, de trade-offs, de escolha estratégica.
.
Este tipo de empresa está em linha com este artigo "Innovation in the experience economy. A taxonomy of innovation organisations" de Jon Sundbo.
.
"Where the aim of services is to solve the customers’ problems, the experience industry seeks to give the customers what can be defined as a mental journey.
“Experience” includes entertainment, which in the extreme can be escapism, and active exertion such as sport. It can also be learning and extending one’s understanding of life and in extreme cases be existentially meaninggiving such as is the case with therapy, literature or film.
...

there is an increasing demand for experiences determined by several factors: Seeking for social status, more meaning and less boredom in life, and psychological selfrealisation.
This demand is flighty. It is rooted in fundamental psychological needs and societal factors, but these are needs and factors from the luxury end of human life.
...
Experience production is an activity that is carried out in firms with the aim to produce experiences. These are for example festivals, film and broadcasting companies, fitness and sports clubs, computer game companies, design and architectural firms. As mentioned, some literature claims that experience is a general element that is developed in all business sectors and added to services and goods: Experience functions when integrated add on to other products and marketing activities in service and manufacturing industries besides being its own industry. Experience production can be considered a general business principle, exactly as the service management and marketing principle is a production principle for the service sector as well as a general marketing principle, which is also used in manufacturing.
.
Consequently we can advantageously operate with primary and secondary experience sectors ... The primary experience sector consists of firms whose main aim is to produce experiences. The secondary sector consists of agricultural, manufacturing and service firms that use experiences as add ons or marketing tools."

segunda-feira, setembro 05, 2011

Aplicável à economia, esse grande palco de teatro...

""In the arts, everyone wants to be the curator or the creative director. At the Fringe, we have to be the exact opposite. Our job is to get the circumstances absolutely right, to sell the whole experience, to make it as inviting as possible to anybody who could possibly contribute. We can't curate new ideas into existence.""
...
"So what makes the Fringe function? A carefully designed "architecture of participation" that blends wild-eyed creativity with the spirit of unblinking competition. The organizers curate the largest and one of the most influential arts gatherings in the world by making the festival as compelling as possible to as many participants as possible--and then letting the participants themselves decide what happens."
...
"Essentially, the Fringe is a self-organizing system governed by the self-interested calculations of four key constituencies: the performers, the venues, the audience, and the press. Any troupe or individual artist is eligible to perform; the challenge is to persuade one of the 250-plus venues to host your show. There is a well-understood hierarchy of venues in Edinburgh--certain theaters have more status than others--and different venues use different criteria to evaluate performers. Once you're in, the challenge is to persuade visitors to attend your show as opposed to one of the hundreds of others taking place at the same time, and to persuade the critics that yours is a show worth reviewing."
...
"The job of the Fringe staff "is to do the absolute minimum necessary to make this event happen," Gudgin says emphatically. "The worst thing we could do is to decide what kind of festival Edinburgh should be, to engage in what I call programming through the back door. My most important responsibility is to make sure that the people who decide what the festival should be are the artists and the audience. What we have to do at all times is to make as few rules as possible.""
.
Trechos retirados de "How The Seemingly Chaotic But Wildly Successful Fringe Festival Makes It Work"
.
Recordar "The Experience Economy - Work Is Theatre & Every Business a Stage" de Pine e Gilmore.
.
Por que é que os governos têm receio da confiança caórdica?
.
Um dia vão perceber o sentido de "to gain control you must lose control". (Mateus 6, 25-34)

domingo, janeiro 16, 2011

Diferenciação, diferenciação, diferenciação...

Um macro-economista encalhado tem dificuldade em entender isto:
.
"Espanhóis optam por restaurantes em Portugal para "fugir" a proibição de fumar"
.
Os espanhóis, deste lado, pagam mais, têm um IVA mais elevado e, no entanto, há uma franja que opta por vir cá comer!
.
Os consumidores não pensam só em dinheiro... pensam numa experiência... e uma experiência não é matematizável.
.
Foi isto que deu cabo da Torre de Babel...
.
Por outro lado, supeito que a ASAE deve acabar com isto em breve...

segunda-feira, novembro 02, 2009

Batota, para orquestrar uma experiência distintiva

Um último recorte do livro de Ko Floor, Branding a Store.
.
Desta vez sobre a batota... qual a idade média do dono de uma loja do comércio tradicional? Em que mundo foram feitas as sinapses que os ajudaram a criar e gerir as suas lojas?
.
Estamos no mesmo mundo? Não, estamos num mundo muito diferente. Estamos num mundo onde fazer batota é imperativo!
.
“For many people retailing today is not only about products, but also about experiences, recreation and having a good time.

… a store experience with multi-sensory appeal. In order to experience the brand the store becomes a stage. To these brands retailing is not just selling: it is also about telling stories and providing excitement. In every store the consumer undergoes an experience, either desired or not desired.

In the case of an experience brand, the store becomes a place to spend leisure time instead of just shopping time. The store experience will include the entire retail offer: the merchandise, the customer service, the visual merchandising and the total store atmosphere. All touch-points in the store are orchestrated in such a way that consumers will leave the store having had a unique experience that appealed to all their senses.

A store experience is almost always developed by a unique mix of the range, inspiration-enhanced visual merchandising and highly motivated employees. At the centre of the experience is the merchandise. After all, a consumer visits a store to buy something. But an experience brand does more than offer a unique range. The visual merchandising and the way the employees behave are consciously used to create a differentiating store experience."
.
I love this game, orquestrar experiências em coerência com uma marca com uma personalidade... o mapa da estratégia ajuda a enquadrar os vários factores.

quarta-feira, julho 29, 2009

Autenticidade

Na sequência de
.
Gilmore & Pine escreveram "Authenticity: What Consumers Really Want" sobre o qual reflectimos aqui várias vezes.
.
Autenticidade - algo a ter em conta para podermos ser levados a sério.
.
Rosabeth Moss Kanter volta ao tem com o mesmo termo "autenticidade":
.
"Brands are wonderful assets when they capture the essence of a product, service, or event succinctly, meaningfully, and with endurance over time."
...
"Branding should start with an authenticity test."
.
Autenticidade na relação marca versus produto e autenticidade também na relação marca versus missão.

quinta-feira, agosto 28, 2008

Começar pelo fim

Há alguns anos li o livro “The Experience Economy: Work Is Theater & Every Business a Stage” de Gilmore e Pine.
.
Trata-se de um livro que me encheu as medidas, escrito numa linguagem mobilizadora e muito concreta (postais aqui, aqui e aqui). Logo que soube que esta dupla tinha publicado um novo livro decidi adquiri-lo: "Authenticity: What Consumers Really Want".
.
Assim que tive uma aberta na minha lista de leituras, atirei-me a ele de cabeça e... foi uma desilusão, trata-se de uma leitura muito mais complexa, muito mais densa, a merecer muito mais atenção. No final do 1º capítulo pus o livro de lado até uma nova oportunidade.
.
Em Julho passado voltei a folhear o livro e encontrei um texto sobre o espaço de Minkowsky que serviu de base a estes dois postais que registei aqui no blogue.
.
Ontem, ao aproveitar uma viagem de comboio de 2 horas resolvi encarar a leitura do capítulo 9 "From Strategy to Decision Making" como um teste definitivo para decidir re-encarar a leitura futura do livro ou não e ... UAU!!!
.
Trata-se de um capítulo a merecer tratamento de ruminante, uma vez lido, tem de voltar a ser lido, para não perder pitada do conteúdo.
.
Neste postal, vou chamar a atenção para uma postura mental que sigo, e que procuro divulgar a toda a gente, porque facilita a vida e o processo de pensamento: começar pelo fim (tema já abordado aqui , aqui e aqui, por exemplo), algo na linha do que escreveu Ortega Y Gasset "O meu presente não existe senão graças ao meu futuro " e que encontrei retratada no capítulo.
.
Gilmore e Pine escrevem:
.
A figura … … mostra como pensar acerca das iniciativas estratégicas a partir da perspectiva Aqui – Agora. O ponto indicado pela conjugação do Ali – Antes representa o posicionamento actual da empresa, enquanto que o Aqui – Agora representa o posicionamento futuro que pretendemos atingir. Para concretizar esse posicionamento futuro, há que agir como se esse posicionamento futuro já tivesse sido atingido, e então trabalhar daí para trás até ao presente, vendo exactamente o caminho que deve ter sido seguido para atingir o fim.
.
… management should view that future here-and-now as a certainty, and then determine what the immediately preceding steps would have to be for that certainty to have happened in the future, and then figure out the steps before that, and the steps before that, connecting the dots link-to-link until it constructs the as if vector (como se) that reaches back in time to the present and back in space to its current place.

Once management constructs its as if vector … it can then proceed to execute that plan, following the vector from the company’s current positioning to that future certainty.

“managing in the future perfect tense” where “the present is the past of the future, and organization can be used to push the strategy toward its realization rather than be pulled along by it.” Here-and-Now Space shows that “the present is the past of the future” represents no mere tautology but a profound principle of strategy formulation. You can’t divorce where you want to be from where you are now, any more than you can divorce the present from the past and ask for a “do-over.” Time connects them all in space.

Reaching points close to the line of perfect execution requires very disciplined execution, which proceeds when every decision and every action of managers and workers align to move the company in the direction of its strategic intention, and the activity of those workers is performed in order to effect a movement in that direction. Any wrongheaded decisions, errant moves, or poor performances only steer the strategic intention closer to the edges of the execution zone, making achievement difficult. In other words, in the here-and-now, everything matters. You cannot afford anything that detracts from reaching your intention, lest it become a strategic impossibility.
.
That’s because any movement outside the shaded box, what we call here the zone of future achievability, means that the company eliminates that future possibility forever. It can no longer be achieved, no matter what happens; that would require more than perfect execution, a strategic impossibility akin to exceeding the speed of light.
.
Peer into your future until determine where you should go. Envision a future, affix that point as the here-and-now of a declared motivation for all to hear and embrace, and then link from that point back to the present, treating it as a there-and-then position. And this above all: treat your future not as a destination but as the very origin of the path before you. Such provides the best means of ensuring you not only have a future but that it will be a prosperous one.

segunda-feira, julho 21, 2008

O paradoxo da estratégia (parte II: As posições anteriores limitam as posições futuras)

Acerca dos compromissos, e antes de continuarmos com as ideias de Ghemawat (Commitment – The Dynamic of Strategy), apetece-me escrever um pouco acerca do espaço de Minkowski e da sua aplicação ao mundo empresarial, como forma de salientar a “irreversibilidade” de certas decisões estratégicas.A figura mostra a representação de uma partícula (ponto azul).
.
O eixo vertical Y ilustra a posição da partícula ao longo do tempo e, para facilitar a representação, o eixo X representa as três dimensões espaciais reduzidas a uma.
.
A posição actual da partícula é representada pela intercepção da linha horizontal que sai do “Agora” com a linha vertical que sai do “Aqui”.
.
As posições anteriores estão marcadas pela linha vermelha. A partícula só se pode mover para cima; mover-se para baixo significaria recuar no tempo, uma impossibilidade física.
.
A partícula também não se pode mover para posições fora do espaço delimitado pelas setas, fazê-lo significaria viajar a uma velocidade superior à da luz, algo que Einstein demonstrou ser fisicamente impossível. Assim a partícula só se pode mover para posições entre as duas setas, uma área designada como o “cone das possibilidades de luz”.
.
A figura seguinte…… mostra como qualquer movimento elimina possibilidades futuras no espaço-tempo. Assim que a partícula se move – e no espaço-tempo, mesmo a imobilização espacial constitui movimento, porque o tempo está sempre a contar, impulsionando a partícula para cima – o seu cone evolui para cima na direcção do movimento do antigo “Antes e Ali” para o novo “Agora e Aqui”.
.
Mais, o movimento nunca cria novas oportunidades para onde estar no futuro; em vez disso, está permanentemente a reduzir, a encurtar as possibilidades futuras até que a única posição possível seja aquela onde já está.
.
Se agora consideramos não uma partícula mas uma organização:As posições anteriores representam a sua história, a sua identidade, a sua herança, os seus pontos fortes e fracos, o que a levou à posição actual.
.
A zona de execução está acima, delineando os limites das possibilidades estratégicas, a maior parte das opções competitivas encontra-se fora dessa zona.
.
Esses posicionamentos competitivos são impossibilidades estratégicas no espaço Aqui – Agora; é impossível ocupar essas posições sem perder a identidade, sem deixar de ser o que se é.
.
Encontram-se fora das linhas de “Execução perfeita” que limitam a zona de execução. Quando se diz “perfeita” é mesmo isso que se quer dizer com a palavra: perfeito – sem deambular e sem zigzag estratégico, sem más decisões, sem falsas representações, sem capacidade subutilizada e sem quebras de capacidade, sem procrastinação, sem erros, sem passos em falso,…
.
Contudo, como ninguém é perfeito, na verdade é preciso um desempenho, uma operação disciplinada, para simplesmente conseguir progredir estrategicamente desde a posição actual dentro da zona de realizações possíveis.
.
Por vezes os gestores formulam estratégias que se revelam não só difíceis mas também, dada a herança da organização e as circunstâncias actuais, impossíveis de executar. Pedem aos seus colaboradores objectivos impossíveis de atingir, e adoptam posicionamentos estratégicos que os seus clientes não apreciam nem compreendem.
.
Um comportamento assim não é fiel à sua herança, ao seu “Si”. Mirar, apontar para um posicionamento estratégico que não é atingível, exortando os colaboradores para fazerem o impossível, e forçando os clientes a verem um “Eu” completamente novo significa que a organização está a fazer pontaria para lá dos limites das possibilidades daquilo que é hoje, o que, por sua vez, resultado das posições passadas no Espaço Aqui e Agora.
.
É negar o Eu-próprio e o que se foi sendo; não é autêntico e é assim que vai ser percebido. Pior, significa abandonar aquelas possibilidades que são, quer rentáveis, quer percebidas e recebidas como autênticas. Isto, inexoravelmente, leva ao desânimo dos colaboradores, ás críticas dos accionistas e as clientes que se interrogam sobre o que terá acontecido à empresa que eles julgavam conhecer.
.
Qualquer movimento de uma organização no Espaço Aqui e Agora não é feito de forma impune ou ligeira, porque elimina algumas possibilidades enquanto que torna outras ainda mais prováveis como se mostra na figura que se segue:Qualquer decisão que a organização toma, automaticamente, limita as possibilidades futuras.
Ideias retiradas de "Authenticity - What Consumers Really Want" de James Gilmore e Joseph Pine II

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Uma boa notícia!

Este livro "The Experience Economy: Work Is Theater & Every Business a Stage " de Joe Pine e Jim Gilmore, encheu-me as medidas e ainda hoje é um referencial para mim.
(interessados em pesquisar o primeiro capítulo, podem fazê-lo aqui).

Hoje, descobri (aqui) que Gilmore e Pine lançaram um novo livro "Authenticity: What Consumers Really Want" com um blog e um sítio associados.